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Adoção de adjuvantes cresce, mas mercado ainda tem muito potencial

Benefícios dos adjuvantes

Daniel Petreli*

A adoção do uso de adjuvantes pelos produtores brasileiros e de diversos outros países tem aumentado constantemente nos últimos anos. O crescimento é atribuído a fatores como a necessidade de práticas agrícolas eficientes, maior proteção das culturas e o aumento da agricultura de precisão no País e lá fora. Dessa forma, podemos dizer que o mercado desse tipo de soluções tem muito potencial.

Na mesma linha, os produtores estão reconhecendo cada vez mais os benefícios dos adjuvantes na redução da deriva das pulverizações, que é hoje um desafio para o setor e profissionais. A ênfase em práticas agrícolas sustentáveis também desempenha um papel relevante, alinhando-se com as tendências em outros países. Dito isso, espera-se que o uso dessas tecnologias continue a aumentar, à medida em que a classe produtora busque otimizar as suas operações e o manejo fitossanitário.

Listo agora algumas tendências gerais e fatores que podem influenciar este cenário:

Aumento da conscientização – Os agricultores estão cada vez mais conscientes dos benefícios desses produtos na melhoria da eficácia dos defensivos agrícolas.

Crescimento da indústria agrícola: O Brasil tem uma importante indústria agrícola e em pujante expansão, com foco em culturas como soja, cana-de-açúcar, milho algodão e café. À medida que o setor avança, os agricultores adotam tecnologias e novas práticas de manejo, incluindo a utilização de adjuvantes.

Serviços de educação e extensão da indústria: Os programas educativos e os serviços de extensão prestados por agências agrícolas, universidades e empresas desempenham um papel crucial na promoção dos benefícios dos adjuvantes. Os agricultores que estão bem-informados sobre as vantagens destes produtos podem estar mais dispostos a utilizá-los.

Eficácia demonstrada: À medida que mais pesquisas e ensaios de campo demonstram os efeitos positivos dos adjuvantes no rendimento das culturas e no controlo de pragas, os agricultores estarão provavelmente mais inclinados a adoptar estes produtos.

Considerações econômicas: Fatores econômicos, tais como a relação custo-eficácia da utilização de adjuvantes em termos de aumento dos rendimentos e eficiência na aplicação dos produtos para proteção de plantas.

Preocupações ambientais: A crescente consciencialização sobre a sustentabilidade ambiental e o impacto da utilização tradicional de defensivos colabora para a busca de métodos alternativos, e os adjuvantes podem fazer parte de uma abordagem integrada de gestão de pragas.

Temos alguns fatores que influenciam o mercado dos adjuvantes. Por exemplo, a introdução e desenvolvimento de tecnologias no Brasil se alinha com a demanda por variedades agrícolas melhoradas. Pontuo também a maior ênfase no rendimento das colheitas, principalmente pela necessidade de alimentos.

Contribui também para a democratização dessas tecnologias os avanços em prol do desenvolvimento de novos adjuvantes com formulações e características avançadas com foco nos problemas que o produtor enfrenta no manejo das culturas.

Além disso, vale destacar que se os agricultores observarem um retorno positivo do investimento através do aumento dos rendimentos, isso também com certeza irá impactar na hora de adotar ou não os adjuvantes.

Muito importante lembrar dos desafios gerados pelas alterações nos padrões e a crescente prevalência de fenômenos meteorológicos extremos. Essas soluções podem ajudar a enfrentar cenários específicos, tais como melhorar a cobertura da pulverização em condições meteorológicas adversas.

Para os próximos anos há muito a se esperar. A primeira tendência é a de formulações mais especializadas para tipos específicos de aplicações de defensivos (por exemplo, pulverizações foliares, tratamentos de sementes ou aplicações no solo). O foco na sustentabilidade deve crescer, e os pesquisadores estão explorando os adjuvantes verdes sustentáveis.

Nesse contexto, há ainda a forte busca pela compatibilidade aprimorada com produtos biológicos, especialmente com a ampliação desse mercado. Projeta-se, cada vez mais, adjuvantes formulados para apoiar a eficácia dos métodos de controle de pragas de base biológica.

Outras tendências para a tecnologia

Também devem crescer as formulações ecologicamente corretas, que minimizem a deriva, a volatilização e o escoamento, alinhadas com os esforços globais em direção à agricultura sustentável. Pensando nesse aspecto, poderá haver uma mudança no sentido do desenvolvimento de adjuvantes biodegradáveis, contribuindo para a redução da persistência ambiental e dos potenciais impactos a longo prazo.

É válido apontar que avanços na tecnologia, como veículos aéreos agrícolas não tripulados (VANTs) e novas técnicas de aplicação como drones, estão influenciando o desenvolvimento de adjuvantes. A integração da tecnologia nesses métodos está melhorando as características e a eficiência da operação. Nesse sentido, também se observa a união com as tecnologias de agricultura de precisão. Os adjuvantes podem complementar esses métodos.

A adoção pelo produtor da análise de dados e de aprendizagem automática na agricultura também será um ponto relevante daqui para a frente. Isso pode levar ao desenvolvimento de produtos baseados em insights das informações. Por exemplo, as ferramentas de apoio à decisão podem recomendar adjuvantes específicos com base em dados históricos, condições atuais e dinâmica das pragas.

Por último e não menos importante, veremos ainda uma evolução regulatória global para administração de adjuvantes. Lembre-se, as formulações que atendem aos requisitos regulatórios de segurança e impacto ambiental provavelmente ganharão preferência no mercado.

*Engenheiro agrônomo, coordenador técnico e marketing Latam da DVA Agro

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Relatório de Sustentabilidade 2024: Bracell apresenta resultados de clima, biodiversidade e impacto social

Fábrica da Bracell em Camaçari - Foto - Luciana Brito

Documento destaca avanços nas metas do Bracell 2030 e apresenta informações exclusivas e inéditas sobre a Bracell Papéis, reforçando compromisso com a transparência de suas operações

A Bracell, uma das líderes globais na produção de celulose solúvel, lançou o seu Relatório de Sustentabilidade 2024, no qual apresenta os principais avanços da companhia em sua estratégia ESG. No documento, a companhia apresenta o progresso das metas que compõem a Agenda Bracell 2030, estruturada em quatro pilares: Ação pelo Clima, Paisagens Sustentáveis e Biodiversidade, Promovendo Crescimento Sustentável e Empoderando Vidas. 

“Na Bracell, a sustentabilidade é indissociável do nosso negócio e a base sobre a qual crescemos e geramos valor de forma integrada. A proteção do meio ambiente e a contribuição social, aliadas à entrega de resultados consistentes, fazem parte da nossa forma de operar”, destaca Fabiane Carrijo de Rosis, gerente de sustentabilidade da Bracell. 

Ela reforça, ainda, que a companhia conta com uma governança robusta de sustentabilidade, que envolve diretamente a alta liderança no acompanhamento das metas estratégicas e na condução da Agenda Bracell 2030.

Clima e inovação industrial

Entre os destaques de 2024, está a redução de 50% no consumo de gás natural nos fornos de cal da unidade de Lençóis Paulista, entre 2023 e 2024, e, consequentemente, a redução do mesmo percentual de CO2e emitido por eles. O sistema de gaseificação utiliza o excedente do preparo de cavacos (madeira de eucalipto) como matéria-prima para produzir gás de síntese, utilizado em substituição aos combustíveis fósseis no forno de cal. 

Estes resultados refletem uma atuação consistente, baseada em soluções que transformam resíduos industriais e florestais em subprodutos com valor ambiental, econômico e operacional, fortalecendo a lógica da bioeconomia circular e transformando desafios em oportunidades reais de inovação e competitividade.

A Bracell também ampliou o uso de caminhões elétricos, investiu em painéis solares e comercializou 2,7 milhões de GJ de energia limpa a partir da biomassa de eucalipto, fortalecendo a meta de redução de 75% das emissões de carbono por tonelada de produto até 2030.

Mesmo em um cenário desafiador para o mercado, a Bracell deu um passo estratégico importante com a inauguração de sua nova fábrica de Tissue em Lençóis Paulista (SP). O novo negócio inicia suas operações com uma das estruturas industriais mais sustentáveis do país, integrada à base florestal renovável da empresa, o que reforçou ainda mais a relevância da integração entre as diferentes frentes produtivas.

Paisagens sustentáveis e Biodiversidade 

Ainda segundo o relatório, a Bracell atingiu 97% da meta do Compromisso Um-Para-Um, que estabelece que, para cada hectare de eucalipto plantado, a empresa se compromete com a conservação de um hectare de vegetação nativa. 

Em 2024, apoiamos 186 mil hectares de áreas públicas de conservação nos estados de São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul. A meta é atingir 230 mil hectares até 2025. Além disso, o documento celebra o acordo de dez anos com o Governo do Mato Grosso do Sul, voltado à proteção de quatro unidades de conservação estaduais, iniciativa que busca consolidar um legado de valorização da biodiversidade e ecossistemas.

Impacto social positivo e diversidade

O relatório também registrou o impacto da Bracell em mais de 150 mil pessoas com seus projetos sociais nas comunidades onde atua e inaugurou a Casa Bracell Social, em Lençóis Paulista (SP), como espaço permanente de escuta e diálogo. Por meio da Fundação Bracell, segue fortalecendo ações de educação desde a primeira infância, ampliando oportunidades e promovendo o desenvolvimento humano. Do ponto de vista corporativo, a empresa também superou a meta de diversidade, com 29,4% de mulheres em cargos de liderança. 

Governança e compromisso com a transparência

Os resultados apresentados no relatório estão sustentados em uma cultura organizacional robusta e foram auditados por uma terceira parte independente. Em 2024, a Bracell realizou a primeira medição completa das 14 metas que compõem o Bracell 2030, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Entre os avanços, está a meta de remover 25 milhões de toneladas de CO₂ da atmosfera até o fim da década. Os resultados de 2024 mostram que a companhia segue no caminho certo, entregando com consistência e escala.

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Symbiomics conclui rodada de investimentos da Série A para desenvolvimento de biológicos de nova geração

Jader Armanhi, cofundador e COO da Symbiomics (esq.), Gabriel Bottos, presidente do conselho da Symbiomics, Tom Greene, diretor sênior da Corteva, e Rafael de Souza, cofundador e CEO da Symbiomics Divulgação

Com aporte-líder da Corteva, empresa espera acelerar a chegada de produtos ao mercado e expandir rede de parceiros

A Symbiomics, empresa de biotecnologia que desenvolve produtos biológicos de alto desempenho para o agronegócio, concluiu sua rodada de investimentos da Série A para escalar sua operação, ampliar o desenvolvimento de novos produtos e expandir suas parcerias comerciais. Quem liderou a rodada foi a Corteva Agriscience, por meio de sua plataforma de investimentos Corteva Catalyst, lançada em meados de 2024. Além da multinacional, a Série A contou com aportes da Arar Capital, Cazanga, MOV Investimentos e The Yield Lab Latam.

A biotech brasileira foi a primeira a receber aporte da Corteva Catalyst no país. “O investimento da Corteva representa um importante reconhecimento do comprometimento da Symbiomics com o desenvolvimento de tecnologias inovadoras para o agronegócio”, afirma Rafael de Souza, cofundador e CEO da empresa. “Mais do que isso, é um passo significativo em direção a uma agricultura mais sustentável. O investimento recebido na Série A nos permitirá alavancar esses desenvolvimentos e fortalecer parcerias com empresas do setor”, acrescenta.

A plataforma exclusiva da Symbiomics permite com que a empresa analise milhares de microrganismos à procura daqueles que são mais robustos, de forma mais eficiente e assertiva que as metodologias tradicionais. Além disso, engloba tecnologias de edição gênica e descoberta de genes e moléculas, uma grande aposta para gerações novas de produtos. É de olho nesse mercado de biológicos, que deve chegar a US$ 3,1 bi até 2030, que a Corteva Catalyst aposta na capacidade da Symbiomics de criar soluções realmente inéditas.

“Como uma empresa que esteve ao lado da Symbiomics desde o início, estamos muito feliz de ver os rumos que a biotech está tomando e o futuro promissor que vem pela frente com essa parceria com a Corteva”, revela Gabriel Bottos, presidente do conselho da empresa e CEO da Vesper Biotechnologies, que conta com a Symbiomics e outras sete empresas em seu portfólio.

Antes da Série A, a agtech tinha recebido R$ 15 milhões em investimentos da própria Vesper, e também de Arar Capital, Cazanga, Ecoa Capital, MOV Investimentos e The Yield Lab Latam, além de recursos de subvenção das agências Finep e Fapesc. O montante permitiu que ela realizasse suas primeiras provas de conceito, ampliasse a equipe, inaugurasse um laboratório próprio e estruturasse sua plataforma de desenvolvimento de biológicos. “Com a Série A, subimos um novo degrau dentro do cenário global, solidificando a empresa como uma das mais resolutivas dentro do agronegócio. O crescimento proporcionará uma ampliação da nossa capacidade de criar produtos biológicos únicos no mercado e de atender a novos parceiros, além de viabilizar a chegada das soluções aos produtores rurais”, explica Jader Armanhi, cofundador e COO da Symbiomics.

A Symbiomics tem firmado parcerias com diferentes empresas do setor agrícola para o codesenvolvimento de soluções biológicas diferenciadas. Os primeiros produtos resultantes dessas colaborações já estão em fase de testes, com previsão de chegada ao mercado nos próximos três anos.

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Destaque entre os principais desafios para a operação de máquinas agrícolas, a corrosão pode ser combatida com soluções industriais; entenda

Destaque entre os principais desafios para a operação de máquinas agrícolas, a corrosão pode ser combatida com soluções industriais; entenda

A exposição constante a umidade, fertilizantes, defensivos e variações climáticas faz da corrosão um dos principais desafios para a durabilidade e a performance do maquinário

De acordo com dados recentes divulgados pela associação americana Farm Equipment Manufacturers, o processo de corrosão – que compromete a integridade de peças metálicas e acelera seu desgaste – é responsável por um custo global de mais de US$ 2,5 trilhões de dólares, o que corresponde a cerca de 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.  Expostas a constante umidade e variações climáticas, as máquinas agrícolas estão entre os principais equipamentos suscetíveis a serem afetados pela corrosão, o que gera prejuízos significativos a milhares de produtores rurais, tanto com manutenções corretivas quanto com a redução da vida útil do maquinário.

“Quando a gente fala de máquina agrícola, estamos falando de investimento alto. E, muitas vezes, o produtor se preocupa com manutenção mecânica, troca de óleo, mas esquece que a corrosão também é um inimigo forte. Ela acontece no silêncio, quando a gente menos percebe”, comenta.

Para enfrentar o problema, os fluidos anticorrosivos surgem como uma solução eficiente e de fácil aplicação. Esses produtos criam uma película protetiva nas superfícies metálicas, o que funciona como uma barreira contra a umidade, salinidade, agentes químicos e até a poeira, prevenindo o processo de oxidação, sem comprometer o funcionamento das peças.

Além da proteção durante o armazenamento, os fluidos anticorrosivos também podem ser aplicados em componentes sujeitos a desgaste constante, como sistemas hidráulicos, chassis e implementos de plantio e pulverização. No portfólio da Tirreno, por exemplo, os produtores encontram soluções para diferentes finalidades, como:

  • HYBRID ATX-N, produto com sinergismo de atuação de agentes anticorrosivos com base hibrida, ou seja, mistura de aditivos orgânicos e inorgânicos, com estabilizantes e supressores de espuma exercendo excelente desempenho de longa duração de proteção contra corrosão em sistemas aquosos na presença de multimetais. Confira no manual do maquinário a tecnologia indicada.
  • TIRROIL WB 939 O, cera protetiva para maquinários agrícolas base água, desta forma não agride pintura, nem borrachas e vedações. A ideia é a aplicação da cera entressafras no maquinário protegendo as peças contra a corrosão. Outro benefício é que, quando o maquinário for utilizado, a cera aplicada impede a aderência de novas sujidades.
  • ORGANIC ATX, um produto com sinergismo de atuação de agentes anticorrosivos com base orgânica com estabilizantes e supressores de espuma exercendo excelente desempenho de longa duração de proteção contra corrosão em sistemas aquosos na presença de multimetais. Confira no manual do maquinário a tecnologia indicada.

Para conhecer essas e outras soluções, acesse o site: https://www.tirreno.com.br/.

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