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Tecnologia contra o desperdício: como a digitalização está transformando o varejo alimentar no Brasil

Unsplash Divulgação Cayena

Com inteligência de mercado e digitalização, Cayena ajuda o food service a reduzir perdas de insumos, contribuindo para a melhor gestão financeira, gerando economia de até 30% para clientes e ainda ajudando no combate a um dos fatores ligados à fome

Há quem pense que o tema da fome é distante da sua realidade ou mesmo do seu negócio, mas, estudando melhor o assunto, percebe-se que o problema está mais próximo do que imaginado. Hoje, 33,1 milhões de pessoas passam fome no Brasil, segundo o Pacto Contra a Fome.

Como é o caso de todo grande desafio, as causas são múltiplas e as soluções, complexas. Porém, um dos caminhos que poderiam contribuir para a mudança desse cenário é o combate ao desperdício. De acordo com a mesma instituição, o país joga fora 55,4 milhões de toneladas de alimentos por ano — o que significa que o Brasil desperdiça 8 vezes o necessário para alimentar a população em situação de fome.

Parte desse desperdício, naturalmente, está atrelado ao varejo alimentar e ao food service, uma vez que uma gestão deficitária de compras, estoque e validade dos insumos pode levar ao descarte prematuro de alimentos ainda próprios para consumo. Processos ineficientes, falta de previsibilidade na demanda e dificuldades na cadeia de suprimentos agravam ainda mais esse cenário.

A solução? Digitalização e inteligência de mercado, como as oferecidas pela Cayena, marketplace especializado no setor de alimentação. 

O potencial de impacto da inovação no setor

Ao otimizar a cadeia de suprimentos e melhorar a previsibilidade financeira de restaurantes, padarias, mercados e outros estabelecimentos, a Cayena contribui para uma gestão mais eficiente dos insumos, evitando compras excessivas e reduzindo perdas desnecessárias. “A falta de acesso a preços justos, além da própria variabilidade constante do mercado, é uma das grandes ameaças à segurança alimentar. Com a digitalização e otimização de compras, conseguimos garantir uma gestão mais eficiente, minimizando perdas e otimizando os custos operacionais”, explica Gabriel Sendacz, cofundador do marketplace.

Parte do resultado positivo na gestão vem do investimento da Cayena em tecnologias que auxiliam diferentes perfis de estabelecimentos a reduzir custo de compra de insumos e, consequentemente, melhorar a oferta de preços aos consumidores finais. Entre os destaques e benefícios oferecidos pela plataforma digital, estão:

  • Cotação inteligente: o sistema prioriza a melhor relação custo-benefício, ajudando a evitar compras desnecessárias ou excessivas, uma vez que facilita a escolha e gestão de insumos.
  • Economia de até 30%: os clientes acessam preços competitivos no mercado, o que proporciona redução de CMV e maior previsibilidade financeira para os estabelecimentos.
  • Recomendações personalizadas: a plataforma não apenas sugere as melhores ofertas conforme o perfil do estabelecimento, bem como possui um histórico de pedidos para facilitar a seleção de acordo com a utilização e preferência de marcas
  • Transparência na comparação de preços: permite que os empresários tomem decisões estratégicas em tempo real, ajudando a economizar e agilizar decisões com maior visibilidade do mercado.

Essas soluções permitem que o setor de alimentação opere de forma mais sustentável, garantindo acesso a produtos de qualidade com preços competitivos e na quantidade adequada. Afinal, parte do problema do desperdício de alimentos está ligado às grandes perdas ao longo da cadeia produtiva, o que poderia ser evitado com uma gestão mais eficiente. E é essa melhoria operacional que a Cayena quer proporcionar aos seus clientes.

“Nosso objetivo é dar mais previsibilidade aos estabelecimentos e reduzir os gargalos da cadeia de suprimentos, especialmente em um momento em que eventos climáticos e econômicos afetam diretamente o acesso a preços justos nos alimentos. Com tecnologia, podemos criar uma cadeia mais sustentável e eficiente”, acrescenta Sendacz. 

Outro diferencial da Cayena é seu amplo portfólio, com mais de 60 mil itens fornecidos por mais de 100 parceiros qualificados. Assim, é possível diversificar as opções de compra, atender às necessidades específicas de cada estabelecimento, evitando escassez e garantindo um abastecimento mais eficiente. Dessa forma, a tecnologia não só melhora a eficiência operacional, mas fortalece a segurança alimentar ao minimizar perdas de insumos e ampliar o acesso a produtos essenciais. 

“Embora nosso foco esteja na eficiência operacional e financeira, entendemos que as nossas soluções contribuem também para questões mais amplas, como a redução do desperdício e a segurança alimentar. Afinal, um setor mais organizado e que, portanto, desperdiça menos, impacta toda a cadeia produtiva e o acesso da população a alimentos”, explica Sendacz.

No atual cenário de instabilidade econômica e climática, a digitalização do food service não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma necessidade para garantir a longevidade dos negócios e um setor mais equilibrado. E é essa transformação que a Cayena quer proporcionar aos seus clientes.

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50 anos do Proálcool: o Brasil como potência verde

50 anos do Proálcool: o Brasil como potência verde

*Por Mário Campos, presidente da Bioenergia Brasil e SIAMIG Bioenergia

Em 14 de novembro de 1975, o governo brasileiro instituiu o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), uma resposta estratégica à crise mundial do petróleo e à forte dependência do país em combustíveis fósseis. Meio século depois, o programa se consolidou como um dos mais importantes marcos de política pública no setor energético, responsável por posicionar o Brasil entre os líderes globais em biocombustíveis.

Ao longo desses 50 anos, os resultados foram expressivos. O Proálcool reduziu a vulnerabilidade externa do país, impulsionou a agroindústria da cana-de-açúcar, fomentou a interiorização da produção e gerou milhares de empregos nas cadeias agrícola e industrial.

No campo ambiental, o etanol, cujo protagonismo nasceu com o Proálcool, transformou o Brasil em uma das nações com menor intensidade de carbono no setor de transportes leves. Atualmente, cerca de 45% desse mercado é atendido pelo etanol, contribuindo diretamente para a diminuição da poluição urbana e para a melhoria da qualidade de vida em nossas cidades.

O programa, ao transformar o país, também evoluiu para uma estratégia nacional de longo prazo. O etanol permanece como um dos principais vetores da transição energética brasileira. Esse amadurecimento se refletiu em políticas modernas, como o RenovaBio, o Combustível do Futuro e o programa Mover. Hoje, dispomos de metodologia científica robusta, a Análise de Ciclo de Vida, que quantifica emissões desde a produção até o uso dos combustíveis. Essa análise demonstra que a frota brasileira de veículos leves é a mais sustentável do mundo.

Às vésperas da COP30, o Brasil apresenta ao mundo um exemplo concreto e bem-sucedido de transição energética sustentável, não apenas teoria, mas resultados comprovados.

O país está preparado para compartilhar sua experiência e inspirar outras nações comprometidas com uma transição energética consistente, eficaz e duradoura. O Proálcool, ao completar meio século, reafirma o papel do Brasil como líder natural da economia verde global.

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Pesquisadores identificam principais soluções sustentáveis para combate de nematóides da soja

Pesquisadores identificam principais soluções sustentáveis para combate de nematóides da soja

Os resultados da pesquisa constam na publicação internacional Plant Nano Biology

Principal grão da balança comercial brasileira, a soja é base essencial da alimentação animal e matéria-prima para produtos farmacêuticos, cosméticos e materiais de origem biológica. No entanto, a expansão da cultura no país tem sido ameaçada por nematóides parasitas de plantas (PPNs), microrganismos que atacam o sistema radicular, prejudicando a absorção de água e nutrientes, além de abrir caminho para infecções secundárias e, consequentemente, gerar um impacto econômico é expressivo, com perdas globais associadas ultrapassando a marca de US$ 150 bilhões por ano.

Durante décadas, o controle desses parasitas foi baseado principalmente no uso de nematicidas químicos, mas a baixa eficácia a longo prazo, a toxicidade ambiental e os riscos à saúde humana e animal têm restringido seu uso. Nesse cenário, pesquisadores vinculados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT NanoAgro) identificaram soluções de base biotecnológica que surgem como alternativas promissoras, especialmente quando associadas aos avanços da nanotecnologia.

Entre as estratégias mais promissoras estão os agentes biológicos (fungos nematófagos e bactérias antagonistas) e fitoquímicos nanoencapsulados, que aumentam a eficácia e a durabilidade dos tratamentos, protegendo os compostos ativos da degradação e garantindo sua liberação direta na zona radicular, onde os nematóides concentram sua ação. Complementando essas abordagens, a interferência por RNA (RNAi) surge como uma tecnologia inovadora, capaz de silenciar genes essenciais dos nematóides e reduzir sua capacidade de infestação, embora ainda exija estudos sobre estabilidade no solo e segurança para organismos não-alvo.

Além das soluções tecnológicas, práticas culturais como rotação de culturas, manejo adequado do solo e utilização de cultivares resistentes contribuem para reduzir a pressão dos nematóides e aumentar a resiliência da soja. A combinação dessas frentes — nanotecnologia, agentes biológicos, RNAi e estratégias agrícolas — configura um manejo integrado e sustentável, capaz de reduzir perdas e minimizar impactos ambientais.

Segundo os pesquisadores, os próximos desafios incluem a validação em condições de campo, a redução de custos de produção e a otimização de formulações escaláveis, garantindo que essas soluções inovadoras possam ser adotadas de forma prática pelos produtores. “A integração entre nanotecnologia e biotecnologia representa, portanto, um caminho viável e promissor para o manejo sustentável dos nematóides da soja, alinhando produtividade, eficiência e preservação ambiental e abrindo espaço para uma nova era de agricultura inteligente e ecologicamente responsável”, concluem.

Os resultados do levantamento de soluções foram publicados na revista científica internacional Plant Nano Biology: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2773111125000622.

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Pinus: o mais brasileiro entre os estrangeiros

Coloque o homem da esquerda mais para a direita, enquadrando-o na imagem

*Por Daniel Chies, Jose Mario Ferreira e Fabio Brun

O Brasil é mestre em melhorar o que vem de fora. O gado nelore, por exemplo, originário da Índia, tornou-se a principal raça bovina do país. A soja, hoje um dos produtos mais exportados, chegou por aqui em 1882, vindo da China. O milho veio do México, o trigo da Mesopotâmia. O Eucalipto veio da Oceania. E assim seguimos, cultivando com excelência o que um dia foi exótico.

No universo das plantas não comestíveis, o fenômeno se repete. Muitas flores e espécies ornamentais, por exemplo, que embelezam nossos jardins, são estrangeiras, mas tão queridas quanto as nativas. Quando passamos para a escala industrial, destacamos a árvore de pinus, uma estrangeira que encontrou no Brasil, especialmente na Região Sul, seu lar ideal.

O cultivo comercial do gênero Pinus começou no Brasil no final dos anos 1970, com um objetivo claro: fornecer madeira para a indústria. E deu certo. O pinus taeda, principal espécie utilizada, encontrou nas condições edafoclimáticas do Sul do país um ambiente perfeito para crescer com vigor. Graças ao melhoramento genético e à tecnologia florestal, o Brasil alcançou os melhores índices de produtividade do mundo para essa espécie.

Segundo o levantamento mais recente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), em 2024 o país contava com 1,9 milhão de hectares de florestas plantadas de pinus. A Região Sul concentra cerca de 1,69 milhão de hectares, distribuídos entre Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A madeira de pinus está presente em nosso cotidiano de formas que muitas vezes passam despercebidas. Ela compõe papel, caixas de papelão, móveis, portas, brinquedos, utensílios domésticos e estruturas diversas. Os pellets de madeira, por exemplo, são uma fonte de energia renovável cada vez mais utilizada globalmente.

E não para por aí. A celulose extraída do pinus é usada em cápsulas de medicamentos, na indústria alimentícia e até na automobilística. Com a nanocelulose e a lignina, surgem aplicações inovadoras: superfícies impermeáveis, essências e até pele artificial. O potencial é imenso e estamos apenas no começo.

Em um mundo que exige soluções com menor impacto ambiental, as florestas plantadas para fins industriais se mostram uma alternativa viável e estratégica. Durante seu crescimento, as árvores de pinus capturam carbono da atmosfera, que permanece sequestrado nos produtos derivados por décadas ou até séculos.

Além disso, quase toda a área plantada na Região Sul possui certificações internacionais que garantem práticas rigorosas de responsabilidade social e ambiental. As empresas do setor preservam cerca de 30% da vegetação nativa nos três estados, demonstrando compromisso com o equilíbrio ecológico.

O pinus escolheu o Sul do Brasil para prosperar e foi bem acolhido. As empresas de silvicultura da região atuam com responsabilidade e visão de futuro, adotando práticas ambientais, sociais e de governança muito antes do termo ESG se tornar tendência. Por isso, a madeira de pinus brasileira é reconhecida internacionalmente pela sua qualidade e sustentabilidade.

Essa é uma história de sucesso que começou há décadas e continua a crescer, como as próprias árvores que a protagonizam. O pinus pode não ser brasileiro de origem, mas já é parte essencial do nosso presente e, com certeza, do nosso futuro.

  • *Daniel Chies é presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Jose Mario Ferreira é presidente da Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) e Fabio Brun é presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas).
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