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Coinoculação em milho já é realidade no Brasil

Nova geração de soluções como as da Biosphera levam inovação e eficácia ao produtor rural
A utilização de insumos biológicos cresce ano após ano, principalmente quando se leva em conta os resultados positivos alcançados para os sistemas de cultivo, o menor impacto ambiental e a maior sustentabilidade agrícola, assuntos que estão em pauta na atualidade. Nesse sentido, a prática da inoculação no milho e soja também ganhou espaço no setor, adicionando-se inoculantes microbianos no momento da semeadura, com o intuito de beneficiar estas plantas. Através de diversos estudos e programas de pesquisa nos últimos anos, novas práticas foram desenvolvidas.
Segundo Kássio Okuyama, engenheiro agrônomo e gerente comercial da Biosphera AgroSolutions, inicialmente a coinoculação da soja era feita com bactérias do gênero Bradyrhizobium e Azospirillum, com o intuito de promover fixação biológica de nitrogênio e estimular o crescimento das raízes. “Com o passar dos anos outros microrganismos com mecanismos diferenciados foram introduzidos neste processo e ganharam espaço no mercado, trazendo esta possibilidade para outras culturas como o milho, por exemplo”, explica.
No milho a coinoculação é pouco citada, uma vez que, utilizou-se por muitos anos apenas o Azospirillum. “No entanto, biossoluções modernas com microrganismos com novas ações para essa prática no cereal já estão disponíveis para serem utilizadas nas lavouras”, destaca o especialista.
Para entender melhor a coinoculação, o gerente da Biosphera detalha os tipos dessa operação que podem ser realizadas pelo produtor:
Primeira geração – Combina microrganismos com funções complementares, como produção de fitormônios, solubilização de nutrientes e produção de sideróforos, como por exemplo Azospirillum brasilense e Pseudomonas fluorescens.
Evolução em milho – O conceito evoluiu para a combinação de novos microrganismos com outras ações promotoras, como a capacidade de aumentar a tolerância das plantas às condições adversas (como restrição hídrica) ou a habilidade de interagir de maneira mais eficiente com as plantas e o solo. Nesse sentido destacam-se as bactérias do gênero Bacillus, como B. aryabhattai e B. licheniformis.
Consórcios microbianos – O uso de combinações de microrganismos na cultura do milho busca mimetizar o funcionamento de ecossistemas naturais, em que a biodiversidade microbiana interage de maneira a recuperar ou manter o equilíbrio e seu bom funcionamento. Na rizosfera, esses microrganismos desempenham diversas funções e espera-se que trabalhem de forma sinérgica, potencializando seus efeitos benéficos, propiciando assim um ambiente mais favorável para que a cultura agrícola possa desempenhar o seu potencial genético.
Biossoluções no campo – A Biosphera traz ao mercado o BioStart, um produto que associa estirpes de Azospirillum brasilense com Pseudomonas fluorescens em uma única formulação, como uma opção para a coinoculação do milho. Este destaca-se por ser uma ferramenta multifuncional. “Outra tecnologia disponibilizada pela empresa é o BioAction PRO, consórcio exclusivo, composto por B. aryabhattai e B. licheniformis, também em formulação única, que auxilia a atenuar estresses ambientais nas plantas”, detalha Okuyama.
Fundamentada em pesquisas sólidas, a Biosphera tem o compromisso de lançar tecnologias inéditas no mercado, como novas combinações estratégicas de microrganismos multimecanismos. André Nakatani, doutor em microbiologia agrícola, gerente de PD&I da empresa, comenta que pelo segundo ano consecutivo, observou-se um aumento na produtividade do milho de segunda safra. “O incremento foi de 9,3 sc/ha com nosso pacote tecnológico BioStart e BioAction PRO, que juntos oferecem cinco tipos diferentes de bactérias e cepas”, diz. Ele finaliza reforçando que “os resultados foram ainda mais evidentes em áreas que enfrentaram limitações climáticas”.

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Estudo revela que solo bem manejado resiste a queimadas e mantém produtividade

Grupo GoGenetic, Fazenda Tropical e Syncbio demonstram que o manejo adequado do solo foi fundamental para mitigar danos do fogo
Um estudo inédito conduzido pelo Grupo GoGenetic, em parceria com a Fazenda Tropical e a Syncbio, revelou resultados surpreendentes sobre o impacto das queimadas no solo e a importância do manejo adequado para sua recuperação. A pesquisa, realizada na Fazenda Tropical, em Montividiu (GO), analisou o microbioma do solo após um incêndio ocorrido em setembro de 2024, utilizando a metagenômica, uma metodologia inovadora no agronegócio brasileiro.
Os resultados preliminares, apresentados em uma live no Canal PodSolos, mostraram que, apesar dos impactos na biomassa microbiana e no quociente metabólico, a estrutura microbiana do solo demonstrou alta resiliência. “Essa é uma excelente notícia, pois comprova que um manejo contínuo e voltado para a agricultura regenerativa contribui significativamente para a recuperação de áreas afetadas por queimadas”, explica Vânia Pankievicz, CEO da plataforma GoSolos, da GoGenetic Agro.
Batizado de Projeto Queimadas, o estudo envolveu uma série de análises genéticas do solo, a partir de amostras coletadas em diferentes estágios da lavoura: cobertura do solo, pré-plantio, semeadura, florescimento, colheita e pós-colheita da soja, encerrada entre janeiro e fevereiro de 2025. “Realizamos um trabalho aprofundado de bioinformática para mapear fungos e bactérias em áreas atingidas e não atingidas pelo fogo, permitindo uma análise comparativa detalhada”, acrescenta Pankievicz.
Rodrigo Mendes, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, também participou da live e compartilhou estudos conduzidos em ambientes controlados. Em um experimento realizado em 2016, ele aqueceu o solo a 80 °C por 30 minutos, sem chama, apenas com calor, para avaliar o impacto do aquecimento na microbiota. “Observamos que microrganismos benéficos foram eliminados, comprometendo a capacidade do solo de suprimir doenças. No caso da Fazenda Tropical, a recuperação rápida da área degradada está diretamente ligada à estabilidade do microbioma do solo”, explica Mendes.
Sustentabilidade como diferencial
Para Erick Van Den Broek, produtor rural e proprietário da Fazenda Tropical, os resultados reforçam a eficácia das práticas sustentáveis adotadas na propriedade. “Há anos investimos em plantas de cobertura, rotação de culturas e mix de espécies. Essa base foi essencial para a resiliência do solo”, afirma.
A pesquisa também indicou um aumento na produtividade nas áreas afetadas, com ganhos de até 12 sacas por hectare na safra atual de soja. “O manejo adequado fortaleceu o solo para resistir e se recuperar rapidamente de eventos extremos, trazendo aprendizados valiosos para o manejo preventivo. Vale ressaltar que, em nenhuma hipótese, colocar fogo vai ser um fator de aumento de produtividade, muito pelo contrário”, destaca Bruna Souza, agrônoma da GoSolos.
Daniel Mol, agrônomo da Syncbio, reforçou que o período de seca prolongada antes das queimadas também contribuiu para a menor vulnerabilidade do microbioma. “O solo já estava em equilíbrio, permitindo uma resposta mais robusta após o estresse causado pelo fogo”, explica.
Tecnologia e monitoramento para um solo mais resiliente
A análise metagenômica foi fundamental para identificar tanto a presença de microrganismos benéficos quanto possíveis desequilíbrios que poderiam comprometer a fertilidade do solo. “Esse monitoramento contínuo é essencial para traçar estratégias de manejo mais eficazes e sustentáveis a longo prazo”, conclui Vânia.
Os pesquisadores seguirão monitorando as áreas afetadas, especialmente durante a safrinha, para entender os efeitos a longo prazo. A iniciativa reforça a importância de tecnologias avançadas, como a metagenômica, no desenvolvimento de estratégias de manejo sustentáveis, beneficiando produtores e aumentando a resiliência dos sistemas agrícolas frente às mudanças climáticas.
Para conferir mais detalhes sobre a pesquisa, assista à live completa no Canal PodSolos: www.youtube.com/@PodSolos.
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Nova tecnologia desenvolvida pela Fortgreen promove eficiência e segurança na nutrição das lavouras

Com tecnologia exclusiva e blend de aminoácidos naturais, produto une segurança em misturas e alta eficiência agronômica em pulverizações foliares
Avanços em pesquisas agrícolas têm revelado mudanças significativas no padrão de absorção de nutrientes pelas plantas. À medida que as culturas se desenvolvem e se adaptam a diferentes condições de solo, clima e manejo, o equilíbrio de extração nutricional também se transforma. Esse cenário desafia a agricultura a revisar práticas tradicionais e buscar soluções mais alinhadas às necessidades nutricionais atuais das plantas, garantindo máxima eficiência produtiva.
As decisões do produtor também mudaram ao longo do tempo. Conforme explica o gerente de Produto da Fortgreen, João Vidotto, um cenário desafiador surgiu no campo nos últimos anos: a decisão por misturas mais complexas para pulverização. “O agricultor está optando por uma maior variedade de produtos na mesma mistura, além da redução estratégica na taxa de aplicação, que é o volume de água utilizada para diluir os componentes no tanque. Logo, colocando mais produtos e diminuindo o solvente, a chance de alguma instabilidade ou incompatibilidade química é elevada”, resume.
Isso significa que a eficiência dos produtos utilizados nessas misturas também precisa evoluir. Para atender a essa demanda, a Fortgreen apresenta ao mercado uma nova tecnologia em sua linha de Nutrição e Fisiologia Premium. O GreenUP oferece segurança ao unir estabilidade perante as misturas complexas dentro do tanque, além de promover maior adesão e persistência da gota sob a folha, reduzindo perdas e aumentando a eficiência de absorção.
“Com a necessidade de fazer uma atualização nos balanços nutricionais, o GreenUP chega com um moderno balanço de nutrientes e em linha com a demanda das culturas atuais”, pontua Vidotto.
Diferencial que garante maior segurança ao produtor
A tecnologia na formulação do GreenUP permite maior segurança na aplicabilidade do produto em associação com outros normalmente utilizados no campo. “É a consequência de estudos incansáveis na busca por aditivos e formulações que permitem essa atuação. O blend de aminoácidos naturais ajuda o produto a ter uma melhor estabilidade e uma ampla compatibilidade nas misturas em geral”, destaca.
A neutralidade é outro diferencial que faz a diferença em campo. O produto, apresentado em forma líquida, proporciona facilidade no manuseio e no preparo de calda. “O pH da mistura é um índice importante de estabilidade química da calda. Quando próximo a extremos – muito ácido ou muito básico -, pode apresentar problemas de perda de estabilidade de moléculas, culminando na degradação de ativos e consequente redução de eficiência dos mesmos. Então, quando se trabalha com pH próximo da neutralidade, há um cenário mais seguro para as misturas e, consequentemente, maior segurança para o produtor”, afirma.
A presença de aditivos surfactantes e umectantes também melhora o ângulo de contato da gota com a folha, retardando o tempo de evaporação e conferindo mais tempo para a folha absorver o nutriente solubilizado. Com isso, Vidotto aponta um aumento na eficiência agronômica da pulverização foliar, garantindo que os nutrientes aplicados, de fato, sejam absorvidos pela planta.
Versatilidade e eficiência para elevar resultados
Recomendado principalmente para o cultivo de gramíneas, o GreenUP se destaca em lavouras de cultivo de milho, arroz, cana-de-açúcar, sorgo, trigo, cevada e pastagens, além de ser indicado para o mercado de pulverizações com drones (café e frutíferas em geral).
Essas recomendações, como todo o portfólio da Fortgreen, são pautadas em ciência e resultados, conforme explica o gerente de Produto: “Trabalhos científicos mostram Molibdênio (Mo) e Níquel (Ni) como elementos importantes para a formação de tecidos (folhas e frutos) por otimizar o processo de assimilação de Nitrogênio (N). Por isso, GreenUP reúne esses elementos a outros nutrientes (N, S, Mg, B, Mn e Zn), além da presença de aminoácidos naturais, culminando na alta compatibilidade em mistura e eficiência de absorção, mesmo em taxa de aplicação baixa”, explica.
Como uma companhia que tem tecnologia e inovação em seu DNA, a Fortgreen construiu sua trajetória desenvolvendo novas tecnologias que fogem ao comum. “Sempre fomos uma empresa que lança soluções disruptivas e que realmente fazem a diferença para o produtor”, resume Vidotto.
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Governo decide zerar alíquota de importação para produtos como carne, café e milho

De acordo com a advogada tributarista Mayra Saitta, medida pode ter eficácia limitada
O Governo Federal deve zerar a alíquota de importação de uma série de produtos, como carne, milho, café, óleo de girassol, azeite, óleo de palma, sardinha e açúcar. O anúncio foi feito pelo vice-presidente Geraldo Alckmin na última quinta-feira (6). O fim das alíquotas precisa passar pela aprovação da Câmara de Comércio Exterior (Camex).
De acordo com Alckmin, ainda que a cesta básica não sofra tributação de importação, o governo irá fazer um apelo aos estados para que retirem seus impostos.
Com a decisão de zerar a alíquota, o intuito do governo é que empresas que atuam no Brasil e compram no exterior consigam trazer produtos com valores mais baixos, desta forma, segurando a inflação.
A advogada tributarista Mayra Saitta, do escritório Saitta Advocacia, explica que a alta no preço dos alimentos no Brasil é resultado de uma combinação de fatores.
“Primeiramente, eventos climáticos adversos, como a severa seca que afetou a produção agrícola, que reduziram a oferta de produtos essenciais, pressionando os preços para cima”, cita Saitta.
Outro fator, segundo a especialista, é o aumento da demanda internacional por commodities agrícolas brasileiras, impulsionado por tensões comerciais. “Isso tem levado produtores a direcionarem suas vendas para o exterior, diminuindo a disponibilidade no mercado interno e elevando os preços domésticos”, explica.
Além disso, Saitta aponta o custo elevado dos insumos agrícolas, que encarece a produção e, consequentemente, o preço final dos produtos.
Para a advogada, a medida do governo, que visa aumentar a oferta dos produtos citados no mercado interno e ampliar a concorrência facilitando a entrada de produtos estrangeiros, pode ter eficácia limitada.
“Isso ocorre porque o Brasil já é um grande produtor de muitos dos itens cuja importação seria facilitada. Portanto, a redução das tarifas de importação pode não resultar em uma queda significativa nos preços, especialmente se os custos de produção internos permanecerem elevados ou se fatores externos continuarem a influenciar os valores”, diz.
A especialista ressalta: “É importante considerar que a redução de impostos de importação pode afetar a competitividade dos produtores nacionais, exigindo um equilíbrio cuidadoso para não prejudicar a indústria local”.
Para Saitta, medidas adicionais, como incentivos à produção local e políticas de apoio aos agricultores podem ser necessárias para alcançar uma redução sustentável nos preços dos alimentos.