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Inovação cria marco na conservação de sementes e vai levar mais segurança ao produtor
Novo bag de armazenamento, da Girassol Agrícola, terá tecnologia que propicia barreira ultra restrita de gases e umidade, preservando características fundamentais para a performance das cultivares no campo
Levar mais qualidade, tecnologia e segurança para o produtor rural contribui diretamente com o desenvolvimento da agricultura e oferta de alimentos e fibras para a população mundial. As inovações desempenham um papel crucial nesse aspecto e é com esse objetivo que a Girassol Agrícola, uma das sementeiras líderes no Cerrado brasileiro, lançou seu novo big bag de armazenamento de sementes de soja com atmosfera isolada, o Bag ATI.
Inédita no Brasil, a embalagem possui um sistema diferenciado, onde o bag convencional de soja ganha uma camada de proteção interna, o chamado Liner, um plástico co-extrusado de sete camadas. Esse material propicia uma barreira ultra resistente a gases e umidade, assim como embalagens comerciais de alimentos, àquelas chamadas “à vácuo”. O objetivo da companhia é garantir maior vigor e performance de produtividade em escala comercial. “Significa um marco na conservação, uma tecnologia disruptiva focada na maximização do vigor de sementes”, destaca Winicius Menegaz, gerente de produção de sementes da Girassol Agrícola.
O profissional explica que a tecnologia tem como objetivo principal a máxima manutenção da qualidade das sementes ao longo do tempo e, no caso da soja, “trará conservação durante o armazenamento no sementeiro e cliente final”, diz. Pessoalmente envolvido com o estudo da tecnologia através de sua tese de doutorado, Winicius conta que os benefícios da inovação estão validados por quase 30 anos, inclusive com pesquisas da Embrapa e dissertações de mestrado.
“Os estudos nos mostram que quando as sementes de soja são embaladas com umidade pouco inferior ao padrão (um pouco mais secas) nesse ambiente controlado, permite-se maior conservação, seja pela baixa troca de gases com o ambiente ou baixo nível de oxigênio que está sendo disponibilizado, diminuindo assim seu metabolismo. Neste caso, as sementes entram em estado de conservação máxima”, completa.
Linha do tempo
A Girassol Agrícola é uma das sementeiras mais antigas do País e iniciou a produção de sementes de soja em 1988. Na época, o armazenamento do produto era feito em sacarias de polipropileno com 50 quilos. Em seguida, a empresa passou a utilizar sacas de papel de 40 quilos. Esse tipo de embalagem permitia uma conservação um pouco melhor nos armazéns, que ainda não eram climatizados.
Valmir Missio, gerente de produção industrial da Girassol Agrícola, já trabalhava na sementeira neste período e acompanhou, ao longo dos anos, a busca por mais melhorias. Assim nasceu o big bag de mil quilos de sementes, mas que ainda não era o mais adequado em praticidade, pois o produtor tinha que fazer o cálculo do PMS (peso de mil sementes) antes de plantar.
Com mais alguns anos, de forma pioneira e atendendo uma necessidade das áreas maiores do Cerrado, a sementeira criou para a soja o “bag de 5 milhões”, assim chamado pela quantidade de sementes em cada embalagem, agora com até 700 quilos. A empresa seguiu priorizando melhorar não só a conservação, mas também o trabalho no campo, e incorporou o primeiro tratamento industrial de sementes, de forma parcial. “Hoje temos o Abre e Plante, a semente vai pronta, com TSI completo”, acrescenta Missio.
E a partir da próxima safra, o bag de atmosfera isolada chegará ao mercado, mas, segundo a empresa, as inovações não param aí. “Hoje, a necessidade de tecnificação agrícola e o aumento dos custos tornam o produtor cada vez mais exigente na escolha dos insumos e isso reflete na busca por novas alternativas por parte do setor. É isso que fazemos, estamos buscando constantemente mais vigor e mais germinação”, pontua o gerente.
Campanha de Soja 2024/25
A inovação de armazenagem faz parte da nova campanha comercial da empresa, que além do Bag ATI vai oferecer uma bonificação para casos de replantio e garantias de qualidade acima da média do mercado. O lançamento aconteceu em Rondonópolis/MT, sede da Girassol Agrícola, no último dia 14, e terá mais uma etapa em janeiro, com a realização do G.A.Tec Soja, no dia 20.
Em sua 5ª edição, o evento é um verdadeiro congresso dentro do campo, onde além de painéis com especialistas na cultura, o público poderá conferir o portfólio de variedades comerciais da empresa, com novidades, e soluções do mercado de sementes, através de empresas parceiras. Em breve as inscrições, que são gratuitas, estarão disponíveis.
Girassol Agrícola – Há mais de 40 anos no mercado, a Girassol Agrícola iniciou suas atividades em 1982 no Estado de Mato Grosso, na região da Serra da Petrovina. Consolidada como uma das melhores e mais produtivas empresas do agronegócio brasileiro, atualmente, as principais atividades do grupo se concentram na produção e comercialização de sementes de soja, milho, algodão e reflorestamento de eucalipto, utilizando alta tecnologia de produção e máquinas de última geração. São quatro unidades de produção em MT, nos municípios de Pedra Preta (Serra da Petrovina), Jaciara, Torixoréu e Aripuanã, além de duas unidades de produção terceirizadas nos estados de Goiás e Bahia.
Destaque
Corrida para plantar a safra de soja 2024/25 eleva riscos para as operações de plantio
Intensificação do uso de maquinário em uma curta janela de semeadura pode aumentar a probabilidade de acidentes
A safra de soja 2024/25 teve um início desafiador, com irregularidade de precipitações e atraso em boa parte das regiões produtoras. Com a chegada das chuvas, os trabalhos de campo evoluíram com rapidez e o índice de semeadura saltou para 54% até 31 de outubro, sendo o 2º mais acelerado da história, segundo levantamento da consultoria AgRural.
De acordo com o monitoramento climático da FF Seguros, espera-se que os níveis de umidade de solo melhorem em todo o país, especialmente em áreas produtoras na região central do Brasil. No entanto, de forma geral, as condições de precipitações em outubro foram piores do que o panorama em 2021, ano que registrou seca e quebra de safra relevante.
A corrida para plantar
Com o atraso para iniciar a safra em algumas regiões, a redução da janela ideal de plantio da soja pode prejudicar o planejamento da segunda safra de milho. Outra preocupação é que, para conseguir plantar em um período mais curto, os agricultores costumam intensificar o uso de maquinário, o que aumenta a probabilidade de acidentes durante o plantio. “Imprevistos como colisões ou tombamentos podem danificar as semeadoras. Além disso, as máquinas ficam sujeitas aos riscos de incêndio, queda de raio e explosão, entre outros problemas”, afirma Roberto Zuardi, que é coordenador de sinistros agrícolas da FF Seguros.
Antes de plantar uma determinada área, Zuardi recomenda avaliar o talhão com o objetivo de remover tocos de árvores, cupinzeiros e outros obstáculos visíveis no terreno. Isso é importante porque a plantadeira opera próxima ao chão e pode ser facilmente atingida. “Os agricultores podem prevenir acidentes com pedras e galhos, já que esses objetos podem danificar a trilha de plantio e componentes da semeadora”, diz ele.
Proteção para máquinas
Para mitigar os riscos de maquinário, é fundamental contar com a proteção de um seguro da modalidade patrimonial rural ou de penhor rural. A FF Seguros protege máquinas e implementos agrícolas contra acidentes (colisão ou tombamento), roubo e furto mediante arrombamento. O produtor pode optar pela contratação de coberturas extras como furto simples, incêndio, raio, explosão, entre outras. A seguradora oferece flexibilidade para definir cláusula de rateio, vigência de até cinco anos e taxas diferenciadas.
De acordo com Diego Caputo, gerente comercial de cooperativas da FF Seguros, a apólice protege contra perdas relevantes. Um exemplo disso foi um sinistro em razão de tombamento de semeadora, atendido pela seguradora em dezembro de 2023. “Esse acidente ocasionou deformidades nas linhas, no conjunto de cabeçalho e reservatório de sementes da máquina e gerou indenização de R$ 148,5 mil por parte da seguradora. O seguro é uma essencial para mitigar diversos riscos, protegendo o patrimônio do produtor”, conta Caputo.
De acordo com um estudo da FF Seguros, o acidente de causa externa representa mais de 80% dos casos de sinistros de semeadoras. O segundo maior risco é o dano elétrico, que representou 10% dos casos estudados, segundo levantamento que analisou uma amostra de 50 ocorrências entre 2020 e 2024.
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Consórcio de máquinas e equipamentos agrícolas deve alcançar recorde de vendas no último semestre de 2024
Com mais de 66 mil contemplações no país, setor movimentou R$33,53 bilhões, de janeiro a setembro deste ano
O consórcio para máquinas e equipamentos agrícolas segue se destacando em 2024 e apresentou um resultado além do esperado para o setor. De janeiro a setembro deste ano houve um crescimento recorde em seus indicadores. Foram comercializados mais de R$33,53 bilhões em créditos, com mais de 184,7 mil cotas vendidas no período e 66,44 mil contemplações, segundo dados obtidos pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).
Neste ano, os consórcios de veículos pesados, que reúnem caminhões, tratores, implementos rodoviários e agrícolas, anotaram bons desempenhos em cinco indicadores: participantes ativos, vendas de cotas, negócios realizados, contemplações e créditos concedidos. O agronegócio representa um terço do total geral do segmento e obteve resultados positivos, contando com expectativa de boa safra de grãos.
Houve, nos últimos meses, um número maior de acidentes climáticos no Brasil. A princípio, a tragédia no Rio Grande do Sul assolou o sul do país; a seca e o calor excessivo provocaram incêndios em áreas florestadas, na região central e no Amazonas. Mesmo assim, os índices continuaram crescendo , seja pela a retomada dos negócios com substituição de frotas e máquinas, seja por meio de investimentos para o novo plantio e colheita de 2025, seja pelo atendimento da demanda de exportações de produtos agropecuários, que ultrapassou US$14 bilhões, conforme o Ministério da Agricultura.
Para Fernando Lamounier, diretor da Multimarcas Consórcios: “Diante da situação atual que enfrenta o agronegócio, as características do consórcio se ajustam às peculiaridades do setor, ao passo que a modalidade financeira alcançou posição de credibilidade, ano após ano, levando o público consumidor que, ao planejar suas compras, o escolhe como alternativa econômica para concretizar seus objetivos”.
O último trimestre de 2024 deve apresentar resultados promissores. Estima-se, segundo a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que as vendas de maquinário agrícola encerrem o ano em queda de 10%. O cenário ajuda a elucidar o aumento das cotas de consórcios.
A expansão do segmento reforça a posição do Brasil, que é um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo, e também coloca em evidência a necessidade de modernização constante da produtividade agrícola para maximizar a demanda.
O país se posiciona fundamentalmente no cenário agrícola mundial, independentemente dos abalos cataclísmicos. A base do agronegócio local é sustentada também pelo potente mercado da exportação de grãos, como soja, milho e café. “Compreendendo nosso país como a potência que é para a exportação de grãos, percebe-se que os consórcios continuarão desempenhando grande parceria e contribuição inquestionável com o agronegócio”, finaliza Lamounier.
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Inscrições para o Concurso de Produtividade do Milho Verão/2025 vão até dia 30 de novembro
Para esta edição, o Getap anuncia como novidade a premiação para a categoria destaque regional, a qual reconhecerá os agricultores com melhor desempenho em suas respectivas localidades
Os agricultores de todo o País que desejam participar do Concurso de Produtividade do Milho Verão/25, têm até o próximo dia 30 de novembro para realizarem suas inscrições. A premiação que reconhece os agricultores que atingiram alta performance, elevando o patamar da produção do cereal no Brasil, divulgará os ganhadores durante o Fórum Getap, que será realizado no próximo ano. Além do tão aguardado destaque nacional e a premiação nas modalidades de cultivo sequeiro e irrigado, a principal novidade nesta edição será a categoria regional, criada com objetivo de reconhecer e democratizar o concurso, submetendo os produtores às mesmas condições de avaliações.
De acordo com o coordenador técnico do Getap (Grupo Tático de Aumento de Produtividade), Gustavo Resende Capanema, é importante ressaltar que essa regionalização não é por estado, mas sim, por um conjunto de regiões pré-definidas após estudos. Desta forma foram classificadas nos seguintes grupos de regiões: Norte: (Maranhão, Piauí, Tocantins, Bahia e Pará); Oeste: (Mato Grosso, Norte de Mato Grosso do Sul e Rondônia); Sul: (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Sul de Mato Grosso do Sul) e Centro: (Minas Gerais e Goiás). “Com essa categorização, os participantes competirão em igualdade com as mesmas condições de clima e plantio”, disse.
As inscrições devem ser realizadas acessando o site (www.getap.agr.br). Para tornar ágil esse processo, a equipe do Getap possibilitou que com um único fornecimento de dados na plataforma é possível fazer o cadastramento de mais de uma área, se necessário. O registro também pode ser feito via patrocinadores do evento (Bayer, Corteva, ICL, Stoller e Ubyfol). Basta o interessado entrar em contato com um desses parceiros e buscar o cupom que custeia essa inscrição.
No caso de agricultores independentes (sem patrocinadores) acima da régua de corte determinada, o custo da auditoria é pago pelo Getap, já aqueles que optarem por seguir e tiveram produtividade abaixo da régua, terá que arcar com as despesas por conta própria.
Critérios
Os participantes terão suas áreas auditadas pela equipe técnica do Grupo Somar, a qual tem ampla experiência neste mercado. Alguns indicadores chave de produção serão analisados, entre eles: produtividade e população obtida, número e peso de grãos por espiga.
A régua de corte de produtividade para produtores independentes foi definida em 240 sacas por hectares para a modalidade sequeiro e de 270 sc/ha para irrigado. Além disso, é importante destacar que os produtores patrocinados não dependem de régua de corte. No final do processo, todos os participantes receberão um relatório técnico completo, produzido pela equipe do Getap, podendo comparar seus resultados com as médias dos demais produtores. “Além disso, é importante destacar que que produtores patrocinados não dependem de régua de corte, apenas os avulsos”, reforçou Capanema.
Campeões recentes
A mais recente edição do Fórum Getap Verão/2024, contou com 162 inscritos de sete estados brasileiros. O destaque foi o Paraná, que consagrou as três maiores produtividades na categoria sequeiro. O grande campeão foi o produtor Ronei Gaviraghi, do município de Mangueirinha, que alcançou a marca de 270 sacas por hectare.
A segunda colocação ficou com Nilson de Paula Xavier Marchioro, de Ipiranga, que colheu 256,3 sc/ha. Fechou o pódio o agricultor, Egon Heinrich Milla, de Candói, que chegou à terceira colocação com a produção de 253,0 sc/ha. Os três produtores foram inscritos pela Bayer.
Na categoria milho irrigado destacou-se o agricultor, Cláudio Castro Cunha (inscrição independente), de Perdizes/MG, que colheu 258,2 sc/ha, garantindo de forma isolada o primeiro lugar. O segundo colocado foi, Fabio Zandonai, de Cristalina/GO, inscrito pela Bayer, com a marca de 254,4 sc/há, seguido por Bráulio Copetti Casarin, de Boa Vista do Cadeado/RS, que produziu 247,1 sc/ha (Bayer) e garantiu a terceira colocação.
Mais detalhes
O Getap é uma iniciativa que busca reunir especialistas do agronegócio para discutir temas relevantes e disseminar conhecimento e boas práticas no manejo da cultura do milho, com o objetivo de incentivar o cultivo eficiente no Brasil. Para isso, é promovido o concurso de produtividade do cereal. A iniciativa tem como curadoria a Céleres, além de apoiadores importantes como a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal, Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo) e Abisolo (Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal).