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Tecnologia revoluciona o processo de BID, garantindo segurança e eficiência ao transporte rodoviário de cargas
A transformação digital está mudando diversos setores da economia, e o transporte rodoviário de cargas não é exceção. Utilizando a plataforma da Logfintech goFlux, a Agera, empresa spin-off da Vale S.A., conseguiu revolucionar seu processo de licitação e contratação de fretes, tornando-o ágil, transparente e democrático. Este avanço é especialmente relevante em um setor historicamente marcado pela informalidade e ineficiência
Por muitos anos, o crescimento do setor de transporte de cargas rodoviárias foi prejudicado pela informalidade e volatilidade do mercado. A complexidade de realizar um BID (processo de cotação e contratação de frete), bem estruturado sempre foi um desafio. O BID envolve reunir várias transportadoras para um leilão, onde a que oferece o melhor custo-benefício é escolhida para a operação. No entanto, organizar este processo de forma justa e transparente nunca foi uma tarefa fácil
Isto inclusive era uma das dores da Agera, empresa criada para desenvolver e ampliar o negócio de Areia Sustentável e promover a mineração circular. De acordo com Ricardo Bomfim, Gerente de Suprimentos e TI da Agera, por atuar no segmento de materiais derivados do beneficiamento do minério de ferro, a complexidade no processo de transporte da empresa sempre foi um desafio. O seu principal produto é a areia sustentável, que é tratada e designada a muitos mercados, isso vai desde a construção civil, indústria de cerâmica, tinta, entre outros. Para transportar esse produto, é necessário um caminhão específico no modelo basculante (caçamba) e a dificuldade da companhia era se conectar aos transportadores que possuíam sinergia com as suas operações. Outro gargalo era encontrar os players que de fato estavam ativos no mercado.
Foi quando a pouco mais de um ano os executivos da Agera conheceram a plataforma da logfintech goFlux e desde então deram um grande salto tecnológico na contratação de frete. “Encontramos uma ferramenta de BID confiável e aderente ao nosso processo interno, com transportadores cadastrados e rotas compatíveis com nossas necessidades. Foi perfeito, pois solucionou uma de nossas principais dores”, destaca Bomfim.
A goFlux não apenas atendeu às necessidades iniciais da Agera, mas também se ajustou às demandas específicas da empresa, melhorando a plataforma para facilitar ainda mais o processo de licitação. Isso permitiu à empresa gerenciar um maior número de rotas com mais eficiência, criando uma parceria que se mostrou bem-sucedida em todos os aspectos.
De acordo com Bomfim a contratação de fretes é frequentemente regionalizada e muitas empresas de transporte têm pouca familiaridade com o ambiente digital, resultando em uma ineficiência de cerca de 45%, segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento. Caminhões frequentemente retornam vazios após uma entrega, aumentando os custos de frete e comprometendo a sustentabilidade. “A plataforma da goFlux ajuda a contratar transportadores que realmente têm sinergia com nosso negócio, pois sabemos que vamos contratar os players aderentes a nossa operação agregando muito valor para nós, pontuou o gerente.
Ainda segundo o profissional, a Agera busca eficiência operacional com soluções completas de logística que reduzem custos e aumentam a performance. “Ferramentas de inteligência e governança, como a goFlux, são fundamentais para nós”, afirma Bomfim. A otimização dos fluxos logísticos e a redução de caminhões rodando vazios são prioridades para a Agera, que alinha essa estratégia com seus princípios de sustentabilidade.
Plataforma completa
A LogFintech brasileira goFlux, é especialista em soluções tecnológicas para cadeia logística, geração de dados com IA (Inteligência Artificial), antecipação de recebíveis, predição de fretes, colaborando com a neutralização das emissões de CO2, adicionando segurança, integridade e agilidade ao setor de transporte rodoviário de cargas. Consolidada no setor agropecuário, a empresa expandiu para outros segmentos, incluindo siderurgia, mineração, alimentos, papel e celulose, construção civil, etc.
Entre as vantagens da ferramenta para os embarcadores está a contratação em uma única base, de maneira organizada, com histórico detalhado de quem participou e venceu o BID com todas as transações registradas, tornando todo o processo mais fluído e com um grande ganho em compliance. “A tecnologia da goFlux permite às empresas tomarem decisões mais assertivas e reduzir o tempo de BIDs de anuais para mensais ou semanais. “A Agera começou fazendo um BID por ano e agora realiza o processo a cada 15 dias, aumentando a agilidade e compliance”, explica Renato Castilho, CTO da goFlux. Todas as informações são registradas e arquivadas, disponíveis para auditorias futuras.
A LogFintech também disponibiliza às empresas outra ferramenta importante, o View, solução integrada que proporciona inteligência preditiva e visão futura dos patamares de fretes do mercado. Isso permite avaliar se os preços propostos estão condizentes com o mercado, aumentando a transparência e competitividade das operações. “Fornecemos informações privilegiadas graças à nossa vasta base de dados de fretes, sempre buscando tornar as operações mais transparentes, competitivas e democráticas”, conclui Castilho.
Sobre a goFlux
Sediada em São Paulo, capital, a goFlux é uma logfintech que surgiu em 2018 fruto da expertise de fundadores experientes em logística que desenvolveram uma plataforma totalmente digital para cotação, negociação, contratação e gestão de fretes rodoviários. A solução vem revolucionando a forma de contratar fretes impulsionando a competitividade no segmento de transportes, principalmente do agronegócio. Saiba mais em www.goflux.com.br.
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Myriota lança HyperPulse™, a primeira rede comercial 5G Satelital (Não Terrestre) do mundo, projetada para IoT
Amplamente disponível no Brasil a partir de 15 de dezembro, o serviço proporciona novas oportunidades para indústrias críticas como agricultura, energia e serviços públicos, óleo e gás, logística e monitoramento ambiental
A Myriota, líder global em conectividade IoT habilitada por satélite, anuncia hoje a disponibilidade geral da HyperPulse, uma plataforma de conectividade global e altamente escalável que simplifica para parceiros da indústria a criação, implantação e expansão de soluções IoT em qualquer lugar do planeta. A rede estará disponível a partir de 15 de dezembro no Brasil, Estados Unidos, México, Austrália e Arábia Saudita. Disponível desde o início do ano para early adopters, a solução já atende clientes de diversos segmentos, com ampla aplicação em monitoramento ambiental, monitoramento de óleo e gás, rastreamento de ativos e rastreamento de animais.
A HyperPulse é projetada e operada pela Myriota, combinando a arquitetura 5G NTN da empresa com capacidade em banda L alugada da Viasat. A camada exclusiva de otimização da rede permite ajustar dinamicamente o desempenho da conectividade, como latência e volume de dados, em resposta à demanda do cliente ou a condições ambientais. O resultado é uma plataforma global e altamente escalável que torna simples para parceiros de indústria criar, implantar e expandir soluções IoT em qualquer lugar do mundo.
No Brasil, a HyperPulse deve desempenhar um papel transformador em indústrias que exigem conectividade contínua e confiável em áreas remotas e de difícil acesso. A solução viabiliza casos de uso como monitoramento e automação para grandes operações agrícolas; manutenção preditiva e preventiva para infraestrutura de transmissão de energia e sites de energia renovável; monitoramento remoto para produção de óleo e gás e oleodutos; rastreamento logístico e transporte multimodal; e coleta avançada de dados ambientais, incluindo recursos hídricos, estações meteorológicas e iniciativas de sustentabilidade. Essas capacidades são críticas para um país de vasta extensão territorial, cadeias de suprimentos complexas e forte dependência de operações de campo remotas.
Com a expansão planejada da cobertura NTN para outros países da América Latina, incluindo Argentina, além da Europa e Sudeste Asiático no início de 2026, a Myriota está pronta para redefinir a acessibilidade e o alcance da conectividade IoT globalmente.
Complementando o serviço UltraLite da Myriota, focado em máxima eficiência energética, segurança e eficiência espectral, o HyperPulse oferece menor latência e maiores franquias diárias de dados. Esses recursos possibilitam aplicações onde relatórios mais detalhados e sensoriamento enriquecido são vantajosos, incluindo rastreamento e monitoramento de equipamentos pesados, contêineres, vagões ferroviários e carretas; medição inteligente para utilities; sensoriamento ambiental para estações meteorológicas, qualidade do solo, ar e água; e manejo animal, incluindo cercamento virtual, otimização de alimentação e monitoramento remoto.
Construída com base nos padrões 3GPP 5G NTN e utilizando a infraestrutura de satélites comprovada da Viasat, a HyperPulse oferece interoperabilidade contínua com um número crescente de chipsets e dispositivos NTN-capazes, fornecendo um caminho alinhado a padrões para implantação de longo prazo e escalabilidade global. A empresa já certificou o módulo nRF9151 da Nordic em diversos casos de uso, cenários e ambientes, com certificações adicionais de outros fornecedores em andamento.
Reconhecendo que soluções IoT modernas exigem mais do que apenas uma conexão de rede, a Myriota também está lançando um conjunto de produtos de habilitação para apoiar seu ecossistema de parceiros na integração e desenvolvimento de soluções para a rede HyperPulse. Junto com o serviço, chega o primeiro desses recursos, o HyperPulse Developer Kit, que suporta prototipagem rápida e validação de prova de conceito, e foi projetado para uso em campo, com invólucro à prova de intempéries, operação por bateria e múltiplas opções de sensores e interfaces.
“Com a HyperPulse, estamos tornando a conectividade 5G não terrestre uma realidade prática para IoT em escala”, afirma Oscar Delgado, Diretor de Vendas para a América Latina na Myriota. “Ao oferecer maior volume de dados, menor latência e cobertura baseada em padrões, a HyperPulse dá às organizações a capacidade de rastrear e monitorar ativos, obter insights e tomar decisões, mesmo nos ambientes mais remotos e desafiadores. Com um roadmap de novos recursos chegando no próximo ano, este é um passo empolgante para a conectividade IoT em todo o mundo.”
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Água com tecnologia: Reflorestar inaugura módulos de irrigação 100% mecanizados para o manejo inicial de mudas na silvicultura
Tecnologia eleva o padrão dos manejos florestais no país. Primeiros módulos chegam no MS e em SP
No solo vermelho do município de Água Clara (MS), onde por décadas os primeiros dias de irrigação dependiam do esforço físico intenso dos colaboradores, uma nova realidade começa a ser escrita. A Reflorestar Soluções Florestais inicia a operação do primeiro módulo operacional do país com o conjunto completo de Irrigadores Mecanizados Bizmaq, marco que rompe com práticas historicamente manuais e abre caminho para uma silvicultura cada vez mais mecanizada, precisa e sustentável.
Com contrato firmado com a Suzano para operações de plantio, a Reflorestar buscou tecnologias que gerassem maior agilidade operacional, ganhos de produtividade e, sobretudo, melhores condições de trabalho para seus colaboradores. Agora, o colaborador atua em uma cabine climatizada, com controles eletrônicos que acionam o equipamento e distribuem água de forma uniforme sobre as mudas de eucalipto.
“O equipamento entrega qualidade e assertividade na quantidade de água aplicada por planta, além de transformar a experiência do colaborador. Antes, era uma atividade semimecanizada, em que o auxiliar caminhava o dia todo exposto ao sol e ao calor intenso.
Agora, é uma operação totalmente mecanizada e confortável”, explica Paulo Gustavo Souza, gerente de Silvicultura da Reflorestar. É a tecnologia a serviço do homem e da silvicultura.
Precisão e eficiência
Para essa etapa da silvicultura, a Reflorestar adquiriu cinco irrigadores mecanizados Bizmaq, sendo três destinados aos plantios no Mato Grosso do Sul e dois para o estado de São Paulo.
Os tanques têm capacidade de 10 mil litros, permitindo padronização rigorosa da lâmina d’água aplicada em cada muda.
Essa precisão reduz desperdícios e elimina a variabilidade típica da irrigação semimecanizada, em que a dosagem dependia do julgamento do auxiliar, podendo variar, por exemplo, entre 3 e 7 litros por planta.
“A mecanização garante a mesma quantidade de água para todas as mudas, com total padronização operacional. Esse é um ganho expressivo em eficiência”, reforça Gregory Barbosa, consultor de produto da Bizmaq.
Primeiros passos
A irrigação das mudas é uma etapa inicial e pontual do processo de plantio, mas sua frequência depende diretamente das características de solo e clima de cada região.
No Mato Grosso do Sul, por exemplo, região mais quente, a média é de três irrigações consecutivas, podendo chegar a cinco em períodos de maior temperatura. Já em Lençóis Paulista (SP), onde a Reflorestar também assumirá operações de plantio, o clima mais ameno permite uma média aproximada de duas irrigações.
A entrada da Reflorestar como operadora efetiva, e não apenas participante de testes, marca um avanço inédito. “É o primeiro módulo operacional com esses equipamentos no país. Outras unidades fizeram apenas testes. A Suzano, junto com a Reflorestar, vem sendo pioneira na adoção de uma silvicultura 100% mecanizada”, destaca Gregory.
Nova geração da silvicultura
A Bizmaq, referência nacional em implementos agroflorestais, acompanha de perto empresas que impulsionam a modernização do campo. Nesse movimento, a Reflorestar se destaca pela velocidade com que tem expandido sua mecanização, especialmente na silvicultura, área em que passou a atuar há cerca de dois anos.
“A Reflorestar escolheu um caminho diferente: entrar entre os maiores investindo em mecanização plena, fugindo do modelo manual tradicional. A empresa pulou etapas e hoje se coloca como case de sucesso na prestação de serviços florestais”, analisa Gregory.
Visão de futuro
A inauguração deste módulo mecanizado reafirma o compromisso da Reflorestar com um modelo operacional moderno, seguro e sustentável, em que tecnologia e cuidado com as pessoas caminham lado a lado.
Ao mecanizar uma etapa historicamente manual, a empresa eleva padrões de ergonomia, padroniza a qualidade operacional, reduz riscos e variabilidades, ganha eficiência e precisão, além de avançar na construção de uma silvicultura de alta performance.
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Cuidado coletivo com as estradas rurais: preservar a mata às margens também é proteger vias e vidas
Em temporada de chuvas, o colapso das vicinais ameaça produção, acesso e segurança; Associação Ambientalista Copaíba reforça que a restauração de matas ciliares e a preservação das margens são medidas práticas de prevenção e resiliência
Estimativas recentes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontam que no Brasil há cerca de 2,2 milhões de km de vias rurais, em sua maioria não pavimentadas, e grande parte em condições precárias, o que gera prejuízos diretos ao agronegócio e às populações locais, como perdas logísticas e econômicas, além de impactar traslados em geral. Durante a temporada de chuvas, esses trechos se tornam ainda mais vulneráveis com o aumento da erosividade da chuva e o volume de precipitação agravando o assoreamento, a erosão lateral e os alagamentos que deterioram pontes, bueiros e a própria pista, problemas documentados por estudos técnicos e relatórios sobre impactos hidrometeorológicos na infraestrutura rodoviária.
Nesse cenário, segundo a Embrapa as matas que margeiam rios e córregos (matas ciliares) assumem o papel de “freios naturais”, reduzindo a velocidade do escoamento superficial, facilitando a infiltração da água no solo e diminuindo o volume de sedimentos carregados para os cursos d’água, processos que, em conjunto, atenuam enchentes localizadas e o assoreamento de pontos críticos sob estradas e pontes. Relatórios e pesquisas da Embrapa sobre erosividade esclarecem que, onde a cobertura vegetal é preservada, o risco de enxurradas e cortes de pista cai sensivelmente durante eventos de chuva intensa.
A Associação Ambientalista Copaíba, com atuação desde 1999 na restauração de matas nativas e recuperação de nascentes na região de Socorro (SP) e bacias vizinhas, tem mostrado na prática os benefícios da recuperação de margens. Em relatos de projetos, a coordenadora Ana Paula Balderi observa que áreas restauradas começam, em poucos anos, a “proteger o solo e o entorno das nascentes” e a “servir como obstáculo ao escoamento das enxurradas”, reduzindo a velocidade da água e favorecendo a infiltração, efeito diretamente ligado à menor incidência de erosão nas proximidades de estradas rurais.
A Copaíba registra projetos de restauração que já cobrem centenas de hectares e enfatiza a necessidade de políticas públicas e engajamento comunitário para ampliar essa ação. Especialistas ouvidos pela entidade e estudos técnicos convergem em ações concretas que unem conservação ambiental e manutenção de infraestrutura: (1) manter ou recuperar faixas de vegetação nas margens de córregos e nascentes; (2) planejar bueiros e sistemas de drenagem considerando aumento de volume de chuva; (3) evitar desmatamentos e compactação de solo próximos às vias; (4) articular programas municipais e estaduais de manutenção periódica das vicinais com iniciativas de restauração florestal nas bacias.
Quando proprietários rurais, prefeituras e ONGs atuam em conjunto, os benefícios são múltiplos, como redução de estragos nas estradas, menor custo de manutenção e maior segurança para quem depende dessas vias. Assim, a conservação das margens e a restauração de matas ciliares não são apenas causas ambientais: são investimentos em infraestrutura natural que protegem estradas, safra e pessoas, especialmente em períodos de chuvas intensas.
Nesse sentido, a recomendação da Copaíba é clara: políticas públicas integradas, incentivos à restauração e ações comunitárias são caminhos para transformar áreas de risco em corredores resilientes e, desse modo, reduzir paradas, prejuízos e riscos nas estradas rurais.
