Destaque
Projeto Inovarte: Adolescentes de Porto Nacional (TO) apresentam protótipos e soluções inovadoras que facilitam o dia a dia

O Projeto Inovarte envolve mais de 70 adolescentes do ensino médio da Escola Família Agrícola de Porto Nacional em atividades práticas voltadas ao setor agrícola. Os jovens transformaram protótipos em projetos reais, que serão apresentados no dia 18 de dezembro
Os alunos do ensino médio da Escola Família Agrícola de Porto Nacional, em Porto Nacional (TO), apresentarão, no dia 18 de dezembro, o projeto Inovarte, que integra inovação, arte e cultura, utilizando a cultura maker e metodologias ágeis para desafiar adolescentes de Porto Nacional, Tocantins. O projeto, que acontece desde agosto, mobiliza mais de 70 adolescentes a desenvolverem soluções modernas para problemas reais, com foco em fomentar o senso crítico dos adolescentes e, ao mesmo tempo, desenvolver soluções práticas para melhorar a qualidade de vida.
Com produção da Colmeia Social, organização social sem fins lucrativos, fundada em 1975, apoio via Lei Federal de Incentivo à Cultura e patrocínio da GDM Genética, os alunos apresentarão os protótipos desenvolvidos, conhecimentos sobre a lógica de plano de negócios e visão comercial da ação, tornando-os projetos reais e que serão apresentados na instituição.
Dentre os projetos que serão apresentados pelos alunos estão: Projeto de Irrigação Automatizada para as Hortaliças, Sonorização no Curral (Ordenha), Caixa de Higienização do Gado para Ordenhar, Embaladora à Vácuo de queijos e outros produtos, Dispenser de Comida para as Aves de Corte, Automação dos Bebedouros dos Animais, Ração dos Peixes (Triturador), Fabricação de Adubo e Serapilheira (Triturador), Irrigação Automatizada da Mandala, Fabricação de Óleos Essenciais e Automação de Sensor Térmico das Caixas de Abelha (Apicultura). Além de replicáveis, todos os projetos contribuem para aumentar a renda das famílias.
“Todo o processo de criação prática, que envolve desenvolvimento do projeto e construção dos protótipos, auxilia os alunos a enxergarem possibilidades reais de mudança em suas comunidades”, destaca Andrea Moreira, Diretora da Colmeia Social.
O Inovarte se consolida como um modelo metodológico para escolas rurais, viabilizado por recursos incentivados de empresas como a GDM Genética, que destinou impostos ao projeto sociocultural no Tocantins e em São Paulo. “Isso reforça o papel das empresas do agronegócio na construção de relações positivas com as comunidades locais”, pontua Daniele Santana, líder do projeto na entidade Colmeia Social.
A Semana da Cultura, que conta com o apoio da Secretaria da Educação do Governo de Tocantins, oferece aos alunos a oportunidade de apresentarem seus projetos aos pais, à comunidade e aos colaboradores e voluntários da GDM. Além da apresentação dos projetos, a programação inclui música e oficinas de arte, que serão realizadas ao longo da semana e será aberta ao público.
Programação
Segunda (16/12)– Abertura da Semana da Cultura da EFAPN 2024
Terça-feira (17/12) – Conselho de Classes, gincanas culturais e concursos
Quarta-feira (18/12) – Exposição dos protótipos do Projeto Inovarte – A equipe do Projeto Inovarte estará presente na data ao longo de todo o dia. Já as exposições acontecerão das 14h às 17h na escola.
Também haverá outras atividades como oficinas de biscoitos, geotintas, panificação, crochê, pulseiras de miçangas e mini curso de irrigação por aspersão, e, por fim, noite cultural com apresentação artística, danças e poesias.
Quinta-feira (19/12) – Despedida do ano letivo Retorno às comunidades
Sexta-feira (20/12) – Colação de Grau do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio
Serviço

Semana da Cultura da EFAPN 2024
Local: Escola Família Agrícola de Porto Nacional – Km 03 Rodovia To 255, s/n – Zona Rural, Porto Nacional – Tocantins
Data: 16 a 20 de dezembro de 2024.

Destaque
Uso mais seguro de herbicidas: cientistas analisam a tolerância ao milho à atrazina nanoencapsulada

Nanotecnologia abre caminho para o uso mais eficiente de herbicidas no cultivo de milho, preservando a saúde das plantas e potencializando sua proteção antioxidante
O milho é uma das principais culturas agrícolas do Brasil, com produção anual que varia conforme fatores climáticos e de manejo. Para a safra 2024/25, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma produção de cerca de 126,9 milhões de toneladas, refletindo o crescimento da produtividade nos últimos anos, impulsionado pela expansão da segunda safra (a popular safrinha), pelo uso de sementes geneticamente modificadas e pela adoção de tecnologias como o plantio direto, mesmo diante de condições climáticas variáveis.
Apesar da evolução no cultivo, um dos principais desafios para a produção de milho segue sendo o manejo de plantas daninhas, que competem por luz, água e nutrientes, afetando o desenvolvimento da cultura. Para minimizar perdas, é definido o período crítico de competição, que corresponde aos primeiros 10 a 15 dias após a emergência da planta, durante os quais a presença de plantas infestantes deve ser controlada de forma eficiente para garantir o crescimento saudável e o máximo rendimento da safra.
Para minimizar o impacto provocado pelo uso de herbicidas no controle de plantas daninhas, pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT NanoAgro) analisaram a nanoencapsulação da atrazina, demonstrando como é possível potencializar a ação do ingrediente ativo sem comprometer a tolerância das plantas. O estudo comparou o uso da atrazina convencional com formulações em nanocápsulas feitas de diferentes materiais, incluindo poli(ε-caprolactona), quitosana e zeína, todos biodegradáveis e derivados de resíduos da agroindústria. Testes em casa de vegetação mostraram que todas as formulações, incluindo nanocápsulas sem herbicida, foram seguras para a fisiologia e o crescimento das plantas.
Bruno Teixeira de Sousa, um dos pesquisadores envolvidos no trabalho, destaca que as plantas de milho tratadas com atrazina nanoencapsulada apresentaram resposta antioxidante mais intensa, com aumento significativo na atividade de enzimas como ascorbato peroxidase, catalase, peroxidase e superóxido dismutase. O efeito negativo sobre a fotossíntese foi temporário, com recuperação total observada 14 dias após a aplicação, indicando que as plantas conseguiram se proteger de forma eficaz contra o estresse provocado pelo herbicida.
“Os resultados confirmam que a nanoencapsulação permite potencializar a ação da atrazina sem comprometer o vigor das plantas de milho, oferecendo uma estratégia mais segura e eficiente para o manejo de plantas daninhas, especialmente durante o período crítico de competição”, pontua.
Os resultados reforçam o potencial da nanoencapsulação como estratégia inovadora para o manejo de plantas daninhas, unindo maior eficácia do herbicida à segurança para a cultura do milho. Para conferir todos os detalhes do estudo, os leitores podem acessar o artigo completo publicado na revista científica internacional ACS Ômega: https://pubs.acs.org/doi/10.1021/acsomega.5c04949.
Destaque
88% das operações do crédito rural brasileiro passam por cooperativas

Minas Gerais, líder em instituições do segmento, repassou mais de R$ 1,3 bilhão em 2025
As cooperativas financeiras realizaram praticamente 9 em cada 10 operações (88%) de crédito rural disponibilizadas pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no país, referente ao Plano Agrícola e Pecuário 2025/2026. Juntas, essas instituições repassaram R$ 9,8 bilhões a pequenos e médios produtores rurais, o equivalente a 69% do valor total repassado pelo banco no período.
Em Minas Gerais — unidade da federação com o maior número de cooperativas financeiras do Brasil (181) —, foram realizadas 4,9 mil operações de crédito rural por meio de organizações cooperativistas (89% do total estadual). O montante repassado alcançou a marca de R$ 1,3 bilhão (79% dos créditos rurais do Estado). Os dados são do BNDES.
“Para o pequeno produtor, o crédito rural é a ponte entre o planejamento da safra e a renda na porteira. Ele viabiliza insumos, maquinário, assistência técnica e comercialização, dá fôlego na entressafra e reduz a dependência de atravessadores”, destaca Ronaldo Scucato, presidente do Sistema Ocemg, entidade de representação das cooperativas em Minas Gerais.
Além de facilitar o acesso do homem do campo ao crédito, a presença do coop financeiro em um município está associada a ganhos econômicos e sociais mensuráveis para quem vive do agronegócio. Onde essas instituições estão presentes o valor da produção agrícola municipal registra um acréscimo médio de R$ 466,3 por hectare (23,3% da média). Na pecuária, há um aumento de 28,1% no rebanho de suínos e 36,8% no de galináceos por hectare, e ganhos de R$ 1,3 mil por hectare em área plantada. Esses impactos foram verificados por uma pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgada no AnuárioCoop 2025 — espécie de censo cooperativista produzido pelo Sistema OCB, entidade de representação das cooperativas brasileiras.
“Os números mostram que onde as cooperativas de créditos estão, vemos melhoria no campo. O resultado retorna em investimento local e apoio a quem produz. É assim que a comunidade ganha musculatura econômica sem perder a sua identidade”, destaca.
GANHOS SOCIAIS
É importante destacar que o impacto do cooperativismo na economia municipal extrapola a porteira das fazendas. Ainda de acordo com o estudo do Sistema OCB/Fipe, onde há cooperativa de crédito, há mais gente no ensino superior (24,2% mais matrículas por mil habitantes). Com o aumento da inclusão financeira da população, também cai o número de famílias que dependem de ajuda financeira do governo para sobreviver — queda de 8,1% da média de famílias no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e de 26,2% entre as beneficiárias do Programa Bolsa Família.
“Quando o crédito tem dono com nome e endereço na comunidade, ele volta para a própria comunidade em forma de investimento, emprego e renda. Esse é o sentido do cooperativismo de crédito e do nosso crescimento consistente no país”, afirma Ronaldo Scucato, presidente do Sistema Ocemg.
NÚMEROS DO COOPERATIVISMO FINANCEIRO
Brasil
20,1 milhões de cooperados
689 cooperativas
121,8 mil empregos diretos gerados
Minas Gerais
3 milhões de cooperados
181 cooperativas
20,2 mil empregos diretos gerados
Mundo
411 milhões de cooperados em 104 países
74,6 mil cooperativas
Representando 13,5% do mercado global
Destaque
Na Multibelt, mulheres têm papel fundamental no desenvolvimento de tecnologias que impulsionam a produtividade no campo

Mulheres rurais representam uma força de trabalho essencial, com cerca de 1,76 milhão de mulheres como dirigentes de estabelecimentos rurais, segundo o Censo Agropecuário
No dia 15 de outubro é celebrado o Dia Internacional da Mulher Rural, data que reconhece a importância da atuação feminina no campo e no setor do agro. No grupo Multibelt, empresa com 37 anos de trajetória no setor agroindustrial, as mulheres têm um papel essencial não apenas dentro da operação, mas também na liderança de projetos que impulsionam a produtividade e fortalecem comunidades rurais.
As mulheres rurais representam uma força essencial no campo brasileiro, com mais de 1,76 milhão atuando como dirigentes de estabelecimentos e 4,37 milhões como trabalhadoras ocupadas, segundo o Censo Agropecuário. Em um setor que responde por cerca de 25% do PIB nacional, sua presença é fundamental especialmente nas pequenas e médias propriedades, onde ajudam a preservar tradições produtivas enquanto impulsionam a modernização e a sustentabilidade das práticas agrícolas.
Lideranças femininas nas empresas ocupam posições estratégicas, conduzindo iniciativas que ultrapassam os escritórios e geram impacto direto no campo, contribuindo para o desenvolvimento do setor agroindustrial e para a transformação na realidade rural brasileira.
“Fazer parte de uma empresa que acredita na força da mulher é motivo de orgulho. Na Multibelt, incentivamos o protagonismo feminino não apenas como pauta de diversidade, mas como um valor que impulsiona inovação e resultados. Ver mulheres ocupando espaços estratégicos dentro e fora do campo mostra que estamos construindo um agronegócio mais humano e equilibrado. A presença feminina na liderança é essencial para o futuro do agronegócio. As mulheres trazem uma visão mais colaborativa e sensível à gestão, o que fortalece as relações e amplia o olhar sobre o desenvolvimento sustentável do setor. Na Multibelt, trabalhamos para que essa representatividade continue crescendo em todos os níveis”, ressalta Ana Beatriz Tavares, Gestora de RH da Multibelt.
Na Multibelt, a valorização da mulher está presente tanto no dia a dia das equipes quanto na relação com produtoras parceiras. Essa diversidade de olhares fortalece o posicionamento da empresa como referência em inovação e desenvolvimento no agro. O impacto dessas lideranças femininas vai além dos números e dos cargos, ele é percebido nas comunidades rurais, por meio de ações e decisões que fazem diferença real. Veja 5 pontos principais:
- Desenvolvimento de tecnologias que melhoram a produção rural;
- Projetos de inovação que beneficiam produtores e comunidades;
- Geração de empregos e oportunidades em regiões rurais;
- Fortalecimento da cadeia produtiva e crescimento econômico local;
- Promoção da educação e capacitação no campo, incentivando a sucessão familiar e o protagonismo das novas gerações.
Neste Dia Internacional da Mulher Rural, a Multibelt reforça seu compromisso com a valorização e o protagonismo feminino em todos os elos do agronegócio.