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Conferência sobre Gestão de Riscos no Agronegócio reuniu empresas e entusiastas do setor

O evento trouxe discussões para o Agro, junto à possibilidade de networking e troca de informações atualizadas
O Agro ao Cubo, evento realizado ontem, dia 13 de agosto, na Vila Olímpia, em São Paulo, apresentou discussões sobre temas voltados ao Agronegócio e grande troca de informações atualizadas, bem como networking, com temas que envolveram o futuro do setor, gestão de riscos e gestão financeira.
A conferência reuniu startups, produtores, entusiastas, investidores, líderes de inovação e compartilharam valiosos insights quanto à investigação, avaliação e mitigação de riscos diversos, responsáveis por envolver a cadeia produtiva do Agronegócio, junto a apresentação de palestras e exposição das startups.
Com a oportunidade para o networking, o encontro possibilitou a troca de experiências, a geração de negócios e o fortalecimento de parcerias estratégicas, permitindo aos participantes atualizarem-se sobre tendências, melhores práticas e sustentabilidade no Agro e o foco em atrair ainda mais a competitividade para os negócios.
Troca de ideias e de conhecimento
Empresas, como a plataforma Agroraiz360, com o sistema MinhaSafra360, e sua cliente Socafé, estiveram presentes no evento e oportunizaram a troca de ideias e conhecimento, que ponderou aos empresários atualizarem-se com as novidades do setor do Agro. “O evento promovido pelo Cubo (Itaú) tem entre vários méritos, trazer uma perspectiva muito real das possibilidades do Agronegócio, permitindo o contato de públicos diversos, do produtor ao trader, do agente financeiro à startup, da tecnologia ao agro. Como mencionado durante o evento, ‘é o escritório colocando a botina’, ou seja, propostas de negócio com o uso intenso de tecnologia focando na melhoria da produção, em toda a cadeia produtiva”, comenta Édio Nagase, presente durante o evento representando a plataforma Agroraiz360.
O executivo complementa dizendo que o balizador do evento, a questão do risco para o Agronegócio (financeiro, cambial, gestão, climático), foi abordado de maneia objetiva e apontou alternativas interessantes para sua gestão e tratamento. “Um ponto alto do evento foi a abertura com atualização do panorama geral do Agronegócio brasileiro, pelo Sr. Roberto Rodrigues, Ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com riqueza de conteúdo, história e, acima de tudo, entusiasmo pelo setor. Uma verdadeira Inspiração”, finaliza Édio.
Sobre o evento
O evento Agro ao Cubo, do Cubo Agro, uma iniciativa do Banco Itaú, em parceria com Corteva Agriscience, São Martinho, Itaú BBA, CNHi, Suzano e Cargill, tem como intuito fomentar o desenvolvimento tecnológico de startups que oferecem soluções para a cadeia do Agronegócio.
O evento acontece anualmente e tem como objetivo impulsionar a transformação e o desenvolvimento da inovação no Agronegócio dentro do Brasil e em toda a América Latina, através da conexão entre startups, fundos de investimentos, grandes empresas e agentes do ecossistema em geral.
Sobre o Sistema MinhaSafra360
MinhaSafra360, um sistema desenvolvido pela Agroraiz360, exclusivamente para auxiliar em todas as etapas que envolvem comercialização de grãos, ajudando na gestão e facilitando a comunicação entre cerealistas/cooperativas com produtores rurais, composto por sistema web de gestão MinhaSafra360, app Cerealista/Cooperativa e app do Produtor.
O sistema MinhaSafra360 apresenta disponibilidade em nuvem, através de integração por API, que visa a permissão dos serviços prestados pelo aplicativo de se comunicar com outros serviços.
As empresas voltadas para o agro poderão liberar o produtor através do usuário administrativo, após a criação de um cadastro e perfil, em que o sistema e suas funcionalidades ficarão disponíveis; para isso, um material será enviado, para apoio na correta utilização da solução.
Sobre o Agroraiz360
A Agroraiz360, uma plataforma 100% brasileira voltada para o agronegócio, nasceu com o objetivo de inovar em tecnologias digitais para esse segmento, otimizando o controle das atividades referentes à produção, comercialização de grãos, importação e exportação de commodities agrícolas.
Sobre a Socafé
A empresa, atuante no Noroeste Paulista desde 1951 com a comercialização de grãos como a soja, o milho e o sorgo, bem como com a revenda de insumos seletos, recebe os grãos por meio de 5 unidades situadas no estado de São Paulo, Coroados, Birigui, Lourdes, Turiúba e Floreal, com capacidade total de 370 ton/hr de produto úmido e 520 ton/hr de produto seco.
Possui uma parceria de 69 anos com o produtor rural e conta, atualmente, com 5 unidades, 2 próprias e 3 arrendadas, geograficamente separadas, mas ainda assim, conectadas à matriz, com envio de dados em tempo real, responsável por oferecer mobilidade e acesso à equipe comercial e ao produtor.

Destaque
Novilha Brangus da cabeceira da VPJ Pecuária é um dos destaques do 1° Leilão Sapucaia 3G

VPJ MÍSTICA FIV 1812 é um dos principais destaques do 1º Leilão Sapucaia 3G, que acontece nesta sexta-feira, 4 de julho. Novilha Brangus de quinta geração, ela chama atenção pela carcaça com excelente comprimento, profundidade e arqueamento, além de pescoço lançado e marcada feminilidade, atributos valorizados na seleção da raça.
O leilão começa às 15h, na Fazenda Sapucaia, em Pindamonhangaba (SP), no Vale do Paraíba, com transmissão pelo Canal do Criador, Lance Rural, Remate Web e TV Central Leilões.
Resultado de um trabalho criterioso de seleção, VPJ MÍSTICA FIV 1812 traduz a filosofia do criatório, pautada por rigor técnico, consistência genética e inovação. Com pedigree sólido e padrão fenotípico de destaque, é filha de VPJ FIV 391 FRANCESCO MESSIAS, um dos principais touros Brangus já revelados pela VPJ Pecuária, conhecido pelo excelente racial e correção de umbigo.
Sua mãe, VPJ MÍSTICA FINAL CUT 894 FIV936, carrega em sua genética sangue da OLHOS D’ÁGUA 4G 8005 MÍSTICA, considerada uma das principais doadoras da raça, sendo irmã própria de VPJ MÍSTICA FIV692, que revelou o atual campeão da prova TOP BRANGUS 2025, VPJ ON TIME FIV1748, recém-contratado pela Alta Genetics. Na linha paterna, traz ainda SUHN’S FINAL CUT 894C33, aclamado pelo baixo peso ao nascimento e desempenho ao sobreano.
“É uma novilha pronta para se tornar uma das principais doadoras dos plantéis mais exigentes, reunindo tudo o que se busca na seleção moderna da raça Brangus”, afirma Valdomiro Poliselli Júnior, titular da VPJ Pecuária.
Disseminando a melhor genética
A VPJ Pecuária é uma das pioneiras na seleção de raças voltadas à produção de carne de qualidade no Brasil, com atuação no Aberdeen Angus, Brangus, Ultrablack e Red Brahman. Mantém programas consistentes de avaliação genômica, fertilidade, conformação de carcaça e precocidade. É também uma das primeiras a introduzir e adaptar linhagens americanas ao ambiente tropical, além de liderar o desenvolvimento de modelos focados em qualidade de carne. Atualmente, a VPJ amplia atuação com a raça Brangus em novas regiões, como o Nordeste, por meio do núcleo de seleção recém-inaugurado no estado do Piauí.
Qualidade das doadoras é destaque do leilão
O 1º Leilão Sapucaia 3G ofertará 27 lotes, entre pacotes de embriões de doadoras de alto desempenho, genética de touros de central, cotas de novilhas jovens e fêmeas selecionadas. A maior parte da oferta é formada por doadoras com foco em reprodução e consistência genética. Idealizado pela Fazenda Sapucaia e pela Agropecuária 3G, o leilão marca a estreia de uma base genética construída com investimento criterioso em doadoras de referência dos principais plantéis da raça Brangus.
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Plano Safra traz avanços em transição sustentável, mas ainda deixa desafios no campo, avalia Coalizão Brasil

Rede de empresas do agro e ONGs vê acenos importantes à agenda climática e financiamento de mudas nativas; no entanto, recursos para recuperação de pastagens degradadas ficam abaixo da expectativa
Anunciado no dia 1º de julho pelo governo federal, o Plano Safra 2025/2026, com recursos de R$ 516,2 bilhões, trouxe avanços importantes para a transição sustentável da agricultura, mas há pontos a serem aprimorados na política agrícola. Em março, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura enviou sete notas técnicas, desenvolvidas pela Agroicone, com contribuições ao Plano. Ainda que o documento com todas as resoluções não tenha sido apresentado, a divulgação dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e da Agricultura e Pecuária (Mapa) indica que o Plano atendeu parte das propostas da rede — principalmente as medidas relacionadas à agenda climática e à restauração.
Para Leila Harfuch, colíder da Força-Tarefa Finanças Verdes da Coalizão Brasil e sócia-gerente da consultoria Agroicone, um dos destaques do anúncio está nos avanços em instrumentos como o zoneamento agrícola de risco climático (ZARC). “Vejo como positiva essa exigência adicional para gestão integrada de riscos, sob a ótica climática, dentro do crédito rural. Mas não podemos deixar de avançar, também, no seguro rural, dadas as mudanças do clima e os eventos extremos cada vez mais recorrentes”, avalia a especialista.
Outra proposta da Coalizão incorporada ao Plano Safra é o fortalecimento do RenovAgro Ambiental e o financiamento de mudas nativas — apesar de, no primeiro momento, o texto do Plano estar focado apenas no plantio para recomposição de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente (APPs), ou seja, para fins de regularização ambiental. “A expectativa era um avanço também na esfera comercial de silvicultura de espécies nativas, mas já é um primeiro passo”, declara Harfuch. “Vemos Plano Safra como um aprimoramento contínuo. Não é à toa que estamos há anos sugerindo contribuições de ações sustentáveis que, muitas vezes, só poderão ser implementadas a médio e longo prazos”, revela.
Outro ponto de atenção, de acordo com Harfuch, são os recursos para a conversão e recuperação de pastagens degradadas, um tema fundamental das propostas da Coalizão. O Plano anunciou R$ 2,1 bilhões em recursos dentro do RenovAgro Recuperação e Conversão. É um avanço, mas ainda distante dos R$ 10 bilhões defendidos pela rede como necessários para estruturar essa agenda em escala. Harfuch destaca, ainda, que boa parte do RenovAgro vai para agricultura, e não para o setor pecuário. “Por ter um perfil mais avesso a riscos e até mesmo a endividamentos na implementação de novas tecnologias, o pecuarista ainda acessa pouco os recursos para esta finalidade.”
O governo também anunciou o Plano Safra Agricultura Familiar 2025/2026, em 30 de junho, que prevê R$ 89 bilhões de recursos. Nele, a especialista vê uma oportunidade, pois houve um “esforço do governo na manutenção da taxa de juros reduzida para esse público”. De acordo com Leila, o plano traz quatro linhas principais para a transição justa da agricultura familiar aliada à agenda climática, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf): semiárido, agroecologia, bioeconomia e floresta. As taxas de juros foram mantidas em 3% ao ano, como sugerido pela Coalizão.
Outro ponto de destaque foi o financiamento de irrigação sustentável para a agricultura familiar, incorporado explicitamente ao plano. Ainda assim, há o desafio de alavancar a tomada de recursos, que, segundo Harfuch, ainda é pequena, exceto para a bioeconomia, que cresceu nas últimas safras e passou por reformulações de financiamento a partir do Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (ABC+).
Até o momento, seguem pendentes propostas como o reconhecimento de ativos ambientais como garantia e o fortalecimento da gestão de riscos com o seguro rural. As propostas da rede enviadas ao governo em março deste ano estão disponíveis no site da Coalizão.
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Nova sonda de medição da Vaisala garante melhor controle de câmara seca

Dispositivo fornece medições precisas em condições exigentes de processamento, como ocorre na produção de baterias de íons de lítio
A Vaisala lançou no começo de junho a nova Sonda de Ponto de Orvalho e Temperatura DMP1, para monitoramento das condições ambientais em salas e espaços industriais críticos. É ideal para salas secas: é compacta, tem capacidade de medição de ponto de orvalho de até -70 °C e resposta centena de vezes mais rápida do que outras tecnologias disponíveis.
Fornece, ainda, medições precisas em condições exigentes de processamento a seco, como as encontradas na produção de baterias de íons de lítio, onde o controle da umidade é fundamental para o desempenho das baterias fabricadas. Empregando tecnologia de medição avançada, a DMP1 garante que as condições do ponto de orvalho permaneçam conforme especificado em todas as áreas de uma câmara seca de fabricação, ajudando assim a manter a qualidade do produto e a segurança da fabricação, especialmente onde o controle da umidade é fundamental para a fabricação de baterias, como as de lítio.
“A resposta rápida da nova sonda torna os sistemas de controle capazes de dar uma resposta em tempo hábil, garantindo a proteção da qualidade e segurança do produto”, afirma Bruno Albuquerque, gerente comercial da Vaisala no Brasil. Na prática, os clientes podem controlar com eficiência quaisquer desvios no ponto de orvalho da câmara seca. “Tempos de reação rápidos se traduzem em maior segurança no local de trabalho, mantendo a alta qualidade do produto e evitando desperdícios no processo de produção das baterias”, garante o especialista.
Melhor visibilidade e controle
O DMP1 faz parte do ecossistema modular de medição Vaisala Indigo, oferecendo compatibilidade plug-and-play com dispositivos inteligentes conectados. Por exemplo, ele pode ser conectado a um transmissor Indigo300 para exibir dados e transmitir valores de medição para sistemas de automação e controle. A sonda também pode ser conectada a um dispositivo portátil Indigo80 para trabalhos de manutenção, e as sondas intercambiáveis minimizam o tempo de inatividade e simplificam o trabalho de manutenção.
Anteriormente, o controle do ponto de orvalho em salas secas era feito por sensores volumosos, com alcance de medição limitado e resposta lenta. “A sonda DMP1 representa, portanto, um grande avanço, pois resolve esses problemas, proporcionando aos gerentes de processo maior visibilidade das condições ambientais e mais tempo para responder quando as condições se desviam do ideal”, sintetiza Albuquerque.