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Podcasts para o Agro

Manejo Biológico: A Chave Para a Agricultura do Futuro

Na busca incessante por soluções sustentáveis na agricultura, o controle biológico emerge como um protagonista de destaque. Neste episódio especial, mergulhamos no vasto conhecimento do renomado pesquisador da Embrapa, Dr. Wagner Bettiol, cuja expertise em controle biológico e agricultura sustentável tem transformado paradigmas na indústria agrícola.

Com uma trajetória acadêmica notável, Dr. Bettiol acumula décadas de experiência e inúmeras contribuições para o campo da Fitopatologia. Suas pesquisas têm sido fundamentais na compreensão e aplicação do controle biológico, definido como o uso de organismos vivos para suprimir populações de pragas específicas. Essa abordagem, cada vez mais relevante, reduz a abundância e danos causados por pragas, promovendo um equilíbrio natural nos ecossistemas agrícolas.

Para alcançar esses resultados, Dr. Bettiol e sua equipe desenvolvem meticulosamente as relações entre os seres vivos em laboratório. Inicia-se com a coleta e levantamento de inimigos naturais no ambiente, seguido pela identificação e avaliação de sua eficácia como agentes de controle biológico. Essa metodologia refinada culmina na criação de produtos à base desses agentes, cuja eficiência em campo e segurança biológica são minuciosamente avaliadas.

Agentes de controle biológico, tais como insetos benéficos, predadores e microrganismos, desempenham papéis cruciais nesse processo. Originários tanto do Brasil quanto de outros países, esses organismos atuam como verdadeiros guardiões contra as pragas agrícolas. Contudo, a segurança é prioridade. Dr. Bettiol e sua equipe conduzem pesquisas rigorosas para garantir que esses inimigos naturais sejam inofensivos à saúde humana e ao meio ambiente.

Uma das grandes promessas do controle biológico é sua capacidade de reduzir a dependência de agrotóxicos, proporcionando soluções sustentáveis para a agricultura. A Embrapa, em seu compromisso com a inovação, já desenvolveu uma gama de bioinseticidas revolucionários. Estes produtos, como o Sphaerus SC, Bt-Horus, Ponto Final e Fim da Picada, têm se destacado no controle de pragas agrícolas e insetos transmissores de doenças. O diferencial está na sua formulação, completamente isenta de substâncias químicas prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana.

É importante ressaltar que esses produtos, já disponíveis no mercado, são o resultado de anos de pesquisa e colaboração. Após o desenvolvimento pela Embrapa, a tecnologia é transferida ao setor privado, que assume a responsabilidade pela sua comercialização.

As bases desse sucesso reside na ampla coleção de microrganismos mantida pela Embrapa. Com mais de 2.500 estirpes conservadas em condições de segurança, esses recursos são um tesouro para a pesquisa e desenvolvimento de produtos biológicos não apenas no Brasil, mas também no exterior.

Ao explorar o trabalho inovador do Dr. Wagner Bettiol, este episódio nos leva a uma jornada pelo potencial revolucionário do controle biológico na agricultura sustentável. Descubra como a pesquisa transforma inimigos naturais em aliados essenciais na proteção das lavouras, pavimentando o caminho para uma agricultura mais ecológica e próspera para todos nós.

Clique para ouvir:

Manejo Biológico: A Chave Para a Agricultura do Futuro (omny.fm)

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Destaque

Lançamento do Sistema Diamantino será nesta terça, dia 12

Lançamento do Sistema Diamantino será nesta terça, dia 12

A tecnologia permite transformar pastos degradados em produtivos, com entrega de silagem, sem aumento de área e sem conversão para lavoura

O lançamento oficial do Sistema Diamantino (ferramenta para renovação de áreas degradadas da pecuária com geração de renda durante o processo e sem conversão para lavoura) está agendado para esta terça-feira, 12 de novembro, às 19h30, horário de Brasília. Na ocasião, Embrapa e Latina Seeds, parceiros na tecnologia, apresentarão dados sobre validação do sistema e esclarecerão dúvidas. A transmissão será feita pela Embrapa através de seu canal no Youtube; por meio do link, é possível se inscrever e ativar a notificação.

O objetivo da Live é permitir que o pecuarista brasileiro participe, tire suas dúvidas e contribua com o novo sistema. O “Diamantino” segue o conceito de “renovação” de pastagens, que “é restaurar a produção de forragem introduzindo uma nova espécie ou cultivar, em substituição à anterior”, procedimento geralmente indicado quando mais de 40% do pasto está degradado.

No entanto, de forma simultânea, o Sistema permite a agregação de renda através da produção de silagem, para uso na propriedade ou comercialização, amortizando ou bancando os custos da renovação. Como é um mecanismo de sustentabilidade com retorno para a própria bovinocultura de corte, carrega em seu slogan a expressão “Renovação para a pecuária”.

2020/2024

Entre a estruturação da parceria, desenvolvimento do projeto e a validação em lavouras de agricultores foram quatro anos (2021 a 2024) de trabalho. A pesquisa originou a publicação circular Técnica intitulada “Sistema Diamantino para produção de silagem e renovação de pastagem”, de autoria de: Marciana Retore, Gessí Ceccon e Rodrigo Arroyo Garcia (da Embrapa Agropecuária Oeste) e de Willian Sawa (da Latina Seeds), cujo link será disponibilizado durante o lançamento, nesta terça-feira.
O estudo, cujo registro carregou a denominação “Sorgo com forrageiras para intensificação da produção”, envolve avaliações de consórcios de Sorgo biomassa (Sorgão Gigante da Latina Seeds) com Braquiária (capim Marandu) e Panicum (capim BRS Zuri). A pesquisa foi realizada em três municípios do Sul do Mato Grosso do Sul: Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados) e em duas propriedades privadas: Sítio Cantinho do Céu (Jateí) e Sítio Tropical (Vicentina).

Adoção

A pesquisadora da Embrapa Agropecuária Oeste, Marciana Retore, fala que “o diferencial do Sistema Diamantino está na grande produção de volumoso para o período da seca, conjugado com a renovação da pastagem. A expectativa é de que seja adotado em áreas de pastos degradados, tornando-os novamente produtivos, permitindo intensificar a produção pecuária”.
O Engenheiro Agrônomo e analista da Embrapa, Gessí Ceccon conta que o Sistema Diamantino deve ser implantado no início do período chuvoso. A produção de silagem deve ser realizada quando as plantas estiverem com aproximadamente 30% de massa seca. Esses valores podem ser obtidos de 120 a 130 dias após o plantio, dependendo da região e do clima. Posteriormente, em um intervalo de mais 50 a 60 dias, o pasto estará renovado para pastejo, justamente durante o período da estiagem.

Rafael Zanoni Fontes, Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agropecuária Oeste, destaca a importância da colaboração entre entidades privadas e institucionais no desenvolvimento de soluções inovadoras como o Sistema Diamantino. Segundo ele, a união de conhecimentos entre Embrapa e Latina Seeds permitiu criar uma tecnologia que vai além da inovação, alcançando escalas maiores e beneficiando diretamente os produtores. “Essa parceria evidencia o impacto positivo da cooperação entre o setor produtivo e a pesquisa, promovendo a sustentabilidade e a eficiência no campo em várias regiões do Brasil”, afirma Rafael.

Contribuição para o País

O diretor-executivo da Latina Seeds, Willian Sawa, considera que o “Diamantino” contribui de forma inovadora para as políticas ambientais, sociais e econômicas do País e para a imagem do Brasil no exterior ao permitir transformar áreas degradadas em produtivas. “Tudo com muito suporte, segurança, baixo investimento, alto nível de sustentabilidade e rápido retorno/renda para o produtor”, observa.

Estas características foram destacadas em correspondência protocolada junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em 5 de fevereiro de 2024, endereçada ao Comitê Gestor Interministerial do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). Nela, Sawa reforça que a nova tecnologia “permite a conversão de pastagens degradadas em pastos de alto rendimento, espaço para uma pecuária eficiente, produtiva e de baixo impacto, sem a necessidade de ampliação de área”.

O nome “Diamantino” (marca registrada no INPI) é uma referência à cidade mato-grossense (onde foi imaginado) e remete à preciosidade de um diamante, lapidado para o fortalecimento da pecuária brasileira.

Serviço

LIVE: Lançamento oficial do Sistema Diamantino
Data: 12 de novembro (terça-feira)
Horário: 19h30 (horário de Brasília)
Realização: Embrapa e Latina Seeds
Canal da Embrapa no Youtube e transmissão da Live:
https://www.youtube.com/watch?v=g9IN-acnIEg.

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Microalgas para a Agricultura Sustentável

As microalgas são bioinsumos de origem natural, constituídos por organismos unicelulares fotossintetizantes, que apresentam um imenso potencial para revolucionar a agricultura sustentável. 

Esses pequenos organismos trazem diversos benefícios ao meio ambiente e às culturas agrícolas, como a melhoria da qualidade do solo, aumento da produtividade das plantas, controle biológico de pragas e doenças, e redução do impacto ambiental. No entanto, apesar de suas vantagens, a produção em grande escala de microalgas ainda enfrenta desafios, como a escalabilidade e o custo. Por meio de processos tecnológicos avançados, a produção de bio insumos baseados em microalgas tem se destacado como uma solução inovadora e promissora para enfrentar os desafios da agricultura moderna, buscando promover uma produção mais eficiente, segura e em harmonia com o meio ambiente.

Dágon Ribeiro, CEO da Biotecland, é um doutor em Biotecnologia e Biodiversidade, mas também é músico, budista, videomaker e viajante. 

Com uma ampla experiência em diferentes projetos, ele entende cada vez mais a multidisciplinaridade dos processos tecnológicos, ambientais e da vida, com o objetivo de construir um mundo sustentável.

Ao longo da nossa conversa, exploraremos o fascinante universo das microalgas para a agricultura sustentável. 

As algas têm sido protagonistas em iniciativas inovadoras na agricultura e pecuária, e é isso que queremos entender melhor com a expertise do Dágon.

Confira, clicando no link:

Microalgas para a Agricultura Sustentável (omny.fm)

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Bioinsumos na Agricultura Sustentável: Impacto e Perspectivas para o Agro Brasileiro

Os bioinsumos são bens ou serviços, oriundos de organismos vivos ou de seus processos de transformação, utilizados na produção de outros bens e serviços em sistemas de produção animal e vegetal, desde a produção primária até a pós colheita, processamento e armazenamento. 

No contexto da agroecologia e na produção orgânica, deve ser entendido como um conjunto de ações estratégicas para o desenvolvimento de alternativas de produção, que estimulem a adoção de práticas sustentáveis com o uso de tecnologias desenvolvidos a partir de recursos renováveis, estimulando a autonomia e valorizando a sociobiodiversidade. 

Os bioinsumos estão na pauta das discussões nacionais sobre a legislação, normativas e regulamentação. O Brasil lançou em 2020 o Programa Nacional de Bioinsumos que congrega várias iniciativas para estimular o setor no país.

A partir do contexto, é relevante trazer em evidência que os bioinsumos estão presentes em todos os sistemas produtivos ao longo da rede de produção, indo desde a produção animal e vegetal até os processos de pós-colheita e processamento. 

Entre eles estão os produtos biológicos à base de microrganismos (vírus, bactérias e fungos), os vários macroorganismos (insetos benéficos, predadores,  parasitoides,  ácaros  predadores,  etc.),  serviços  de  polinização  e  polinizadores, semioquímicos  (feromônios)  e  bioquímicos,  probióticos,  suplementos  para  rações  animais,bio produtos  para  controle  de  doenças  em  animais  e  pastagens,  biofilmes  a  base  de  produtos naturais, aditivos e outros insumos que interagem com a microbiota, como os remineralizadores de solo ou pós de rocha.

Vamos conversar com a bióloga e pesquisadora Mariane Carvalho Vidal em nosso podcast Academia do Agro. 

Há mais de duas décadas na Embrapa Hortaliças, Mariane tem se destacado como uma das principais referências em agroecologia e produção orgânica de hortaliças no Brasil. 

Seu compromisso em promover práticas agrícolas sustentáveis, aliado à sua sólida formação com mestrado em Produção Vegetal e doutorado em Agroecologia, Desenvolvimento Rural Sustentável e Sociologia, a torna uma especialista no assunto.

Com competência acadêmica e profissional, Mariane tem sido peça-chave na pesquisa e desenvolvimento de bioinsumos, inovando o setor agrícola com tecnologias baseadas em recursos renováveis e na valorização da sociobiodiversidade. 

Seu engajamento resultou no lançamento do Programa Nacional de Bioinsumos em 2020, que busca impulsionar o uso desses insumos no agronegócio brasileiro. Sua dedicação e conhecimento são inspirações para uma agricultura mais consciente e sustentável.

Para ouvir, clique abaixo:

Bioinsumos na Agricultura Sustentável: Impacto e Perspectivas para o Agro Brasileiro (omny.fm)

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