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Qualidade do tratamento de sementes forrageiras e sua influência na produtividade e lucratividade da pastagem
Especialista destaca cinco importantes dicas para uma escolha mais assertiva, ajudando agricultores e pecuaristas a não caírem em armadilhas
O mercado de sementes forrageiras tem avançado cada vez mais em trazer tecnologias para os produtores. Entre essas tecnologias, podemos destacar o Tratamento de Sementes Industrial (TSI), que consiste na aplicação e distribuição uniforme de inseticida e fungicidas pela superfície das sementes com alta pureza e a utilização de polímero e grafite, que melhoram significativamente o revestimento e a plantabilidade das sementes forrageiras. A SOESP Advanced, conta com tratamento TSI na dose certa, proporcionando resultados positivos na formação da pastagem.
Segundo a doutora em Zootecnia Marina Lima, técnica de sementes e sustentabilidade da SOESP – Sementes Oeste Paulista, o TSI promove diversos benefícios, como por exemplo: uniformidade no plantio, redução de hora-máquina, ampla proteção contra ataques de fungos e insetos, protegendo as plântulas durante o processo germinativo e alta pureza, livre de torrões, palha e plantas daninhas.
No entanto, se por um lado há no mercado empresas de confiança e certificadas como a SOESP, que além de se dedicarem arduamente por anos de pesquisas, seguindo rigorosos processos para entregar uma semente com alta qualidade, existem no mercado sementes sendo comercializadas fora dos padrões de comercialização exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Quando se fala em sementes com TSI, o que se tem observado é a presença de tratamentos pouco efetivos, como por exemplo, a base de calcário e gesso. “Este só agrega peso na semente e se rompe com facilidade no plantio, o que descredibiliza a indústria e passa uma imagem de ineficiência ao produtor”, destacou Marina.
E um dos principais fatores a serem avaliados durante a compra das sementes de pastagem, é a qualidade do TSI. A seguir, confira 5 dicas que devem ser levadas em consideração na hora de comprar sementes forrageiras.
Cinco dicas para escolher as melhores sementes para a sua pastagem
Tanto os produtores quanto os técnicos, precisam se atentar à importância de analisar alguns fatores na hora da aquisição de uma semente de pastagem. A primeira dica é a certificação, que dá mais segurança ao produtor. Atenção deve ser dada à origem das sementes, se a empresa é de confiança e certificada. Órgãos competentes, como o MAPA, são responsáveis por controlar o processo e assegura que a semente foi produzida dentro de parâmetros de qualidade, com alta pureza e viabilidade, além de não conter sementes de plantas daninhas, torrões e palha. “É uma segurança a mais”, destaca Marina.
As Sementes da SOESP, por exemplo, são as únicas forrageiras do mercado blindadas pela tecnologia Advanced, com valor cultural de 80%, tratadas com dois fungicidas e um inseticida que protegem as sementes contra o ataque de pragas e doenças desde o armazenamento até o início da germinação. Desta forma, são uniformes e mais resistentes, não rompendo o tratamento durante o plantio.
A segunda dica é ter conhecimento do Peso de Mil Sementes (PMS) da semente a ser adquirida. Essa informação é fornecida pelo representante de venda e também fica disponível no termo de conformidade que vai junto da nota fiscal no momento da compra. O PMS indica o peso de uma porção correspondente a 1000 sementes. Através do PMS é possível ver a qualidade das sementes que se pretende adquirir e identificar no momento das cotações quais sementes possuem maior quantidade de semente por grama, afetando diretamente a taxa de semeadura a ser utilizada na área. Quanto maior o PMS, mais elevada é a quantidade de tratamento na semente, e isso irá impactar em menor quantidade de sementes na embalagem e consequentemente precisará de uma recomendação superior por hectare. É importante destacar que cada cultivar de Brachiaria e Panicum tem o seu PMS e ele varia de safra para safra.
“Para não cair em armadilhas a orientação é que o produtor exija o termo de conformidade na hora da compra para assim verificar os resultados das análises de PMS, pureza, viabilidade, verificação de espécie, valor cultural, para saber se está comprando semente de verdade, fique atento!”, reforçou a especialista. “Todos esses cuidados aliados aos cuidados com o preparo do solo e condições climáticas favoráveis, certamente vão fazer a diferença no resultado no campo”, completou a Zootecnista.
A terceira dica é se atentar a uniformidade do tratamento, ou seja, o tratamento deve ser homogêneo. Por exemplo, se a indústria fizer um tratamento muito grosseiro, irá dificultar o plantio, causando embuchamento das plantadeiras. “Um exemplo positivo é a tecnologia Advanced – apenas as sementes que passaram pelo processo de separação por peso, densidade, tamanho e cor podem ter esse selo. Graças ao seu tratamento exclusivo, as sementes da SOESP mantêm o tratamento uniforme que se encaixam em qualquer semeadora, sem causar problemas o entupimento do equipamento”, detalha a especialista.
A uniformidade está diretamente ligada à plantabilidade, que é a quarta dica. Sementes com tratamento uniforme se adaptam a qualquer plantio, seja este em linha, a vácuo, aéreo ou a lanço. O grafite presente na tecnologia Advanced da SOESP, por exemplo, também auxilia em maior plantabilidade, reduzindo a aderência nos maquinários e tempo gasto com o plantio.
A quinta dica, está relacionada a uma conta que o produtor não faz, que é o custo por hectare formado. “Muitas vezes ele olha apenas o preço do kg da semente, e não analisa o PMS e a recomendação (kg/ha)”, diz Marina. “Essas informações devem ser analisadas em conjunto, isso porque quanto maior o PMS, menor a quantidade de sementes na embalagem e com isso o produtor terá que jogar muito mais sementes, encarecendo o custo final”, finalizou.
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Sobre a Sementes Oeste Paulista
A Sementes Oeste Paulista está sediada em Presidente Prudente (SP) e há 38 anos atua no mercado oferecendo sementes de pastagem do gênero Brachiaria e Panicum. Sua matriz conta com infraestrutura voltada à produção, beneficiamento, comercialização e desenvolvimento de novas tecnologias, tanto para pecuária como para agricultura de baixo carbono. A empresa desenvolveu a tecnologia Soesp Advanced, que revolucionou o mercado de sementes forrageiras nos países de clima tropical, ao trazer diversos benefícios no plantio e estabelecimento dos pastos, e se adequar perfeitamente ao sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).
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Silvicultura e COP30: florestas plantadas estão no centro do clima, da economia e do cotidiano
silvicultura, setor da economia voltado ao cultivo e manejo de árvores com fins econômicos e ambientais, está no cerne de uma grande transformação, que será amplamente debatida na COP 30, que tem início no dia 10 de novembro em Belém do Pará; essa cadeia produtiva conecta campos florestais, indústrias, construção civil, inovação, clima e economia
O uso da madeira ganha destaque no evento principalmente como material de construção e alicerce para atividade econômica sustentável. O material, utilizado em produtos como móveis ou painéis de construção, sequestra carbono e o armazena durante toda a vida útil do produto.
Em comparação com outros sistemas produtivos, o uso da madeira representa uma alternativa muito mais sustentável e igualmente eficiente em termos de resistência e versatilidade. Assim, optar pela madeira significa mais do que escolher um material de construção. É uma decisão que valoriza as florestas e o meio ambiente, por conta do sequestro de CO₂ e por ser um produto 100% renovável.
Dessa forma, o setor de silvicultura não apenas abastece indústrias e gera valor econômico, mas ocupa um papel fundamental nas metas de descarbonização, a agenda principal da COP30.
Relevância econômica, social e ambiental
O Paraná possui a quarta maior área plantada do país e o segundo maior Valor Bruto da Produção da Silvicultura entre os estados brasileiros em 2024. De 1,17 milhão de hectares de florestas plantadas no estado, 713 mil ha são florestas de pinus e 442 mil ha de eucalipto. É importante destacar que o setor não só contribui para a geração de emprego e renda com a silvicultura, mas também contribui muito para a conservação da natureza: para cada hectare plantado pelas empresas associadas à APRE Florestas (Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal), existe outro hectare de floresta nativa destinado à conservação.
Além disso, “o Paraná reúne cerca de 15,6% dos empregos do setor florestal brasileiro e responde por 13,8% das empresas do segmento no país”, aponta o presidente da APRE Florestas, Fabio Brun.
A existência das florestas plantadas oferece muitos benefícios para o meio ambiente, como a conservação da água e do solo, fixação de carbono da atmosfera e recuperação de áreas degradadas.
Ailson Loper, diretor-executivo da APRE Florestas, afirma que a silvicultura vive um momento de desafios, diante da hipertaxação do governo norte-americano. Porém, relembra que “outras crises já foram vivenciadas ao longo do tempo e o setor é resiliente e vai conseguir ultrapassar essa fase”.
Ligação direta com a COP30 e o futuro da silvicultura
Com a COP30, o manejo das florestas comerciais desponta como parte fundamental da solução climática. O Brasil é protagonista não somente como produtor de matéria-prima, mas como provedor de soluções de baixo carbono, com cadeias produtivas sustentáveis, inclusive para exportação.
Assim, a madeira proveniente dessas florestas surge como uma das respostas concretas para os desafios do século XXI: clima, materiais e desenvolvimento sustentável. “A madeira engenheirada não é apenas uma alternativa viável, mas é uma necessidade diante dos desafios climáticos, sociais e econômicos que se impõem. Ao escolher produtos de madeira certificada, apoiar cadeias sustentáveis e valorizar o manejo florestal responsável, cada pessoa participa de um movimento que conecta a floresta ao cotidiano e à agenda global da COP30”, conclui Loper.
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Quebra inesperada de máquinas agrícolas pode reduzir em até 25% a disponibilidade dos equipamentos
A manutenção corretiva pode custar até 3 vezes mais que a preventiva
Em um agronegócio cada vez mais tecnológico e competitivo, a eficiência operacional é essencial. Manter o maquinário em pleno desempenho evita custos e garante produtividade, tornando a manutenção preventiva uma estratégia indispensável para resultados consistentes e sustentáveis.
No agronegócio, tempo é produtividade e produtividade é resultado. Cada hora de máquina parada pode representar prejuízo em uma safra que depende de janelas curtas para o plantio e colheita. Por isso, a manutenção preventiva dos equipamentos agrícolas é uma prática essencial para garantir o bom desempenho das operações e evitar paradas inesperadas.
Uma parada de maquinário não planejada pode causar uma perda de até 25% na disponibilidade do equipamento, de acordo com informações da Revista Cultivar. E a manutenção corretiva pode custar até 3 vezes mais que a preventiva.
Segundo André Mario, Engenheiro Agrônomo e Gerente de Vendas do grupo Multibelt, “no plantio, toda parada gera custo, mas há diferenças entre as programadas e as não programadas. As paradas programadas fazem parte do manejo: ajustes, lubrificação e inspeções que asseguram o funcionamento correto da máquina. Já as não programadas são aquelas que pegam o produtor de surpresa, como falha de peça, embuchamento ou superaquecimento. É nesse ponto que mora o maior prejuízo”, diz.
Na prática, isso significa que quem investe em revisões programadas e peças de qualidade garante mais segurança, previsibilidade e constância no ritmo de plantio. Comprometido com a sustentabilidade, o grupo Multibelt aposta no olhar técnico de seus agrônomos para impulsionar soluções que elevem o desempenho e reduzam desperdícios nas operações agrícolas.
De acordo com dados da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), em 2024 mais de 70% das propriedades rurais brasileiras já incorporam equipamentos de alta performance, otimizando processos e ampliando resultados.
Com tecnologia de ponta, o grupo Multibelt oferece lonas, esteiras, correias que ajudam o produtor a manter o ritmo no campo, evitando paradas não planejadas, perdas de produtividade e custos extras. Em um cenário em que cada grão conta, apostar em manutenção preventiva e em equipamentos de confiança é o que separa o produtor que enfrenta imprevistos daquele que colhe resultados.
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Projeto científico monitora saúde de ambientes aquáticos continentais no Paraná; confira as mais recentes descobertas realizadas
O trabalho integra o NAPI Biodiversidade: Serviços Ecossistêmicos, projeto desenvolvido com apoio da Fundação Araucária e que promove a cooperação entre ciência e sociedade na proteção dos recursos naturais
Rios, lagos e reservatórios de água doce são fundamentais para a vida no planeta. Eles fornecem alimento, regulam ciclos climáticos, armazenam carbono, sustentam atividades econômicas e garantem a sobrevivência de comunidades humanas e da biodiversidade. No entanto, esses ecossistemas estão sob crescente pressão devido à poluição, ao excesso de nutrientes, à introdução de espécies exóticas e às mudanças no uso do solo. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 80% das águas residuais retornam à natureza sem tratamento, afetando diretamente a qualidade da água e a saúde dos ambientes aquáticos.
Com o objetivo de compreender esses impactos e propor soluções, o NAPI Biodiversidade: Serviços Ecossistêmicos desenvolveu protocolos de monitoramento da saúde de ambientes aquáticos continentais. A pesquisa inclui análises de biodiversidade (fitoplâncton, zooplâncton, macroinvertebrados e peixes), qualidade da água, resultados da pesca profissional e amadora, além da detecção de contaminantes e microplásticos nos organismos aquáticos.
Entre os principais achados estão a identificação de espécies de algas responsáveis pela redução da qualidade da água em determinadas bacias do Paraná, como a região noroeste, e o levantamento de parâmetros críticos, fósforo, nitrogênio, oxigênio dissolvido e transparência da água. Também foi detectada a presença de contaminantes e microplástico em peixes, indicando riscos tanto para a fauna quanto para o consumo humano.
O projeto monitora ainda a atividade pesqueira. Os dados revelam a dinâmica da pesca profissional, que abastece comunidades ribeirinhas e mercados regionais, e da pesca amadora, atividade de lazer com relevância econômica crescente. Esses resultados ajudam a dimensionar a pressão sobre os estoques pesqueiros e a projetar cenários de manejo sustentável.
Segundo Claudia Bonecker, coordenadora do projeto e pesquisadora da Universidade Estadual de Maringá (UEM), a iniciativa busca alinhar conservação e uso responsável dos recursos aquáticos ao monitorar de forma contínua a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos associados. “Assim, conseguimos antecipar riscos, reduzir impactos e apoiar a tomada de decisões para a gestão da água e da pesca no Paraná. Isso significa proteger não apenas os peixes e os rios, mas também a segurança alimentar, a economia e a qualidade de vida das comunidades”.
Conforme aponta o pesquisador, mais do que garantir ambientes aquáticos equilibrados, o monitoramento possibilita compreender tendências de transformação da paisagem e antecipar riscos à biodiversidade. Ao reunir ciência, tecnologia e gestão pública, a iniciativa fortalece a resiliência dos ecossistemas de água doce e reforça o papel do Paraná como referência nacional em inovação para a conservação ambiental.
Saiba mais sobre os projetos do NAPI em: https://napibiodiversidade.eco.br/.
