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Manutenção preditiva pode gerar até 25% de economia nos custos da fazenda

Divulgação Piccin

Especialista da Piccin Equipamentos, explica quais são as principais ações a serem tomadas pelo produtor rural para não cair na cilada da “máquina parada” utilizando tecnologias como sensores, IoT e dados

A manutenção preditiva tem se tornado algo extremamente importante em todas as operações. Utilizando um conjunto de tecnologias como dados em tempo real, sensores e análises avançadas para monitorar o desempenho e o estado de máquinas e equipamentos, é possível identificar possíveis falhas antes mesmo que elas aconteçam. Isso permite que ações corretivas sejam tomadas antecipadamente, reduzindo então paradas inesperadas e, claro, custos operacionais.

O engenheiro agrônomo e marketing de produtos na Piccin Equipamentos, Leonardo Barato, explica que diferente da manutenção tradicional, que se baseia em intervalos fixos, como na manutenção preventiva, ou no reparo após uma falha, como na manutenção corretiva, a preditiva é orientada pelas condições reais dos equipamentos. No agronegócio, essa estratégia tem se mostrado particularmente eficaz. “Sensores em tratores e implementos, como pulverizadores e colhedoras, monitoram o desgaste de motores, transmissões e sistemas hidráulicos, identificando problemas em rolamentos ou bombas antes que causem falhas”, diz.

Estudos indicam que essa prática pode reduzir os custos de manutenção em até 25% e diminuir o tempo de inatividade em até 45%, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). “Outro exemplo é o monitoramento da compactação do solo em tempo real, permitindo o uso de descompactadores apenas quando necessário. Essa prática evita o desgaste desnecessário das máquinas e aumenta a eficiência do solo, trazendo vantagens significativas para propriedades que investem em tecnologias de agricultura de precisão”, relata o especialista.

Benefícios ao bolso

Ao monitorar em tempo real o estado das máquinas e prever falhas com antecedência, gera-se inúmeros benefícios, dentre eles:

  1. Redução de custos com paradas não planejadas: paradas inesperadas resultam em perda de tempo e, muitas vezes, na contratação de reparos emergenciais, que são mais caros. Com a manutenção preditiva, isso é minimizado, garantindo uma operação contínua e melhor aproveitamento da mão de obra.
  2. Economia: com a capacidade de identificar o desgaste de peças antes de uma falha, a manutenção preditiva evita substituições prematuras e aumenta a vida útil dos componentes. Isso representa economia direta em peças, lubrificantes e outros insumos de manutenção.
  3. Otimização de recursos e redução do tempo ocioso: equipamentos em boas condições operam em sua capacidade máxima, aumentando a produtividade e reduzindo o tempo ocioso, o que reduz custos associados a uma menor produção ou necessidade de horas extras.
  4. Prevenção de danos: detectar problemas cedo evita que pequenos desgastes se transformem em falhas críticas, que poderiam demandar reparos mais complexos e caros. Além disso, a prevenção de falhas graves também reduz o risco de acidentes e prejuízos na linha de produção. “Com a implementação da manutenção preditiva, o setor agrícola tem visto, em média, uma redução de 10 a 25% nos custos de manutenção e um aumento da produtividade que impacta diretamente no custo final de produção”, ressalta o especialista da Piccin.

Outros impactos

Ao monitorar o desgaste e otimizar a frequência de uso, a manutenção preditiva preserva a integridade das máquinas, prolongando sua vida útil. Também evita falhas críticas, que poderiam colocar operadores em risco, contribuindo para um ambiente de trabalho mais seguro. “Podemos destacar também a diminuição do consumo de peças e lubrificantes desnecessários, promovendo uma operação mais sustentável e evitando o descarte prematuro de componentes”, reitera Barato.

Esses benefícios já são comprovados por agricultores que utilizam sensores e tecnologias de análise em suas operações, especialmente em culturas que exigem alto desempenho, como grãos e cana-de-açúcar.

Tecnologias essenciais

Para implementar a manutenção preditiva é essencial a adoção de algumas tecnologias, como por exemplo:

  1. 1.         Sensores: são a base da manutenção preditiva. Sensores de vibração, temperatura, pressão, umidade, e desgaste monitoram constantemente o estado dos equipamentos. Eles detectam anomalias e mudanças que podem indicar um possível desgaste ou falha iminente.
  2. Internet das Coisas (IoT): a IoT conecta os sensores e equipamentos a uma rede, permitindo a transmissão de dados em tempo real para sistemas centralizados. Isso é fundamental para o monitoramento remoto, especialmente em locais agrícolas de difícil acesso.
  3. Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning: A IA e o aprendizado de máquina processam grandes volumes de dados coletados pelos sensores para identificar padrões de falha. Esses algoritmos aprendem com o histórico do equipamento e conseguem prever falhas com maior precisão, indicando o momento ideal para realizar a manutenção.
  4. Computação em Nuvem: O armazenamento e o processamento de dados na nuvem são essenciais para grandes quantidades de informações que precisam ser acessadas de qualquer lugar. A nuvem permite que os dados de diferentes dispositivos sejam integrados e analisados, facilitando a centralização das informações e o acesso remoto.
  5. Big Data Analytics: A análise de grandes volumes de dados ajuda a identificar padrões, tendências e anomalias que podem passar despercebidas em uma análise tradicional. Ferramentas de análise de Big Data dão suporte para decisões informadas e aprimoram os algoritmos de predição.
  6. Realidade Aumentada (AR): Em alguns casos, a AR pode ser usada para auxiliar técnicos durante a manutenção, fornecendo informações em tempo real sobre a condição do equipamento e instruções detalhadas para reparo. Isso facilita o trabalho em campo, mesmo para técnicos menos experientes.

Essas tecnologias todas trabalham juntas para transformar os dados de condição dos equipamentos em insights acionáveis, proporcionando uma visão precisa e proativa sobre o estado da operação. “Ou seja, é fundamental para ter sucesso hoje no agronegócio”, conclui Barato.

Sobre o Grupo Piccin 

Criado em 2022, o Grupo Piccin nasceu da Piccin Tecnologia Agrícola, atuante desde 1964. Composto por Piccin Equipamentos, Piccin Componentes e Piccin Inovação, o grupo tem como missão oferecer soluções que atendam diretamente aos desafios contemporâneos do agronegócio.

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Pinus: o mais brasileiro entre os estrangeiros

Coloque o homem da esquerda mais para a direita, enquadrando-o na imagem

*Por Daniel Chies, Jose Mario Ferreira e Fabio Brun

O Brasil é mestre em melhorar o que vem de fora. O gado nelore, por exemplo, originário da Índia, tornou-se a principal raça bovina do país. A soja, hoje um dos produtos mais exportados, chegou por aqui em 1882, vindo da China. O milho veio do México, o trigo da Mesopotâmia. O Eucalipto veio da Oceania. E assim seguimos, cultivando com excelência o que um dia foi exótico.

No universo das plantas não comestíveis, o fenômeno se repete. Muitas flores e espécies ornamentais, por exemplo, que embelezam nossos jardins, são estrangeiras, mas tão queridas quanto as nativas. Quando passamos para a escala industrial, destacamos a árvore de pinus, uma estrangeira que encontrou no Brasil, especialmente na Região Sul, seu lar ideal.

O cultivo comercial do gênero Pinus começou no Brasil no final dos anos 1970, com um objetivo claro: fornecer madeira para a indústria. E deu certo. O pinus taeda, principal espécie utilizada, encontrou nas condições edafoclimáticas do Sul do país um ambiente perfeito para crescer com vigor. Graças ao melhoramento genético e à tecnologia florestal, o Brasil alcançou os melhores índices de produtividade do mundo para essa espécie.

Segundo o levantamento mais recente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), em 2024 o país contava com 1,9 milhão de hectares de florestas plantadas de pinus. A Região Sul concentra cerca de 1,69 milhão de hectares, distribuídos entre Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A madeira de pinus está presente em nosso cotidiano de formas que muitas vezes passam despercebidas. Ela compõe papel, caixas de papelão, móveis, portas, brinquedos, utensílios domésticos e estruturas diversas. Os pellets de madeira, por exemplo, são uma fonte de energia renovável cada vez mais utilizada globalmente.

E não para por aí. A celulose extraída do pinus é usada em cápsulas de medicamentos, na indústria alimentícia e até na automobilística. Com a nanocelulose e a lignina, surgem aplicações inovadoras: superfícies impermeáveis, essências e até pele artificial. O potencial é imenso e estamos apenas no começo.

Em um mundo que exige soluções com menor impacto ambiental, as florestas plantadas para fins industriais se mostram uma alternativa viável e estratégica. Durante seu crescimento, as árvores de pinus capturam carbono da atmosfera, que permanece sequestrado nos produtos derivados por décadas ou até séculos.

Além disso, quase toda a área plantada na Região Sul possui certificações internacionais que garantem práticas rigorosas de responsabilidade social e ambiental. As empresas do setor preservam cerca de 30% da vegetação nativa nos três estados, demonstrando compromisso com o equilíbrio ecológico.

O pinus escolheu o Sul do Brasil para prosperar e foi bem acolhido. As empresas de silvicultura da região atuam com responsabilidade e visão de futuro, adotando práticas ambientais, sociais e de governança muito antes do termo ESG se tornar tendência. Por isso, a madeira de pinus brasileira é reconhecida internacionalmente pela sua qualidade e sustentabilidade.

Essa é uma história de sucesso que começou há décadas e continua a crescer, como as próprias árvores que a protagonizam. O pinus pode não ser brasileiro de origem, mas já é parte essencial do nosso presente e, com certeza, do nosso futuro.

  • *Daniel Chies é presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Jose Mario Ferreira é presidente da Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) e Fabio Brun é presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas).
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Queijos brasileiros disputam pódio global e movimentam agronegócio no Paraná

Queijos brasileiros disputam pódio global e movimentam agronegócio no Paraná

Projeto do Biopark, no Oeste paranaense, transforma leite de pequenos produtores em iguarias premiadas com apoio tecnológico e institucional — e atrai atenção internacional

Entre os dias 13 e 15 de novembro, Berna, capital da Suíça, se tornará o epicentro da alta queijaria mundial com a realização do World Cheese Awards 2025. Pela primeira vez em solo suíço, o maior concurso de queijos do mundo reunirá mais de 5 mil amostras de mais de 50 países. No meio desse seleto grupo, o Brasil tem chances reais de figurar entre os grandes — graças a um projeto paranaense que uniu inovação, capacitação rural e ciência aplicada.

Entre os queijos desenvolvidos no Laboratório de Queijos Finos do Biopark Educação, em Toledo (PR), que vão representar o Brasil no concurso, três são inéditos. A iniciativa, que há seis anos transforma leite de pequenos e médios produtores em queijos de alto valor agregado, já soma 69 medalhas em premiações nacionais e internacionais, além de cases de sucesso que chamam a atenção de investidores e formuladores de políticas públicas.

O projeto oferece consultoria integral gratuita aos produtores, desde análise do leite até desenvolvimento de identidade visual, rotulagem e acesso ao mercado. “Os produtores associados ao projeto recebem suporte técnico integral e gratuito, abrangendo desde a melhoria da qualidade do leite até a produção dos queijos, com transferência completa das tecnologias desenvolvidas no laboratório. Durante todo o período de participação, é realizado monitoramento contínuo dos padrões de qualidade, assegurando a manutenção das características e da excelência dos produtos desenvolvidos”, explica Kennidy de Bortoli, pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark Educação.

Carolina Trombini, gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Biopark Educação, complementa: “O projeto também oferece orientação técnica para os investimentos em infraestrutura física das queijarias, com auxílio na escolha dos equipamentos e layouts mais adequados, de acordo com os objetivos e o porte de cada produtor. Além disso, há acompanhamento permanente para o fortalecimento técnico e gerencial dos negócios. São realizados encontros bimestrais que abordam temas práticos e estratégicos, como marketing digital, vendas, abertura de novos mercados e boas práticas de fabricação. Trata-se de um projeto completo: a partir do momento em que o produtor decide participar, ele passa a contar com suporte em todas as etapas desse novo empreendimento”.

Tradição com tecnologia
O projeto é resultado de uma coalizão estratégica entre o Biopark, o Biopark Educação, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR‑PR), o Sebrae/PR, o Sistema Faep/Senar e a Prefeitura de Toledo, consolidando uma rede colaborativa que promove inovação, qualificação técnica e valorização da produção local. Juntos, eles transformam a cadeia leiteira — setor estratégico no Paraná, segundo maior produtor do país — com uma lógica de diferenciação de mercado, valorização do terroir e acesso a certificações como SIM, SUSAF e SISBI.

Com base em diagnósticos técnicos, cada produtor recebe indicações personalizadas de tecnologia queijeira conforme as características do seu leite. A diversidade é prioridade: isso favorece o surgimento de um ecossistema competitivo e sinérgico — e a formação de uma Rota de Queijos Finos na região.

Resultados concretos e potencial de expansão
Em 2024, o queijo maturado Passionata, uma tecnologia do Projeto de Queijos Finos do Biopark e produzido pela Queijaria Flor da Terra (Toledo-PR), foi eleito o melhor da América Latina e o 9º melhor do mundo no World Cheese Awards. Este ano, além de tecnologias já lançadas no mercado, três novas criações concorrem na Suíça: o Guarandu, com aroma de guaraná; o Garoa Tropical, com uso de fruta cítrica na coagulação; e o Florescer, de casca lavada e coloração ousada. Produtos que unem identidade brasileira e sofisticação gastronômica — e que já despertam o interesse de importadores e chefs europeus.
Hoje, o projeto Queijos Finos do Biopark conta com 27 produtores integrados, 26 tipos de queijos no mercado e planos de expansão estadual já em curso, com apoio do governo do Paraná.

“Conseguimos criar um modelo escalável, com baixa barreira de entrada para os produtores, retorno rápido e forte apelo de marca. Ao mesmo tempo, servimos de referência de política integrada de desenvolvimento rural, segurança alimentar e inovação tecnológica no campo”, afirma Carmen Donaduzzi, idealizadora do projeto.

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Exportações de carne de MT crescem 67% no 3º trimestre de 2025 e devem superar recorde de 2024

Exportações de carne de MT crescem 67% no 3º trimestre de 2025 e devem superar recorde de 2024

Dados do Data Hub MT mostram que o Estado exportou US$ 1,28 bilhão em carnes no terceiro trimestre, com a China respondendo por mais da metade das compras

As exportações de carne de Mato Grosso voltaram a registrar forte crescimento no terceiro trimestre de 2025, alcançando US$ 1,28 bilhão entre julho e setembro, segundo levantamento do Data Hub MT da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), com base em informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a pedido do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo/MT).

O desempenho inclui carnes bovinas congeladas e frescas, carnes suínas frescas, refrigeradas ou congeladas e carnes de aves e miudezas comestíveis, comercializadas com 92 países. A China manteve a liderança absoluta, representando 56,67% das importações totais do período.

Comparado ao mesmo trimestre de 2024, quando o valor exportado foi de US$ 762,74 milhões, o avanço foi de 67,4%. No acumulado de janeiro a setembro de 2025, as exportações somam US$ 2,88 bilhões, frente aos US$ 2,09 bilhões registrados no mesmo intervalo do ano anterior, uma elevação de 38%.

Entre os produtos, o valor exportado de carne bovina congelada foi de  US$ 1,64 bilhões representa 78,4% do total, carnes bovinas frescas ou refrigeradas US$ 256,8 milhões (12,2%) e as aves com US$ 146,3 milhões (7%).

A China segue como o maior comprador dos produtos com US$ 851,6 milhões (40,76%), seguido de Emirados Árabes Unidos US$ 225, 7 milhões (10,8%) e Turquia  US$ 96,4 milhões (4,6%).

Para o presidente do Sindifrigo-MT, Paulo Bellincanta, o resultado confirma a solidez do setor e a mais uma vez, a ausência de impactos do chamado “tarifaço” norte-americano sobre a carne brasileira.

“O desempenho de Mato Grosso reforça a competitividade da nossa indústria frigorífica e a confiança dos mercados internacionais na qualidade da carne produzida aqui. Mesmo com o tarifaço imposto pelos Estados Unidos, não houve qualquer reflexo nas exportações. Os números mostram que o setor segue firme, diversificado e com presença consolidada em mais de 90 países. A tendência é de fechar o ano com novo recorde histórico, superando com folga os resultados de 2024”, avaliou.

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