Podcasts para o Agro
Bioinsumos na Agricultura Sustentável: Impacto e Perspectivas para o Agro Brasileiro
Os bioinsumos são bens ou serviços, oriundos de organismos vivos ou de seus processos de transformação, utilizados na produção de outros bens e serviços em sistemas de produção animal e vegetal, desde a produção primária até a pós colheita, processamento e armazenamento.
No contexto da agroecologia e na produção orgânica, deve ser entendido como um conjunto de ações estratégicas para o desenvolvimento de alternativas de produção, que estimulem a adoção de práticas sustentáveis com o uso de tecnologias desenvolvidos a partir de recursos renováveis, estimulando a autonomia e valorizando a sociobiodiversidade.
Os bioinsumos estão na pauta das discussões nacionais sobre a legislação, normativas e regulamentação. O Brasil lançou em 2020 o Programa Nacional de Bioinsumos que congrega várias iniciativas para estimular o setor no país.
A partir do contexto, é relevante trazer em evidência que os bioinsumos estão presentes em todos os sistemas produtivos ao longo da rede de produção, indo desde a produção animal e vegetal até os processos de pós-colheita e processamento.
Entre eles estão os produtos biológicos à base de microrganismos (vírus, bactérias e fungos), os vários macroorganismos (insetos benéficos, predadores, parasitoides, ácaros predadores, etc.), serviços de polinização e polinizadores, semioquímicos (feromônios) e bioquímicos, probióticos, suplementos para rações animais,bio produtos para controle de doenças em animais e pastagens, biofilmes a base de produtos naturais, aditivos e outros insumos que interagem com a microbiota, como os remineralizadores de solo ou pós de rocha.
Vamos conversar com a bióloga e pesquisadora Mariane Carvalho Vidal em nosso podcast Academia do Agro.
Há mais de duas décadas na Embrapa Hortaliças, Mariane tem se destacado como uma das principais referências em agroecologia e produção orgânica de hortaliças no Brasil.
Seu compromisso em promover práticas agrícolas sustentáveis, aliado à sua sólida formação com mestrado em Produção Vegetal e doutorado em Agroecologia, Desenvolvimento Rural Sustentável e Sociologia, a torna uma especialista no assunto.
Com competência acadêmica e profissional, Mariane tem sido peça-chave na pesquisa e desenvolvimento de bioinsumos, inovando o setor agrícola com tecnologias baseadas em recursos renováveis e na valorização da sociobiodiversidade.
Seu engajamento resultou no lançamento do Programa Nacional de Bioinsumos em 2020, que busca impulsionar o uso desses insumos no agronegócio brasileiro. Sua dedicação e conhecimento são inspirações para uma agricultura mais consciente e sustentável.
Para ouvir, clique abaixo:
Bioinsumos na Agricultura Sustentável: Impacto e Perspectivas para o Agro Brasileiro (omny.fm)
Destaque
Lançamento do Sistema Diamantino será nesta terça, dia 12
A tecnologia permite transformar pastos degradados em produtivos, com entrega de silagem, sem aumento de área e sem conversão para lavoura
O lançamento oficial do Sistema Diamantino (ferramenta para renovação de áreas degradadas da pecuária com geração de renda durante o processo e sem conversão para lavoura) está agendado para esta terça-feira, 12 de novembro, às 19h30, horário de Brasília. Na ocasião, Embrapa e Latina Seeds, parceiros na tecnologia, apresentarão dados sobre validação do sistema e esclarecerão dúvidas. A transmissão será feita pela Embrapa através de seu canal no Youtube; por meio do link, é possível se inscrever e ativar a notificação.
O objetivo da Live é permitir que o pecuarista brasileiro participe, tire suas dúvidas e contribua com o novo sistema. O “Diamantino” segue o conceito de “renovação” de pastagens, que “é restaurar a produção de forragem introduzindo uma nova espécie ou cultivar, em substituição à anterior”, procedimento geralmente indicado quando mais de 40% do pasto está degradado.
No entanto, de forma simultânea, o Sistema permite a agregação de renda através da produção de silagem, para uso na propriedade ou comercialização, amortizando ou bancando os custos da renovação. Como é um mecanismo de sustentabilidade com retorno para a própria bovinocultura de corte, carrega em seu slogan a expressão “Renovação para a pecuária”.
2020/2024
Entre a estruturação da parceria, desenvolvimento do projeto e a validação em lavouras de agricultores foram quatro anos (2021 a 2024) de trabalho. A pesquisa originou a publicação circular Técnica intitulada “Sistema Diamantino para produção de silagem e renovação de pastagem”, de autoria de: Marciana Retore, Gessí Ceccon e Rodrigo Arroyo Garcia (da Embrapa Agropecuária Oeste) e de Willian Sawa (da Latina Seeds), cujo link será disponibilizado durante o lançamento, nesta terça-feira.
O estudo, cujo registro carregou a denominação “Sorgo com forrageiras para intensificação da produção”, envolve avaliações de consórcios de Sorgo biomassa (Sorgão Gigante da Latina Seeds) com Braquiária (capim Marandu) e Panicum (capim BRS Zuri). A pesquisa foi realizada em três municípios do Sul do Mato Grosso do Sul: Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados) e em duas propriedades privadas: Sítio Cantinho do Céu (Jateí) e Sítio Tropical (Vicentina).
Adoção
A pesquisadora da Embrapa Agropecuária Oeste, Marciana Retore, fala que “o diferencial do Sistema Diamantino está na grande produção de volumoso para o período da seca, conjugado com a renovação da pastagem. A expectativa é de que seja adotado em áreas de pastos degradados, tornando-os novamente produtivos, permitindo intensificar a produção pecuária”.
O Engenheiro Agrônomo e analista da Embrapa, Gessí Ceccon conta que o Sistema Diamantino deve ser implantado no início do período chuvoso. A produção de silagem deve ser realizada quando as plantas estiverem com aproximadamente 30% de massa seca. Esses valores podem ser obtidos de 120 a 130 dias após o plantio, dependendo da região e do clima. Posteriormente, em um intervalo de mais 50 a 60 dias, o pasto estará renovado para pastejo, justamente durante o período da estiagem.
Rafael Zanoni Fontes, Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agropecuária Oeste, destaca a importância da colaboração entre entidades privadas e institucionais no desenvolvimento de soluções inovadoras como o Sistema Diamantino. Segundo ele, a união de conhecimentos entre Embrapa e Latina Seeds permitiu criar uma tecnologia que vai além da inovação, alcançando escalas maiores e beneficiando diretamente os produtores. “Essa parceria evidencia o impacto positivo da cooperação entre o setor produtivo e a pesquisa, promovendo a sustentabilidade e a eficiência no campo em várias regiões do Brasil”, afirma Rafael.
Contribuição para o País
O diretor-executivo da Latina Seeds, Willian Sawa, considera que o “Diamantino” contribui de forma inovadora para as políticas ambientais, sociais e econômicas do País e para a imagem do Brasil no exterior ao permitir transformar áreas degradadas em produtivas. “Tudo com muito suporte, segurança, baixo investimento, alto nível de sustentabilidade e rápido retorno/renda para o produtor”, observa.
Estas características foram destacadas em correspondência protocolada junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em 5 de fevereiro de 2024, endereçada ao Comitê Gestor Interministerial do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). Nela, Sawa reforça que a nova tecnologia “permite a conversão de pastagens degradadas em pastos de alto rendimento, espaço para uma pecuária eficiente, produtiva e de baixo impacto, sem a necessidade de ampliação de área”.
O nome “Diamantino” (marca registrada no INPI) é uma referência à cidade mato-grossense (onde foi imaginado) e remete à preciosidade de um diamante, lapidado para o fortalecimento da pecuária brasileira.
Serviço
LIVE: Lançamento oficial do Sistema Diamantino
Data: 12 de novembro (terça-feira)
Horário: 19h30 (horário de Brasília)
Realização: Embrapa e Latina Seeds
Canal da Embrapa no Youtube e transmissão da Live:
https://www.youtube.com/watch?v=g9IN-acnIEg.
Podcasts para o Agro
Microalgas para a Agricultura Sustentável
As microalgas são bioinsumos de origem natural, constituídos por organismos unicelulares fotossintetizantes, que apresentam um imenso potencial para revolucionar a agricultura sustentável.
Esses pequenos organismos trazem diversos benefícios ao meio ambiente e às culturas agrícolas, como a melhoria da qualidade do solo, aumento da produtividade das plantas, controle biológico de pragas e doenças, e redução do impacto ambiental. No entanto, apesar de suas vantagens, a produção em grande escala de microalgas ainda enfrenta desafios, como a escalabilidade e o custo. Por meio de processos tecnológicos avançados, a produção de bio insumos baseados em microalgas tem se destacado como uma solução inovadora e promissora para enfrentar os desafios da agricultura moderna, buscando promover uma produção mais eficiente, segura e em harmonia com o meio ambiente.
Dágon Ribeiro, CEO da Biotecland, é um doutor em Biotecnologia e Biodiversidade, mas também é músico, budista, videomaker e viajante.
Com uma ampla experiência em diferentes projetos, ele entende cada vez mais a multidisciplinaridade dos processos tecnológicos, ambientais e da vida, com o objetivo de construir um mundo sustentável.
Ao longo da nossa conversa, exploraremos o fascinante universo das microalgas para a agricultura sustentável.
As algas têm sido protagonistas em iniciativas inovadoras na agricultura e pecuária, e é isso que queremos entender melhor com a expertise do Dágon.
Confira, clicando no link:
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A Transformação da Produção On Farm com Bioinsumos
No dinâmico e desafiador cenário do agronegócio, onde a busca incessante por soluções que combinem eficácia e sustentabilidade é uma constante, a trajetória de Alber Martins Guedes emerge como um exemplo notável de realização.
Sua jornada, desde as humildes origens como filho de um pequeno produtor rural, até alcançar as posições de Vice-Presidente de Vendas, Presidente do Conselho e Fundador de uma renomada empresa, é um testemunho inspirador de determinação e inovação.
Nesse contexto, a criação da Solubio surge como um marco significativo. O impulso por trás dessa iniciativa encontrou raízes na percepção de que as inovações frequentemente permaneciam fora do alcance dos agricultores de base. Fundamentado em uma visão escalável e orientada para a sustentabilidade, Alber Guedes resolveu intervir nesse panorama. Assim nasceu a Solubio, uma empresa determinada a redefinir a produção de alimentos ao explorar os bioinsumos desenvolvidos in loco nas propriedades rurais.
A contribuição transformadora da Solubio para o agronegócio é notável. Sua abordagem singular, chamada de manejo biológico OnFarm, possibilita aos agricultores a produção interna de seus próprios bioinsumos. Essa abordagem não apenas reduz de forma marcante os custos de produção, mas também diminui a dependência de agrotóxicos, abrindo caminho para práticas agrícolas mais equilibradas e sustentáveis. Sob o rótulo “SoluBio Experience”, a empresa oferece um pacote completo que abrange equipamentos, insumos, treinamento e suporte técnico, resultando em uma impressionante redução de até 70% nos custos de manejo.
No entanto, essa é apenas a face visível de um legado muito mais amplo. A visão de futuro da Solubio transcende o solo brasileiro, com planos audaciosos de internacionalização. A empresa já acumula uma base sólida de 350 clientes e sua presença abrange mais de 3,0 milhões de hectares de diversas culturas. Ambicionando atingir novos patamares, a Solubio estabeleceu metas de expansão para países como Colômbia, Paraguai, Costa Rica e EUA, solidificando seu papel como pioneira em práticas agrícolas revolucionárias.
Confira, clicando no link:
A Transformação da Produção On Farm com Bioinsumos (omny.fm)