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Planejar a utilização e manejo das pastagens é fundamental para garantir a rentabilidade na atividade pecuária
Com a adoção de tecnologia e o correto manejo de fertilizantes, é possível ampliar, com baixo investimento, a eficiência das áreas de pastagem proporcionando maior ganho de peso aos animais e melhor retorno financeiro
Um projeto longevo, bem estruturado e focado em obter os melhores resultados necessita primeiramente de um bom planejamento. Com a escolha correta, as tomadas de decisões tornam-se mais assertivas, a trajetória é mais segura e as chances de obter economia ou maior lucratividade no fim dessa jornada são muito maiores. Algumas atividades cada vez mais exigem estratégias eficientes e com a pecuária a realidade não é diferente.
Com margens mais estreitas, custos dos principais insumos mais altos e o recuo do preço da arroba (em relação ao ano passado), o pecuarista precisa mais do que nunca ser cirúrgico em suas decisões. Para isso, desde já é fundamental pensar no preparo da pastagem para o período das águas daqui alguns meses. O pasto é o principal recurso que o produtor tem para garantir alimento de qualidade a boiada de forma mais econômica sem ficar refém das oscilações do mercado.
Segundo Luiz Vezozzo, gestor do programa na Harvest Agro, os fatores que garantem o Brasil ser muito competitivo na produção de carne bovina são suas características naturais como clima e solo favoráveis. Porém, com o declínio da fertilidade dos solos, pelo seu uso ao longo do tempo, observa-se a necessidade do uso de tecnologias para manutenção da competitividade da atividade. “Observamos pecuaristas com baixa produtividade por não aderir à utilização de tecnologias de produção. Porém, com as ferramentas certas a pastagem pode ser sim um investimento muito rentável”, destacou.
Entre as soluções mais eficientes disponíveis no mercado, está o Programa Pasto Forte da Harvest Agro. Na prática a ferramenta apresenta diversos ganhos, entre eles: o aumento da disponibilidade de MS (massa seca), dos elementos nutricionais na folha, além do custo reduzido em comparação às outras tecnologias. Nota-se também o efeito antiestresse do pasto devido ao balanço perfeito de aminoácidos livres e ainda a indução de produção de fitoalexinas; hormônios tanino e lignina, resultando em melhor recuperação da planta após fatores causadores de estresse, por exemplo uso de herbicidas e seca.
O Pasto Forte é composto por cinco produtos, são eles: Stimullum, Impact, Pasto Max, Guepardo e o N32. “O nosso programa é completo, pois ele é composto por importantes macro e micronutrientes, além da cadeia completa de aminoácidos e extrato de algas que garantem um efeito residual no pós primeiro corte”, diz o gerente de pastagem.
Uma outra vantagem do protocolo da Harvest Agro é o resultado rápido, por isso conta com duas aplicações em fases diferentes. “Em 40 dias, é possível voltar os animais no pasto tratado. A absorção pelas plantas dos nutrientes de nossos produtos é mais eficaz, em função da tecnologia adotada, são poucas as empresas que têm essas soluções foliares”, finaliza Vezozzo.
Resultados comprovados
Em áreas onde o produto vem sendo utilizado, observou-se maior eficiência e mobilidade de nutrientes, favorecendo sua distribuição nas plantas, resultando em pastagens mais saudáveis e produtivas. “Nosso protocolo proporciona também maior compatibilidade de mistura no pulverizador, melhor enraizamento e arranque inicial, assim as plantas atingem altura superior e geram maior massa de peso com maior lucratividade ao agropecuarista”, destaca.
Para traduzir em números os ganhos que a aplicação correta do protocolo pode resultar, vamos utilizar, como exemplo, uma área avaliada em uma fazenda no Noroeste do Estado do Paraná onde foi aplicado os produtos em duas áreas no mesmo pasto. “Como foi uma época de muito calor e seca, visualmente a diferença entre um local aplicado e a área testemunha não chamou tanto a atenção quanto ao resultado da pesagem do capim. Após a aferição no local no qual o protocolo foi aplicado obteve-se 55% a mais de peso do capim”, disse o especialista.
Ao levar em conta apenas a matéria seca, depois do capim desidratado, a pastagem onde o protocolo foi utilizado ganhou 47% a mais de peso. “Baseado nessa avaliação, os ganhos são muito relevantes, conferindo melhor rentabilidade ao pecuarista”, acrescentou Vezozzo.
Investimento que dá lucro
Para comprovar a viabilidade e a importância de investir na melhoria das pastagens, o pecuarista deve fazer algumas contas. Por exemplo, devido a maior produção de capim por hectare e consequentemente maior lotação de animais no pasto, caso ele optasse por arrendar sua pastagem, pressupondo o valor do arrendamento na ordem de 20% do valor da arroba por cabeça/mês.
Levando em conta a cotação atual da @ de R$ 230, por exemplo, média CEPEA, e aplicando esse 20% o valor do arrendamento seria de R$ 46 por cabeça/mês. Considerando o aumento da lotação devido ao aumento de oferta de capim por conta do uso da tecnologia, de lotação média de 1.2 UA (Unidade Animal) por hectare para 1.76 (aumento de 47%), . Se multiplicada essa por 47%, resultará em 1.56 UA por ha. O ganho financeiro para o pecuarista seria de R$25,94 por hectare por mês (0.56 UA a mais por hectare vezes R$46,00).
Ao longo de 12 meses, que é a frequência de uso do protocolo (uma vez anual) esse produtor garantirá R$311,00 a mais de receita por hectare. “Esse ganho é resultado de um investimento de R$185,00 (valor por hectare pelo protocolo). Ou seja, para cada R$1,00 aplicado no protocolo o pecuarista nesse exemplo obteve R$1,68 de retorno. Nenhuma aplicação financeira segura paga isso. Portanto, vale a pena fazer esse investimento e são essas as contas que o pecuarista precisa fazer”, finaliza o especialista.
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Brasileiros investiram mais em consórcios de veículos pesados em 2024
O tíquete médio aumentou 24,6%, comparado ao período de 2023, com valor de R$187.733 no acumulado
Os brasileiros aumentaram os investimentos em consórcios de veículos pesados em 2024, segundo relatório da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). Esta categoria engloba caminhões, máquinas agrícolas, ônibus e retroescavadeiras. O tíquete médio do segmento registrou um crescimento de 24,6% em relação ao mesmo período, em 2023, refletindo a busca por alternativas mais acessíveis para aquisição de caminhões, ônibus, tratores e máquinas agrícolas. Neste ano (2025), o valor médio foi de R$187.733. Em 2023, foi de R$150.652.
O aumento no tíquete médio pode ser impulsionado por diversos fatores, como o custo elevado dos financiamentos tradicionais: Com juros mais altos, o consórcio se tornou uma opção mais viável para empresários e profissionais do transporte e do agronegócio. Principalmente com os dados referentes à taxa Selic para 2024 e as previsões de investimentos e créditos liberados para cooperativas e pequenos produtores.
A expansão da frota e renovação de veículos são motivos para que empresas e autônomos invistam na modernização de seus veículos para atender às novas demandas do mercado e às regulamentações ambientais. O setor agrícola segue em alta. O crescimento do agronegócio e da logística no país exige mais maquinário e transporte eficiente para escoamento da produção.
Além do aumento no tíquete médio, o relatório também aponta um crescimento de 13,4% no número de pessoas contempladas, totalizando 90.800 contemplações contra 80.050 do ano anterior.
Para Fernando Lamounier, educador financeiro e sócio executivo da Multimarcas Consórcios, o maquinário agrícola representa um investimento significativo tanto para as empresas do setor quanto para os produtores rurais, o que torna o consórcio uma alternativa atraente para a aquisição dessas ferramentas. “Embora existam opções de financiamento, os altos juros tornam-nas muitas vezes inviáveis. Já o consórcio se ajusta perfeitamente às necessidades do setor, conquistando uma crescente credibilidade. Por isso, cada vez mais, os consumidores, ao planejar suas compras, optam por essa modalidade como uma solução econômica para alcançar seus objetivos”, afirma o especialista.
Em 2024, o volume de créditos disponibilizados também subiu 38,9%, alcançando a marca de R$17.498.153,33. Reforça-se a tendência de expansão do setor. Em 2023, o volume de crédito liberado foi de R$12.596. 258,06, conforme dados da ABAC.
“O consórcio, além de ser uma opção viável em tempos de incerteza econômica, reforça seu papel como aliado indispensável para a modernização do agronegócio e para o fortalecimento de um setor vital à economia brasileira”, finaliza o especialista.
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Como o agronegócio tem se beneficiado das soluções tecnológicas voltadas para o RH
Implementar ferramentas inovadoras nos recursos humanos resulta em benefícios diretos como maior segurança no trabalho, melhores condições para o colaborador e a manutenção dos melhores talentos
De drones pulverizando lavouras a sensores que monitoram a produtividade no campo, a chamada “Agroindústria 4.0” demonstra que os avanços tecnológicos vão muito além da colheita. Com o agronegócio se tornando mais dependente de inovações, como inteligência artificial, blockchain e automação, a gestão de pessoas também precisa evoluir para acompanhar esse avanço. Nesse cenário, o uso de soluções tecnológicas no RH ganha cada vez mais destaque, oferecendo ferramentas para otimizar processos, reduzir custos e aumentar a eficiência na administração de equipes.
Nos últimos anos, essa mudança ganhou velocidade ao quebrar barreiras tradicionais no modelo de trabalho e gestão no agro. Antes associada ao pagamento de folhas salariais e funções administrativas, a área de Recursos Humanos evoluiu para se tornar um pilar estratégico na atração, retenção e desenvolvimento de talentos. Com a sazonalidade do setor, caracterizada por picos de demanda e gestão de recursos em períodos de safra, a busca por eficiência e agilidade no RH tornou-se essencial para garantir produtividade e sustentabilidade dos negócios.
Com a digitalização, surgiram soluções que permitem ao setor agropecuário gerenciar e engajar seus colaboradores de uma maneira nunca vista antes. Ferramentas como IA, portais de autosserviço e plataformas de gestão de talentos, como o SAP SuccessFactors, têm sido adotadas amplamente. Essas tecnologias não apenas automatizam tarefas rotineiras, mas ampliam a capacidade do RH de agir estrategicamente, com foco no desenvolvimento contínuo e na gestão da força de trabalho.
“Um exemplo claro dessa evolução ocorre durante as safras, quando cerca de 60% do quadro de colaboradores pode ser temporário. As ferramentas digitais tornam o recrutamento mais rápido e eficiente, facilitando desde o processo seletivo até a integração dos novos trabalhadores. Além disso, os portais de autosserviço permitem que os profissionais atualizem informações, consultem dados e solicitem serviços de forma independente, liberando as equipes de RH para ações mais táticas, como o desenvolvimento de lideranças e o planejamento de carreira”, explica Rodrigo Ike Yanagida, Arquiteto de Soluções da Intelligenza IT.
A construção de uma marca empregadora forte e transparente também é uma prioridade para este setor. O uso de tecnologias possibilita mapear a trajetória dos colaboradores, desde a contratação até o desenvolvimento de carreira, o que torna possível identificar lacunas de desempenho e direcionar treinamentos alinhados com as metas da organização – processo que não apenas eleva a produtividade, mas também fortalece o vínculo entre o funcionário e a empresa, criando um ambiente de trabalho mais motivador e com maior fidelidade.
Não à toa, a gestão da experiência do colaborador tem se tornado cada vez mais importante, especialmente para os trabalhadores temporários, pois a qualidade da jornada de trabalho pode impactar diretamente a decisão de retornar na próxima safra. “Proporcionar boas condições de trabalho, oportunidades de crescimento e uma clara conexão entre os valores da companhia e a experiência do colaborador são essenciais para garantir uma alta taxa de retenção de talentos e fortalecer a marca empregadora”, pontua Maurício Cavalheiro Fernandes, Relacionamento com Clientes da Intelligenza IT.
Vale pontuar que a segurança no trabalho também é uma preocupação constante no agronegócio, especialmente quando se trata do uso de defensivos agrícolas e maquinários pesados. E a digitalização tem contribuído para esse aspecto, integrando treinamentos obrigatórios com sistemas automatizados, garantindo que os profissionais só possam operar máquinas após a conclusão dos treinamentos necessários, o que reduz os riscos de acidentes.
Embora a tecnologia traga inúmeros benefícios, o setor agropecuário ainda enfrenta desafios, como a escassez de mão de obra qualificada e a necessidade de adaptar a força de trabalho às novas demandas. Profissões que eram inimagináveis há cinco anos, como operadores de drones e analistas de dados agrícolas, ilustram a velocidade dessa transformação e a necessidade das empresas investirem em tecnologias robustas e estratégias focadas nos colaboradores .
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O impacto da energia solar na vida de famílias de baixa renda
*Por Rodrigo Bourscheidt
Uma pesquisa feita pelo Instituto Pólis, em parceria com a Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), com duas mil pessoas de todo o país, revelou que a conta de luz é uma das maiores despesas dos brasileiros e esse impacto é ainda mais significativo entre as famílias de baixa renda. De acordo com o levantamento, 25% das pessoas pertencentes às classes D e E relataram que precisaram deixar de comprar alimentos para conseguir pagar a conta de luz, 49% afirmaram que a alimentação e a conta de energia são os itens que mais pesam no orçamento familiar e 36% dos entrevistados disseram que gastam metade ou mais da sua renda mensal para pagar luz e gás.
O custo da eletricidade tem um peso significativo para as famílias que não dispõe de recursos financeiros. No entanto, a instalação de sistemas de energia solar pode aliviar essa pressão, permitindo que elas utilizem sua renda de forma mais eficiente. Um sistema fotovoltaico tem o potencial de reduzir em até 95% os gastos dos consumidores com eletricidade. Essa economia possibilita que os moradores possam investir em outras áreas de necessidades essenciais como educação, saúde ou alimentação. Isso resulta na melhoria não apenas para a redução da pobreza energética como na qualidade de vida das pessoas.
No Brasil, iniciativas como o programa Luz Para Todos, e linhas de crédito para instalações de sistemas fotovoltaicos, ajudam a gerar energia solar nas comunidades mais carentes e representam um passo importante para a construção de um futuro mais sustentável, igualitário, gerando ganhos em termos econômicos e fortalecendo a autonomia energética e social da população mais vulnerável.
Além disso, existem diversos projetos e ações que buscam potencializar o setor fotovoltaico no país. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), criaram um fogão solar para comunidades paulistas de baixa renda, o dispositivo utiliza a energia do sol para cozinhar alimentos. O objetivo é trocar os fornos à lenha ou carvão, que podem provocar sérios danos à saúde devido à fumaça, melhorando a qualidade do ar respirado nas residências, sem haver qualquer dano ao meio ambiente. Outro projeto semelhante ocorre nos estados do Piauí e Rio Grande do Norte, onde foram criados incentivos para viabilizar que as pessoas tenham acesso a esse tipo de produto, visando reduzir os custos com o gás de cozinha.
Os projetos sociais de energia solar no Brasil demonstram o potencial dessa tecnologia para criar um futuro mais sustentável e justo. Essas iniciativas não só fornecem energia limpa, mas também capacitam as comunidades e geram empregos locais. Com o crescimento contínuo do setor e o apoio de parcerias entre ONGs e empresas, a energia solar está se firmando como uma solução poderosa para os desafios energéticos e sociais do país.
Este é o momento ideal para aproveitar o crescimento do mercado de energia solar e canalizar uma parcela significativa dos novos investimentos na expansão da energia fotovoltaica para consumidores de baixa renda. A iniciativa trará benefícios ambientais, sociais e econômicos, gerando impactos positivos em diversas áreas.
*Rodrigo Bourscheidt é formado em Administração e Negócios pela Faculdade Sul Brasil. Atuou em equipes comerciais e estratégicas de empresas como AmBev, Grupo Embratel (Embratel, Claro e Net) e Grupo L’oreal, antes de se dedicar ao empreendedorismo. Em 2019 fundou a Energy+, rede de tecnologia em energias renováveis que oferece soluções voltadas para a geração de energia distribuída, onde atua como CEO. |