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Maior pneu agrícola produzido na América Latina será apresentado no Show Rural Coopavel
Durante a feira, que ocorre de 10 a 14 de fevereiro, em Cascavel, Titan Pneus terá como destaque o LSW1250/35R46, o mais largo da categoria, um gigante de 710kg
O Oeste paranaense será palco da apresentação do maior pneu agrícola já produzido na América Latina. Trate-se do LSW1250/35R46A, um gigante que será o destaque da Titan Pneus, durante a 37ª edição do Show Rural Coopavel, que acontece de 10 a 14 de fevereiro de 2025, em Cascavel. Reconhecida como uma das maiores vitrines de tecnologias do agronegócio, a feira vai reunir centenas de visitantes das mais diversas regiões em busca de novidades.
O LSW1250/35R46A impressiona por sua robustez, afinal o pneu tem nada menos que 1.210mm de largura e 2.055 mm de altura e pesa 710 kg. “Esse lançamento foi desenvolvido para atender equipamentos aplicados em grandes áreas, ou seja, tratores de alta potência, acima de 350 CV, que normalmente estão acoplados a plantadeiras acima de 40 linhas ou subsoladores com alta densidade de profundidade, de mais de sete hastes”, destacou, Thiago Rodrigues, coordenador de produto da Titan.
Tradicionalmente estes tratores de alta potência saem de fábrica com os pneus standard e utilizam nos eixos dianteiros e traseiro rodados duplos, (dual). Entretanto, esse conjunto pode gerar uma série de desvantagens, como por exemplo, maior tempo para montagem e desmontagem como também dificuldade de transporte, no caso de deslocamento de caminhão entre propriedades.
O lançamento da Titan conta com a tecnologia Low Sidewall (LSW), que proporciona nos equipamentos melhor aderência, baixo índice de patinagem sempre dando a tração que o implemento precisa, com isso, melhoram a velocidade do plantio e geram maior conforto para o operador e maior conforto cabine da máquina. Outro ganho importante é com relação a redução de consumo e custos com combustível, gerando mais economia a propriedade e consequentemente maior rentabilidade no fim da safra.
Segundo Rodrigues, além desses benefícios, o LSW1250/35R46A comprovou ser mais eficiente em relação ao conjunto Dual, pois, pelo fato de ser o mais largo do mercado, sua área de contato com o solo é maior. Por exemplo, olhando o eixo traseiro de um trator, 8370R, se somarmos a dimensão do conjunto dual, ela teoricamente será superior ao lançamento da Titan.
Porém, é preciso considerar o vácuo gerado entre os dois pneus que diminui a área de contato no solo. “Desta forma o LSW1250/35R46A na prática tem essa pegada maior em relação ao dual, que além de melhorar a tração do trator, colabora com a redução da compactação do solo tornando a operação mais eficiente em todos os aspectos”, destacou. “Hoje temos mais de 550 equipamentos convertidos para a tecnologia LSW no Brasil, e com esta nova medida, pretendemos crescer esse número para atingir equipamentos de alta potência”, complementou.
Mais novidades
Durante o Show Rural Coopavel, a Titan também apresentará uma nova medida de pneu para continuar a expansão da linha de produtos. Trata-se do Goodyear 520/85R38 Optitorque 155D TL R-1, que foi desenvolvido para atender à demanda do mercado de colheitadeiras de média potência, aplicado principalmente no cultivo de grãos.
O pneu Optitorque possui barras mais largas, com a terminação na linha de centro reforçada e maior área de contato. Essas barras com ângulo otimizado e maior raio no ombro geram um maior espaço para canal de autolimpeza. Além disso, possui desenho exclusivo com uma maior área de contato, propicia uma melhor distribuição de pressão em sua superfície, gerando menor compactação de solo e maior vida útil. “Este é um produto de excelente capacidade de autolimpeza e tração moderada, oferecendo maior estabilidade”.
A Titan Pneus também apresentará oficialmente, durante o evento, a marca Carlstar. A empresa foi recém adquirida, e ampliará o portfólio da companhia trazendo o que há de melhor para mercado de equipamentos de jardinagem, carrinhos de golf, veículos ATV e UTV (quadriciclos), entre outros.
Soluções para cada aplicação
Os visitantes que passarem pelo estande da Titan durante a feira, além de poder tirar dúvidas com toda equipe técnica da empresa, poderão ver de perto outros produtos do portfólio. Entre os destaques estará o 14.9-24 6 PR TL Titan “Irrigator”, pneu exclusivo para pivôs de irrigação que ajuda a reduzir a formação de valas durante operação tornando ainda mais precisa a irrigação.
Como o pivô é um equipamento que realiza movimentos circulares repetidos, geralmente na mesma área, é comum a formação de um rastro onde os pneus passam. Segundo Rodrigues, devido a essa característica, com o tempo e a umidade, formam-se grandes valas que podem causar afundamentos, impactando diretamente o desempenho desses equipamentos. “Este é o primeiro pneu no Brasil com design específico para pivôs, pensado para proporcionar melhor desempenho dos equipamentos”, reforçou o especialista.
Focada justamente em desenvolver tecnologias e produtos específicos para cada aplicação e necessidades do campo, a Titan Pneus disponibiliza também a classe produtora a linha Ultra Sprayer, exclusiva aos pulverizadores. De acordo com José Luiz Coelho, gerente de Engenharia de Campo na Titan, com a tendência das fabricantes de produzir equipamentos cada vez mais robustos, as exigências nos pneus aumentaram e por isso a preocupação da companhia em acompanhar o cenário. “Desenvolvemos, por exemplo, a tecnologia IF/VF para pneus de pulverizadores, ou seja, é possível subir de 20% até 40% de carga do equipamento com a mesma pressão nos rodados. Ou ainda reduzir até 40% da pressão na carga nominal de um pneu standard”, destacou.
Os pneus da linha Ultra Sprayer se destacam ainda por sua estrutura reforçada de amortecedores, talões, barras e costado que asseguram uma excelente durabilidade nos pulverizadores. Além disso, sua construção é laminada, ou seja, processo diferenciado de fabricação do pneu com a tecnologia Orbitech, onde não há emendas nos componentes, o que diminui o risco de deslocamento. “Como as lavouras têm muitas vezes talos ou sobras das culturas colhidas anteriormente, pensamos em uma proteção extra contra perfurações com cintas de aramida”, disse Coelho.
Com sulcos menos profundos e barras mais largas, a linha Ultra Sprayer da Titan proporciona aos operadores dos pulverizadores melhor estabilidade no manejo, evitando desgaste prematuro e maior área de contato, reduzindo a compactação do solo. Somado a tudo isso, os produtos têm desenho diferenciado que reduzem o acúmulo de terra entre as garras (autolimpeza e maior poder de tração) e ao mesmo tempo, garantem melhor dirigibilidade nos deslocamentos longos e que exigem maior velocidade.
Sobre a Titan Pneus
Líder na produção de pneus agrícolas, a Titan Pneus é uma marca global que atende diferentes terrenos. Seus produtos são reconhecidos pela tecnologia, performance, robustez e durabilidade, além da confiança que só as marcas Titan e Goodyear Farm Tires oferecem. Saiba mais em https://www.titanlat.com/site/.
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Pinus: o mais brasileiro entre os estrangeiros
*Por Daniel Chies, Jose Mario Ferreira e Fabio Brun
O Brasil é mestre em melhorar o que vem de fora. O gado nelore, por exemplo, originário da Índia, tornou-se a principal raça bovina do país. A soja, hoje um dos produtos mais exportados, chegou por aqui em 1882, vindo da China. O milho veio do México, o trigo da Mesopotâmia. O Eucalipto veio da Oceania. E assim seguimos, cultivando com excelência o que um dia foi exótico.
No universo das plantas não comestíveis, o fenômeno se repete. Muitas flores e espécies ornamentais, por exemplo, que embelezam nossos jardins, são estrangeiras, mas tão queridas quanto as nativas. Quando passamos para a escala industrial, destacamos a árvore de pinus, uma estrangeira que encontrou no Brasil, especialmente na Região Sul, seu lar ideal.
O cultivo comercial do gênero Pinus começou no Brasil no final dos anos 1970, com um objetivo claro: fornecer madeira para a indústria. E deu certo. O pinus taeda, principal espécie utilizada, encontrou nas condições edafoclimáticas do Sul do país um ambiente perfeito para crescer com vigor. Graças ao melhoramento genético e à tecnologia florestal, o Brasil alcançou os melhores índices de produtividade do mundo para essa espécie.
Segundo o levantamento mais recente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), em 2024 o país contava com 1,9 milhão de hectares de florestas plantadas de pinus. A Região Sul concentra cerca de 1,69 milhão de hectares, distribuídos entre Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A madeira de pinus está presente em nosso cotidiano de formas que muitas vezes passam despercebidas. Ela compõe papel, caixas de papelão, móveis, portas, brinquedos, utensílios domésticos e estruturas diversas. Os pellets de madeira, por exemplo, são uma fonte de energia renovável cada vez mais utilizada globalmente.
E não para por aí. A celulose extraída do pinus é usada em cápsulas de medicamentos, na indústria alimentícia e até na automobilística. Com a nanocelulose e a lignina, surgem aplicações inovadoras: superfícies impermeáveis, essências e até pele artificial. O potencial é imenso e estamos apenas no começo.
Em um mundo que exige soluções com menor impacto ambiental, as florestas plantadas para fins industriais se mostram uma alternativa viável e estratégica. Durante seu crescimento, as árvores de pinus capturam carbono da atmosfera, que permanece sequestrado nos produtos derivados por décadas ou até séculos.
Além disso, quase toda a área plantada na Região Sul possui certificações internacionais que garantem práticas rigorosas de responsabilidade social e ambiental. As empresas do setor preservam cerca de 30% da vegetação nativa nos três estados, demonstrando compromisso com o equilíbrio ecológico.
O pinus escolheu o Sul do Brasil para prosperar e foi bem acolhido. As empresas de silvicultura da região atuam com responsabilidade e visão de futuro, adotando práticas ambientais, sociais e de governança muito antes do termo ESG se tornar tendência. Por isso, a madeira de pinus brasileira é reconhecida internacionalmente pela sua qualidade e sustentabilidade.
Essa é uma história de sucesso que começou há décadas e continua a crescer, como as próprias árvores que a protagonizam. O pinus pode não ser brasileiro de origem, mas já é parte essencial do nosso presente e, com certeza, do nosso futuro.
- *Daniel Chies é presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Jose Mario Ferreira é presidente da Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) e Fabio Brun é presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas).
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Queijos brasileiros disputam pódio global e movimentam agronegócio no Paraná
Projeto do Biopark, no Oeste paranaense, transforma leite de pequenos produtores em iguarias premiadas com apoio tecnológico e institucional — e atrai atenção internacional
Entre os dias 13 e 15 de novembro, Berna, capital da Suíça, se tornará o epicentro da alta queijaria mundial com a realização do World Cheese Awards 2025. Pela primeira vez em solo suíço, o maior concurso de queijos do mundo reunirá mais de 5 mil amostras de mais de 50 países. No meio desse seleto grupo, o Brasil tem chances reais de figurar entre os grandes — graças a um projeto paranaense que uniu inovação, capacitação rural e ciência aplicada.
Entre os queijos desenvolvidos no Laboratório de Queijos Finos do Biopark Educação, em Toledo (PR), que vão representar o Brasil no concurso, três são inéditos. A iniciativa, que há seis anos transforma leite de pequenos e médios produtores em queijos de alto valor agregado, já soma 69 medalhas em premiações nacionais e internacionais, além de cases de sucesso que chamam a atenção de investidores e formuladores de políticas públicas.
O projeto oferece consultoria integral gratuita aos produtores, desde análise do leite até desenvolvimento de identidade visual, rotulagem e acesso ao mercado. “Os produtores associados ao projeto recebem suporte técnico integral e gratuito, abrangendo desde a melhoria da qualidade do leite até a produção dos queijos, com transferência completa das tecnologias desenvolvidas no laboratório. Durante todo o período de participação, é realizado monitoramento contínuo dos padrões de qualidade, assegurando a manutenção das características e da excelência dos produtos desenvolvidos”, explica Kennidy de Bortoli, pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark Educação.
Carolina Trombini, gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Biopark Educação, complementa: “O projeto também oferece orientação técnica para os investimentos em infraestrutura física das queijarias, com auxílio na escolha dos equipamentos e layouts mais adequados, de acordo com os objetivos e o porte de cada produtor. Além disso, há acompanhamento permanente para o fortalecimento técnico e gerencial dos negócios. São realizados encontros bimestrais que abordam temas práticos e estratégicos, como marketing digital, vendas, abertura de novos mercados e boas práticas de fabricação. Trata-se de um projeto completo: a partir do momento em que o produtor decide participar, ele passa a contar com suporte em todas as etapas desse novo empreendimento”.
Tradição com tecnologia
O projeto é resultado de uma coalizão estratégica entre o Biopark, o Biopark Educação, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR‑PR), o Sebrae/PR, o Sistema Faep/Senar e a Prefeitura de Toledo, consolidando uma rede colaborativa que promove inovação, qualificação técnica e valorização da produção local. Juntos, eles transformam a cadeia leiteira — setor estratégico no Paraná, segundo maior produtor do país — com uma lógica de diferenciação de mercado, valorização do terroir e acesso a certificações como SIM, SUSAF e SISBI.
Com base em diagnósticos técnicos, cada produtor recebe indicações personalizadas de tecnologia queijeira conforme as características do seu leite. A diversidade é prioridade: isso favorece o surgimento de um ecossistema competitivo e sinérgico — e a formação de uma Rota de Queijos Finos na região.
Resultados concretos e potencial de expansão
Em 2024, o queijo maturado Passionata, uma tecnologia do Projeto de Queijos Finos do Biopark e produzido pela Queijaria Flor da Terra (Toledo-PR), foi eleito o melhor da América Latina e o 9º melhor do mundo no World Cheese Awards. Este ano, além de tecnologias já lançadas no mercado, três novas criações concorrem na Suíça: o Guarandu, com aroma de guaraná; o Garoa Tropical, com uso de fruta cítrica na coagulação; e o Florescer, de casca lavada e coloração ousada. Produtos que unem identidade brasileira e sofisticação gastronômica — e que já despertam o interesse de importadores e chefs europeus.
Hoje, o projeto Queijos Finos do Biopark conta com 27 produtores integrados, 26 tipos de queijos no mercado e planos de expansão estadual já em curso, com apoio do governo do Paraná.
“Conseguimos criar um modelo escalável, com baixa barreira de entrada para os produtores, retorno rápido e forte apelo de marca. Ao mesmo tempo, servimos de referência de política integrada de desenvolvimento rural, segurança alimentar e inovação tecnológica no campo”, afirma Carmen Donaduzzi, idealizadora do projeto.
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Exportações de carne de MT crescem 67% no 3º trimestre de 2025 e devem superar recorde de 2024
Dados do Data Hub MT mostram que o Estado exportou US$ 1,28 bilhão em carnes no terceiro trimestre, com a China respondendo por mais da metade das compras
As exportações de carne de Mato Grosso voltaram a registrar forte crescimento no terceiro trimestre de 2025, alcançando US$ 1,28 bilhão entre julho e setembro, segundo levantamento do Data Hub MT da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), com base em informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a pedido do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo/MT).
O desempenho inclui carnes bovinas congeladas e frescas, carnes suínas frescas, refrigeradas ou congeladas e carnes de aves e miudezas comestíveis, comercializadas com 92 países. A China manteve a liderança absoluta, representando 56,67% das importações totais do período.
Comparado ao mesmo trimestre de 2024, quando o valor exportado foi de US$ 762,74 milhões, o avanço foi de 67,4%. No acumulado de janeiro a setembro de 2025, as exportações somam US$ 2,88 bilhões, frente aos US$ 2,09 bilhões registrados no mesmo intervalo do ano anterior, uma elevação de 38%.
Entre os produtos, o valor exportado de carne bovina congelada foi de US$ 1,64 bilhões representa 78,4% do total, carnes bovinas frescas ou refrigeradas US$ 256,8 milhões (12,2%) e as aves com US$ 146,3 milhões (7%).
A China segue como o maior comprador dos produtos com US$ 851,6 milhões (40,76%), seguido de Emirados Árabes Unidos US$ 225, 7 milhões (10,8%) e Turquia US$ 96,4 milhões (4,6%).
Para o presidente do Sindifrigo-MT, Paulo Bellincanta, o resultado confirma a solidez do setor e a mais uma vez, a ausência de impactos do chamado “tarifaço” norte-americano sobre a carne brasileira.
“O desempenho de Mato Grosso reforça a competitividade da nossa indústria frigorífica e a confiança dos mercados internacionais na qualidade da carne produzida aqui. Mesmo com o tarifaço imposto pelos Estados Unidos, não houve qualquer reflexo nas exportações. Os números mostram que o setor segue firme, diversificado e com presença consolidada em mais de 90 países. A tendência é de fechar o ano com novo recorde histórico, superando com folga os resultados de 2024”, avaliou.
