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Liderança feminina no Agro: mulheres impulsionam a transformação do setor em diversas frentes, da mecanização à revolução digital
Com visão estratégica e inovação, mulheres consolidam seu espaço em setores-chave da agricultura brasileira
No dia 15 de outubro, celebra-se o Dia Internacional da Mulher Rural, uma data que reforça a importância das mulheres que estão à frente de um dos setores mais essenciais para a economia global. Seja na liderança de empresas fornecedoras de máquinas agrícolas para a mecanização do campo ou em plataformas digitais que estão revolucionando a forma como o agronegócio opera, as mulheres vêm conquistando espaços de destaque e transformando o setor com inovação e visão estratégica.
De acordo com a pesquisa “Todas as Mulheres do Agronegócio”, realizada em 2021 pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), 59,2% das mulheres que atuam no agro são proprietárias ou sócias, enquanto 30,5% ocupam cargos de gerência, direção ou coordenação, o que reforça a importância da inclusão feminina em um setor que tem passado por profundas transformações.
Histórias que inspiram
Valéria Lima Martins Figueiredo, gerente Comercial na Corpal, uma empresa fornecedora de máquinas agrícolas da multinacional japonesa YANMAR, destaca a importância da presença feminina em áreas mais técnicas do agro. “A mecanização é essencial para a competitividade do campo, e ver mais mulheres em posições de liderança nesse segmento mostra como estamos quebrando barreiras. Acredito que a chave para enfrentar esses obstáculos está na inovação e na busca constante por melhorias. Minha experiência no campo me fortaleceu a cada passo, e tenho observado que a presença feminina no setor está crescendo, mostrando que somos capazes de trazer um olhar diferenciado e inovador para o agronegócio”, destaca.
Sobre o papel das mulheres no dia a dia no campo ela ainda acrescenta que isso vai muito além da representatividade. “Estamos conquistando nosso espaço de maneira significativa, com um olhar sensível, prático e estratégico, que contribui diretamente para a evolução do setor. Acredito fortemente na importância da diversidade e em como a presença feminina está moldando uma agricultura mais inclusiva e sustentável”.
Para Ana Caroline Rodrigues de Lima Costa, coordenadora de lojas de outra concessionária da YANMAR, a Lagross, o conhecimento técnico dos produtos agrícolas e a boa gestão de pessoas são pilares essenciais para o crescimento profissional. “Ao longo da minha jornada, enfrentei muitos desafios e aprendi que determinação faz parte do processo de evolução. O importante é manter a disciplina, o foco e, principalmente, a resiliência, além de conquistar a confiança da equipe e dos clientes. É gratificante ver os resultados desse esforço diário, principalmente quando contribuímos para o sucesso dos produtores rurais.”
Ela destaca ainda sua motivação, que vem de família e especialmente da força de sua mãe, e da oportunidade de ser exemplo para outras mulheres no campo. “Sinto que estou no caminho certo ao trabalhar com amor, superando desafios e entregando resultados que impulsionam a produtividade das safras e realizam os sonhos dos agricultores. As mulheres no agronegócio são fundamentais para promover a diversidade e mostrar que, com determinação, é possível alcançar espaços de liderança e inspirar aqueles ao nosso redor.”
Para Mariana G. M. de Freitas, gerente do Marketplace de Insumos da Orbia, uma plataforma digital que oferece soluções completas para o agronegócio brasileiro, seus mais de 11 anos de experiência no setor agrícola proporcionaram uma visão mais profunda do Brasil e uma compreensão madura das engrenagens que movimentam a cadeia de negócios do setor. “Desde a oportunidade de conhecer a primeira mulher contratada para trabalhar na área comercial de uma grande empresa – hoje, diretora em outra multinacional – até as conversas com produtoras rurais, não posso deixar de reconhecer a força e a determinação das muitas histórias que cruzaram meu caminho. São inúmeros exemplos que fazem parte do meu cotidiano e me inspiram nos desafios que enfrento”.
Ela ainda aproveita a data para celebrar os espaços conquistados por tantas mulheres que trabalham para fortalecer o agronegócio brasileiro. “Para exaltar nossas produtoras rurais é válido afirmar que ainda temos muito mais para realizar. Continuo trilhando esse caminho, cercada de mulheres que me ensinam e inspiram todos os dias na revolução do agro e de nós mesmas”.
O futuro do Agro passa pela liderança feminina
As histórias dessas líderes mostram que as mulheres estão desempenhando papeis fundamentais em diferentes setores do agronegócio, desde a mecanização até a transformação digital. A inclusão feminina no agro vai além da questão de equidade; ela está diretamente relacionada à inovação e ao crescimento sustentável do setor. Em um cenário global onde os desafios são cada vez mais complexos, a presença feminina traz novas perspectivas e soluções para o campo.
Destaque
Especialistas debatem futuro do amendoim brasileiro e sua competitividade no mercado global
Exportação, consumo interno, sustentabilidade e inovação são alguns dos temas que movimentam o setor e ganham espaço em novo canal de informação
Os desafios e as oportunidades do mercado do amendoim, especialmente no cenário internacional, têm mobilizado cada vez mais especialistas, produtores, pesquisadores e representantes da agroindústria. A expansão da cultura no Brasil, aliada à busca por diferenciação e valor agregado, exige não apenas inovação tecnológica no campo, mas também estratégias comerciais e institucionais capazes de conectar o produto nacional às exigências do mundo.
É nesse contexto que surge o “Amendoim & Prosa”, novo podcast criado para valorizar e dar visibilidade aos diversos elos da cadeia produtiva do amendoim. A iniciativa é da Indústrias Colombo e foi lançada oficialmente no dia 6 de agosto, durante a 7ª Feira Nacional do Amendoim, em Jaboticabal/SP. O primeiro episódio aborda o tema “Mercado externo do amendoim: desafios e oportunidades” e tem como convidado Pablo Rivera, CEO da Beatrice Peanuts e vice-presidente da ABEX-BR.
Com foco técnico, mas linguagem acessível, o projeto busca promover o diálogo entre o campo, a ciência e o mercado, dando voz a quem planta, pesquisa, beneficia, transforma e comercializa o amendoim no Brasil e no mundo. A proposta é criar um espaço de escuta e construção coletiva de soluções para o desenvolvimento sustentável da cultura.
“O podcast nasce como mais uma ferramenta para impulsionar o setor e estimular boas práticas. O Brasil tem enorme potencial e protagonismo nessa cadeia, e é fundamental que a gente amplie a visibilidade e o conhecimento sobre o que está sendo feito de bom aqui”, afirma Luiz Antonio Vizeu, engenheiro agrônomo e gerente de Relações Institucionais da Indústrias Colombo.
Apresentado por Vizeu e pela jornalista Juliana Pertille — comunicadora com longa trajetória no agro, com passagens por veículos como Canal Rural e Record News —, o “Amendoim & Prosa” terá episódios mensais com convidados que vivem o dia a dia do setor. Além do mercado internacional, a programação trará temas como consumo interno, marketing do setor, sustentabilidade, inovação, óleo de amendoim e histórias reais de quem trabalha diretamente com a cultura.
“Queremos construir um conteúdo que una conhecimento técnico e sensibilidade. O agro tem muitas histórias potentes que precisam ser contadas e ouvidas com respeito, leveza e profundidade”, destaca Juliana.
Durante a Feira Nacional do Amendoim, além do lançamento oficial, novos episódios também serão gravados com convidados especiais, reforçando o compromisso do projeto com a escuta ativa e a valorização dos diversos agentes dessa cadeia.
O podcast já está disponível nas principais plataformas de streaming (Spotify, Deezer e Amazon Music) e nas redes sociais do projeto @amendoimeprosa. Os vídeos serão publicados também no YouTube, na playlist da @industriascolombo. Outras informações em: www.amendoimeprosa.com.br.
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Maior competição de torra do mundo entra na fase final
A decisão acontecerá entre os dias 5 e 7 de novembro, na Semana Internacional do Café – SIC, no Expominas, em Belo Horizonte
A decisão da Torrefação do Ano Brasil 2025 – a maior competição de torra do mundo – será realizada entre os dias 5 e 7 de novembro, na Semana Internacional do Café 2025 – SIC, no Expominas, na capital mineira, no Espaço Torra Experience. O evento, organizado pela Atilla Torradores, tem como objetivo elevar cada vez mais o nível de qualidade das torrefações envolvidas através de atividades que estimulem a criatividade, a consistência, a análise sensorial e outras habilidades importantes para a área. Além disso, o campeonato gera conhecimento ao público com a criação de conteúdo, dados e a interação de forma positiva pela troca de experiências entre as empresas participantes.
Treinos, torras, avaliações e divulgação do vencedor
Na quarta-feira,05/11, acontecerão os treinos das 12h às 18h50, na quinta-feira, 06/11, serão as torras, também das 12h às 18h50. Já na sexta-feira, 07/11, os juízes farão as avaliações das 9h às 12h e, às 15h, ocorrerá a premiação do campeão do Torrefação do Ano Brasil 2025, no Grande Auditório.
“Chegamos à etapa final com depoimentos positivos de cada participante e isso é um dos nossos objetivos. Todas as torrefações tiveram feedback dos juízes, que, ao avaliarem as amostras recebidas, fizeram o papel do consumidor final. Sendo assim, a cadeia cresce em qualidade. A hora do espetáculo está chegando, os finalistas entregarão, ao vivo, suas melhores torras. Serão três dias de muita troca entre as empresas e o público poderá assistir, aprender como as torras acontecem e, ainda, provar os cafés da fazenda Santa Cruz: os arábicas e Asa Branca e Mundo novo que são variedades dos arábicas. Que seja mais uma grande decisão”, afirma Séfora de Paula, Diretora de Marketing da Atilla Torradores.
Atrações no estande
No estande da Atilla Torradores terão torras de cafés especiais com distribuição de amostras, provas de café produzidos nas matas de Minas e a exposição de uma obra de arte, uma locomotiva, do artista plástico Robson Emerick, em homenagem à Ferrovia Leopoldina. O café e os trens compartilham de um mesmo enredo na história brasileira. O café exigiu caminhos mais rápidos e pediu estradas mais largas. A Estrada de Ferro Leopoldina começou a ser construída em 1874. No início do Século XX, consolidou-se como uma das maiores malhas ferroviárias do Brasil, chegando a mais de 3.200 km de trilhos, sendo quase toda dedicada ao transporte de café.
No estande da final, o público acompanhará as torras através de TVs e poderá provar os cafés da final do campeonato (produzidos no Sul de Minas).
Campeonato começou com 131 corporações
A competição iniciou com 131 instituições. Agora, são 20 que seguem na disputa: Nelly Cafés Especiais, O Cafeeiro, Affinis, Expocaccer, Dulcerrado, Caffè do Borella, Do Coado ao Espresso, Volante Café, Caffè Tonani, Apé Café, Lincoln Café Especial, William and Sons Coffee Co, Saga Coffee, Arabic Coffee, São Caetano Coffee House, Lab Cup, Guanabara Café, Café Gourmet cgp, Veraz Cafés e Paiol Avenida.
Os cafés especiais dessa edição foram feitos pela Fazenda Santa Cruz, em Paraguaçu (MG), pela produtora Josiani Moraes. Na fase anterior, as instituições, de 18 estados, receberam 1,5kg de dois cafés crus distintos e realizaram a torra nas próprias corporações. Em seguida, as amostras torradas foram enviadas à Atilla Torradores e um corpo de juízes avaliou todas pelo método de cupping ou prova de xícara (processo de avaliação sensorial).
Torrefação do Ano Brasil – 2025, a maior competição de torra do mundo
Programação:
Quarta-feira (05/11): Treinos das 12h às 18h50
Quinta-feira (06/11): Torras das 12h às 18h50
Sexta-feira (07/11): Avaliação dos juízes das 9h às 12h e às 15h premiação do campeão
Local: Semana Internacional do Café 2025 – SIC, no Expominas, em Belo Horizonte (MG), no Espaço Torra Experience
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Cartilha inédita conecta produção rural e conservação da Mata Atlântica
Publicação apresenta 110 espécies nativas e orienta produtores rurais a integrar conservação da Mata Atlântica e práticas produtivas sustentáveis
A Associação Ambientalista Copaíba, em parceria com o WWF-Brasil e a Sylvamo, lançou a cartilha “Árvores nativas da Mata Atlântica: sustentabilidade e utilização na propriedade rural”. O material reúne informações sobre 110 espécies nativas e foi desenvolvido como uma ferramenta prática para apoiar agricultores e comunidades na adoção de práticas que unem produtividade e conservação ambiental.
O guia destaca as características ecológicas e o potencial de uso das espécies em diferentes contextos, como a recuperação de áreas degradadas e a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs). A proposta é oferecer subsídios para que produtores rurais escolham as árvores mais adequadas ao enriquecimento de suas áreas, promovendo benefícios ambientais, produtivos e sociais.
A iniciativa integra o Programa Raízes do Mogi Guaçu, fruto da cooperação entre WWF-Brasil e Sylvamo, com implementação da Copaíba. Criado para impulsionar a restauração da Mata Atlântica e a preservação de mananciais na bacia do rio Mogi Guaçu, o programa já restaurou, até abril de 2025, mais de 340 hectares de florestas nativas na Serra da Mantiqueira.
Com 26 anos de atuação, a Copaíba é responsável pela produção de mudas nativas, pelo planejamento e execução dos plantios e pelo engajamento de proprietários rurais e comunidades locais. Para a organização, a nova cartilha amplia o alcance dessas ações, oferecendo conhecimento acessível e aplicável para quem deseja cultivar e restaurar a biodiversidade da Mata Atlântica.
“A cartilha representa um passo importante para aproximar o produtor rural das soluções baseadas na natureza. Ao facilitar o acesso a informações sobre espécies nativas e seus usos, reforçamos que é possível produzir de forma sustentável e, ao mesmo tempo, recuperar a biodiversidade e os mananciais da Mata Atlântica”, destaca Flávia Balderi, secretária Executiva da Associação Ambientalista Copaíba.
O material será disponibilizado gratuitamente através do site: https://copaiba.org.br/arvores-nativas-da-mata-atlantica/.
Benefícios das árvores nativas
As árvores nativas da Mata Atlântica desempenham um papel fundamental na manutenção do equilíbrio ambiental, trazendo benefícios ecológicos, sociais e econômicos. Sua essencialidade está ligada à conservação da biodiversidade, ao fornecer abrigo e alimento para inúmeras espécies de fauna e flora, muitas das quais são endêmicas e ameaçadas de extinção.
Segundo Flávia Balderi, entre os principais benefícios oferecidos pelas plantas estão a melhoria do solo, por meio da fixação de nitrogênio, aumento da matéria orgânica e estabilização contra processos erosivos; a produção sustentável, com o aproveitamento de frutos, madeiras de manejo, óleos essenciais e resinas que geram renda a agricultores e comunidades; e a proteção ambiental, já que essas árvores regulam o ciclo da água, ajudam na manutenção das nascentes e rios, além de proporcionar sombra, reduzir a temperatura e melhorar a qualidade do ar em áreas urbanas.
“Investir na restauração e no plantio de árvores nativas é essencial para garantir um futuro sustentável, promovendo a recuperação dos ecossistemas e a valorização dos serviços ambientais que essas espécies oferecem”, conclui.
