Destaque
Exportações: tabaco brasileiro está apto para ser embarcado à China
 
																								
												
												
											Atividade de pré-inspeção está entre as exigências do protocolo bilateral de comércio entre Brasil-China. Em 2023, a China foi o segundo maior importador do tabaco brasileiro, gerando dívidas de US$ 428 milhões
O Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) sediou nesta sexta-feira, 09 de agosto, em Santa Cruz do Sul (RS), reunião para formalizar o encerramento da pré-inspeção do tabaco, safra 2023/24, uma das exigências do protocolo bilateral de comércio entre Brasil-China. O encontro ocorreu em formato híbrido, com a presença virtual dos técnicos da Administração Geral das Alfândegas da República da China (GACC) e do representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da Organização Nacional de Proteção Fitossanitária brasileira (ONPF), Pedro Carneiro Abreu.
Também participaram do evento o superintendente do MAPA no Rio Grande do Sul, José Cleber de Souza; o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke; o chefe do Serviço de Fiscalização do MAPA RS, Emerson Nunes Costa; integrantes do MAPA RS, Roque Danieli, Alan Erig e Carlos Wolmann, além de representantes do órgão em SC e PR; o presidente da China Tabaco Internacional do Brasil (CTIB), Zhou Xinghua; a responsável técnica do Laboratório da Central Analítica da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Adriana Dupont Schneider; representantes dos Órgãos Estaduais de Fiscalização do PR e SC; Zhang Nan Zhengrong, Lìder da Delegação de Leaf Company da China; bem como representantes das empresas fornecedoras de tabaco para a China.
“Esse é um momento fundamental para atender ao protocolo. As coletas foram realizadas de forma muito proveitosa e com grande alegria informo que não foram encontradas pragas nas amostras coletadas. Mais uma vez ficou comprovada a qualidade do tabaco brasileiro. A China é um dos nossos maiores importadores de tabaco e essa parceria é fundamental para a manutenção dos negócios entre nossos países. Temos certeza que vamos continuar evoluindo essa relação”, comentou Pedro Carneiro Abreu, do MAPA Brasília.
José Cleber de Souza, superintendente do MAPA RS, reforçou a importância dos resultados. “Nossa participação é no sentido de representar esse compromisso, que é também do ministro Carlos Fávaro, e de reconhecimento desta atividade que é muito relevante para todo o país. Na nossa compreensão, se expressa aqui a nossa responsabilidade para com os órgãos de fiscalização chineses”, comentou.
Como tem ocorrido nos últimos anos, em acordo com o GACC, o MAPA ficou encarregado da coleta das amostras de tabaco processado e envio à Central Analítica da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) para testes laboratoriais que comprovem a fitossanidade do produto antes do embarque. Roque Danieli, auditor fiscal e chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal do MAPA no RS, falou sobre as atividades da pré-inspeção.
“Durante esses 23 dias que trabalhamos conjuntamente com os representantes da GACC, em formato virtual, foi possível atestar a qualidade da safra 2023/2024, e demonstrar que no campo, a safra 2024/25 já está sendo cultivada com os cuidados necessários de modo a atender todos os requisitos presentes no protocolo. A produção integrada das empresas faz com que o setor do tabaco seja o que menos utilize defensivos no campo, resultado de um constante treinamento dos técnicos agrícolas. Esperamos que a apresentação dos trabalhos esteja a contento e devemos remeter já na próxima semana o relatório final à Brasília para que possa ser encaminhado à GACC”, comentou Danieli ao grupo.
Relatório final consolida qualidade do tabaco brasileiro
Zhang Nan Zhengrong, Líder da Delegação de Leaf Company da China, apresentou o relatório da pré-inspeção aos presentes, juntamente com a responsável técnica do Laboratório da Central Analítica da UNISC, professora Adriana Dupont Schneider. Ela detalhou as análises realizadas. “Neste ano tivemos um total de 54 lotes analisados com amostras coletadas em oito empresas. Foram 21 dias de atividades no laboratório que certificaram a segurança fitossanitária para as nove pragas quarentenárias previstas no acordo, sendo seis tipos de insetos, duas plantas daninhas e o fungo conhecido como mofo azul. Todos os resultados foram negativos para as pragas que fazem parte do acordo entre Brasil e China”, atestou Schneider.
A representante da GACC demonstrou sua satisfação com o resultado final da pré-inspeção e agradeceu aos envolvidos, sinalizando que os embarques devem ser liberados assim que possível. Já o presidente da CTIB, Zhou Xinghua, enfatizou os bons resultados apresentados.
O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, reforçou a importância da China para o setor de tabaco brasileiro. “O tabaco é uma cultura muito criticada, mas tem sido defendida com muito vigor pelo MAPA. E isso tem muito a ver com a importância econômica e social do tabaco para o País, em especial à Região Sul. A China é nosso segundo maior importador, atrás somente da Bélgica, levando anualmente volumes expressivos do nosso produto. E precisamos fazer aqui uma menção especial aos produtores de tabaco que têm, junto com as equipes de campo, feito o trabalho necessário na base para atender aos requisitos necessários que mantem o Brasil como o maior exportador de tabaco há mais de 30 anos”, ressaltou Schünke.
Sobre o SindiTabaco
Fundado em 24 de junho de 1947, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) tem sede em Santa Cruz do Sul (RS), no Vale do Rio Pardo, maior polo de produção e beneficiamento de tabaco do mundo. Inicialmente como Sindicato da Indústria do Fumo, a entidade ampliou sua atuação ao longo dos anos e, desde 2010, passou a abranger todo o território nacional, exceto Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. As ações da entidade se concentram especialmente na Região Sul do País, onde mais de 98% do tabaco brasileiro é produzido, com o envolvimento de 626 mil pessoas no meio rural, em 509 municípios.
 
																	
																															Destaque
Especialistas debatem futuro do amendoim brasileiro e sua competitividade no mercado global
 
														Exportação, consumo interno, sustentabilidade e inovação são alguns dos temas que movimentam o setor e ganham espaço em novo canal de informação
Os desafios e as oportunidades do mercado do amendoim, especialmente no cenário internacional, têm mobilizado cada vez mais especialistas, produtores, pesquisadores e representantes da agroindústria. A expansão da cultura no Brasil, aliada à busca por diferenciação e valor agregado, exige não apenas inovação tecnológica no campo, mas também estratégias comerciais e institucionais capazes de conectar o produto nacional às exigências do mundo.
É nesse contexto que surge o “Amendoim & Prosa”, novo podcast criado para valorizar e dar visibilidade aos diversos elos da cadeia produtiva do amendoim. A iniciativa é da Indústrias Colombo e foi lançada oficialmente no dia 6 de agosto, durante a 7ª Feira Nacional do Amendoim, em Jaboticabal/SP. O primeiro episódio aborda o tema “Mercado externo do amendoim: desafios e oportunidades” e tem como convidado Pablo Rivera, CEO da Beatrice Peanuts e vice-presidente da ABEX-BR.
Com foco técnico, mas linguagem acessível, o projeto busca promover o diálogo entre o campo, a ciência e o mercado, dando voz a quem planta, pesquisa, beneficia, transforma e comercializa o amendoim no Brasil e no mundo. A proposta é criar um espaço de escuta e construção coletiva de soluções para o desenvolvimento sustentável da cultura.
“O podcast nasce como mais uma ferramenta para impulsionar o setor e estimular boas práticas. O Brasil tem enorme potencial e protagonismo nessa cadeia, e é fundamental que a gente amplie a visibilidade e o conhecimento sobre o que está sendo feito de bom aqui”, afirma Luiz Antonio Vizeu, engenheiro agrônomo e gerente de Relações Institucionais da Indústrias Colombo.
Apresentado por Vizeu e pela jornalista Juliana Pertille — comunicadora com longa trajetória no agro, com passagens por veículos como Canal Rural e Record News —, o “Amendoim & Prosa” terá episódios mensais com convidados que vivem o dia a dia do setor. Além do mercado internacional, a programação trará temas como consumo interno, marketing do setor, sustentabilidade, inovação, óleo de amendoim e histórias reais de quem trabalha diretamente com a cultura.
“Queremos construir um conteúdo que una conhecimento técnico e sensibilidade. O agro tem muitas histórias potentes que precisam ser contadas e ouvidas com respeito, leveza e profundidade”, destaca Juliana.
Durante a Feira Nacional do Amendoim, além do lançamento oficial, novos episódios também serão gravados com convidados especiais, reforçando o compromisso do projeto com a escuta ativa e a valorização dos diversos agentes dessa cadeia.
O podcast já está disponível nas principais plataformas de streaming (Spotify, Deezer e Amazon Music) e nas redes sociais do projeto @amendoimeprosa. Os vídeos serão publicados também no YouTube, na playlist da @industriascolombo. Outras informações em: www.amendoimeprosa.com.br.
Destaque
Maior competição de torra do mundo entra na fase final
 
														A decisão acontecerá entre os dias 5 e 7 de novembro, na Semana Internacional do Café – SIC, no Expominas, em Belo Horizonte
A decisão da Torrefação do Ano Brasil 2025 – a maior competição de torra do mundo – será realizada entre os dias 5 e 7 de novembro, na Semana Internacional do Café 2025 – SIC, no Expominas, na capital mineira, no Espaço Torra Experience. O evento, organizado pela Atilla Torradores, tem como objetivo elevar cada vez mais o nível de qualidade das torrefações envolvidas através de atividades que estimulem a criatividade, a consistência, a análise sensorial e outras habilidades importantes para a área. Além disso, o campeonato gera conhecimento ao público com a criação de conteúdo, dados e a interação de forma positiva pela troca de experiências entre as empresas participantes.
Treinos, torras, avaliações e divulgação do vencedor
Na quarta-feira,05/11, acontecerão os treinos das 12h às 18h50, na quinta-feira, 06/11, serão as torras, também das 12h às 18h50. Já na sexta-feira, 07/11, os juízes farão as avaliações das 9h às 12h e, às 15h, ocorrerá a premiação do campeão do Torrefação do Ano Brasil 2025, no Grande Auditório.
“Chegamos à etapa final com depoimentos positivos de cada participante e isso é um dos nossos objetivos. Todas as torrefações tiveram feedback dos juízes, que, ao avaliarem as amostras recebidas, fizeram o papel do consumidor final. Sendo assim, a cadeia cresce em qualidade. A hora do espetáculo está chegando, os finalistas entregarão, ao vivo, suas melhores torras. Serão três dias de muita troca entre as empresas e o público poderá assistir, aprender como as torras acontecem e, ainda, provar os cafés da fazenda Santa Cruz: os arábicas e Asa Branca e Mundo novo que são variedades dos arábicas. Que seja mais uma grande decisão”, afirma Séfora de Paula, Diretora de Marketing da Atilla Torradores.
Atrações no estande
No estande da Atilla Torradores terão torras de cafés especiais com distribuição de amostras, provas de café produzidos nas matas de Minas e a exposição de uma obra de arte, uma locomotiva, do artista plástico Robson Emerick, em homenagem à Ferrovia Leopoldina. O café e os trens compartilham de um mesmo enredo na história brasileira. O café exigiu caminhos mais rápidos e pediu estradas mais largas. A Estrada de Ferro Leopoldina começou a ser construída em 1874. No início do Século XX, consolidou-se como uma das maiores malhas ferroviárias do Brasil, chegando a mais de 3.200 km de trilhos, sendo quase toda dedicada ao transporte de café.
No estande da final, o público acompanhará as torras através de TVs e poderá provar os cafés da final do campeonato (produzidos no Sul de Minas).
Campeonato começou com 131 corporações
A competição iniciou com 131 instituições. Agora, são 20 que seguem na disputa: Nelly Cafés Especiais, O Cafeeiro, Affinis, Expocaccer, Dulcerrado, Caffè do Borella, Do Coado ao Espresso, Volante Café, Caffè Tonani, Apé Café, Lincoln Café Especial, William and Sons Coffee Co, Saga Coffee, Arabic Coffee, São Caetano Coffee House, Lab Cup, Guanabara Café, Café Gourmet cgp, Veraz Cafés e Paiol Avenida.
Os cafés especiais dessa edição foram feitos pela Fazenda Santa Cruz, em Paraguaçu (MG), pela produtora Josiani Moraes. Na fase anterior, as instituições, de 18 estados, receberam 1,5kg de dois cafés crus distintos e realizaram a torra nas próprias corporações. Em seguida, as amostras torradas foram enviadas à Atilla Torradores e um corpo de juízes avaliou todas pelo método de cupping ou prova de xícara (processo de avaliação sensorial).
Torrefação do Ano Brasil – 2025, a maior competição de torra do mundo
Programação:
Quarta-feira (05/11): Treinos das 12h às 18h50
Quinta-feira (06/11): Torras das 12h às 18h50
Sexta-feira (07/11): Avaliação dos juízes das 9h às 12h e às 15h premiação do campeão
Local: Semana Internacional do Café 2025 – SIC, no Expominas, em Belo Horizonte (MG), no Espaço Torra Experience
Destaque
Cartilha inédita conecta produção rural e conservação da Mata Atlântica
 
														Publicação apresenta 110 espécies nativas e orienta produtores rurais a integrar conservação da Mata Atlântica e práticas produtivas sustentáveis
A Associação Ambientalista Copaíba, em parceria com o WWF-Brasil e a Sylvamo, lançou a cartilha “Árvores nativas da Mata Atlântica: sustentabilidade e utilização na propriedade rural”. O material reúne informações sobre 110 espécies nativas e foi desenvolvido como uma ferramenta prática para apoiar agricultores e comunidades na adoção de práticas que unem produtividade e conservação ambiental.
O guia destaca as características ecológicas e o potencial de uso das espécies em diferentes contextos, como a recuperação de áreas degradadas e a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs). A proposta é oferecer subsídios para que produtores rurais escolham as árvores mais adequadas ao enriquecimento de suas áreas, promovendo benefícios ambientais, produtivos e sociais.
A iniciativa integra o Programa Raízes do Mogi Guaçu, fruto da cooperação entre WWF-Brasil e Sylvamo, com implementação da Copaíba. Criado para impulsionar a restauração da Mata Atlântica e a preservação de mananciais na bacia do rio Mogi Guaçu, o programa já restaurou, até abril de 2025, mais de 340 hectares de florestas nativas na Serra da Mantiqueira.
Com 26 anos de atuação, a Copaíba é responsável pela produção de mudas nativas, pelo planejamento e execução dos plantios e pelo engajamento de proprietários rurais e comunidades locais. Para a organização, a nova cartilha amplia o alcance dessas ações, oferecendo conhecimento acessível e aplicável para quem deseja cultivar e restaurar a biodiversidade da Mata Atlântica.
“A cartilha representa um passo importante para aproximar o produtor rural das soluções baseadas na natureza. Ao facilitar o acesso a informações sobre espécies nativas e seus usos, reforçamos que é possível produzir de forma sustentável e, ao mesmo tempo, recuperar a biodiversidade e os mananciais da Mata Atlântica”, destaca Flávia Balderi, secretária Executiva da Associação Ambientalista Copaíba.
O material será disponibilizado gratuitamente através do site: https://copaiba.org.br/arvores-nativas-da-mata-atlantica/.
Benefícios das árvores nativas
As árvores nativas da Mata Atlântica desempenham um papel fundamental na manutenção do equilíbrio ambiental, trazendo benefícios ecológicos, sociais e econômicos. Sua essencialidade está ligada à conservação da biodiversidade, ao fornecer abrigo e alimento para inúmeras espécies de fauna e flora, muitas das quais são endêmicas e ameaçadas de extinção.
Segundo Flávia Balderi, entre os principais benefícios oferecidos pelas plantas estão a melhoria do solo, por meio da fixação de nitrogênio, aumento da matéria orgânica e estabilização contra processos erosivos; a produção sustentável, com o aproveitamento de frutos, madeiras de manejo, óleos essenciais e resinas que geram renda a agricultores e comunidades; e a proteção ambiental, já que essas árvores regulam o ciclo da água, ajudam na manutenção das nascentes e rios, além de proporcionar sombra, reduzir a temperatura e melhorar a qualidade do ar em áreas urbanas.
“Investir na restauração e no plantio de árvores nativas é essencial para garantir um futuro sustentável, promovendo a recuperação dos ecossistemas e a valorização dos serviços ambientais que essas espécies oferecem”, conclui.

 
			 
											 
											 
											 
											 
											