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Exportação de grãos de milho e soja durante a safra de 2023 estimou trégua nos preços
Como o comércio brasileiro de commodities lidou com as incertezas referentes aos preços dos grãos diante da comercialização interna e externa em 2023
*Por Cristian Dias
O mercado de cultura de grãos de milho e de soja ficou em evidência em 2023, graças à aprovação da lista de exportadores brasileiros, pela alfândega chinesa. Atualmente, o principal fornecedor desses grãos no mundo são os EUA, de quem a China dependia, junto à Ucrânia, para reter seu fornecimento, o que foi afetado pela guerra contra a Rússia. O acordo entre Brasil e China visa, também, a transferência de algumas das compras de importadores tradicionais do milho brasileiro, a exemplo de Egito e Espanha, para os EUA.
De acordo com o Ministério da Agricultura, a China deve importar em torno de 18 mi de toneladas de milho, da safra 2022/2023, iniciada em outubro de 2022. A safra 2021/2022 aconteceu com grande imersão em alto custo de insumos para o programa de manejo, preços altos de frete para a distribuição interna e transporte para os portos de exportação, graças ao clima adverso, que acabou comprometendo o desenvolvimento das lavouras, desvalorizando o real e deixando a demanda chinesa instável.
Para a safra deste ano, foi adotada uma postura cautelosa por parte dos produtores, cerealistas e tradings. Da mesma forma, eles têm se mantido atentos ao recuo nos valores dos fretes, a exemplo de agosto de 2022, com a cultura da soja e os sojicultores esperando por momentos mais propícios para a venda do grão, graças ao resultado tímido, em números, da comercialização durante o mês.
Quanto à soja, e frente a uma pesquisa realizada pela Embrapa, apesar de o grão ser de origem asiática, é o Brasil que retém os altos números de produção e exportação. Em torno de 135,409 mi de toneladas de soja são produzidas no país, com o estado do Mato Grosso ocupando o primeiro lugar, totalizando 35,947 mi de toneladas. São números realmente expressivos e que precisam ser considerados diante da produção e exportação desses comodities, o que torna seu mercado muito visado, principalmente pela recente alta dos valores.
Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as projeções para a reserva de soja devem aumentar para 6,42 mi de toneladas, com estimativa de safra de 118,67 mi de toneladas. Já para o milho, os estoques devem ser elevados para 33,07 mi de toneladas, com sua produção sendo reduzida levemente, de 353,82 mi para 353,62 mi de toneladas, desde 2022.
Já para o Brasil, a Indústria de Transformação registrou crescimento de US$197,01 mi, com um aumento de 28,3% nas vendas, junto à contribuição de farelos de soja. Graças a isso, o agro, neste ano de 2023, foi destaque nas exportações, de acordo com o informativo divulgado pela Secex, com crescimento registrado de US$70,04 mi, ou seja, 19,3% de crescimento na exportação de soja (+19,8%), café não torrado (+72,2%) e arroz com casca, paddy ou em bruto (+414,199%).
Apesar de o milho estar à frente da importação pela China, com 6 milhões de toneladas, 95% superior a julho de 2022, graças a todas essas questões geopolíticas, de acordo com os dados coletados pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC), a soja contabiliza estimativa de 7,8 milhões de toneladas, 2% a mais do que o mês de julho de 2021. O farelo de soja vem logo atrás, com 2,2 milhões de toneladas, 26% a mais do que julho de 2021. Já o trigo, aparece por último, com estimativas de exportação de 109 mil toneladas para este ano de 2023.
Safra 2023
Para a safra de 2023, os produtores e agricultores optaram por culturas que ofereciam melhores estimativas de liquidez e rentabilidade, neste caso, o milho e a soja. Ao contrário da safra 2021/2022, que sofreu com a falta de recursos hídricos para continuar se desenvolvendo, a safra de 2023 resultou em torno de 11,2 mi de toneladas aproximadamente, dada sua possibilidade de recuperação, já que o cenário de mercado não apresentou tendências de queda expressivas para as cotações de milho.
Quanto à cotação de soja, o valor de venda deu um grande salto em comparação com a safra anterior. De acordo com a Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, o preço dos insumos é o grande responsável por esse salto. A exemplo de Londrina, PR, onde o custo de produção médio de soja durante a safra 2021/2022 foi de R$5.989,97, com produtividade de 3,6 mil kg/ha, enquanto a safra de 2022/2023, totalizou com o custo cotado a R$9.250,79, diante da mesma produtividade esperada.
A definição dos preços da soja é realizada através da influência da bolsa de valores de Chicago, EUA, referência mundial nos valores estipulados para soja e para outras commodities agrícolas. São valores formados por meio da consideração de alguns fatores, como oferta e demanda de grãos dentro do país e fora dele, e as condições climáticas dos principais locais produtores.
Como o comércio brasileiro do agro está lidando com os preços dos grãos diante da comercialização interna e externa
O Brasil é o segundo maior país que mais exporta grãos e o quarto maior produtor, sendo responsável por 7,8% da produção mundial, de acordo com a Sire, Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas.
Segundo dados do Mapa e da Secex, nos últimos três anos, todos os indicadores macroeconômicos foram contaminados pelos efeitos negativos que a época de quarentena da Covid-19 trouxe. No entanto, a comercialização de grãos se manteve firme e se consagrou como o motor de expansão do agronegócio brasileiro, somando, a partir de 2021, 30% em valor de embarques, em comparação com os números contabilizados em 2020, o que resultou no total recorde de US$120,8 bi de embarques em 2021. Isso fez com que o saldo da balança brasileira se mantivesse no azul.
Já em 2023, e frente a uma pesquisa realizada pela CNA, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, os indicadores macroeconômicos internos apontam que o agro pode ter crescido até 2,5% no ano, em relação a 2022, quando houve a quebra de safra da soja, a alta de custos e a pressão de resultados para o setor. Isso significa que os preços do grupo de alimentos que compões o IPCA, Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo, serão desacelerados em 2023, em razão da previsão de safra recorde de grãos no Brasil e da espera de queda dos preços médios das commodities agrícolas. Frente às estimativas do Banco Mundial, esses preços médios devem cair 4,5% até o final de 2023, diante do crescimento de 13,4% em 2022.
O Banco Mundial ainda espera queda de 21% no preço de commodities até o final de 2023.
*Cristian Dias tem 33 anos, é formado em Tecnologia e Agronegócio.
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Proteção e Defesa Civil confirmam ocorrência de três tornados em Santa Catarina
Fenômenos foram registrados no Oeste do estado durante a passagem de uma frente fria e formação de ciclone extratropical; no Litoral Sul, chuvas intensas ultrapassaram 120 mm em 12 horas
A Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina confirmou, neste sábado (8), a ocorrência de três tornados no Oeste catarinense, atingindo os municípios de Dionísio Cerqueira, Xanxerê e Faxinal dos Guedes. O fenômeno meteorológico foi constatado por meio de análises de radar, inspeções em campo e registros fotográficos dos danos registrados nas áreas afetadas.
Os eventos foram provocados pela passagem de uma frente fria associada ao processo de formação de um ciclone extratropical sobre o oceano Atlântico Sul, que criou um ambiente altamente instável, com nuvens de grande desenvolvimento vertical, descargas elétricas, granizo e ventos intensos. Essa combinação de fatores favoreceu o surgimento de correntes ascendentes e descendentes capazes de gerar os tornados confirmados.
De acordo com a Secretaria, os tornados tiveram curta duração, mas provocaram danos intensos e concentrados, padrão característico desse tipo de fenômeno. Em Dionísio Cerqueira, foram registradas quedas de árvores, destelhamentos e interrupção temporária no fornecimento de energia elétrica. Em Xanxerê, houve destruição parcial de estruturas, danos a veículos e o tombamento de um ônibus. Já em Faxinal dos Guedes, os levantamentos apontaram árvores arrancadas em diferentes sentidos e telhados danificados, evidenciando a forte circulação de ventos.
Esses danos — estreitos e convergentes —, somados às assinaturas de rotação identificadas no radar meteorológico de Chapecó, confirmaram a formação dos três tornados. As imagens mostraram dipolos de vento (ventos opostos próximos entre si) e valores reduzidos de correlação (RhoHV), indicando a presença de detritos atmosféricos, como fragmentos de telhas, galhos e poeira sendo arremessados pela força do vento.
Os meteorologistas da Defesa Civil destacam que o tornado se diferencia de outras tempestades por sua circulação concentrada e de alta intensidade, com o núcleo de rotação em contato direto com o solo. Mesmo que dure poucos minutos, o fenômeno pode provocar rajadas superiores a 100 km/h, gerando destruição em áreas restritas, mas severas.
Santa Catarina está entre os estados brasileiros com maior ocorrência de tornados e microexplosões, devido à sua posição geográfica e à interação entre diferentes massas de ar. A transição entre sistemas frios e quentes, especialmente na primavera e no verão, favorece a formação desse tipo de instabilidade.
A Proteção e Defesa Civil ressalta que o evento foi antecipado por meio de avisos meteorológicos e alertas preventivos, enviados à população via SMS, WhatsApp e Cell Broadcast, além da divulgação de avisos diários ao longo da semana. A atuação conjunta entre a equipe técnica estadual e as coordenadorias regionais permitiu a rápida mobilização de agentes locais e o acompanhamento dos danos registrados em campo.
Tempestades severas e ventos extremos
Além dos tornados, a região Oeste foi atingida por fortes tempestades associadas ao mesmo sistema frontal. Os núcleos convectivos provocaram rajadas de vento acima de 80 km/h, granizo de tamanho expressivo e chuvas intensas em curtos períodos. Os danos registrados incluíram destelhamentos, queda de árvores, interrupções na rede elétrica e bloqueios de vias.
As coordenadorias regionais da Defesa Civil em Xanxerê e Dionísio Cerqueira relataram a destruição de coberturas, danos em estruturas agrícolas e deslizamentos localizados provocados pelas rajadas de vento e pelo acúmulo de chuva. Em algumas propriedades rurais, galpões e estufas foram parcialmente destruídos e máquinas agrícolas danificadas.
De acordo com a análise técnica dos meteorologistas, os campos de radar indicaram forte atividade convectiva, com a presença de rotação atmosférica e movimentação vertical intensa. O sistema apresentou características compatíveis com tempestades supercelulares, capazes de produzir tornados, granizo e ventos muito fortes em trajetórias curtas e concentradas.
Confirmação técnica e análise meteorológica
Desde o início da semana, a Proteção e Defesa Civil vinha emitindo avisos meteorológicos sucessivos, alertando para a aproximação da frente fria e o desenvolvimento do ciclone extratropical em alto mar. Com base nas atualizações dos modelos atmosféricos, o órgão manteve a condição de risco alto a muito alto para temporais e granizo, especialmente entre os dias 6 e 7 de novembro.
Os alertas preventivos foram distribuídos à população por diferentes canais — SMS, WhatsApp e Cell Broadcast — com mensagens específicas sobre ventos fortes, descargas elétricas e risco de granizo. Essa comunicação direta faz parte do protocolo de prevenção da SPDC/SC e tem sido essencial para reduzir danos e ampliar a capacidade de resposta dos municípios.
As análises do Radar Meteorológico de Chapecó mostraram campos de refletividade e velocidade radial típicos de tempestades rotativas. As áreas com valores reduzidos de RhoHV indicaram a presença de detritos suspensos na atmosfera, confirmando a força dos ventos. A combinação desses dados permitiu atestar tecnicamente a ocorrência dos três tornados no Oeste catarinense.
Chuvas volumosas no Litoral Sul
Enquanto o Oeste registrava tornados e ventos extremos, o Litoral Sul catarinense enfrentava chuvas volumosas e persistentes, com acumulados expressivos em poucas horas. De acordo com as estações meteorológicas da SDC/SC, AGR, EPAGRI e Cemaden, em apenas 12 horas foram registrados 124 mm em Jacinto Machado e Tubarão, 110 mm em Sombrio, 108 mm em Morro Grande, 98 mm em Araranguá e cerca de 90 mm em Balneário Gaivota e Praia Grande.
Os volumes de chuva em 12 horas se aproximaram da média climatológica esperada para todo o mês de novembro, que varia entre 140 e 200 mm. O acumulado elevado causou extravasamento de rios menores, alagamentos pontuais e bloqueios de vias em municípios como Morro da Fumaça, Meleiro e Turvo.
As coordenadorias regionais da Defesa Civil atuaram no fornecimento de lonas e assistência emergencial às prefeituras, monitorando áreas suscetíveis a alagamentos e deslizamentos.
Prevenção e resposta
A Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil segue em estado de observação, com monitoramento contínuo das condições meteorológicas em todo o território catarinense. As equipes regionais permanecem mobilizadas para atendimento às ocorrências, apoio técnico aos municípios e atualização dos boletins de risco.
O sistema meteorológico que causou os temporais e as chuvas intensas já se deslocou para o oceano, e as condições de chuva diminem nos próximos dias.
A Proteção e Defesa Civil reforça a importância de seguir as orientações oficiais e não buscar abrigo sob árvores, postes ou estruturas metálicas durante tempestades. Em caso de emergência, a população deve acionar o Corpo de Bombeiros (193) ou a Defesa Civil (199).
Os cidadãos também podem receber alertas em tempo real gratuitamente por SMS, enviando o número do CEP para 40199, além de acompanhar as atualizações no site www.defesacivil.sc.gov.br e nas redes oficiais do órgão.
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The Best One é o primeiro programa reprodutivo do Brasil dedicado a novilhas bovinas
A GlobalGen vet science anuncia o lançamento do The Best One Novilhas, um programa reprodutivo especificamente desenvolvido para esta categoria. A novidade surge em um momento crucial, quando o mercado de reprodução está em plena ascensão na pecuária, impulsionado pela crescente demanda por tecnologias que maximizem a eficiência reprodutiva
Categoria vital dentro da propriedade, o pecuarista entendeu que as novilhas, sejam elas precoces ou regulares, representam a melhor genética multiplicadora do rebanho, direcionando-as à Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). Segundo Alexandre Prata, gerente técnico da GlobalGen, elas, inclusive, terão papel determinante nesta virada de ciclo pecuário, pois serão protagonistas para suprir uma esperada escassez de matrizes nos próximos meses.
No entanto, a imaturidade sexual é o grande desafio para obtenção de melhores índices de prenhez. Isso porque, geralmente, as fêmeas com idade mais jovem chegam à estação reprodutiva sem o peso adequado, com útero pouco desenvolvido e ovários sem a presença de corpo lúteo, impedindo a concepção.
“O grande diferencial do The Best One está no uso do Repro one Novilhas, um dispositivo de progesterona adaptado anatomicamente para o aparelho reprodutivo delas. O implante é utilizado tanto na indução de ciclicidade, proporcionando um grande número de fêmeas com corpo lúteo no dia zero, quanto no decorrer do protocolo, que também é otimizado para o trato reprodutivo desta faixa etária”, aponta Prata.
Entre os benefícios comprovados do Repro one Novilhas em diversas fazendas espalhadas pelo Brasil e na universidade, é possível destacar o melhor bem-estar animal, consequentemente, favorecendo o ganho de peso dos animais e reduzindo a produção de cortisol – o hormônio do estresse, contribuindo diretamente para o aumento de fertilidade.
De acordo com as informações do banco de dados GlobalGen, os resultados obtidos em testes de campo são promissores. Com quase 2.000 novilhas avaliadas na última estação reprodutiva, o novo programa atingiu uma taxa de concepção de 53,6% aos 30 dias e 50,5% aos 60 dias, evidenciando sua eficácia e a redução de perdas gestacionais, comparadas à média nacional.
“A novilha precoce já é uma realidade em diversas fazendas brasileiras e o The Best One Novilhas surge para potencializar essa transformação. Estamos prontos para oferecer ao mercado uma solução que não apenas respeite, mas também promova a saúde e a eficiência reprodutiva das jovens mães. Não é fácil ter alta taxa de concepção nesta fase, então, cada detalhe importa, principalmente dentro de um protocolo de IATF”, conclui Prata.
Com o lançamento do The Best One Novilhas, a GlobalGen vet science estabelece um novo marco nos programas de IATF, reafirmando seu compromisso com a inovação e a ciência. Esse programa reprodutivo melhora as taxas de prenhez e abre um novo horizonte à pecuária, garantindo que os produtores possam contar com a genética superior das novilhas e a diminuição do intervalo entre partos, para sustentar suas operações no futuro.
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Silvicultura e COP30: florestas plantadas estão no centro do clima, da economia e do cotidiano
silvicultura, setor da economia voltado ao cultivo e manejo de árvores com fins econômicos e ambientais, está no cerne de uma grande transformação, que será amplamente debatida na COP 30, que tem início no dia 10 de novembro em Belém do Pará; essa cadeia produtiva conecta campos florestais, indústrias, construção civil, inovação, clima e economia
O uso da madeira ganha destaque no evento principalmente como material de construção e alicerce para atividade econômica sustentável. O material, utilizado em produtos como móveis ou painéis de construção, sequestra carbono e o armazena durante toda a vida útil do produto.
Em comparação com outros sistemas produtivos, o uso da madeira representa uma alternativa muito mais sustentável e igualmente eficiente em termos de resistência e versatilidade. Assim, optar pela madeira significa mais do que escolher um material de construção. É uma decisão que valoriza as florestas e o meio ambiente, por conta do sequestro de CO₂ e por ser um produto 100% renovável.
Dessa forma, o setor de silvicultura não apenas abastece indústrias e gera valor econômico, mas ocupa um papel fundamental nas metas de descarbonização, a agenda principal da COP30.
Relevância econômica, social e ambiental
O Paraná possui a quarta maior área plantada do país e o segundo maior Valor Bruto da Produção da Silvicultura entre os estados brasileiros em 2024. De 1,17 milhão de hectares de florestas plantadas no estado, 713 mil ha são florestas de pinus e 442 mil ha de eucalipto. É importante destacar que o setor não só contribui para a geração de emprego e renda com a silvicultura, mas também contribui muito para a conservação da natureza: para cada hectare plantado pelas empresas associadas à APRE Florestas (Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal), existe outro hectare de floresta nativa destinado à conservação.
Além disso, “o Paraná reúne cerca de 15,6% dos empregos do setor florestal brasileiro e responde por 13,8% das empresas do segmento no país”, aponta o presidente da APRE Florestas, Fabio Brun.
A existência das florestas plantadas oferece muitos benefícios para o meio ambiente, como a conservação da água e do solo, fixação de carbono da atmosfera e recuperação de áreas degradadas.
Ailson Loper, diretor-executivo da APRE Florestas, afirma que a silvicultura vive um momento de desafios, diante da hipertaxação do governo norte-americano. Porém, relembra que “outras crises já foram vivenciadas ao longo do tempo e o setor é resiliente e vai conseguir ultrapassar essa fase”.
Ligação direta com a COP30 e o futuro da silvicultura
Com a COP30, o manejo das florestas comerciais desponta como parte fundamental da solução climática. O Brasil é protagonista não somente como produtor de matéria-prima, mas como provedor de soluções de baixo carbono, com cadeias produtivas sustentáveis, inclusive para exportação.
Assim, a madeira proveniente dessas florestas surge como uma das respostas concretas para os desafios do século XXI: clima, materiais e desenvolvimento sustentável. “A madeira engenheirada não é apenas uma alternativa viável, mas é uma necessidade diante dos desafios climáticos, sociais e econômicos que se impõem. Ao escolher produtos de madeira certificada, apoiar cadeias sustentáveis e valorizar o manejo florestal responsável, cada pessoa participa de um movimento que conecta a floresta ao cotidiano e à agenda global da COP30”, conclui Loper.
