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IHARA investe em fábrica para o segmento de pastagem e prevê novos produtos nos próximos anos
Pautada pela crescente demanda e adoção de tecnologia no mercado, a empresa investe em unidade exclusiva para produção de herbicidas que atendam necessidades do pecuarista brasileiro
A IHARA, empresa de pesquisa e desenvolvimento especializada em defensivos agrícolas, investiu cerca de R$ 20 milhões na construção de uma fábrica exclusiva para atender o cultivo de pastagens, localizada dentro do seu complexo fabril em Sorocaba/SP. A unidade está pronta e a produção do portfólio para o segmento está prevista para iniciar ainda este ano, visando atender a demanda da safra 2024/2025. A capacidade instalada foi projetada para suportar o crescimento esperado da empresa nesse setor nos próximos cinco anos.
Segundo o engenheiro agrônomo e gerente de Marketing Regional da IHARA, Michel Tomazela, essa decisão vai ao encontro da tendência e necessidade de aumentar a produtividade na pecuária que passa necessariamente por converter pastagens degradadas em pastagens superprodutivas. “Trata-se de um segmento com muitas oportunidades no manejo de plantas daninhas, pragas e doenças, com potencial de expansão no uso de herbicidas, inseticidas e tratamento de sementes. Comparando à área atual de pastagens, com mais de 170 milhões de hectares, a taxa de utilização de herbicidas, inseticidas e sementes tratadas ainda é pequena, mas está em franco desenvolvimento para a adoção dessas tecnologias”, comenta Tomazela.
Especialistas afirmam que a expansão da agricultura está mudando o traçado deste setor em todo o território brasileiro. Em 10 anos, a pecuária deve ceder até 12% da área em diferentes níveis de degradação para a agricultura. Por outro lado, o aporte de tecnologia e investimento crescerá no restante da área de pastagem. Para este futuro cenário, a IHARA possui um portfólio vasto para auxiliar tanto o pecuarista quanto o agricultor, seja na criação de gado tradicional ou nas integrações Lavoura-Pecuária e Lavoura-Pecuária-Floresta.
“Estamos realizando pesquisas para desenvolver novos produtos para o segmento, com o objetivo de oferecer as melhores soluções para o mercado. Nós nos antecipamos aos problemas que podem afetar o pecuarista, oferecendo sempre o que há de mais moderno, com base na tecnologia japonesa. No pipeline da IHARA estão previstos 15 novos produtos a serem lançados nos próximos anos, focados em pastagem. Entre eles estão os inseticidas foliares e para tratamento de sementes, herbicidas pós-emergentes e pré-emergentes, incluindo herbicidas para manejar gramíneas invasoras, consideradas atualmente um dos grandes desafios, além dos fungicidas foliares para campos de produção de sementes, no tratamento de sementes industrial e vários biológicos”, afirma Tomazela.
Projeto “Fazenda modelo IHARA” em parceria com a Fundação MT
De acordo com dados da Embrapa, as pastagens brasileiras cobrem aproximadamente 177 milhões de hectares, sendo que 40% apresentam sinais de degradação intermediária e 20% sinais de degradação severa. Deste universo, espera-se a recuperação e conversão de até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em 10 anos, adotando as práticas e tecnologias certas.
Diante desse cenário, a IHARA, em parceria com a Fundação MT, em Mato Grosso, criou o projeto “Fazenda Modelo IHARA”, que consiste em trabalhar técnicas de manejo para o controle de plantas daninhas e de pragas, visando criar um case de sucesso para demonstrar aos pecuaristas melhores práticas da pastagem e reverter o processo de degradação dos pastos nas fazendas do Brasil. “Além disso, estudamos quando o gado deve entrar e sair do pasto e em qual altura de acordo com tipo de capim. O resultado esperado e mostrar um ganho considerável na capacidade de suporte de animais desta pastagem e, consequentemente, um maior ganho de peso médio diário dos animais (GMD). Esta área será utilizada para difundir essas boas práticas”, enfatiza Tomazela.
Entrada no segmento de pastagem
A IHARA, conhecida por atuar em mais de 100 tipos de culturas, entrou no segmento de pastagem em 2022, após mais de quatro anos de pesquisa e desenvolvimento no setor, lançando um portfólio extenso para atender as demandas de pecuária. A empresa baseou-se na tecnologia japonesa para desenvolver essas soluções, adaptando-as às necessidades dos pecuaristas do Brasil no controle de pragas, doenças, plantas daninhas e tratamento de sementes.
No recente portfólio para a cultura, destaca-se o Estrela, um inseticida com controle superior das cigarrinhas nas pastagens, com destaque para a espécie Mahanarva. Trata-se de um produto diferenciado no mercado, reduzindo os danos diretos e indiretos que as cigarrinhas causam nos pastos. essas pragas sugam as seivas das plantas, podendo causar degradação total. O não controle interfere diretamente na produtividade e, futuramente, na lotação de animais por hectare.
Outro produto da linha é o Possante, um inseticida capaz de controlar os ovos de cigarrinha, reduzindo a reinfestação, o que permite, de forma efetiva, quebrar o ciclo da praga, além de controlar todos os estágios da cigarrinha.
Para o tratamento de sementes de forrageira, o portfólio conta com o Pureza N, um fungicida e nematicida voltado para as sementeiras utilizarem no tratamento industrial de sementes de forrageiras em geral. O produto controla os principais patógenos que acometem as sementes da pastagem, desde a fase de armazenamento até a fase inicial após a semeadura, garantindo a preservação das sementes em relação aos primeiros problemas, sobretudo a incidência de fungos e nematoides.
Na linha de herbicidas, a empresa traz para o mercado o Invernada para o controle de plantas daninhas de folhas largas anuais, herbáceas e semi-arbustivas; o Palanque voltado para plantas de difícil controle, que pode ser aplicado no toco após o corte, próximo ao solo; e o Baihat para o controle de um amplo conjunto de plantas daninhas de folhas largas, com o benefício de não ter restrição para o plantio de outras culturas após o uso, o que é muito importante para áreas de Integração Lavoura-Pecuária ou Integração Lavoura-Pecuária-Floresta.
O pecuarista também pode contar com o Pastoil, um óleo mineral adjuvante especialmente desenvolvido para uso em pastagem. Ele pode ser utilizado de forma combinada com os herbicidas, otimizando a penetração do herbicida nas folhas das plantas daninhas, que normalmente possuem cerosidade e pilosidade. Assim, o produto melhora a abrasividade, espalhamento e aderência, permitindo que o herbicida atinja seu máximo de eficácia garantida.
Sobre a IHARA
A IHARA é uma empresa de pesquisa e desenvolvimento que há 59 anos leva soluções para a agricultura brasileira, setor no qual é reconhecida como fonte de inovação e tecnologia japonesa como uma marca que tem a credibilidade e a confiança dos seus clientes. A empresa conta com um portfólio completo de fungicidas, herbicidas, inseticidas, biológicos, acaricidas e produtos especiais somando mais de 80 soluções que contribuem para a proteção de mais de 100 diferentes tipos de cultivos, colaborando para que os agricultores possam produzir cada vez mais alimentos, com mais qualidade e de forma sustentável. Em 2022, a IHARA ingressou no segmento de pastagem, oferecendo soluções inovadoras para o pecuarista brasileiro. Para mais informações, acesse o site da IHARA.
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Brasileiros investiram mais em consórcios de veículos pesados em 2024
O tíquete médio aumentou 24,6%, comparado ao período de 2023, com valor de R$187.733 no acumulado
Os brasileiros aumentaram os investimentos em consórcios de veículos pesados em 2024, segundo relatório da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). Esta categoria engloba caminhões, máquinas agrícolas, ônibus e retroescavadeiras. O tíquete médio do segmento registrou um crescimento de 24,6% em relação ao mesmo período, em 2023, refletindo a busca por alternativas mais acessíveis para aquisição de caminhões, ônibus, tratores e máquinas agrícolas. Neste ano (2025), o valor médio foi de R$187.733. Em 2023, foi de R$150.652.
O aumento no tíquete médio pode ser impulsionado por diversos fatores, como o custo elevado dos financiamentos tradicionais: Com juros mais altos, o consórcio se tornou uma opção mais viável para empresários e profissionais do transporte e do agronegócio. Principalmente com os dados referentes à taxa Selic para 2024 e as previsões de investimentos e créditos liberados para cooperativas e pequenos produtores.
A expansão da frota e renovação de veículos são motivos para que empresas e autônomos invistam na modernização de seus veículos para atender às novas demandas do mercado e às regulamentações ambientais. O setor agrícola segue em alta. O crescimento do agronegócio e da logística no país exige mais maquinário e transporte eficiente para escoamento da produção.
Além do aumento no tíquete médio, o relatório também aponta um crescimento de 13,4% no número de pessoas contempladas, totalizando 90.800 contemplações contra 80.050 do ano anterior.
Para Fernando Lamounier, educador financeiro e sócio executivo da Multimarcas Consórcios, o maquinário agrícola representa um investimento significativo tanto para as empresas do setor quanto para os produtores rurais, o que torna o consórcio uma alternativa atraente para a aquisição dessas ferramentas. “Embora existam opções de financiamento, os altos juros tornam-nas muitas vezes inviáveis. Já o consórcio se ajusta perfeitamente às necessidades do setor, conquistando uma crescente credibilidade. Por isso, cada vez mais, os consumidores, ao planejar suas compras, optam por essa modalidade como uma solução econômica para alcançar seus objetivos”, afirma o especialista.
Em 2024, o volume de créditos disponibilizados também subiu 38,9%, alcançando a marca de R$17.498.153,33. Reforça-se a tendência de expansão do setor. Em 2023, o volume de crédito liberado foi de R$12.596. 258,06, conforme dados da ABAC.
“O consórcio, além de ser uma opção viável em tempos de incerteza econômica, reforça seu papel como aliado indispensável para a modernização do agronegócio e para o fortalecimento de um setor vital à economia brasileira”, finaliza o especialista.
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Como o agronegócio tem se beneficiado das soluções tecnológicas voltadas para o RH
Implementar ferramentas inovadoras nos recursos humanos resulta em benefícios diretos como maior segurança no trabalho, melhores condições para o colaborador e a manutenção dos melhores talentos
De drones pulverizando lavouras a sensores que monitoram a produtividade no campo, a chamada “Agroindústria 4.0” demonstra que os avanços tecnológicos vão muito além da colheita. Com o agronegócio se tornando mais dependente de inovações, como inteligência artificial, blockchain e automação, a gestão de pessoas também precisa evoluir para acompanhar esse avanço. Nesse cenário, o uso de soluções tecnológicas no RH ganha cada vez mais destaque, oferecendo ferramentas para otimizar processos, reduzir custos e aumentar a eficiência na administração de equipes.
Nos últimos anos, essa mudança ganhou velocidade ao quebrar barreiras tradicionais no modelo de trabalho e gestão no agro. Antes associada ao pagamento de folhas salariais e funções administrativas, a área de Recursos Humanos evoluiu para se tornar um pilar estratégico na atração, retenção e desenvolvimento de talentos. Com a sazonalidade do setor, caracterizada por picos de demanda e gestão de recursos em períodos de safra, a busca por eficiência e agilidade no RH tornou-se essencial para garantir produtividade e sustentabilidade dos negócios.
Com a digitalização, surgiram soluções que permitem ao setor agropecuário gerenciar e engajar seus colaboradores de uma maneira nunca vista antes. Ferramentas como IA, portais de autosserviço e plataformas de gestão de talentos, como o SAP SuccessFactors, têm sido adotadas amplamente. Essas tecnologias não apenas automatizam tarefas rotineiras, mas ampliam a capacidade do RH de agir estrategicamente, com foco no desenvolvimento contínuo e na gestão da força de trabalho.
“Um exemplo claro dessa evolução ocorre durante as safras, quando cerca de 60% do quadro de colaboradores pode ser temporário. As ferramentas digitais tornam o recrutamento mais rápido e eficiente, facilitando desde o processo seletivo até a integração dos novos trabalhadores. Além disso, os portais de autosserviço permitem que os profissionais atualizem informações, consultem dados e solicitem serviços de forma independente, liberando as equipes de RH para ações mais táticas, como o desenvolvimento de lideranças e o planejamento de carreira”, explica Rodrigo Ike Yanagida, Arquiteto de Soluções da Intelligenza IT.
A construção de uma marca empregadora forte e transparente também é uma prioridade para este setor. O uso de tecnologias possibilita mapear a trajetória dos colaboradores, desde a contratação até o desenvolvimento de carreira, o que torna possível identificar lacunas de desempenho e direcionar treinamentos alinhados com as metas da organização – processo que não apenas eleva a produtividade, mas também fortalece o vínculo entre o funcionário e a empresa, criando um ambiente de trabalho mais motivador e com maior fidelidade.
Não à toa, a gestão da experiência do colaborador tem se tornado cada vez mais importante, especialmente para os trabalhadores temporários, pois a qualidade da jornada de trabalho pode impactar diretamente a decisão de retornar na próxima safra. “Proporcionar boas condições de trabalho, oportunidades de crescimento e uma clara conexão entre os valores da companhia e a experiência do colaborador são essenciais para garantir uma alta taxa de retenção de talentos e fortalecer a marca empregadora”, pontua Maurício Cavalheiro Fernandes, Relacionamento com Clientes da Intelligenza IT.
Vale pontuar que a segurança no trabalho também é uma preocupação constante no agronegócio, especialmente quando se trata do uso de defensivos agrícolas e maquinários pesados. E a digitalização tem contribuído para esse aspecto, integrando treinamentos obrigatórios com sistemas automatizados, garantindo que os profissionais só possam operar máquinas após a conclusão dos treinamentos necessários, o que reduz os riscos de acidentes.
Embora a tecnologia traga inúmeros benefícios, o setor agropecuário ainda enfrenta desafios, como a escassez de mão de obra qualificada e a necessidade de adaptar a força de trabalho às novas demandas. Profissões que eram inimagináveis há cinco anos, como operadores de drones e analistas de dados agrícolas, ilustram a velocidade dessa transformação e a necessidade das empresas investirem em tecnologias robustas e estratégias focadas nos colaboradores .
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O impacto da energia solar na vida de famílias de baixa renda
*Por Rodrigo Bourscheidt
Uma pesquisa feita pelo Instituto Pólis, em parceria com a Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), com duas mil pessoas de todo o país, revelou que a conta de luz é uma das maiores despesas dos brasileiros e esse impacto é ainda mais significativo entre as famílias de baixa renda. De acordo com o levantamento, 25% das pessoas pertencentes às classes D e E relataram que precisaram deixar de comprar alimentos para conseguir pagar a conta de luz, 49% afirmaram que a alimentação e a conta de energia são os itens que mais pesam no orçamento familiar e 36% dos entrevistados disseram que gastam metade ou mais da sua renda mensal para pagar luz e gás.
O custo da eletricidade tem um peso significativo para as famílias que não dispõe de recursos financeiros. No entanto, a instalação de sistemas de energia solar pode aliviar essa pressão, permitindo que elas utilizem sua renda de forma mais eficiente. Um sistema fotovoltaico tem o potencial de reduzir em até 95% os gastos dos consumidores com eletricidade. Essa economia possibilita que os moradores possam investir em outras áreas de necessidades essenciais como educação, saúde ou alimentação. Isso resulta na melhoria não apenas para a redução da pobreza energética como na qualidade de vida das pessoas.
No Brasil, iniciativas como o programa Luz Para Todos, e linhas de crédito para instalações de sistemas fotovoltaicos, ajudam a gerar energia solar nas comunidades mais carentes e representam um passo importante para a construção de um futuro mais sustentável, igualitário, gerando ganhos em termos econômicos e fortalecendo a autonomia energética e social da população mais vulnerável.
Além disso, existem diversos projetos e ações que buscam potencializar o setor fotovoltaico no país. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), criaram um fogão solar para comunidades paulistas de baixa renda, o dispositivo utiliza a energia do sol para cozinhar alimentos. O objetivo é trocar os fornos à lenha ou carvão, que podem provocar sérios danos à saúde devido à fumaça, melhorando a qualidade do ar respirado nas residências, sem haver qualquer dano ao meio ambiente. Outro projeto semelhante ocorre nos estados do Piauí e Rio Grande do Norte, onde foram criados incentivos para viabilizar que as pessoas tenham acesso a esse tipo de produto, visando reduzir os custos com o gás de cozinha.
Os projetos sociais de energia solar no Brasil demonstram o potencial dessa tecnologia para criar um futuro mais sustentável e justo. Essas iniciativas não só fornecem energia limpa, mas também capacitam as comunidades e geram empregos locais. Com o crescimento contínuo do setor e o apoio de parcerias entre ONGs e empresas, a energia solar está se firmando como uma solução poderosa para os desafios energéticos e sociais do país.
Este é o momento ideal para aproveitar o crescimento do mercado de energia solar e canalizar uma parcela significativa dos novos investimentos na expansão da energia fotovoltaica para consumidores de baixa renda. A iniciativa trará benefícios ambientais, sociais e econômicos, gerando impactos positivos em diversas áreas.
*Rodrigo Bourscheidt é formado em Administração e Negócios pela Faculdade Sul Brasil. Atuou em equipes comerciais e estratégicas de empresas como AmBev, Grupo Embratel (Embratel, Claro e Net) e Grupo L’oreal, antes de se dedicar ao empreendedorismo. Em 2019 fundou a Energy+, rede de tecnologia em energias renováveis que oferece soluções voltadas para a geração de energia distribuída, onde atua como CEO. |