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Conheça cinco fazendas ‘Boi de Piranha’

Dayane Lins/Divulgação Roncador Fazenda Roncador, localizada em Querência (MT), conta com 152 mil hectares e é considerada a maior do Brasil

Publicações falsas de venda de fazendas desejadas buscam atrair clientes interessados em adquirir propriedade rural

Uma prática comum no setor imobiliário rural é a publicação dos chamados anúncios bois de piranha. Eles levam este nome porque são falsos, publicados apenas com o intuito de atrair clientes para a imobiliária. Quando o interessado diz que deseja aquela propriedade, é informado de que ela já foi comercializada ou que sua venda está em vias de ser concluída. Diante da decepção do comprador, o corretor aproveita para mostrar outras oportunidades, estas sim verdadeiras.

Para alertar os compradores, o Chaozão, plataforma especializada em anúncios de propriedades rurais, fez uma lista das fazendas mais famosas, que estão sempre à venda, mas seus proprietários nem sonham em se desfazer do bem. Dentre as cinco mais citadas, três se encontram no Mato Grosso (Roncador, Rio Preto e AB) e duas em Goiás (Nova Piratininga e Santa Úrsula). “São fazendas com milhares de hectares, lindas e que enchem os olhos dos compradores que ficam frustrados ao saberem que não estavam mais à venda. Mas a verdade é que nunca estiveram”, afirma Georgia Oliveira, CEO do Chaozão.

A Fazenda Roncador, localizada em Querência (MT), conta com 152 mil hectares e é considerada a maior do Brasil. Ela costuma ser anunciada com preços entre R$ 5 bilhões e R$ 10 bilhões e é a mais visada pelos espertalhões. Já a Nova Piratininga, situada em São Miguel do Araguaia (GO), tem 135 mil hectares e é anunciada de R$ 6 bilhões a R$ 20 bilhões. Com 124 mil hectares, a Rio Preto, de Confresa/Vila Rica (MT) fica entre R$ 1 bilhão e R$ 5 bilhões. Menores, mas não menos visadas, estão a Fazenda AB, de propriedade de Amado Batista e a Santa Úrsula. A primeira fica em Cocalinho – MT, com 29 mil hectares e anúncios que vão de R$ 350 milhões a R$ 600 milhões. A segunda, situada em Paraúna, Goiás, tem 13 mil hectares e valores fictícios de R$ 420 milhões a 700 milhões.

“Muitos corretores desinformados obtêm informações pelo WhatsApp, sem conhecimento de campo e sem verificar se a propriedade está realmente à venda. Sem autorização e baseando-se em informações falsas, acabam fazendo anúncios extravagantes e grandiosos, que não refletem a realidade do mercado”, conta Guilherme Veiga Jardim, sócio da Mil Fazendas, a maior imobiliária do setor rural do país e parceira da plataforma Chaozão.

A prática não chega a ser um crime de estelionato porque a fazenda, chácara ou sítio em questão não é vendida, mas apenas usada como chamariz. Aproveita-se o momento em que o cliente está psicologicamente vulnerável, com a guarda baixa e disposto a receber informações de outras “oportunidades”, possivelmente tão boas quanto a que ele se interessou. O problema neste caso é a estratégia de vendas nada ética por parte dos corretores tanto em relação ao interessado em comprar quanto em relação aos proprietários que não sabem do ocorrido a não ser que haja denúncia.

“É uma prática bem comum, porém muito negativa hoje no mercado imobiliário. Esses profissionais sabem que a propriedade não está à venda, porém mantêm esses anúncios porque geram uma significativa quantidade de leads (clientes interessados), devido a seu poder de atratividade por ser uma propriedade anunciada abaixo do valor de mercado, ou pelo fato dela ser bastante conhecida e desejada” explica Georgia.

Existe também a figura do corretor de imóveis inexperiente. Segundo Georgia, ele é conhecido como “calça branca”, por ser novato e costuma participar de infindáveis e ineficientes grupos de corretores no WhatsApp ou outras redes sociais. Ali, eles colhem informações truncadas e inverídicas e anunciam por tabela.

“Tais profissionais, não conhecem essas propriedades, mesmo assim, as anunciam, e se porventura, iniciam uma tratativa com um possível interessado, precisam envolver o inescrupuloso originador do negócio (famosa corda de caranguejo), que no frigir dos ovos, vai adotar o discurso de que “a propriedade não está mais a venda, mas vamos oferecer outra” ou seja, no fim, dá no mesmo”.

Existem inúmeros casos em que os proprietários, ao serem informados que suas propriedades estão anunciadas sem autorização, acionam os devidos profissionais e os denunciam aos órgãos competentes, como CRECI´s regionais, e até mesmos nos meios de comunicação que usaram para fazer tal divulgação, como redes sociais e portais de anúncios. O que acarreta até em ações judiciais.

Para evitar problemas como esse, a plataforma Chaozão assumiu o compromisso de combater veemente tal prática. “Cada vez que identificarmos que uma propriedade dessas foi anunciada em nossa base, excluímos o anúncio imediatamente. Além do que, o anunciante será devidamente advertido que tal prática não será aceita. Temos uma política de qualidade bem rigorosa, bem como profissionais capacitados para fazerem essas verificações”, garante.

Grandes fazendas anunciadas na internet e em redes sociais, mas que não estão à venda:

FAZENDA RONCADOR – QUERÊNCIA / MT

152 mil hectares (considerada a maior do brasil)

Anunciada de R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões

Dono: Pelerson Penid

(Link)

FAZENDA NOVA PIRATININGA – SÃO MIGUEL DO ARAGUAIA / GO

135 mil hectares

Anunciada de R$ 6 bilhões a R$ 20 bilhões

Dono: Marcelo Limírio Gonçalves (ex-dono da NeoQuímica)

FAZENDA RIO PRETO – CONFRESA/VILA RICA / MT

124 mil hectares

Anunciada de R$ 1 bilhão a R$ 5 bilhões

Dono: Romão Flor

FAZENDA AB – COCALINHO / MT

29 mil hectares

Anunciada de R$ 350 milhões a R$ 600 milhões

Dono: Amado Batista

FAZENDA SANTA ÚRSULA – PARAÚNA / GO

13 mil hectares

Anunciada de R$ 420 milhões a 700 milhões

Dono: José Pires 

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Brasileiros investiram mais em consórcios de veículos pesados em 2024

Divulgação - Internet Brasileiros investiram mais em consórcios de veículos pesados em 2024

O tíquete médio aumentou 24,6%, comparado ao período de 2023, com valor de R$187.733 no acumulado

Os brasileiros aumentaram os investimentos em consórcios de veículos pesados em 2024, segundo relatório da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). Esta categoria engloba caminhões, máquinas agrícolas, ônibus e retroescavadeiras. O tíquete médio do segmento registrou um crescimento de 24,6% em relação ao mesmo período, em 2023, refletindo a busca por alternativas mais acessíveis para aquisição de caminhões, ônibus, tratores e máquinas agrícolas. Neste ano (2025), o valor médio foi de R$187.733. Em 2023, foi de R$150.652.

O aumento no tíquete médio pode ser impulsionado por diversos fatores, como o custo elevado dos financiamentos tradicionais: Com juros mais altos, o consórcio se tornou uma opção mais viável para empresários e profissionais do transporte e do agronegócio. Principalmente com os dados referentes à taxa Selic para 2024 e as previsões de investimentos e créditos liberados para cooperativas e pequenos produtores.

A expansão da frota e renovação de veículos são motivos para que empresas e autônomos invistam na modernização de seus veículos para atender às novas demandas do mercado e às regulamentações ambientais. O setor agrícola segue em alta. O crescimento do agronegócio e da logística no país exige mais maquinário e transporte eficiente para escoamento da produção. 

Além do aumento no tíquete médio, o relatório também aponta um crescimento de 13,4% no número de pessoas contempladas, totalizando 90.800 contemplações contra 80.050 do ano anterior. 

Para Fernando Lamounier, educador financeiro e sócio executivo da Multimarcas Consórcios, o maquinário agrícola representa um investimento significativo tanto para as empresas do setor quanto para os produtores rurais, o que torna o consórcio uma alternativa atraente para a aquisição dessas ferramentas. “Embora existam opções de financiamento, os altos juros tornam-nas muitas vezes inviáveis. Já o consórcio se ajusta perfeitamente às necessidades do setor, conquistando uma crescente credibilidade. Por isso, cada vez mais, os consumidores, ao planejar suas compras, optam por essa modalidade como uma solução econômica para alcançar seus objetivos”, afirma o especialista.

Em 2024, o volume de créditos disponibilizados também subiu 38,9%, alcançando a marca de R$17.498.153,33. Reforça-se a tendência de expansão do setor. Em 2023, o volume de crédito liberado foi de R$12.596. 258,06, conforme dados da ABAC. 

O consórcio, além de ser uma opção viável em tempos de incerteza econômica, reforça seu papel como aliado indispensável para a modernização do agronegócio e para o fortalecimento de um setor vital à economia brasileira”, finaliza o especialista.

Infográfico – ABAC

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Como o agronegócio tem se beneficiado das soluções tecnológicas voltadas para o RH

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Implementar ferramentas inovadoras nos recursos humanos resulta em benefícios diretos como maior segurança no trabalho, melhores condições para o colaborador e a manutenção dos melhores talentos

De drones pulverizando lavouras a sensores que monitoram a produtividade no campo, a chamada “Agroindústria 4.0” demonstra que os avanços tecnológicos vão muito além da colheita. Com o agronegócio se tornando mais dependente de inovações, como inteligência artificial, blockchain e automação, a gestão de pessoas também precisa evoluir para acompanhar esse avanço. Nesse cenário, o uso de soluções tecnológicas no RH ganha cada vez mais destaque, oferecendo ferramentas para otimizar processos, reduzir custos e aumentar a eficiência na administração de equipes.

Nos últimos anos, essa mudança ganhou velocidade ao quebrar barreiras tradicionais no modelo de trabalho e gestão no agro. Antes associada ao pagamento de folhas salariais e funções administrativas, a área de Recursos Humanos evoluiu para se tornar um pilar estratégico na atração, retenção e desenvolvimento de talentos. Com a sazonalidade do setor, caracterizada por picos de demanda e gestão de recursos em períodos de safra, a busca por eficiência e agilidade no RH tornou-se essencial para garantir produtividade e sustentabilidade dos negócios.

Com a digitalização, surgiram soluções que permitem ao setor agropecuário gerenciar e engajar seus colaboradores de uma maneira nunca vista antes. Ferramentas como IA, portais de autosserviço e plataformas de gestão de talentos, como o SAP SuccessFactors, têm sido adotadas amplamente. Essas tecnologias não apenas automatizam tarefas rotineiras, mas ampliam a capacidade do RH de agir estrategicamente, com foco no desenvolvimento contínuo e na gestão da força de trabalho.

“Um exemplo claro dessa evolução ocorre durante as safras, quando cerca de 60% do quadro de colaboradores pode ser temporário. As ferramentas digitais tornam o recrutamento mais rápido e eficiente, facilitando desde o processo seletivo até a integração dos novos trabalhadores. Além disso, os portais de autosserviço permitem que os profissionais atualizem informações, consultem dados e solicitem serviços de forma independente, liberando as equipes de RH para ações mais táticas, como o desenvolvimento de lideranças e o planejamento de carreira”, explica Rodrigo Ike Yanagida, Arquiteto de Soluções da Intelligenza IT.

A construção de uma marca empregadora forte e transparente também é uma prioridade para este setor. O uso de tecnologias possibilita mapear a trajetória dos colaboradores, desde a contratação até o desenvolvimento de carreira, o que torna possível identificar lacunas de desempenho e direcionar treinamentos alinhados com as metas da organização – processo que não apenas eleva a produtividade, mas também fortalece o vínculo entre o funcionário e a empresa, criando um ambiente de trabalho mais motivador e com maior fidelidade.

Não à toa, a gestão da experiência do colaborador tem se tornado cada vez mais importante, especialmente para os trabalhadores temporários, pois a qualidade da jornada de trabalho pode impactar diretamente a decisão de retornar na próxima safra. “Proporcionar boas condições de trabalho, oportunidades de crescimento e uma clara conexão entre os valores da companhia e a experiência do colaborador são essenciais para garantir uma alta taxa de retenção de talentos e fortalecer a marca empregadora”, pontua Maurício Cavalheiro Fernandes, Relacionamento com Clientes da Intelligenza IT.

Vale pontuar que a segurança no trabalho também é uma preocupação constante no agronegócio, especialmente quando se trata do uso de defensivos agrícolas e maquinários pesados. E a digitalização tem contribuído para esse aspecto, integrando treinamentos obrigatórios com sistemas automatizados, garantindo que os profissionais só possam operar máquinas após a conclusão dos treinamentos necessários, o que reduz os riscos de acidentes.

Embora a tecnologia traga inúmeros benefícios, o setor agropecuário ainda enfrenta desafios, como a escassez de mão de obra qualificada e a necessidade de adaptar a força de trabalho às novas demandas. Profissões que eram inimagináveis há cinco anos, como operadores de drones e analistas de dados agrícolas, ilustram a velocidade dessa transformação e a necessidade das empresas investirem em tecnologias robustas e estratégias focadas nos colaboradores .

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O impacto da energia solar na vida de famílias de baixa renda

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*Por Rodrigo Bourscheidt

Uma pesquisa feita pelo Instituto Pólis, em parceria com a Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), com duas mil pessoas de todo o país, revelou que a conta de luz é uma das maiores despesas dos brasileiros e esse impacto é ainda mais significativo entre as famílias de baixa renda. De acordo com o levantamento, 25% das pessoas pertencentes às classes D e E relataram que precisaram deixar de comprar alimentos para conseguir pagar a conta de luz, 49% afirmaram que a alimentação e a conta de energia são os itens que mais pesam no orçamento familiar e 36% dos entrevistados disseram que gastam metade ou mais da sua renda mensal para pagar luz e gás. 

O custo da eletricidade tem um peso significativo para as famílias que não dispõe de recursos financeiros. No entanto, a instalação de sistemas de energia solar pode aliviar essa pressão, permitindo que elas utilizem sua renda de forma mais eficiente. Um sistema fotovoltaico tem o potencial de reduzir em  até 95% os gastos dos consumidores com eletricidade. Essa economia possibilita que os moradores possam investir em outras áreas de necessidades essenciais como educação, saúde ou alimentação. Isso resulta na melhoria não apenas para a redução da pobreza energética como na qualidade de vida das pessoas.

No Brasil, iniciativas como o programa Luz Para Todos, e linhas de crédito para instalações de sistemas fotovoltaicos, ajudam a gerar energia solar nas comunidades mais carentes e representam um passo importante para a construção de um futuro mais sustentável, igualitário, gerando ganhos em termos econômicos e fortalecendo a autonomia energética e social da população mais vulnerável.

Além disso,  existem diversos projetos e ações que buscam potencializar o setor fotovoltaico no país. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP),  criaram um  fogão solar para comunidades paulistas de baixa renda,  o dispositivo utiliza a energia do sol para cozinhar alimentos. O objetivo é trocar os fornos à lenha ou carvão, que podem provocar sérios danos à saúde devido à fumaça, melhorando a qualidade do ar respirado nas residências, sem haver qualquer dano ao meio ambiente. Outro projeto semelhante ocorre nos estados do Piauí e Rio Grande do Norte, onde foram criados incentivos para viabilizar que as pessoas tenham acesso a esse tipo de produto, visando reduzir os custos com o gás de cozinha. 

Os projetos sociais de energia solar no Brasil demonstram o potencial dessa tecnologia para criar um futuro mais sustentável e justo. Essas iniciativas não só fornecem energia limpa, mas também capacitam as comunidades e geram empregos locais. Com o crescimento contínuo do setor e o apoio de parcerias entre ONGs e empresas, a energia solar está se firmando como uma solução poderosa para os desafios energéticos e sociais do país.

Este é o momento ideal para aproveitar o crescimento do mercado de energia solar e canalizar uma parcela significativa dos novos investimentos na expansão da energia fotovoltaica para consumidores de baixa renda. A iniciativa trará benefícios ambientais, sociais e econômicos, gerando impactos positivos em diversas áreas.

*Rodrigo Bourscheidt é formado em Administração e Negócios pela Faculdade Sul Brasil. Atuou em equipes comerciais e estratégicas de empresas como AmBev, Grupo Embratel (Embratel, Claro e Net) e Grupo L’oreal, antes de se dedicar ao empreendedorismo. Em 2019 fundou a Energy+, rede de tecnologia em energias renováveis que oferece soluções voltadas para a geração de energia distribuída, onde atua como CEO. 
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