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Expofruit 2025 deve movimentar milhões e atrair compradores de vários países

Evento retoma a rodada internacional de negócios com o Programa Exporta Mais Brasil e já conta com inscrições abertas para alguns eventos
A Expofruit 2025 – Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada – está prestes a começar e já gera grande expectativa entre produtores, empresários e o setor público. Considerada a maior feira de fruticultura do Brasil, o evento será realizado de 20 a 22 de agosto, em Mossoró (RN), e deve movimentar milhões de reais em negócios, além de fortalecer o turismo e a economia da região.
Organizada pelo Comitê Executivo de Fruticultura do RN (COEX) em parceria com o Sebrae RN e a Universidade Federal do Semiárido (Ufersa), a feira terá como tema “Sustentabilidade e Inovação: Fruticultura Tropical Responsável”, reunirá mais de 400 expositores na Estação das Artes, em Mossoró/RN, e deve atrair mais de 40 mil visitantes de várias regiões do Brasil e do exterior. Sendo uma oportunidade de estimular a produção e a divulgação das frutas produzidas no Rio Grande do Norte, de gerar negócios e conhecimento em diversos temas relacionados à produção frutícola local e nacional.
Impacto econômico
Segundo estimativas dos organizadores, a edição deste ano pode ultrapassar os R$ 90 milhões em volume de negócios gerados durante e após o evento, especialmente por meio das rodadas internacionais e encontros de negócios que trarão compradores nacionais e estrangeiros interessados em frutas tropicais frescas como: melão, manga, mamão e banana. A previsão é que participem compradores de países da Ásia, Europa, América do Norte e Oriente Médio.
“A Expofruit é um dos principais vetores de geração de negócios para a fruticultura irrigada do semiárido brasileiro. O evento movimenta não só os pavilhões da feira, mas hotéis, restaurantes, transporte, comércio e serviços. Além de ser uma oportunidade ímpar para toda a cadeia produtiva de se manter atualizado sobre as novidades do setor”, destaca Fábio Queiroga, presidente do COEX.
Além dos negócios fechados no evento, a feira gera impacto direto na cadeia de serviços de Mossoró com a chegada de produtores, compradores, expositores e visitantes, o que gera o aumento na demanda da rede hoteleira da cidade, com expectativa de ocupação total durante os dias do evento. Bares e restaurantes também têm um impacto econômico positivo com a realização do evento, com aumento significativo no movimento e nas vendas. Estima-se que mais de 2.000 empregos diretos e indiretos sejam criados ou mantidos em razão da Expofruit.
Exporta Mais Brasil
Durante a Expofruit será realizada a Rodada Internacional de Negócios – Frutas Frescas do programa Exporta Mais Brasil, uma iniciativa da Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (ApexBrasil) em parceria com o Sebrae-RN, e com o apoio de instituições do setor. O evento acontece nos dias 20 e 21 de agosto com a finalidade de facilitar negócios entre empresas brasileiras e compradores internacionais.
Empresas de todo o Brasil do segmento de frutas frescas podem se inscrever para participar e ter a oportunidade de conversar com compradores internacionais do segmento com o apoio da equipe técnica da ApexBrasil. São 40 vagas e os produtores e empresas brasileiras interessados podem se inscrever gratuitamente por meio do link.
A novidade é que, por meio de parceria com o Sebrae-RN, 15 micro e pequenas empresas do segmento serão beneficiadas com ajuda de custo com passagens nacionais para estar no evento, quando não forem do estado em que acontece a rodada. Empresas do Norte, Nordeste e Distrito Federal, além de negócios liderados por mulheres e pessoas negras/pardas, ganham pontuação extra na seleção. Mais informações no regulamento geral de participação.
“A Expofruit representa, para o Sebrae-RN e para todo o setor da fruticultura no Rio Grande do Norte, um evento estratégico, de grande relevância. É um espaço onde decisões importantes são tomadas, parcerias são firmadas e muitos negócios são gerados — não apenas durante a feira, mas especialmente no período que se segue a ela”, afirma João Hélio, diretor técnico do Sebrae-RN.
“Ao longo dos anos, temos atuado de forma contínua, em parceria com instituições como a ApexBrasil e o Governo do Estado do RN, para inserir os produtos da fruticultura potiguar em mercados cada vez mais amplos. Buscamos ativamente, em feiras internacionais, compradores e parceiros que possam se conectar com a nossa produção local. Isso tem resultado na presença de diversos compradores nacionais e internacionais em cada edição da Expofruit — incluindo representantes de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e, principalmente, de países da Europa, Ásia, América do Norte, América Central e África”, conclui.
Certificação Fitossanitária
Tradicionalmente durante as edições da Expofruit é realizado o Curso de Habilitação de Responsáveis Técnicos para Certificação Fitossanitária de Origem e Certificação Fitossanitária de Origem Consolidada – CFO/CFOC, promovido pelo Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária (Idiarn). As inscrições para a capacitação já estão abertas e podem ser feitas pelo site www.idiarn.rn.gov.br. São 40 vagas e o investimento é de R$ 150.
O curso acontece de 19 a 22 de agosto, na Ufersa, tem como objetivo habilitar engenheiros agrônomos para emissão de Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) e Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC) para produtos de origem vegetal.

Destaque
Sem uso de inoculante, produtor abre mão de ganhos entre duas e cinco sacas de soja/ha

Com a possibilidade de ultrapassar 170 milhões de toneladas de soja na safra 2025/26, o Brasil segue consolidando a liderança global na produção da oleaginosa. Esse salto de produtividade, no entanto, seria impossível sem o uso de tecnologias entre as quais destacam-se os inoculantes, cuja adoção aumentou 50%, de acordo com dados de mercado.
Segundo estudos de instituições como a Embrapa, os inoculantes podem garantir ganhos de 9% de produtividade. Em uma lavoura de 1.000 hectares, com produtividade média de 60 sacas/ha, isso poderia representar até R$ 650 mil por safra, considerando uma média de R$ 120 por saca. A base dessa biotecnologia está na fixação biológica do nitrogênio (FBN).
“Os inoculantes contêm bactérias do gênero Bradyrhizobium que se associam às raízes da planta formando nódulos responsáveis por transformar o nitrogênio atmosférico em formas assimiláveis, reduzindo ou eliminando a necessidade de adubação nitrogenada. Isso gera economia, produtividade e menor impacto ambiental”, explica Bruno Dias Castanheira, especialista em Gerenciamento de Produtos da Rovensa Next Brasil.
Porém, embora sejam populares entre os grandes produtores, poucos se atentam ao fato de como a qualidade de formulação impacta o sucesso da aplicação. Um inoculante eficaz precisa garantir alta concentração de células viáveis e protegê-las contra o calor, a baixa umidade, a exposição ao sol e resistir à mistura com defensivos.
“Mais importante do que o volume aplicado é a viabilidade da bactéria. A preocupação deve ser com o número de células viáveis de Bradyrhizobium ativas e sua capacidade de formar nódulos”, aponta Castanheira. Dados da Embrapa recomendam o mínimo de 1,2 milhão de células viáveis, já considerando possíveis perdas durante o processo de fabricação e o tratamento das sementes.
A linha Atmo, um dos carros-chefes do portfólio da empresa, exemplifica este cuidado. Produzida com fermentação controlada, totalmente isenta de contato externo e envase livre de contaminação, a linha garante maior estabilidade e sobrevivência das bactérias até o momento da simbiose com a planta, mesmo em ambientes hostis. Esta formulação exclusiva permite o uso de baixas doses.
Um avanço recente é o uso da coinoculação, que combina diferentes micro-organismos para potencializar os efeitos no campo. Um exemplo é a associação de Bradyrhizobium com Azospirillum brasilense, representado no Azzofix. O produto, além de auxiliar na FBN, contribui com a produção de metabólitos que estimulam o desenvolvimento radicular. Ainda segundo a Embrapa, isso pode representar ganhos de até 16% de produtividade.
Outra classe de inoculante que vem ganhando destaque nas lavouras é o solubilizador de fósforo. O Phós’Up, por exemplo, é composto pela bactéria Pseudomonas fluorescens – cepa BR 14810 e, quando utilizado em coinoculação, pode ampliar ainda mais a rentabilidade do produtor.
“Os solos brasileiros têm uma característica marcante: a alta capacidade de fixar fósforo. Em geral, sua composição favorece a formação de ligações químicas fortes com o nutriente, tornando-o indisponível para as plantas. A bactéria Pseudomonas fluorescens, presente no Phós’ Up, atua produzindo metabólitos que solubilizam esse fósforo retido no solo, aumentando a disponibilidade para as mesmas. Isso representa uma vantagem estratégica ao produtor, já que se trata de um insumo de alto custo, difícil manejo e com risco moderado de escassez no futuro”, acrescenta Castanheira.
Também existem no mercado aditivos com intuito de proteger os micro-organismos e aumentar sua eficácia. A Rovensa Next disponibiliza o SynFlex, que pode ser aplicado em conjunto com os inoculantes, via tratamento de sementes ou sulco. Sua função é atenuar os efeitos de condições desfavoráveis como variações bruscas de temperatura e baixa umidade, aumentando a taxa de sucesso da simbiose.
“Os inoculantes são células vivas sensíveis, podendo ser afetadas, facilmente, pela desidratação no processo do tratamento de sementes e pela toxicidade de outros produtos adicionados à calda. O SynFlex cria uma camada de proteção, reduzindo as perdas de água e contato com aqueles agentes, garantindo a efetividade dos inoculantes”, conclui Castanheira.
Quais são as bactérias mais utilizadas na inoculação?
- Bradyrhizobium japonicum SEMIA 5079. Cepa mais tradicional no Brasil, com alta capacidade de fixação de nitrogênio e alta performance no cerrado.
- Bradyrhizobium diazoefficiens SEMIA 5080. É complementar à cepa 5079, com grande papel no conceito da coinoculação.
Principais benefícios da inoculação:
- Fornecimento eficiente e contínuo de nitrogênio;
- Redução dos custos com fertilizantes;
- Aumento da tolerância à estiagem;
- Estímulo ao crescimento radicular;
- Melhoria na absorção de nutrientes;
- Redução da emissão de gases de efeito estufa;
- Incremento na produtividade da lavoura.
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Selgron amplia portfólio com controlador de peso para produtos de até 60 kg

Solução atende demandas de indústrias como a de café, em que o peso das sacas ultrapassa o padrão dos checadores convencionais
A Selgron, empresa brasileira especializada em soluções para automação da linha final de produção industrial, acaba de lançar um novo controlador de peso com capacidade para até 60 quilos. A novidade amplia o portfólio da empresa, que já oferecia controladores de peso para produtos mais leves, com capacidade de até 5 kg, e responde à crescente demanda de setores industriais que trabalham com embalagens mais robustas, como a de café, açúcar, soja e outros grãos.
Projetado para operar de forma contínua e precisa em linhas de alta produtividade, ele combina robustez mecânica, sensores de alta performance e interface de fácil operação, garantindo o controle de peso mesmo em ambientes com grandes volumes e variações constantes de carga. O equipamento pode ser integrado a outros sistemas de automação, garantindo a conformidade com normas de qualidade e facilitando a rastreabilidade dos processos.
Segundo Rubens Schneider, gerente comercial da Selgron, o lançamento vem ao encontro da política de inovação e escuta ativa do mercado aplicada pela empresa.
“Muitas indústrias nos procuravam em busca de uma solução que unisse precisão, resistência e capacidade de pesagem elevada. O controlador de até 60 quilos nasceu dessa escuta e vem para suprir uma lacuna importante no controle automatizado de produtos pesados. Com ele, entregamos o mesmo nível de eficiência e confiabilidade que já oferecemos nos modelos voltados a produtos leves, agora em uma escala maior”, destaca Schneider.
A primeira solução com essa capacidade entregue foi desenvolvida para integrar um sistema de paletização de sacas de café, fazendo a conferência do peso antes de serem paletizadas.
Com mais de 30 anos de atuação no setor, a Selgron é reconhecida pela sua engenharia própria e pela capacidade de adaptar seus equipamentos às necessidades específicas de cada cliente. A novidade já está disponível para comercialização e pode ser customizado conforme os requisitos da linha de produção.
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Tecnologia que transforma: mais de 70% das propriedades rurais no Brasil já usam equipamentos de alta performance para ampliar resultados

A Multibelt desenvolveu as esteiras Drapers: veja 4 vantagens da plataforma
O agronegócio brasileiro atravessa uma fase de transformação acelerada, impulsionada pela adoção de soluções tecnológicas que modernizam a gestão e elevam a produtividade no campo. Dados da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) revelam que, em 2024, mais de 70% das propriedades rurais do país já incorporam equipamentos de alta performance para otimizar processos e ampliar resultados.
A Multibelt, empresa 100% brasileira, destaca-se nesse cenário ao oferecer inovações que atendem às necessidades específicas do campo nacional e desenvolveu as esteiras Drapers, uma inovação que substitui sistemas, como o caracol, por alimentação contínua e uniforme dos grãos. Essa tecnologia reduz perdas de insumos, melhora no desempenho das colheitadeiras e proporciona maior economia de combustível.
Produzidas em 2014, as esteiras são adaptadas às condições do solo, oferecendo alta durabilidade e resistência ao desgaste. Além disso, sua construção robusta permite maior segurança operacional, reduzindo o risco de falhas e aumentando a produtividade das máquinas agrícolas.
“A verdadeira transformação no campo não vem apenas da tecnologia, mas da capacidade de adaptá-la às necessidades reais do produtor brasileiro. Na Multibelt, cada inovação é pensada para gerar impacto direto na produtividade, economia e sustentabilidade do agro nacional”, ressalta Jurandir Barrozo, CEO da Multibelt.
Soluções tecnológicas embarcadas no campo: impacto no desempenho da colheita:
Estudos da Universidade do Estado do Mato Grosso indicam que a colheitadeira equipada com sistema de esteiras Draper apresenta uma diminuição de 35,52% nas perdas totais de grãos em comparação com plataformas helicoidais convencionais. Pesquisas como da Revista Cultivar apontam que o uso de plataformas Draper pode resultar em uma economia de R$ 5.000 a R$ 15.000 por ano em relação ao uso de plataformas convencionais, devido à maior eficiência e menor consumo de combustível.
Neste contexto, Jurandir Barrozo, CEO da Multibelt, cita 4 vantagens da plataforma Draper, confira:
- Redução de perdas: a alimentação contínua minimiza a queda de grãos, especialmente em condições de alta velocidade de operação;
- Eficiência operacional: permite maior velocidade de trabalho sem comprometer a qualidade da colheita;
- Versatilidade: adequada para diferentes tipos de culturas e condições de campo;
- Durabilidade: projetada para suportar condições adversas, aumentando a vida útil do equipamento.
A produção nacional das esteiras Draper pela Multibelt representa um avanço significativo para o agronegócio brasileiro. Essa solução reduz a dependência de importações, oferece melhor custo-benefício e é adaptada às especificidades do campo nacional. Segundo André Mário, gerente nacional de vendas da Multibelt, “investir em pesquisa, desenvolvimento e tecnologia é essencial para entregar soluções que otimizem o trabalho no campo e na indústria”.