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A força que move o Brasil

*Por Pérsio Briante
O Brasil é feito de estradas. Desde cedo, tive a oportunidade de perceber isso de perto, acompanhando meu pai em suas viagens. Ainda criança, sentado ao lado dele, observando cidades, campos e rios se sucederem, aprendi que cada quilômetro percorrido carrega uma história de disciplina, coragem e responsabilidade.
Mais do que transportar cargas, ele carregava sonhos, famílias e a conexão entre diferentes regiões do país. Foi na estrada da vida que recebi uma das minhas maiores heranças: os ensinamentos do meu pai.
O caminhoneiro desempenha um papel central na economia brasileira. Ele garante o abastecimento de alimentos, insumos industriais e produtos essenciais, conecta produtores a mercados e mantém cidades e regiões integradas. Cada viagem é uma operação complexa, que exige planejamento, atenção, resistência e comprometimento. Sem essa força de trabalho, o país simplesmente não funcionaria.
Minha experiência pessoal reforçou meu respeito por essa classe. Meu pai me ensinou que dirigir não é apenas manejar um veículo; é zelar pela carga, pela vida e pelo cumprimento de prazos. É um trabalho que exige dedicação, sacrifício e uma visão ampla do impacto que cada entrega tem na vida das pessoas. Essa lição de vida moldou minha admiração por todos os caminhoneiros, que diariamente enfrentam noites longas, estradas desgastadas e condições adversas para manter o Brasil em movimento.
O Dia do Caminhoneiro, celebrado em 16 de setembro, é mais do que uma data simbólica. É o momento de reconhecer a importância desses profissionais para a economia, para a logística e para o cotidiano do país. É também uma oportunidade de refletir sobre as condições de trabalho, a valorização da profissão e o respeito que lhes é devido.
Hoje, quando vejo caminhoneiros cruzando estradas de norte a sul, sei que meu respeito é compartilhado por milhões de brasileiros que dependem da entrega de produtos, insumos e serviços. Eles não apenas dirigem; eles sustentam o progresso, conectam histórias e mantêm o país em movimento.
Por isso, quero deixar minha homenagem pessoal e profissional: obrigado a todos que vivem a estrada, carregam o Brasil em suas mãos e mantêm viva a força que move nosso país. Meu respeito é genuíno, assim como os ensinamentos que herdei de meu pai, e que continuam a inspirar minha visão sobre dedicação, trabalho e contribuição social.

*Pérsio Briante é presidente da Extra Máquinas S/A

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Alimento seguro: Um olhar além da embalagem

Boas práticas e bons profissionais são essenciais para a proteção do alimento e do consumidor
*Por Alessandra Souza
As embalagens desempenham um papel fundamental na segurança dos alimentos. Desde a linha de produção até a casa do consumidor, elas não apenas protegem contra contaminações externas, mas também preservam a integridade e o frescor do produto, controlando seu processo natural de deterioração.
Para garantir essa segurança, é essencial olhar além da embalagem e considerar todos os processos envolvidos na produção e distribuição do alimento. Do início da produção ao ponto de venda, seguir práticas rigorosas de manuseio e acondicionamento otimiza a eficiência e reforça a segurança em toda a cadeia.
Otimização da cadeia produtiva
Mais do que escolher a tecnologia de embalagem ideal e atender às regulamentações da Anvisa para evitar riscos ao alimento, é necessário um olhar atento para os processos de envase dentro da indústria. Pequenos ajustes podem gerar um impacto significativo na preservação e segurança do produto.
A automação de etapas como alinhamento de peças, transporte, verificação e envase reduz a interação humana com as embalagens e os alimentos, minimizando os riscos de contaminação. Além disso, manter cronogramas de manutenção preventiva e a reavaliação programada dos processos são medidas essenciais para garantir a eficiência operacional e a segurança do processo.
No entanto, a responsabilidade do produtor ou processador não termina com a embalagem. A preparação adequada do produto para a distribuição é fundamental para garantir a integridade do pacote e, consequentemente, a proteção do alimento. Conhecer as melhores práticas de empilhamento, acondicionamento em caminhões e controle de temperatura, além da definição de um roteiro logístico eficiente, são fatores críticos para assegurar a qualidade do produto até o consumidor final.
Tudo isso só é possível com uma equipe técnica capacitada e um olhar apurado sobre cada etapa do processo, dentro e fora da indústria. Esse fator nos leva a um aspecto essencial para a construção de uma cadeia produtiva segura: a qualificação dos profissionais.
Treinamento e qualificação de profissionais
Para mitigar riscos relacionados ao fator humano, o treinamento contínuo dos colaboradores é indispensável, especialmente em operações pouco automatizadas e dependentes de mão de obra intensiva. O uso correto de EPIs, o cumprimento de normas sanitárias e a eliminação de potenciais contaminantes, como acessórios e outros objetos inadequados, são práticas fundamentais para garantir a segurança do alimento.
Como mencionado anteriormente, quanto menor o contato manual entre pessoas com as embalagens e alimentos, menor o risco de contaminação. No Brasil, esse contato ainda é uma realidade, o que torna o treinamento sobre produtos embalados essencial para preservar a qualidade da proteína, otimizar recursos, melhorar processos e reduzir perdas.
Em 2024, a falta de profissionais qualificados afetou 40% das ocupações, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na pecuária, esse desafio já havia sido evidenciado em 2022 por uma pesquisa da Man-Power Group, que apontou uma carência de 81% de profissionais qualificados.
Diante desse contexto, a qualificação dos profissionais é um pilar fundamental, capaz não apenas de reduzir perdas e aprimorar a eficiência operacional, mas também garantir que a segurança do alimento e a experiência do consumidor sejam prioridades em toda a cadeia produtiva.
Parcerias estratégicas e novas tecnologias
Para viabilizar que todas estas práticas sejam efetivamente aplicadas, contar com fornecedores especialistas que auxiliem a indústria a identificar os melhores materiais, soluções adequadas de automação, suporte técnico e treinamento contínuo faz toda a diferença. Essas parcerias permitem que o processador tenha uma visão mais abrangente de seu processo, garantindo eficiência, segurança e conformidade em toda a cadeia produtiva.
A busca por parceiros estratégicos também se reflete na adoção de certificações voluntárias, como o Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos da Food Safety System Certification 22000 (FSSC 22000), reconhecido pela Global Food Safety Initiative. Essas certificações asseguram o controle rigoroso em todas as etapas da cadeia, desde o recebimento da matéria-prima até a expedição do produto.
Garantir a segurança dos alimentos não é responsabilidade de um único elo da cadeia, mas sim do esforço conjunto de todos os envolvidos – desde a seleção de matérias-primas até a disposição do produto no ponto de venda. Com tecnologia, boas práticas e alianças estratégicas bem estabelecidas, é possível assegurar não apenas a integridade dos produtos, mas também a saúde e a confiança dos consumidores.

*Alessandra Souza é Diretora de Marketing América do Sul para a marca CRYOVAC® da Sealed Air.
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PHC completa 10 anos no Brasil e dá início às comemorações no AraçaCana 2025

Evento marca o início das comemorações de uma década da empresa no país e apresenta, na prática, os benefícios da tecnologia H2COPLA para a cana-de-açúcar
A Plant Health Care (PHC), empresa global pertencente ao grupo P.I. Industries e referência em soluções sustentáveis para bioestimulação e proteção de cultivos, participa da primeira edição do AraçaCana 2025, ao lado da Coplacana. O evento marca o início das comemorações dos 10 anos da PHC no Brasil, celebrados a partir de outubro, tornando este momento ainda mais especial para a companhia e para o agronegócio nacional.
No evento, a PHC apresenta em campo demonstrativo e vitrine tecnológica toda a ação inovadora e efetiva do H2COPLA, tecnologia baseada na proteína Harpin, que promove um aumento nos patamares de produtividade no cultivo sustentável da cana-de-açúcar, mesmo em condições ambientais adversas de temperatura e umidade. “Os agricultores têm usado muitos insumos agrícolas nas últimas décadas e é importante que os agricultores tenham acesso a diferentes ferramentas para gerenciar seus desafios no campo” complementa Jagresh Rana, CEO Global da PHC.
A região noroeste paulista, marcada por intensa atividade canavieira, enfrentou fortes oscilações climáticas neste ano, com temperaturas registrando até 7,6ºC em Araçatuba, segundo o Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro). Acostumados a acompanhar o desempenho da tecnologia em situações de estresse hídrico causado por calor extremo, produtores observaram que o H2COPLA também foi eficiente na proteção da cana contra o frio, proporcionando maior vigor vegetativo, melhor enfolhamento, porte mais desenvolvido e maior número de plantas por metro quadrado. “Comparando as áreas com e sem tratamento, vimos que as plantas que receberam o H2COPLA estão mais altas e desenvolvidas, enquanto a área padrão apresenta falhas significativas”, afirma Caio Salles, da PHC.
Desde 2015 no Brasil, a PHC vem ampliando o mercado com soluções disruptivas que integram produtividade, sustentabilidade e segurança alimentar. Em parceria com a Coplacana, a empresa reforça seu compromisso em entregar tecnologias que permitem ao produtor enfrentar os desafios climáticos, aumentar a rentabilidade e avançar para uma agricultura regenerativa.
A presença no AraçaCana inaugura uma série de ações que irão marcar o calendário comemorativo de 10 anos da PHC no Brasil, contribuindo com o avanço do agronegócio nacional. “Mais do que uma década de inovação, essa trajetória foi construída de mãos dadas com pesquisadores, produtores, usinas, parceiros e colaboradores. O futuro será ainda mais extraordinário, guiado pelo propósito de transformar a agricultura de forma sustentável”, destaca Rodrigo Egéa de Miranda, Diretor de Negócios da PHC no país. A companhia integra o grupo P.I. Industries, um dos maiores conglomerados globais de ciência agrícola, o que reforça a solidez e a capacidade de inovação que marcam sua trajetória no Brasil.
AraçaCana
Dias: 02/10 e 03/10 – Rod. Eliéser Montenegro Magalhães, 51
Aeroporto, Araçatuba – SP
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Maior competição de torra do mundo entra em fase eliminatória

Corpo de juízes avaliará amostras torradas nos dias 4 e 5 de outubro
A Torrefação do Ano Brasil 2025 – considerada a maior competição de torra do mundo – passará por sua fase eliminatória nos dias 4 e 5 de outubro, em Belo Horizonte (MG), na Atilla Torradores, responsável pela organização do campeonato. Por intermédio do método de cupping ou prova de xícara (processo de avaliação sensorial), um corpo de juízes avaliará as amostras torradas pelas 131 instituições participantes. As 20 empresas mais bem posicionadas avançarão para a decisão entre 5 e 7 de novembro, na Semana Internacional do Café 2025 – SIC, no Expominas, na capital mineira, no Espaço Torra Experience.
Na fase anterior, as instituições, de 18 estados, receberam 1,5kg de dois cafés crus distintos e realizaram a torra nas próprias corporações.
“O cupping é um momento em que as torrefações têm o privilégio de suas torras serem provadas e avaliadas por juízes gabaritados. Todas as amostras recebidas são degustadas às cegas, com codificação das organizações. Na edição 2025, tivemos recorde de inscritos, a nossa responsabilidade aumenta”, comenta Séfora de Paula, Diretora de Marketing da Atilla Torradores.
O evento tem como objetivo elevar cada vez mais o nível de qualidade das torrefações envolvidas, através de atividades que estimulem a criatividade, a consistência, a análise sensorial e outras habilidades importantes para a área. Além disso, a competição gera conhecimento ao público com a criação de conteúdo, dados e a interação de forma positiva pela troca de experiências entre as empresas participantes.
A campeã do maior torneio de torra do mundo ganhará uma Atilla Bancada de 2ª Geração. Os cafés especiais dessa edição foram produzidos pela Fazenda Santa Cruz, em Paraguaçu (MG), pela produtora Josiani Moraes.