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Nutrição balanceada é pilar essencial no combate ao canibalismo em suínos
Especialista aponta que ajustes nutricionais corretos podem prevenir até 30% das ocorrências nas granjas
Por trás de sinais como mordeduras de caudas e orelhas e agitação anormal dos animais nas granjas pode estar um desequilíbrio silencioso, mas com fácil solução: a nutrição. Especialistas afirmam que práticas nutricionais bem planejadas e ajustadas são fundamentais para prevenir o canibalismo em suínos, comportamento que prejudica a produtividade e o bem-estar animal.
De acordo com o médico veterinário especialista em sanidade de suínos da Mig-PLUS, Emerson Tiago Mesnerovicz, a nutrição desempenha papel central na prevenção desses distúrbios. “O balanceamento correto entre cálcio e fósforo, especialmente com fontes de fósforo de alta biodisponibilidade, é essencial para o funcionamento adequado do metabolismo energético e do sistema nervoso dos suínos. Quando isso não ocorre, os animais podem desenvolver comportamentos indesejados, como o canibalismo”, explica.
Segundo o especialista, cerca de 30% do plantel pode ser impactado por esse tipo de distúrbio em granjas onde a dieta apresenta falhas ou baixa absorção de nutrientes, mesmo quando a formulação parece correta no papel. O canibalismo, além de aumentar os índices de mortalidade, eleva os custos com medicamentos e pode comprometer o ganho de peso diário (GPD).
A deficiência de minerais como sódio, cloro, magnésio e zinco, bem como a ingestão inadequada de vitaminas do complexo B e aminoácidos como o triptofano, também pode favorecer a ocorrência de canibalismo. “Muitas vezes, o problema está na qualidade das matérias-primas utilizadas, especialmente nos ingredientes de origem animal, que afetam diretamente a absorção real dos nutrientes”, esclarece Mesnerovicz.
Outro problema apontado pelo veterinário está diretamente ligado à quantidade de ração fornecida e água fornecida. “O ideal é deixar as duas coisas à vontade. Pois ao colocar determinadas quantidades em diferentes horas do dia, parte dos animais pode ficar de “donos” do comedouro e do bebedouro, deixando outros sem e isso causa um desiquilíbrio entre eles, podendo aumentar os casos de canibalismo”, complementa.
Caso de campo: quando o ajuste nutricional muda tudo
Um dos casos mais marcantes acompanhados pelo especialista ocorreu em uma granja do Centro-Oeste do Brasil, onde mais de 35% dos animais apresentavam lesões causadas por canibalismo nas fases de creche e terminação. “O produtor já havia tentado ajustes de manejo sem sucesso. Identificamos então um desequilíbrio na relação cálcio-fósforo, uma fonte de fósforo de baixa biodisponibilidade e excesso de sal”, relata. A solução veio com a substituição da fonte de fósforo, correção dos níveis minerais e homogeneização da dieta.
O resultado foi notável: em menos de uma semana, o canibalismo praticamente desapareceu. “O produtor nos ligou dizendo que parecia outro galpão”, lembra o veterinário. O ganho de peso diário aumentou, houve queda significativa no uso de antibióticos e a taxa de mortalidade foi reduzida.
Sinais de alerta e protocolo de diagnóstico
Conforme o especialista, o canibalismo é, muitas vezes, o primeiro sinal visível de desequilíbrios nutricional no plantel. “Por isso, observar o comportamento é uma forma eficiente de diagnosticar problemas antes que eles se agravem. É preciso ficar atento a sinais clínicos como mordeduras em cauda e orelha, mesmo em lotes pequenos, aumento de vocalização e agitação, mastigação de objetos não alimentares, desuniformidade de crescimento, claudicação e pelagem áspera e aumento ou queda brusca no consumo de água”, aponta.
O protocolo de investigação inclui análise clínica, coleta de amostras de ração e ingredientes, revisão da formulação e, quando necessário, ajustes como troca de fontes minerais, inclusão de fibras para aumentar a saciedade e suplementação de aminoácidos.
A correção desses desequilíbrios, além de devolver o bem-estar ao plantel, tem impacto direto nos custos e na performance produtiva. “Os resultados vêm rápido e são perceptíveis: menos perdas, menos medicamentos, mais ganho de peso e lote mais homogêneo.”, conclui.
Destaque
Brasil alcança 3º lugar mundial em produtividade de amendoim com 3,8 toneladas por hectare
Mapeamento inédito da ABEX-BR revela que tecnologia de precisão e rotação de culturas impulsionaram crescimento de 300% na produção em uma década
Com o lançamento do livro “Mapeamento e Quantificação da Cadeia do Amendoim Brasileiro”, a Associação Brasileira do Amendoim (ABEX-BR) reforça os dados que posicionam o Brasil entre as maiores potências mundiais do agronegócio: o país é o 3º mais eficiente do mundo em produtividade média de amendoim, atingindo 3,8 toneladas por hectare.
O mapeamento, que revela um faturamento total de R$ 18,6 bilhões na cadeia produtiva, demonstra que o crescimento não é apenas em volume, mas em excelência técnica. A produção brasileira mais que triplicou entre as safras 2014/2015 e 2024/2025, avanço diretamente ligado à adoção de tecnologia no campo.
“A alta produtividade, que nos coloca lado a lado com países como China e Estados Unidos, é um atestado da qualidade da nossa pesquisa e da capacidade do produtor brasileiro de aplicar inovações. Temos mais de 64% dos produtores utilizando agricultura de precisão, o que garante melhor aproveitamento do solo e maior rentabilidade. Este é o futuro sustentável do agronegócio”, explica Cristiano Fantin, presidente da ABEX-BR.
O estudo da ABEX-BR mostra que a eficiência se estende à gestão da cultura. O amendoim, enquanto leguminosa, é peça-chave na rotação de culturas, pois realiza a fixação biológica de nitrogênio no solo. Essa característica melhora a saúde da terra para plantios subsequentes, reduzindo a necessidade de fertilizantes e os custos para o produtor.
Além disso, o livro detalha o modelo de “desperdício zero” da cadeia:
• Exportação e Qualidade: O rigor no controle de qualidade (incluindo o manejo de aflatoxinas) permitiu que o Brasil se tornasse o 2º maior exportador mundial de óleo de amendoim e o 4º em amendoim em grão, atendendo mercados globais exigentes.
• Aproveitamento Integral: Subprodutos do processamento, como farelo e torta, são ricos em proteína e essenciais para a nutrição animal. Já a casca, que representa 20% a 25% do peso colhido, é convertida em pellets para biomassa e geração de energia.
Expansão e Diversificação Regional
Outro ponto de destaque é a diversificação geográfica da produção. O mapeamento revela crescimento de mais de 200% da área plantada em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
“O amendoim está se consolidando como cultura de segunda safra altamente rentável em novas fronteiras agrícolas. Essa expansão não só dilui os riscos climáticos e geográficos, mas também reafirma a versatilidade do amendoim no planejamento agrícola do país. Com os dados deste livro, temos a inteligência necessária para planejar a infraestrutura e o financiamento que essa nova geografia de produção exige”, conclui Cristiano Fantin.
O “Mapeamento e Quantificação da Cadeia do Amendoim Brasileiro” foi financiado pelo Núcleo de Promoção e Pesquisa (NPP) da ABEX-BR e já está disponível para consulta.
Destaque
Selgron leva tecnologia de ponta em seleção de grãos para road show no Centro-Oeste
Demonstrações itinerantes aproximam clientes e demais interessados das soluções que aumentam a produtividade e a qualidade de indústrias ligadas ao agronegócio
A Selgron, empresa catarinense especializada em automação para os setores agrícola e alimentício, está realizando um road show em Goiás e no Distrito Federal, apresentando suas tecnologias diretamente a produtores e empresas de grãos. Entre 1 e 5 de dezembro, Goiânia, Goianira, Rio Verde, Jataí e Brasília recebem as demonstrações itinerantes.
O destaque da iniciativa são as selecionadoras ópticas da marca, equipamentos que utilizam tecnologia avançada, dentre elas inteligência artificial, para garantir precisão e eficiência na classificação de grãos como feijão, soja, arroz e milho. Segundo Diogo Augusto Hank, coordenador de vendas da Selgron, a proposta é aproximar a tecnologia da realidade dos produtores.
“Levar nossas soluções para testes em campo permite que os clientes vejam na prática como elas podem reduzir perdas e aumentar a padronização da produção, identificando qual a melhor solução se aplica às suas necessidades”, explica Hank.
Com duas selecionadoras em operação, o road show tem atraído a atenção de agricultores e empresas da cadeia produtiva, oferecendo uma oportunidade de conhecer recursos que impactam diretamente a qualidade dos grãos e a competitividade do agronegócio na região.
Destaque
Myriota lança HyperPulse™, a primeira rede comercial 5G Satelital (Não Terrestre) do mundo, projetada para IoT
Amplamente disponível no Brasil a partir de 15 de dezembro, o serviço proporciona novas oportunidades para indústrias críticas como agricultura, energia e serviços públicos, óleo e gás, logística e monitoramento ambiental
A Myriota, líder global em conectividade IoT habilitada por satélite, anuncia hoje a disponibilidade geral da HyperPulse, uma plataforma de conectividade global e altamente escalável que simplifica para parceiros da indústria a criação, implantação e expansão de soluções IoT em qualquer lugar do planeta. A rede estará disponível a partir de 15 de dezembro no Brasil, Estados Unidos, México, Austrália e Arábia Saudita. Disponível desde o início do ano para early adopters, a solução já atende clientes de diversos segmentos, com ampla aplicação em monitoramento ambiental, monitoramento de óleo e gás, rastreamento de ativos e rastreamento de animais.
A HyperPulse é projetada e operada pela Myriota, combinando a arquitetura 5G NTN da empresa com capacidade em banda L alugada da Viasat. A camada exclusiva de otimização da rede permite ajustar dinamicamente o desempenho da conectividade, como latência e volume de dados, em resposta à demanda do cliente ou a condições ambientais. O resultado é uma plataforma global e altamente escalável que torna simples para parceiros de indústria criar, implantar e expandir soluções IoT em qualquer lugar do mundo.
No Brasil, a HyperPulse deve desempenhar um papel transformador em indústrias que exigem conectividade contínua e confiável em áreas remotas e de difícil acesso. A solução viabiliza casos de uso como monitoramento e automação para grandes operações agrícolas; manutenção preditiva e preventiva para infraestrutura de transmissão de energia e sites de energia renovável; monitoramento remoto para produção de óleo e gás e oleodutos; rastreamento logístico e transporte multimodal; e coleta avançada de dados ambientais, incluindo recursos hídricos, estações meteorológicas e iniciativas de sustentabilidade. Essas capacidades são críticas para um país de vasta extensão territorial, cadeias de suprimentos complexas e forte dependência de operações de campo remotas.
Com a expansão planejada da cobertura NTN para outros países da América Latina, incluindo Argentina, além da Europa e Sudeste Asiático no início de 2026, a Myriota está pronta para redefinir a acessibilidade e o alcance da conectividade IoT globalmente.
Complementando o serviço UltraLite da Myriota, focado em máxima eficiência energética, segurança e eficiência espectral, o HyperPulse oferece menor latência e maiores franquias diárias de dados. Esses recursos possibilitam aplicações onde relatórios mais detalhados e sensoriamento enriquecido são vantajosos, incluindo rastreamento e monitoramento de equipamentos pesados, contêineres, vagões ferroviários e carretas; medição inteligente para utilities; sensoriamento ambiental para estações meteorológicas, qualidade do solo, ar e água; e manejo animal, incluindo cercamento virtual, otimização de alimentação e monitoramento remoto.
Construída com base nos padrões 3GPP 5G NTN e utilizando a infraestrutura de satélites comprovada da Viasat, a HyperPulse oferece interoperabilidade contínua com um número crescente de chipsets e dispositivos NTN-capazes, fornecendo um caminho alinhado a padrões para implantação de longo prazo e escalabilidade global. A empresa já certificou o módulo nRF9151 da Nordic em diversos casos de uso, cenários e ambientes, com certificações adicionais de outros fornecedores em andamento.
Reconhecendo que soluções IoT modernas exigem mais do que apenas uma conexão de rede, a Myriota também está lançando um conjunto de produtos de habilitação para apoiar seu ecossistema de parceiros na integração e desenvolvimento de soluções para a rede HyperPulse. Junto com o serviço, chega o primeiro desses recursos, o HyperPulse Developer Kit, que suporta prototipagem rápida e validação de prova de conceito, e foi projetado para uso em campo, com invólucro à prova de intempéries, operação por bateria e múltiplas opções de sensores e interfaces.
“Com a HyperPulse, estamos tornando a conectividade 5G não terrestre uma realidade prática para IoT em escala”, afirma Oscar Delgado, Diretor de Vendas para a América Latina na Myriota. “Ao oferecer maior volume de dados, menor latência e cobertura baseada em padrões, a HyperPulse dá às organizações a capacidade de rastrear e monitorar ativos, obter insights e tomar decisões, mesmo nos ambientes mais remotos e desafiadores. Com um roadmap de novos recursos chegando no próximo ano, este é um passo empolgante para a conectividade IoT em todo o mundo.”
