Destaque
Em defesa da agricultura brasileira, movimento ‘No Farm, No Food’ chega ao País
Já patenteada, iniciativa visa mostrar a força do agronegócio, alinhada à sustentabilidade e questões sociais
O agronegócio brasileiro é um dos segmentos econômicos de maior evolução e dinamismo, levando a debates sobre como sua expansão pode oferecer oportunidades para o desenvolvimento do País. Em 2023, o setor alcançou a participação de 23,8% no Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Além disso, é responsável, sozinho, por cerca de 50% de tudo o que é exportado. A cada ano, o crescimento na participação das exportações e a conquista de novos mercados se torna realidade para a produção nacional. Isso está diretamente relacionado à alta produtividade conquistada pelos produtores, motivada por incrementos tecnológicos usados no campo.
Junto a essa força, tem sido crescente o número de movimentos e ações que visam mostrar para a sociedade o que é o agronegócio e a sua importância. E agora, nasce no Brasil, o ‘No Farm No Food’, com o intuito de fortalecer e defender a agricultura do País.
Manifesto brasileiro
O ‘No Farm No Food’ existe nos Estados Unidos há cerca de 10 anos como uma campanha com loja de produtos, que visa defender a agricultura americana. Aqui no Brasil, o movimento já tem registro de patente há cerca de um ano e meio. Seus sócios, o administrador de empresas, Heitor Goellner, e o especialista em marketing, Rodrigo Campos, tiveram a ideia de fazer algo que mostrasse a força do setor produtivo nacional.
O lançamento oficial acontece em dezembro e o foco do movimento é estar alinhado à sustentabilidade e a questões sociais. O fomento a essas ideias tem na marca No Farm No Food produtos de vestuário com matéria-prima proveniente de produtores de algodão e eucalipto nacionais que apoiam a iniciativa. A patente também já é válida para o segmento alimentício, de entretenimento, como podcasts e séries, e automobilístico.
Em um primeiro momento, chega com dois produtos: camiseta e boné. As t-shirt masculina e feminina poderão ser encontradas em diversas cores e nos tecidos premium que não amassam, de algodão (100% rastreado) e lyocell, uma fibra de celulose regenerada, extraída da polpa da madeira. São camisetas com tecnologia antiodor, antisuor e antimicrobiana.
“Então tem tudo a ver com o agro. Quem quiser vestir uma marca que defende o setor, terá o porquê por essa própria composição”, destaca Rodrigo Campos. Em seguida, a dupla de sócios planeja o lançamento de outros itens que envolvem vestuário completo e produtos alimentícios que podem ser comercializados via e-commerce e que advêm da agricultura como, por exemplo, café, leite, erva-mate.
Vendas revertidas para projetos
Parte da renda obtida com os produtos de vestuário que estarão disponíveis a empresas e pessoas físicas será destinada para o Programa Educacional Agronegócio na Escola, desenvolvido desde 2001 pela ABAG-RP (Associação Brasileira do Agronegócio de Ribeirão Preto). Até 2023, o projeto já atendeu cerca de 290 mil alunos do ensino fundamental e quase cinco mil professores em 232 municípios de 22 estados.
Com metodologia própria, possibilita a professores e alunos a experiência de vivenciar a realidade do agro, por meio de palestras com especialistas, visitas em fazendas, instituições de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, cooperativas, indústrias e agroindústrias. E ainda são feitos concursos para esse público para estimular a criatividade e premiá-los.
A ABAG também desenvolve outras iniciativas, fundamentadas em comunicação e educação, que serão apoiadas pelo manifesto, como Campanha de Conscientização, Prevenção e Combate a Incêndios e Campanha Institucional para Valorização da Imagem do Agronegócio.
Outra iniciativa educacional que também leva o apoio da marca é a da Associação De Olho no Material Escolar, uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que trabalha por uma educação de qualidade em todo o país. O projeto mantém parceria com editoras, biblioteca digital 100% gratuita com conteúdo embasado em dados e informações técnicas e científicas, programa imersivo in loco para alunos e professores conhecerem a realidade do agronegócio, entre outros.
E um dos trabalhos mais importantes já realizados pela iniciativa foi a análise de 80% dos livros didáticos mais recentes adquiridos pelo Ministério da Educação (MEC). O objetivo foi investigar como o agronegócio é retratado (visto que ele está presente em 40% do material didático e representa 1/3 do PIB). O resultado do estudo apontou que apenas 3,7% dos conteúdos relacionados ao agro são baseados em fontes técnico-científicas. E há 60% a mais de citações negativas do que positivas nos livros utilizados.
“A No Farm No Food será uma representante, defensora da ABAG-RP no cerrado brasileiro, além de projetos que façam sentido. Além de abrir portas a parceiros que vão nos apoiar, também vamos investir nesses programas. Seremos mais uma voz defendendo o agro, uma causa justa, com viés comercial, de sustentabilidade e social. Nosso discurso estará sempre alinhado às nossas ações, sendo genuíno à marca, e que as pessoas que vão usar e que acreditam entendam o porquê do manifesto agro”, explica o fundador no Brasil.
Por dentro do PIB
Termômetro da economia, o PIB representa a soma (em valores monetários), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de todos os bens e serviços produzidos em uma determinada região, durante um determinado prazo. Em seu cálculo são considerados apenas bens e serviços finais, ou seja, todos os bens de consumo intermediários são excluídos da conta para evitar dupla contagem.
Ao contrário do PIB divulgado pelo IBGE, que foca no resultado dentro da porteira (produção agropecuária), o divulgado pelo Cepea e CNA apresenta os dados de toda a cadeia produtiva, ou seja, “antes, dentro e depois da porteira” (insumos, produção agropecuária, agroindústria e agrosserviços).
“Dentro do PIB não estão incluídas máquinas, defensivos, e quanto isso aumentaria a participação? Seria muito mais representativo, considerando mais pessoas ocupadas e tudo o que está relacionado. Nosso questionamento é: e se tudo que colocássemos dentro da caixinha do agro representasse o real valor do PIB do Brasil?”, aborda Campos.
Para ele, o manifesto No Farm No Food vem de encontro com a possibilidade de uma abordagem diferente, incluindo o entendimento sobre o PIB e, dessa forma, ampliar ainda mais o valor do agronegócio nacional. “Nossa missão é fortalecer o agro, através de campanhas que irão nos tornar ainda mais fortes e aumentar a consciência da produção nacional”, finaliza.
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Destaque
Brasil alcança 3º lugar mundial em produtividade de amendoim com 3,8 toneladas por hectare
Mapeamento inédito da ABEX-BR revela que tecnologia de precisão e rotação de culturas impulsionaram crescimento de 300% na produção em uma década
Com o lançamento do livro “Mapeamento e Quantificação da Cadeia do Amendoim Brasileiro”, a Associação Brasileira do Amendoim (ABEX-BR) reforça os dados que posicionam o Brasil entre as maiores potências mundiais do agronegócio: o país é o 3º mais eficiente do mundo em produtividade média de amendoim, atingindo 3,8 toneladas por hectare.
O mapeamento, que revela um faturamento total de R$ 18,6 bilhões na cadeia produtiva, demonstra que o crescimento não é apenas em volume, mas em excelência técnica. A produção brasileira mais que triplicou entre as safras 2014/2015 e 2024/2025, avanço diretamente ligado à adoção de tecnologia no campo.
“A alta produtividade, que nos coloca lado a lado com países como China e Estados Unidos, é um atestado da qualidade da nossa pesquisa e da capacidade do produtor brasileiro de aplicar inovações. Temos mais de 64% dos produtores utilizando agricultura de precisão, o que garante melhor aproveitamento do solo e maior rentabilidade. Este é o futuro sustentável do agronegócio”, explica Cristiano Fantin, presidente da ABEX-BR.
O estudo da ABEX-BR mostra que a eficiência se estende à gestão da cultura. O amendoim, enquanto leguminosa, é peça-chave na rotação de culturas, pois realiza a fixação biológica de nitrogênio no solo. Essa característica melhora a saúde da terra para plantios subsequentes, reduzindo a necessidade de fertilizantes e os custos para o produtor.
Além disso, o livro detalha o modelo de “desperdício zero” da cadeia:
• Exportação e Qualidade: O rigor no controle de qualidade (incluindo o manejo de aflatoxinas) permitiu que o Brasil se tornasse o 2º maior exportador mundial de óleo de amendoim e o 4º em amendoim em grão, atendendo mercados globais exigentes.
• Aproveitamento Integral: Subprodutos do processamento, como farelo e torta, são ricos em proteína e essenciais para a nutrição animal. Já a casca, que representa 20% a 25% do peso colhido, é convertida em pellets para biomassa e geração de energia.
Expansão e Diversificação Regional
Outro ponto de destaque é a diversificação geográfica da produção. O mapeamento revela crescimento de mais de 200% da área plantada em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
“O amendoim está se consolidando como cultura de segunda safra altamente rentável em novas fronteiras agrícolas. Essa expansão não só dilui os riscos climáticos e geográficos, mas também reafirma a versatilidade do amendoim no planejamento agrícola do país. Com os dados deste livro, temos a inteligência necessária para planejar a infraestrutura e o financiamento que essa nova geografia de produção exige”, conclui Cristiano Fantin.
O “Mapeamento e Quantificação da Cadeia do Amendoim Brasileiro” foi financiado pelo Núcleo de Promoção e Pesquisa (NPP) da ABEX-BR e já está disponível para consulta.
Destaque
Selgron leva tecnologia de ponta em seleção de grãos para road show no Centro-Oeste
Demonstrações itinerantes aproximam clientes e demais interessados das soluções que aumentam a produtividade e a qualidade de indústrias ligadas ao agronegócio
A Selgron, empresa catarinense especializada em automação para os setores agrícola e alimentício, está realizando um road show em Goiás e no Distrito Federal, apresentando suas tecnologias diretamente a produtores e empresas de grãos. Entre 1 e 5 de dezembro, Goiânia, Goianira, Rio Verde, Jataí e Brasília recebem as demonstrações itinerantes.
O destaque da iniciativa são as selecionadoras ópticas da marca, equipamentos que utilizam tecnologia avançada, dentre elas inteligência artificial, para garantir precisão e eficiência na classificação de grãos como feijão, soja, arroz e milho. Segundo Diogo Augusto Hank, coordenador de vendas da Selgron, a proposta é aproximar a tecnologia da realidade dos produtores.
“Levar nossas soluções para testes em campo permite que os clientes vejam na prática como elas podem reduzir perdas e aumentar a padronização da produção, identificando qual a melhor solução se aplica às suas necessidades”, explica Hank.
Com duas selecionadoras em operação, o road show tem atraído a atenção de agricultores e empresas da cadeia produtiva, oferecendo uma oportunidade de conhecer recursos que impactam diretamente a qualidade dos grãos e a competitividade do agronegócio na região.
Destaque
Myriota lança HyperPulse™, a primeira rede comercial 5G Satelital (Não Terrestre) do mundo, projetada para IoT
Amplamente disponível no Brasil a partir de 15 de dezembro, o serviço proporciona novas oportunidades para indústrias críticas como agricultura, energia e serviços públicos, óleo e gás, logística e monitoramento ambiental
A Myriota, líder global em conectividade IoT habilitada por satélite, anuncia hoje a disponibilidade geral da HyperPulse, uma plataforma de conectividade global e altamente escalável que simplifica para parceiros da indústria a criação, implantação e expansão de soluções IoT em qualquer lugar do planeta. A rede estará disponível a partir de 15 de dezembro no Brasil, Estados Unidos, México, Austrália e Arábia Saudita. Disponível desde o início do ano para early adopters, a solução já atende clientes de diversos segmentos, com ampla aplicação em monitoramento ambiental, monitoramento de óleo e gás, rastreamento de ativos e rastreamento de animais.
A HyperPulse é projetada e operada pela Myriota, combinando a arquitetura 5G NTN da empresa com capacidade em banda L alugada da Viasat. A camada exclusiva de otimização da rede permite ajustar dinamicamente o desempenho da conectividade, como latência e volume de dados, em resposta à demanda do cliente ou a condições ambientais. O resultado é uma plataforma global e altamente escalável que torna simples para parceiros de indústria criar, implantar e expandir soluções IoT em qualquer lugar do mundo.
No Brasil, a HyperPulse deve desempenhar um papel transformador em indústrias que exigem conectividade contínua e confiável em áreas remotas e de difícil acesso. A solução viabiliza casos de uso como monitoramento e automação para grandes operações agrícolas; manutenção preditiva e preventiva para infraestrutura de transmissão de energia e sites de energia renovável; monitoramento remoto para produção de óleo e gás e oleodutos; rastreamento logístico e transporte multimodal; e coleta avançada de dados ambientais, incluindo recursos hídricos, estações meteorológicas e iniciativas de sustentabilidade. Essas capacidades são críticas para um país de vasta extensão territorial, cadeias de suprimentos complexas e forte dependência de operações de campo remotas.
Com a expansão planejada da cobertura NTN para outros países da América Latina, incluindo Argentina, além da Europa e Sudeste Asiático no início de 2026, a Myriota está pronta para redefinir a acessibilidade e o alcance da conectividade IoT globalmente.
Complementando o serviço UltraLite da Myriota, focado em máxima eficiência energética, segurança e eficiência espectral, o HyperPulse oferece menor latência e maiores franquias diárias de dados. Esses recursos possibilitam aplicações onde relatórios mais detalhados e sensoriamento enriquecido são vantajosos, incluindo rastreamento e monitoramento de equipamentos pesados, contêineres, vagões ferroviários e carretas; medição inteligente para utilities; sensoriamento ambiental para estações meteorológicas, qualidade do solo, ar e água; e manejo animal, incluindo cercamento virtual, otimização de alimentação e monitoramento remoto.
Construída com base nos padrões 3GPP 5G NTN e utilizando a infraestrutura de satélites comprovada da Viasat, a HyperPulse oferece interoperabilidade contínua com um número crescente de chipsets e dispositivos NTN-capazes, fornecendo um caminho alinhado a padrões para implantação de longo prazo e escalabilidade global. A empresa já certificou o módulo nRF9151 da Nordic em diversos casos de uso, cenários e ambientes, com certificações adicionais de outros fornecedores em andamento.
Reconhecendo que soluções IoT modernas exigem mais do que apenas uma conexão de rede, a Myriota também está lançando um conjunto de produtos de habilitação para apoiar seu ecossistema de parceiros na integração e desenvolvimento de soluções para a rede HyperPulse. Junto com o serviço, chega o primeiro desses recursos, o HyperPulse Developer Kit, que suporta prototipagem rápida e validação de prova de conceito, e foi projetado para uso em campo, com invólucro à prova de intempéries, operação por bateria e múltiplas opções de sensores e interfaces.
“Com a HyperPulse, estamos tornando a conectividade 5G não terrestre uma realidade prática para IoT em escala”, afirma Oscar Delgado, Diretor de Vendas para a América Latina na Myriota. “Ao oferecer maior volume de dados, menor latência e cobertura baseada em padrões, a HyperPulse dá às organizações a capacidade de rastrear e monitorar ativos, obter insights e tomar decisões, mesmo nos ambientes mais remotos e desafiadores. Com um roadmap de novos recursos chegando no próximo ano, este é um passo empolgante para a conectividade IoT em todo o mundo.”
