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ABIC apoia construção do centro de educação ambiental e capacitação para produtores rurais, que utiliza madeira ecológica proveniente de embalagens flexíveis de café recicladas, em Caconde (SP)

O Projeto Recicle, É Tudo de Bom!

O projeto reciclou mais de 400 mil embalagens de pacotes de café

A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), em parceria com o Sindicato Rural de Caconde, SEBRAE e Reset, está apoiando a implementação, no município de Caconde, localizado no interior de São Paulo, de um Centro de Educação Ambiental (CEAC).

O Sebrae e a FAESP/Senar atuarão no projeto, promovendo capacitações e treinamentos especializados para produtores rurais, com um atendimento especial para as mulheres e jovens que trabalham e vivem no campo. O plano de trabalho contempla a realização de cursos, oficinas, seminários e workshops sobre gestão de negócios e técnicas agrícolas sustentáveis. A cafeteria-escola também abre as portas para que os empreendedores possam entender formas de reduzir custos, acessar os equipamentos de uso coletivo e transformar seus produtos, agregando valor e fortalecendo o associativismo.

O deque do CEAC é revestido com madeira ecológica proveniente de embalagens flexíveis de café pós-consumo, que foram separadas cuidadosamente por uma cooperativa de catadores de São Paulo. A iniciativa é uma ação do Recicle! É Tudo de Bom!, projeto desenvolvido pela Associação para estimular a logística reversa e a reciclagem na cadeia cafeeira, promovendo a economia circular.

Um dos objetivos é reduzir o impacto ambiental, transformando as embalagens de café em outros produtos que podem ser utilizados em diferentes estruturas.

Embalagens coletadas e transformadas em madeira ecológica

Na cooperativa as embalagens chegam via coleta seletiva do município de São Paulo, passam por uma triagem e são colocadas em fardos. Posteriormente, são enviadas para a empresa Reset, responsável por fazer a transformação das embalagens em madeira ecológica. O material é utilizado no revestimento do Centro de Educação Ambiental, desenvolvido pelo Sindicato Rural de Caconde com o objetivo de integrar ações de educação ambiental, disseminando técnicas de manejo. Na prática, o espaço irá oferecer capacitação para produtores rurais e terá outros atrativos, como cafeteria-escola, teto-jardim, carro elétrico, painel fotovoltaico, viveiro, horta hidropônica, dentre outros.
Ao todo, o projeto reaproveitou mais de 400 mil embalagens de café. Será inaugurado em junho e deverá atender cerca de 300 pessoas da região.

“O Projeto Recicle! É Tudo de Bom! é mais uma iniciativa da Associação alinhada ao seu compromisso em buscar práticas mais sustentáveis, com resultados que beneficiam não apenas os envolvidos, mas, também, o meio ambiente e a sociedade como um todo. Ao unir forças em prol da sustentabilidade, podemos criar um futuro mais próspero e com equidade para todos”, explica Christianne Monteiro, Coordenadora de Projetos e Sustentabilidade da ABIC.

Ademar Pereira, Presidente do Sindicato Rural de Caconde comenta: “O projeto trata de questões importantes, como energia, água, transporte, descarbonização, resiliência climática e geração de energia limpa. Iremos implantar um viveiro de mudas do qual iremos doar 40 mil unidades para os produtores locais, com a intenção de promover a sustentabilidade. Somos gratos à ABIC pela parceria”.

Como funciona o processo de fabricação da madeira ecológica?

A madeira ecológica, também conhecida como madeira plástica, é produzida por meio da reciclagem de embalagens multicamadas, que são coletadas, separadas, trituradas, resultando em pequenos grânulos. Esses grânulos são então limpos e fundidos, e em seguida misturados com aditivos específicos que melhoram a resistência e a durabilidade do material. A massa resultante dessa mistura é extrudada em moldes dedicados, que definem o formato e o tamanho do produto final. Uma vez resfriado e solidificado, o material é cortado nas dimensões desejadas.

A durabilidade é um de seus principais atrativos, resistindo a condições adversas como a ação do tempo, umidade, pragas e deterioração ocasionadas por fungos e bactérias, sem a necessidade de tratamentos químicos nocivos ao meio ambiente. Outro ponto a destacar é a facilidade na manutenção do produto, pois não requer pintura ou verniz.

O uso da madeira ecológica traz consideráveis benefícios ambientais. Ao aproveitar resíduos plásticos, é possível reduzir o impacto ambiental e promover a economia circular, evitando a destinação para aterros sanitários ou ambientes naturais. Outro ponto é que a produção de madeira ecológica evita o corte de árvores, o que contribui para a preservação das florestas e da biodiversidade. Relevante destacar que o produto é totalmente reciclável, prolongando ainda mais a vida útil dos materiais utilizados na fabricação.

O Projeto Recicle, É Tudo de Bom!

É uma iniciativa lançada em 2019 pela ABIC, com o objetivo de conscientizar e incentivar a adesão de consumidores e todos os envolvidos na cadeia de café quanto à responsabilidade compartilhada na reciclagem das embalagens flexíveis e cápsulas pós-consumo de café e multibebidas, por meio de diversas ações e parcerias.

A iniciativa conta com ações como o Ecossistema ABIC, a instalação de coletores de cápsulas pós-consumo em pontos de venda, para a destinação adequada. O ABIC Recicla Paraná é outra ação focada em cápsulas, buscando sensibilizar os consumidores a descartarem as cápsulas pós consumo em pontos de entrega voluntária (PEVs) distribuídos em condomínios, supermercados e ruas de comércio, além de valorizar as cooperativas de catadores ampliando os materiais que podem ser reciclados, em parceria com a Yattó.

Outra ação também focada na gestão de resíduos pós-consumo é o projeto de Logística Reversa. Para facilitar a adesão ao processo de LR, a ABIC se associou a duas entidades gestoras desse processo, o Instituto Rever e o Instituto Giro, para a destinação correta e a compensação de carbono das embalagens flexíveis de café.

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Nova sonda de medição da Vaisala garante melhor controle de câmara seca

Câmara seca

Dispositivo fornece medições precisas em condições exigentes de processamento, como ocorre na produção de baterias de íons de lítio

A Vaisala lançou no começo de junho a nova Sonda de Ponto de Orvalho e Temperatura DMP1, para monitoramento das condições ambientais em salas e espaços industriais críticos. É ideal para salas secas: é compacta, tem capacidade de medição de ponto de orvalho de até -70 °C e  resposta centena de vezes mais rápida do que outras tecnologias disponíveis.

Fornece, ainda, medições precisas em condições exigentes de processamento a seco, como as encontradas na produção de baterias de íons de lítio, onde o controle da umidade é fundamental para o desempenho das baterias fabricadas. Empregando tecnologia de medição avançada, a DMP1 garante que as condições do ponto de orvalho permaneçam conforme especificado em todas as áreas de uma câmara seca de fabricação, ajudando assim a manter a qualidade do produto e a segurança da fabricação, especialmente onde o controle da umidade é fundamental para a fabricação de baterias, como as de lítio.

“A resposta rápida da nova sonda torna os sistemas de controle capazes de dar uma resposta  em tempo hábil, garantindo a  proteção da qualidade e segurança do produto”, afirma Bruno Albuquerque, gerente comercial da Vaisala no Brasil. Na prática, os clientes podem controlar com eficiência quaisquer desvios no ponto de orvalho da câmara seca. “Tempos de reação rápidos se traduzem em maior segurança no local de trabalho, mantendo a alta qualidade do produto e evitando desperdícios no processo de produção das baterias”, garante o especialista.

Melhor visibilidade e controle 

O DMP1 faz parte do ecossistema modular de medição Vaisala Indigo, oferecendo compatibilidade plug-and-play com dispositivos inteligentes conectados. Por exemplo, ele pode ser conectado a um transmissor Indigo300 para exibir dados e transmitir valores de medição para sistemas de automação e controle. A sonda também pode ser conectada a um dispositivo portátil Indigo80 para trabalhos de manutenção, e as sondas intercambiáveis ​​minimizam o tempo de inatividade  e simplificam o trabalho de manutenção. 

Anteriormente, o controle do ponto de orvalho em salas secas era feito por sensores volumosos, com alcance de medição limitado e resposta lenta. “A sonda DMP1 representa, portanto, um grande avanço, pois resolve esses problemas, proporcionando aos gerentes de processo maior visibilidade das condições ambientais e mais tempo para responder quando as condições se desviam do ideal”, sintetiza Albuquerque.

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Digitalização no campo transforma o setor sucroalcooleiro com soluções financeiras personalizadas

p2xPay: à esquerda a Ana Paula Campeão e à direita, Angela Kerche

A digitalização e as soluções financeiras personalizadas têm sido essenciais para modernizar o setor sucroalcooleiro; especialistas explicam que, mesmo com a sazonalidade e a atuação em locais remotos, sua equipe superou os desafios com soluções adaptadas e tecnologias aplicadas

A digitalização dos meios de pagamento e a personalização de benefícios têm se mostrado estratégias decisivas para modernizar o setor agroindustrial, especialmente no segmento sucroalcooleiro. Em entrevista, Angela Kerche, especialista em soluções de benefícios da p2xPay, detalha como sua equipe superou os desafios de um setor marcado por sazonalidade e operação em áreas remotas.

“O setor agroindustrial, especialmente o sucroalcooleiro, possui uma dinâmica muito específica: sazonalidade na contratação de mão de obra e equipes operando em áreas remotas”, conta Angela. “Um dos principais desafios foi adaptar nossas soluções de benefícios e premiação a esse contexto, garantindo usabilidade e criando formas de distribuir os cartões com agilidade”, destaca, e explica que a superação veio por meio de escuta ativa com os produtores e do envolvimento estratégico das cooperativas de cana-de-açúcar. “Esse apoio garantiu credibilidade às parcerias e abriu caminho para uma adoção mais rápida e eficaz”.

A tecnologia como motor de valorização e eficiência

Entre as soluções desenvolvidas estão os Cartões Premiação p2xPay e Cartões Benefícios de múltiplas bandeiras, que oferecem flexibilidade, segurança e gestão digital simplificada e podem ser considerados como parte de um verdadeiro case de sucesso. “Capacitamos os gestores na utilização das ferramentas, o que acelerou a aceitação e eficácia da nossa solução no campo”, afirma a especialista.

Os impactos foram expressivos. Segundo Felipe Andrade, COO da p2xPay, a introdução dos cartões como ferramenta de reconhecimento aumentou significativamente o engajamento das equipes, especialmente entre líderes, operadores de campo e motoristas. Além disso, empresas relataram melhora na retenção de talentos sazonais, aumento da produtividade e benefícios fiscais. “Muitas empresas relataram melhora na retenção de talentos sazonais e aumento da produtividade, pois os colaboradores passaram a se sentir mais valorizados”, diz. “Já para os gestores e equipes administrativas, os cartões e as ferramentas de meios de pagamento simplificaram a gestão financeira, reduziram retrabalho contábil, aumentaram o controle das verbas e trouxeram redução de custos”, reitera o executivo.

Andrade explica que, durante reuniões realizadas com empresas do setor, pôde perceber o quão importante é ouvir o cliente e adaptar as soluções à sua realidade. “Durante este mês, visitei clientes e parceiros do agronegócio nas regiões do Paraná e Goiás, e pude constatar na prática o quanto é transformador manter a proximidade. Ao ouvir suas demandas e adaptar soluções às suas realidades específicas, percebemos que é essencial acompanhar de perto todo o processo de implantação – isso tem sido um fator decisivo para o sucesso das iniciativas. Essa abordagem personalizada não apenas está impulsionando a produtividade no campo, como também está fortalecendo a retenção de talentos, promovendo um ambiente mais colaborativo, valorizado e genuinamente alinhado às necessidades reais do setor.”

Estudos comprovam: produtores rurais brasileiros já adotaram pelo menos uma tecnologia digital em suas atividades

Esses resultados estão alinhados com as tendências nacionais. Um estudo da Embrapa, Sebrae e INPE revelou que 84% dos produtores rurais brasileiros já adotaram pelo menos uma tecnologia digital em suas atividades. No entanto, o setor ainda enfrenta desafios: o Índice Agrotech, da GS1 Brasil, aponta que o uso de softwares de gestão no agro caiu de 38% em 2021 para 20% em 2024. Isso mostra que, embora haja avanços, a digitalização ainda precisa de estímulo e apoio estratégico. Outro levantamento, realizado pela Universidade de Brasília, apontou que mais de 95% dos produtores utilizam algum tipo de tecnologia digital, sendo que 96,3% usam softwares ou aplicativos para operações bancárias, 90,7% para manejo agrícola e 70,3% para gestão da propriedade.

Esses dados mostram que a digitalização no campo não é apenas uma tendência, mas uma realidade crescente, ainda que desafios como conectividade e custo de investimento continuem sendo barreiras importantes.

Transformação digital no Agro: mais interesse com a automatização de tarefas

Nesse contexto, Ana Paula Campeão, Head Comercial Filial Pederneiras da p2xPay, observa um aumento no interesse por soluções financeiras personalizadas no campo. “O interesse tem crescido de forma consistente. O agronegócio está cada vez mais atento às ferramentas que otimizam tempo, aumentam a transparência e reduzem burocracias e custos, especialmente em áreas como folha de pagamento, gestão de premiações e benefícios”, reitera, e conclui com uma visão clara sobre o futuro do setor. “A inovação financeira deixou de ser tendência e passou a ser uma necessidade real no campo. Os produtores têm reagido de forma muito positiva, reconhecendo os ganhos em eficiência, segurança jurídica e valorização do capital humano”.

A transformação digital no agro não apenas moderniza a gestão, mas fortalece o compromisso com o bem-estar dos colaboradores e a sustentabilidade do setor. Com o apoio de cooperativas e o uso estratégico da tecnologia, os campos do Brasil se aproximam cada vez mais de um modelo produtivo mais eficiente, justo e competitivo.

Sobre a p2xPay

Com planos de expandir ainda mais sua presença em outras regiões-chave, a p2xPay almeja se consolidar como uma parceira indispensável para produtores e empresas do setor em todo o país. Além das soluções financeiras, a fintech enfatiza o valor das pessoas e dos parceiros, buscando impulsionar a economia das regiões onde atua, através de seus cartões e de suas ferramentas de benefícios e premiação.

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Pesquisadores desenvolvem solução para controle de pragas capaz de preservar organismos não-alvo, em especial os anfíbios

Pesquisadores desenvolvem solução para controle de pragas capaz de preservar organismos não-alvo, em especial os anfíbios

Sapos e rãs sofrem consideravelmente com os efeitos colaterais dos pesticidas; para evitar que isso siga ocorrendo, cientistas brasileiros criaram uma alternativa promissora aos inseticidas sintéticos

Estudos recentes, como o desenvolvido no Instituto Federal Goiano, alertam para o fato de que a exposição crônica a misturas de pesticidas em ambientes agrícolas pode resultar em reduções populacionais de até 70% em espécies locais de anuros (sapos e rãs), especialmente nas fases larvais. Nesse cenário, a publicação “Medindo o Colapso: Fatores que Causam a Extinção e o Declínio Global dos Anfíbios“, veiculada na revista científica internacional Plos One, revela que mais de um terço das espécies de anfíbios do mundo está ameaçado de extinção, tendo nos pesticidas um dos principais fatores que desencadeiam essa quadro. Em um ecossistema altamente interligado, a vulnerabilidade dos anuros pode impactar negativamente a própria agricultura, que deixará de contar com aliados naturais para o manejo de insetos que predam as plantações.

É nesse contexto que se insere o estudo desenvolvido pelos cientistas parceiros do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT NanoAGro): Willian de Paula Santos, Caroline Santos, Letícia Paduan Tavares, Jhones Luís de Oliveira, Leonardo Fernandes Fraceto e Claudia Bueno dos Reis Martinez, recém publicado pelo Boletim de Contaminação Ambiental e Toxicologia. A partir de análises em laboratório, os pesquisadores descobriram que o geraniol nanoencapsulado (nGER) pode ser uma alternativa promissora aos pesticidas sintéticos atualmente utilizados, pois combina os efeitos pesticidas do geraniol com a proteção contra a degradação ambiental proporcionada pelas nanocápsulas de zeína, proteína presente em grãos de milho.

A pesquisa é uma das poucas do Brasil a investigar os efeitos causados por alternativas aos pesticidas em anfíbios, organismos não-alvo que sofrem consideravelmente com os impactos das substâncias, conforme pontua a Dra. Claudia Bueno dos Reis Martinez, pesquisadora do INCT NanoAgro. “Essa é uma linha de pesquisa fundamental para o futuro da agricultura. Precisamos cada vez mais de soluções que respeitem o meio ambiente, e os compostos naturais, quando bem estudados, oferecem um campo vasto de possibilidades”, afirma a cientista

Além de propor uma alternativa de pesticida capaz de preservar organismos não-alvo, o estudo também destaca a importância de que a ciência avance no sentido de entender os mecanismos moleculares envolvidos na ação de substâncias naturais, reforçando o papel da nanotecnologia na potencialização de sua eficácia e seletividade.

A pesquisa é parte das atividades do INCT NanoAgro, que reúne instituições e pesquisadores de diversas áreas para fomentar a inovação no campo da agroecologia por meio da aplicação de nanotecnologia. Confira os detalhes em: https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0001636

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