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CLI divulga Relatório de Sustentabilidade 2024 com recorde operacional e avanços na agenda ESG

CLI divulga Relatório de Sustentabilidade 2024 com recorde operacional e avanços na agenda ESG

Com quase 20 milhões de toneladas movimentadas e novo plano de descarbonização, empresa investe em expansão, inovação verde e inclusão para consolidar sua liderança no setor logístico portuário

A Corredor Logística e Infraestrutura (CLI) lança o Relatório de Sustentabilidade 2024, que apresenta os principais resultados operacionais, avanços na agenda ESG e os compromissos futuros da companhia. O documento reúne dados sobre governança, meio ambiente, desempenho social e econômico das operações da empresa do ano passado.

O ano foi marcado por resultados históricos. A CLI movimentou 19,2 milhões de toneladas de grãos e açúcar, o maior volume da sua história, o que representa aproximadamente 12% de toda a produção nacional exportada. No caso do açúcar, o volume corresponde a 31% do total exportado pelo Brasil.

Um dos grandes destaques é a aprovação do Plano de Descarbonização, que define metas robustas para alcançar o net zero. No curto prazo, o objetivo é reduzir 59% das emissões dos escopos 1, 2 e 3 até 2034. No longo prazo, a meta é a redução de 90% das emissões dos escopos 1 e 2 até 2040 e do escopo 3 até 2050. Essa redução é equivalente à retirada de 6.200 veículos das ruas por ano, o que representa cerca de 5% da frota da cidade de Santos em 2024. Para atingir os objetivos, a empresa investirá R$ 25 milhões nos próximos 16 anos, priorizando a eletrificação de equipamentos, uso de energia renovável e combustíveis de menor impacto.

O compromisso com a redução das emissões já começou a se materializar. Um dos exemplos mais recentes é que desde março de 2025, a CLI opera o transporte de grãos no Porto de Itaqui (MA) com caminhões movidos a Gás Natural Liquefeito (GNL), uma iniciativa pioneira entre os terminais portuários agrícolas do Brasil em parceria com a Virtu GNL e a Scania Brasil. A expectativa é transportar, até 2027, um milhão de toneladas utilizando essa solução de menor emissão.

Além dos avanços na agenda ambiental, o ano de 2024 foi marcado pela disciplina na execução do planejamento estratégico e excelência operacional. A segurança seguiu como prioridade: nenhum acidente fatal foi registrado em 2024.

Na frente social, a CLI avançou na promoção de um ambiente mais inclusivo e diverso. Cumpriu a cota de contratação de pessoas com deficiência e ampliou a presença de mulheres em funções operacionais, tradicionalmente ocupadas por homens.

Para os próximos anos, a empresa executa um plano de investimentos de mais de R$ 1 bilhão para ampliar a capacidade operacional de 20 milhões para 25 milhões de toneladas, consolidando-se como líder nacional bandeira branca de serviços de elevação de exportação de soja, milho e açúcar. Do total, R$ 700 milhões serão investidos na modernização do terminal da CLI Sul, no Porto de Santos; e R$ 400 milhões na CLI Norte (MA).

Apesar das incertezas econômicas previstas para 2025, a CLI segue preparada e confiante, apoiada em uma base sólida de sustentabilidade, disciplina financeira e excelência operacional. A companhia reafirma o compromisso com o desenvolvimento socioeconômico do Brasil e com o fornecimento de alimentos para o mundo, gerando impacto positivo nas regiões onde atua.

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Gripe aviária: Brasil precisa de resposta ágil, diplomacia técnica e maior rastreabilidade para reverter embargos, alerta especialista

Crédito: Freepik

Maior exportador mundial de carne de frango, o Brasil enfrenta a suspensão de importações por cerca de 40 países, incluindo a China, seu principal mercado, apesar de seus reconhecidos padrões sanitários. Especialista em comércio exterior estima perdas de até US$ 300 milhões e destaca a urgência de diplomacia técnica, transparência e reforço na rastreabilidade para reverter a crise e preservar a reputação do país como fornecedor confiável

A confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil desencadeou um alerta no setor de exportações de carne de frango. Com embargos totais e parciais impostos por cerca de 40 países, como China, União Europeia e México, as perdas mensais podem variar entre US$ 100 milhões e US$ 300 milhões, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O impacto depende da duração dos embargos e da reabertura dos mercados. Estima-se que, 28 dias após a desinfecção, o Brasil possa se declarar livre da doença na região afetada.

Líder global na exportação de carne de frango, o Brasil produz cerca de 15 milhões de toneladas anuais, exportando 5,3 milhões, conforme dados de 2024 da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Em abril de 2025, o país exportou 475 mil toneladas. Rogério Marin, CEO da Tek Trade e especialista em comércio exterior, destaca que o setor alcança 160 países, mas crises sanitárias como a atual expõem sua vulnerabilidade.

Países como Chile, Canadá, Malásia, Argentina, Uruguai e Coreia do Sul suspenderam importações de todo o território brasileiro. A China e a União Europeia também interromperam compras, enquanto Reino Unido, Bahrein e Cuba, entre outros países, limitaram as restrições ao Rio Grande do Sul, onde o caso foi registrado.

Marin enfatiza a necessidade de uma resposta estratégica: “O Brasil enfrenta um teste de resiliência. Apesar dos altos padrões sanitários, a gripe aviária impõe desafios logísticos, renegociações de contratos e aumento de custos com seguros, que muitas empresas não previram. A agilidade na contenção e a transparência internacional serão cruciais para mitigar os impactos econômicos”,

Ele complementa: “É essencial agir com rapidez e transparência para restaurar a confiança dos mercados. Além da reabertura de fronteiras, o país deve investir em diplomacia técnica, reforçar a rastreabilidade e comprovar a regionalização dos casos, garantindo que a crise não prejudique a imagem do Brasil como fornecedor seguro a longo prazo”.

Enquanto o setor de carne de frango enfrenta pressão, as exportações de ovos permanecem estáveis, com apenas 0,9% da produção destinada ao exterior. Os Estados Unidos, principal comprador, confirmaram que não aplicarão embargos. Ainda assim, a crise reforça a importância de fortalecer protocolos sanitários e a diplomacia comercial. Em 2024, o agronegócio brasileiro movimentou US$ 164,4 bilhões, representando 49% das exportações nacionais, segundo o Mapa.

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Do Solo ao Mercado: O Crescimento dos Bioinsumos no Brasil

Fellipe Parreira - Comercial Norte VIVAbio

*Por Fellipe Parreira – Comercial Norte VIVAbio

Na Semana do Meio Ambiente, é oportuno refletir sobre soluções que harmonizem produtividade agrícola e preservação ambiental. Nesse contexto, o uso de bioinsumos desponta como uma das estratégias mais promissoras para reduzir impactos ambientais, melhorar a saúde do solo, preservar a biodiversidade, controlar pragas e aumentar a produtividade de maneira sustentável.

Bioinsumos são produtos de origem biológica, desenvolvidos a partir de microrganismos, extratos vegetais e outros recursos naturais. Eles têm conquistado espaço no campo brasileiro e se consolidam como aliados essenciais na busca por uma agricultura mais equilibrada. Segundo dados da CropLife Brasil, o mercado de produtos biológicos movimentou cerca de R$5 bilhões na safra 2023/2024, um aumento de 15% em relação ao ciclo anterior. Além disso, o segmento apresenta uma taxa média anual de crescimento de 21% nos últimos três anos — índice quatro vezes superior à média global.

Esse avanço reflete uma transformação na forma de produzir alimentos no país, com produtores cada vez mais conscientes da necessidade de adotar práticas que respeitem os recursos naturais. Os bioprodutos atuam de forma harmônica com o ambiente, favorecendo interações benéficas entre plantas, solo e microrganismos. Essa integração fortalece a estrutura do solo, melhora a absorção de nutrientes e reduz a dependência de fertilizantes químicos, evitando a contaminação de mananciais e estimulando um sistema produtivo mais equilibrado.

Outro benefício essencial dos bioinsumos é a preservação da biodiversidade. Ao estimular o equilíbrio ecológico no campo, esses produtos contribuem para manter inimigos naturais das pragas, diminuindo a necessidade de defensivos químicos que afetam insetos benéficos. Além disso, por atuarem de forma direcionada e menos agressiva, os insumos biológicos permitem um manejo mais seguro para o agricultor e o meio ambiente. Isso resulta em uma produção mais saudável e confiável para o consumidor, sem abrir mão da produtividade. Plantas mais vigorosas e menos suscetíveis a doenças tendem a apresentar desempenho agronômico superior, fortalecendo a rentabilidade do produtor e consolidando a competitividade do agronegócio brasileiro.

Esse movimento em prol dos bioinsumos conta com o respaldo de políticas públicas que incentivam práticas agrícolas responsáveis. Programas como o Plano Safra têm direcionado recursos para produtores que investem em tecnologias de menor impacto ambiental, além de iniciativas estaduais e federais que estimulam a pesquisa e o desenvolvimento de novas soluções biológicas.

Na Semana do Meio Ambiente, reconhecer a importância dos bioinsumos vai além de uma tendência: trata-se de uma necessidade para a agricultura moderna. O Brasil, como um dos maiores produtores de alimentos do mundo, tem a responsabilidade de liderar a transição para sistemas agrícolas mais sustentáveis e resilientes. O crescimento expressivo do setor de produtos biológicos simboliza um compromisso com a produção responsável, a conservação dos recursos naturais e o futuro das próximas gerações.

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Caruru-palmeri preocupa agricultores e exige manejo integrado nas lavouras brasileiras

O caruru-palmeri representa uma séria ameaça à agricultura devido à sua agressividade e resistência a herbicidas. Marlon Bastini/Embrapa

Resistência ao glifosato e fácil disseminação das sementes tornam essencial o uso de estratégias químicas, culturais e preventivas para evitar perdas de produtividade e aumento de custos no campo

O caruru-palmeri (Amaranthus palmeri) representa uma séria ameaça à agricultura devido à sua agressividade e resistência a herbicidas, especialmente ao glifosato. Um manejo eficaz requer a integração de diferentes estratégias: químicas, culturais e preventivas. A vigilância constante e a adoção de boas práticas agrícolas são essenciais para minimizar os impactos dessa planta daninha. 

Originário do sudoeste dos Estados Unidos e do México, o Amaranthus palmeri foi identificado pela primeira vez no Brasil durante a safra 2014/2015, no estado do Mato Grosso e, mais recentemente, sua presença foi registrada no Mato Grosso do Sul. De acordo com o professor e pesquisador do Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), Anderson Cavenaghi, a planta daninha apresenta uma impressionante capacidade de crescimento, podendo atingir até quatro centímetros por dia. Além disso, uma única planta é capaz de produzir entre 200 mil e 600 mil sementes, o que contribui para a formação de um banco de sementes persistente no solo, com viabilidade média de quatro a cinco safras. No entanto, dados dos Estados Unidos indicam que essa viabilidade pode se estender por até 18 anos. A combinação de alta fecundidade e longa dormência torna o controle da planta mais desafiador e eleva significativamente o risco de novas infestações. 

O caruru-palmeri afeta uma ampla variedade de culturas no mundo. No Brasil, já foram registrados focos em lavouras de soja, milho e algodão. Estudos internacionais apontam que a competição por água, nutrientes e luz pode causar perdas de produtividade de até 91% no milho, 79% na soja e 77% no algodão. Segundo o professor Cavenaghi, o avanço do caruru-palmieri no país foi relativamente lento graças à mobilização dos agricultores, pesquisadores, associação de produtores, empresas de defensivos agrícolas, Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (INDEA-MT) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que elaboraram uma Instrução Normativa específica para o controle da espécie, atualizada em 2020 por meio da IN INDEA-MT 003/2020.  

Ainda assim, Cavenaghi alerta para a necessidade de atenção contínua aos focos de infestação e reforça a importância de orientar os agricultores sobre o manejo adequado. “Devido à elevada quantidade de sementes produzidas por planta e ao pequeno tamanho delas, a disseminação para áreas ainda não contaminadas pode ocorrer com facilidade. O manejo da espécie deve incluir o uso de herbicidas tanto pré quanto pós-emergentes”, explica o profissional.  

O pesquisador ressalta, no entanto, que o caruru-palmeri já apresenta resistência ao glifosato — herbicida inibidor da EPSPS amplamente utilizado na agricultura — e aos inibidores da ALS, como clorimuron e imazetapir. Essa resistência torna o controle da planta mais difícil, gerando prejuízos à produção e comprometendo a competitividade das culturas. 

“A alternância de mecanismos de ação entre esses ingredientes ativos eficazes é fundamental para reduzir a pressão de seleção e retardar o avanço da resistência, embora o ideal seja não depender apenas do controle químico isolado”, detalha o especialista.  

Cavenaghi também enfatiza que, as práticas culturais complementares são indispensáveis e podem envolver o uso de plantas de cobertura, como a braquiária, a eliminação manual das plantas antes que atinjam a fase de floração e frutificação, além de estratégias que favoreçam o desenvolvimento da cultura, como a escolha de variedades adequadas, a semeadura em períodos recomendados, o plantio em áreas limpas, a manutenção da sanidade da lavoura e uma adubação equilibrada. “Essas medidas ajudam a reduzir o banco de sementes no solo e dificultam o aparecimento de novos focos”, destaca. 

Entre as ações preventivas, o professor e pesquisador ainda destaca a importância da limpeza de maquinário ao transitar entre áreas agrícolas, o monitoramento frequente dos talhões e a comunicação de ocorrências aos órgãos responsáveis. De acordo com ele, a adoção de um protocolo de manejo integrado é atualmente a abordagem mais eficaz para conter a expansão do caruru-palmeri.  

“A continuidade do monitoramento, associada ao uso criterioso de defensivos e à integração de estratégias agronômicas, é fundamental para a sustentabilidade das lavouras brasileiras. O trabalho conjunto entre produtores, consultores e instituições de pesquisa é decisivo para enfrentar essa ameaça e manter a produtividade nas principais cadeias do agronegócio nacional”, finaliza. 

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