Connect with us

Destaque

Ferramenta inédita vai compilar em uma única plataforma dados do mercado de fretes

Ferramenta inédita vai compilar em uma única plataforma dados do mercado de fretes

Logfintech goFlux, que investe continuamente na proteção e veracidade das transações, conclui a construção do seu primeiro modelo de IA generativa

A Inteligência Artificial (IA) é um assunto que cada vez mais ganha destaque em diversos aspectos da sociedade. A capacidade de programas e dispositivos de realizarem tarefas de modo quase autônomo utilizando algoritmos que simulam o raciocínio humano com base em padrões aprendidos, avança a cada dia e gera muitas expectativas quanto ao futuro dessas novas tecnologias.

Mas, se por um lado o avanço de inovações como a IA proporciona comodidade, por outro, é preciso ter atenção. Essa preocupação fica mais acentuada principalmente quanto ao uso e segurança de dados. No mercado logístico e mais especificamente no setor de transporte de cargas rodoviário, manter a proteção e o sigilo das informações transacionadas é imprescindível.

Este é justamente um dos desafios da paulistana goFlux, uma logfintech data-driven (empresa orientada por dados) focada em gerar as melhores tomadas de decisões para a resolução de problemas do mercado logístico, e que se prepara para mais um importante passo na sua jornada de inovação. A empresa que se destaca, nos últimos seis anos, por suas tecnologias disruptivas no setor, passa também a focar suas ações na construção do seu primeiro modelo de GenAI ou IA generativa (que utiliza algoritmos para criar novos conteúdos) para os clientes.

Segundo Priscila Lucas, coordenadora de Data Science, na goFlux, a logfintech já utiliza ferramentas de IA generativa internamente para aumento de eficiência e produtividade de seu time, contudo, chegou o momento de ampliar essa solução para o mercado e o aporte recente do Capria Ventures, um dos fundos internacionais de investimentos, impulsionará o desenvolvimento dessa solução. 

Produzimos muita documentação com conteúdo de domínio fechado (closed-domain), ou seja, informações internas com insights relevantes e de nossa propriedade intelectual sobre o mercado. Dados assim não estão na internet para o consumo de outras GenAI’s como o ChatGPT, por exemplo”, destacou.

A ideia é a criação de um prompt que estará disponível na plataforma goFlux View, produto de inteligência de mercado e predições de preço de frete futuro. O objetivo do projeto é unificar toda a documentação criada sobre informações de inteligência de mercado logístico sobre tudo aquilo que a logfintech produz internamente e cruzar esses dados com a mensuração das principais variáveis que, via de regra influenciam no preço do transporte como: indicadores macroeconômicos, nacionais, internacionais e tendências.

Desta forma os clientes poderão utilizá-las e assim ter as melhores escolhas embasadas em dados reais. “A goFlux é uma empresa que tem a cultura de data driven, uma empresa completamente baseada em dados para tomada de decisão e resolução de problemas no mercado logístico”, ressalta Priscila.

Segurança e qualidade dos dados

Um ponto interessante também a se destacar é sobre a importância da qualidade dos dados (data quality) que a logfintech preza sobre os fretes transacionados dentro da plataforma. Segundo Luis Martinez, CSO da goFlux, todas as informações geradas e utilizadas majoritariamente são embasadas em negociações reais transacionadas em sua base, isso certifica a qualidade e veracidade desses dados. “Hoje são aproximadamente 25 mil viagens realizadas por dia em nossa plataforma, todas elas são negociações de frete acordadas, entre embarcadores e transportadoras vencedoras”, cita o executivo.

A qualidade desses dados é a matéria prima da empresa para desenvolver outras soluções, bem como liberar a comercialização de novas rotas que atingiram um nível elevado de assertividade mínimo de 80%. “Semanalmente amadurecemos novas rotas, mas essas só ficam disponíveis na plataforma a partir do momento que atingem um grau de acurácia, por meio de uma análise inteligente com compliance. Desta forma asseguramos a escala geográfica de atuação”, pontua Martinez.

Manter a qualidade destes dados é outro desafio e requer uma infraestrutura em termos de tecnologia para as instituições. Segundo Priscila, a plataforma atual da goFlux, permite além de compilar os dados, também possibilita tratá-los, readequá-los às escalas numéricas conhecidas do mercado, padronizar medidas, tudo isso em uma velocidade que proporcione tomar decisões mais rápidas e sem erros. “A nossa infraestrutura tecnológica também nos deixa melhorar continuamente a governança das informações, que é feita em conjunto com o time de segurança de informação para atender às políticas necessárias, para manutenção da nossa certificação ISO 27001”, acrescentou a coordenadora de Data Science.

Desenvolvimento contínuo

A goFlux tem outras grandes frentes de atuação, como o produto naConta, de antecipação de recebíveis que utiliza um FIDC, Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, próprio e usa a inteligência artificial na construção de análises de dados, scores ratings. O controle de dados proporciona conforto para o mercado financeiro, principalmente quando falamos em validade e qualidade das transações que serão antecipadas.

De acordo com Martinez, a inteligência da ferramenta é fundamental neste processo robusto, na análise de crédito e concessão de limites. “Nosso papel é compreender e avaliar o mercado logístico, principalmente os fretes, sua composição, variações de alta e baixa, sazonalidades, ciclicidades, ou seja, a flutuação e tudo aquilo externamente que pode interferir nos preços. Internamente também temos algoritmos de IA rodando em times que ajudam a melhorar a eficiência operacional em diversas frentes e tarefas”, diz.  “Além disso, esse processo de inovação é contínuo, encontram-se, em nossa esteira de desenvolvimento, o apoio aos novos produtos, como o goFlux carbonFree trazendo ainda mais praticidade, inovação e inteligência para a solução através da IA descarbonizando o setor”, complementa Priscila.

Sobre a goFlux

Sediada em São Paulo, capital, a goFlux é uma logfintech que surgiu em 2018 fruto da expertise de fundadores experientes em logística que desenvolveram uma plataforma totalmente digital para cotação, negociação, contratação e gestão de fretes rodoviários. A solução vem revolucionando a forma de contratar fretes e impulsionando a competitividade no segmento de transportes, principalmente do agronegócio. Saiba mais em www.goflux.com.br.

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Destaque

50 anos do Proálcool: o Brasil como potência verde

50 anos do Proálcool: o Brasil como potência verde

*Por Mário Campos, presidente da Bioenergia Brasil e SIAMIG Bioenergia

Em 14 de novembro de 1975, o governo brasileiro instituiu o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), uma resposta estratégica à crise mundial do petróleo e à forte dependência do país em combustíveis fósseis. Meio século depois, o programa se consolidou como um dos mais importantes marcos de política pública no setor energético, responsável por posicionar o Brasil entre os líderes globais em biocombustíveis.

Ao longo desses 50 anos, os resultados foram expressivos. O Proálcool reduziu a vulnerabilidade externa do país, impulsionou a agroindústria da cana-de-açúcar, fomentou a interiorização da produção e gerou milhares de empregos nas cadeias agrícola e industrial.

No campo ambiental, o etanol, cujo protagonismo nasceu com o Proálcool, transformou o Brasil em uma das nações com menor intensidade de carbono no setor de transportes leves. Atualmente, cerca de 45% desse mercado é atendido pelo etanol, contribuindo diretamente para a diminuição da poluição urbana e para a melhoria da qualidade de vida em nossas cidades.

O programa, ao transformar o país, também evoluiu para uma estratégia nacional de longo prazo. O etanol permanece como um dos principais vetores da transição energética brasileira. Esse amadurecimento se refletiu em políticas modernas, como o RenovaBio, o Combustível do Futuro e o programa Mover. Hoje, dispomos de metodologia científica robusta, a Análise de Ciclo de Vida, que quantifica emissões desde a produção até o uso dos combustíveis. Essa análise demonstra que a frota brasileira de veículos leves é a mais sustentável do mundo.

Às vésperas da COP30, o Brasil apresenta ao mundo um exemplo concreto e bem-sucedido de transição energética sustentável, não apenas teoria, mas resultados comprovados.

O país está preparado para compartilhar sua experiência e inspirar outras nações comprometidas com uma transição energética consistente, eficaz e duradoura. O Proálcool, ao completar meio século, reafirma o papel do Brasil como líder natural da economia verde global.

Continue Reading

Destaque

Pesquisadores identificam principais soluções sustentáveis para combate de nematóides da soja

Pesquisadores identificam principais soluções sustentáveis para combate de nematóides da soja

Os resultados da pesquisa constam na publicação internacional Plant Nano Biology

Principal grão da balança comercial brasileira, a soja é base essencial da alimentação animal e matéria-prima para produtos farmacêuticos, cosméticos e materiais de origem biológica. No entanto, a expansão da cultura no país tem sido ameaçada por nematóides parasitas de plantas (PPNs), microrganismos que atacam o sistema radicular, prejudicando a absorção de água e nutrientes, além de abrir caminho para infecções secundárias e, consequentemente, gerar um impacto econômico é expressivo, com perdas globais associadas ultrapassando a marca de US$ 150 bilhões por ano.

Durante décadas, o controle desses parasitas foi baseado principalmente no uso de nematicidas químicos, mas a baixa eficácia a longo prazo, a toxicidade ambiental e os riscos à saúde humana e animal têm restringido seu uso. Nesse cenário, pesquisadores vinculados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT NanoAgro) identificaram soluções de base biotecnológica que surgem como alternativas promissoras, especialmente quando associadas aos avanços da nanotecnologia.

Entre as estratégias mais promissoras estão os agentes biológicos (fungos nematófagos e bactérias antagonistas) e fitoquímicos nanoencapsulados, que aumentam a eficácia e a durabilidade dos tratamentos, protegendo os compostos ativos da degradação e garantindo sua liberação direta na zona radicular, onde os nematóides concentram sua ação. Complementando essas abordagens, a interferência por RNA (RNAi) surge como uma tecnologia inovadora, capaz de silenciar genes essenciais dos nematóides e reduzir sua capacidade de infestação, embora ainda exija estudos sobre estabilidade no solo e segurança para organismos não-alvo.

Além das soluções tecnológicas, práticas culturais como rotação de culturas, manejo adequado do solo e utilização de cultivares resistentes contribuem para reduzir a pressão dos nematóides e aumentar a resiliência da soja. A combinação dessas frentes — nanotecnologia, agentes biológicos, RNAi e estratégias agrícolas — configura um manejo integrado e sustentável, capaz de reduzir perdas e minimizar impactos ambientais.

Segundo os pesquisadores, os próximos desafios incluem a validação em condições de campo, a redução de custos de produção e a otimização de formulações escaláveis, garantindo que essas soluções inovadoras possam ser adotadas de forma prática pelos produtores. “A integração entre nanotecnologia e biotecnologia representa, portanto, um caminho viável e promissor para o manejo sustentável dos nematóides da soja, alinhando produtividade, eficiência e preservação ambiental e abrindo espaço para uma nova era de agricultura inteligente e ecologicamente responsável”, concluem.

Os resultados do levantamento de soluções foram publicados na revista científica internacional Plant Nano Biology: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2773111125000622.

Continue Reading

Destaque

Pinus: o mais brasileiro entre os estrangeiros

Coloque o homem da esquerda mais para a direita, enquadrando-o na imagem

*Por Daniel Chies, Jose Mario Ferreira e Fabio Brun

O Brasil é mestre em melhorar o que vem de fora. O gado nelore, por exemplo, originário da Índia, tornou-se a principal raça bovina do país. A soja, hoje um dos produtos mais exportados, chegou por aqui em 1882, vindo da China. O milho veio do México, o trigo da Mesopotâmia. O Eucalipto veio da Oceania. E assim seguimos, cultivando com excelência o que um dia foi exótico.

No universo das plantas não comestíveis, o fenômeno se repete. Muitas flores e espécies ornamentais, por exemplo, que embelezam nossos jardins, são estrangeiras, mas tão queridas quanto as nativas. Quando passamos para a escala industrial, destacamos a árvore de pinus, uma estrangeira que encontrou no Brasil, especialmente na Região Sul, seu lar ideal.

O cultivo comercial do gênero Pinus começou no Brasil no final dos anos 1970, com um objetivo claro: fornecer madeira para a indústria. E deu certo. O pinus taeda, principal espécie utilizada, encontrou nas condições edafoclimáticas do Sul do país um ambiente perfeito para crescer com vigor. Graças ao melhoramento genético e à tecnologia florestal, o Brasil alcançou os melhores índices de produtividade do mundo para essa espécie.

Segundo o levantamento mais recente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), em 2024 o país contava com 1,9 milhão de hectares de florestas plantadas de pinus. A Região Sul concentra cerca de 1,69 milhão de hectares, distribuídos entre Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A madeira de pinus está presente em nosso cotidiano de formas que muitas vezes passam despercebidas. Ela compõe papel, caixas de papelão, móveis, portas, brinquedos, utensílios domésticos e estruturas diversas. Os pellets de madeira, por exemplo, são uma fonte de energia renovável cada vez mais utilizada globalmente.

E não para por aí. A celulose extraída do pinus é usada em cápsulas de medicamentos, na indústria alimentícia e até na automobilística. Com a nanocelulose e a lignina, surgem aplicações inovadoras: superfícies impermeáveis, essências e até pele artificial. O potencial é imenso e estamos apenas no começo.

Em um mundo que exige soluções com menor impacto ambiental, as florestas plantadas para fins industriais se mostram uma alternativa viável e estratégica. Durante seu crescimento, as árvores de pinus capturam carbono da atmosfera, que permanece sequestrado nos produtos derivados por décadas ou até séculos.

Além disso, quase toda a área plantada na Região Sul possui certificações internacionais que garantem práticas rigorosas de responsabilidade social e ambiental. As empresas do setor preservam cerca de 30% da vegetação nativa nos três estados, demonstrando compromisso com o equilíbrio ecológico.

O pinus escolheu o Sul do Brasil para prosperar e foi bem acolhido. As empresas de silvicultura da região atuam com responsabilidade e visão de futuro, adotando práticas ambientais, sociais e de governança muito antes do termo ESG se tornar tendência. Por isso, a madeira de pinus brasileira é reconhecida internacionalmente pela sua qualidade e sustentabilidade.

Essa é uma história de sucesso que começou há décadas e continua a crescer, como as próprias árvores que a protagonizam. O pinus pode não ser brasileiro de origem, mas já é parte essencial do nosso presente e, com certeza, do nosso futuro.

  • *Daniel Chies é presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Jose Mario Ferreira é presidente da Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) e Fabio Brun é presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas).
Continue Reading