Connect with us

Destaque

Carrapatos nos Equinos: uma ameaça silenciosa da estação

Carrapatos nos Equinos: uma ameaça silenciosa da estação

Atenção e monitoramento constante são essenciais para o controle do problema no campo

Com o aumento das temperaturas e da umidade característicos do verão em boa parte do Brasil, o campo se transforma em um ambiente propício para a proliferação de carrapatos, moscas e outros parasitas.

Os carrapatos são ectoparasitas que podem comprometer não apenas o bem-estar do animal, mas também a sua saúde e, por consequência, a sua performance. Além de espoliar o sangue do animal, eles são capazes de transmitir doenças e suas picadas podem servir como porta de entrada para o alojamento de larvas de moscas que causam berne ou bicheira.

“Os equinos são mais suscetíveis a duas espécies diferentes de carrapatos, Anocentor nitens que é mais encontrado na base da crina, períneo e orelhas, o Amblyomma cajennense também conhecido como carrapato estrela”, alerta Camila Senna, médica- veterinária e coordenadora técnica de equinos da Ceva Saúde Animal.

As duas espécies citadas causam grandes transtornos aos equinos, com possibilidades do desenvolvimento de anemias ou infecções secundárias que, dependendo do nível de infestação, podem desencadear queda de rendimento, perda de peso, redução na imunidade e até mesmo acarretar a morte do animal. Os efeitos indiretos das infestações por carrapatos estão mais associados ao Anocentor nitens e ao Amblyomma cajennense, principais transmissores de doenças como a Anaplasmose Granulocítica Equina (AGE) e a Babesiose Equina (também denominada Piroplasmose ou Nutaliose).

Anaplasmose Granulocítica Equina (AGE)

“A Anaplasmose Granulocítica Equina, anteriormente denominada Erliquiose Granulocítica Equina, (EGE), é uma doença de característica sazonal, com maior incidência nas épocas cujas temperaturas estão mais elevadas e normalmente autolimitante. Ela é causada pela bactéria Anaplasma phagocytophilum que pode ser transmitida ao equino, aos cães e ao homem por meio da picada do carrapato. Um equino infectado pela bactéria pode desenvolver quadros de letargia, febre alta e intermitente nos dois primeiros dias, anorexia, edema nos membros, podendo evoluir para hemorragia petequial, icterícia e dificuldades em se locomover”, explica a profissional.

O animal acometido fica debilitado e o curso inicial da doença pode ser confundido com uma infecção viral, mas cerca de 50% dos animais infectados com a bactéria não apresentam sinais clínicos.  

Os sinais clínicos apresentados pelos equinos acometidos (hipertermia, depressão, anorexia,  edema de membros, fraqueza e relutância em se locomover), são considerados muito vagos e podem ser facilmente confundidos com outras doenças. Assim, se faz necessária a realização de exame clínico associado a métodos laboratoriais complementares para se chegar ao diagnóstico definitivo da anaplasmose granulocítica equina. Os principais métodos utilizados para o diagnóstico são a microscopia óptica, sorologia e biologia molecular.

O tratamento para a eliminar a bactérias causadora da Anaplasmose Granulocítica equina é feito com administração de antibiótico intravenoso por cinco a dez dias a partir do período febril, sempre de acordo com as recomendações do veterinário. O grupo das tetraciclinas tem sido o mais recomendado para o tratamento clínico da doença, sendo a tetraciclina o antibiótico de escolha para animais domésticos e a doxiciclina para humanos, por serem mais efetivas no tratamento de micro-organismos intracelulares.

Junto à administração do antibiótico também é realizado o tratamento de suporte, incluindo o uso de antiinflamatórios sistêmicos, protetores gástricos e a utilização de bandagens compressivas nos quatro membros para amenizar o edema”, orienta.

Babesiose Equina (Piroplasmose ou Nutaliose)

Mais conhecida no mundo equestre, a Babesiose tem potencial para se tornar uma doença crônica se não tratada de forma adequada em seu início, o que gera muitos transtornos. A doença é causada pelos protozoários Babesia caballi e Babesia equi, transmitidos através da picada de carrapatos, que se instala nos glóbulos vermelhos do sangue dos animais, sendo caracterizada como uma hemoparasitose.

“O animal que tem a forma crônica da Babesiose apresentará os sintomas da doença todas as vezes em que passar por uma situação de estresse, como um procedimento veterinário, uma viagem ou transporte, e até mesmo um treinamento um pouco mais forte do que o habitual. Além disso, o animal crônico para a Babesiose pode se tornar fonte de infecção para os animais sadios do plantel, transmitindo o protozoário ao carrapato”, elucida Camila.

A Babesiose se manifesta por meio de picos febris ao final da tarde, anemia, icterícia e urina de coloração acastanhada (hemoglobinúria). Os animais sentem falta de apetite, depressão e, em alguns casos, desconforto abdominal (cólica) leve. Como consequência é observada queda de desempenho e perda de peso nos animais, e os equinos atletas podem ser impedidos de competir em outros países devido a restrições impostas pelos órgãos sanitários.

O tratamento da Babesiose busca eliminar o protozoário das células sanguíneas, quase sempre associando o antiparasitário à um anti-inflamatório. O fármaco de escolha para a eliminação do parasita é o Dipropionato de Imidocarb. Como se trata de um parasita causador anemia, o uso de suplementos a base de ferro, ácido fólico e vitamina B12 são benéficos para a recuperação do animal.

Prevenção é fundamental

Mesmo que as doenças transmitidas pelos carrapatos possam ser curadas na grande maioria dos casos, os impactos dos carrapatos nos equinos são evidentes, por isso reduzir ou mesmo eliminar a presença de carrapatos nos plantéis é de suma importância.

Por passarem uma parte da sua vida presentes nas pastagens e no ambiente em geral, o combate aos carrapatos deve acontecer tanto nos animais quanto nos espaços em que eles frequentam (baias, piquetes, redondéis, pátios…), por meio de pulverização de carrapaticidas e da eliminação de materiais que, entulhados, possam servir de abrigo a estes parasitas.

Baseado no estudo da dinâmica sazonal das fases parasitárias e não parasitárias são sugeridas medidas de controle estratégico para A. nitens e A. cajennense no Brasil. Os tratamentos acaricidas carrapaticidas devem ser mais intensivos na primavera e verão, quando os níveis de infestação parasitária são maiores, e a abundância de larvas é maior nas pastagens. Os tratamentos devem ser baseados na pulverização de todo o corpo dos equinos, inclusive na região auricular, em intervalos de 7 dias, cobrindo um período de pelo menos 4 meses ininterruptos do ano, na primavera e/ou verão. O volume da solução carrapaticida recomendado é de 4 a 5 litros por cavalo adulto, sendo que após o tratamento os animais devem voltar ao mesmo pasto. A repetição dos tratamentos carrapaticidas e o retorno dos animais para o mesmo pasto promoverão uma intensa limpeza das pastagens, reduzindo desta forma o número de carrapatos que atingirão a fase adulta. Além disto, o programa deverá prever tratamento de todos os equinos da propriedade num intervalo máximo de 3 dias para todo o plantel

A mistura de pastagens e a presença de espécies de plantas invasoras na pastagem (“pastagem suja”), foi associada a maior presença e também com sua maior infestação nos cavalos. Roçar toda a pastagem uma vez ao ano foi a medida mais eficiente para evitar a presença e altas infestações de A. cajennense. Esse tipo de manejo de pastagem é feito principalmente no verão, durante a estação chuvosa, e consiste no rompimento mecânico de toda a pastagem, expondo o solo por várias semanas, até uma nova cobertura de capim se estabelecer. Roçagens periódicas também são fundamentais para manter a pastagem limpa, prevenindo o estabelecimento de plantas invasoras. A ausência de vegetação mais densa também pode desempenhar um papel de ruptura nas condições microclimáticas ideais para o desenvolvimento do carrapato.

Baseado em estudos podemos dizer que as infestações por A. nitens e A. cajennense podem ser controladas usando carrapaticidas recomendados nas dosagens adequadas e mantendo as pastagens uniformes e em condições limpas através da roçagem pelo menos uma vez ao ano durante as estações chuvosas (primavera e verão), quando o crescimento da forragem é favorecido.

Sobre a Ceva Saúde Animal

A Ceva Saúde Animal (Ceva) é a 5ª empresa global de saúde animal, liderada por veterinários experientes, cuja missão é fornecer soluções de saúde inovadoras para todos os animais e garantir o mais alto nível de cuidado e bem-estar. Nosso portfólio inclui medicina preventiva, como vacinas, produtos farmacêuticos e de bem-estar para animais de produção e de companhia, como também equipamentos e serviços para fornecer a melhor experiência para nossos clientes. Com 7.000 funcionários em 47 países, a Ceva se esforça diariamente para dar vida à sua visão como uma empresa OneHealth: “Juntos, além da saúde animal”. 

Faturamento Global de 2023: €1,5 bilhão. 

www.ceva.com.br

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Destaque

Especialistas debatem futuro do amendoim brasileiro e sua competitividade no mercado global

Especialistas debatem futuro do amendoim brasileiro e sua competitividade no mercado global

Exportação, consumo interno, sustentabilidade e inovação são alguns dos temas que movimentam o setor e ganham espaço em novo canal de informação

Os desafios e as oportunidades do mercado do amendoim, especialmente no cenário internacional, têm mobilizado cada vez mais especialistas, produtores, pesquisadores e representantes da agroindústria. A expansão da cultura no Brasil, aliada à busca por diferenciação e valor agregado, exige não apenas inovação tecnológica no campo, mas também estratégias comerciais e institucionais capazes de conectar o produto nacional às exigências do mundo.

É nesse contexto que surge o “Amendoim & Prosa”, novo podcast criado para valorizar e dar visibilidade aos diversos elos da cadeia produtiva do amendoim. A iniciativa é da Indústrias Colombo e foi lançada oficialmente no dia 6 de agosto, durante a 7ª Feira Nacional do Amendoim, em Jaboticabal/SP. O primeiro episódio aborda o tema “Mercado externo do amendoim: desafios e oportunidades” e tem como convidado Pablo Rivera, CEO da Beatrice Peanuts e vice-presidente da ABEX-BR.

Com foco técnico, mas linguagem acessível, o projeto busca promover o diálogo entre o campo, a ciência e o mercado, dando voz a quem planta, pesquisa, beneficia, transforma e comercializa o amendoim no Brasil e no mundo. A proposta é criar um espaço de escuta e construção coletiva de soluções para o desenvolvimento sustentável da cultura.

“O podcast nasce como mais uma ferramenta para impulsionar o setor e estimular boas práticas. O Brasil tem enorme potencial e protagonismo nessa cadeia, e é fundamental que a gente amplie a visibilidade e o conhecimento sobre o que está sendo feito de bom aqui”, afirma Luiz Antonio Vizeu, engenheiro agrônomo e gerente de Relações Institucionais da Indústrias Colombo.

Apresentado por Vizeu e pela jornalista Juliana Pertille — comunicadora com longa trajetória no agro, com passagens por veículos como Canal Rural e Record News —, o “Amendoim & Prosa” terá episódios mensais com convidados que vivem o dia a dia do setor. Além do mercado internacional, a programação trará temas como consumo interno, marketing do setor, sustentabilidade, inovação, óleo de amendoim e histórias reais de quem trabalha diretamente com a cultura.

“Queremos construir um conteúdo que una conhecimento técnico e sensibilidade. O agro tem muitas histórias potentes que precisam ser contadas e ouvidas com respeito, leveza e profundidade”, destaca Juliana.

Durante a Feira Nacional do Amendoim, além do lançamento oficial, novos episódios também serão gravados com convidados especiais, reforçando o compromisso do projeto com a escuta ativa e a valorização dos diversos agentes dessa cadeia.

O podcast já está disponível nas principais plataformas de streaming (Spotify, Deezer e Amazon Music) e nas redes sociais do projeto @amendoimeprosa. Os vídeos serão publicados também no YouTube, na playlist da @industriascolombo. Outras informações em: www.amendoimeprosa.com.br.

Continue Reading

Destaque

Maior competição de torra do mundo entra na fase final

MAIOR COMPETIÇÃO DE TORRA DO MUNDO ENTRA NA FASE FINAL

A decisão acontecerá entre os dias 5 e 7 de novembro, na Semana Internacional do Café – SIC, no Expominas, em Belo Horizonte

A decisão da Torrefação do Ano Brasil 2025 – a maior competição de torra do mundo – será realizada entre os dias 5 e 7 de novembro, na Semana Internacional do Café 2025 – SIC, no Expominas, na capital mineira, no Espaço Torra Experience. O evento, organizado pela Atilla Torradores, tem como objetivo elevar cada vez mais o nível de qualidade das torrefações envolvidas através de atividades que estimulem a criatividade, a consistência, a análise sensorial e outras habilidades importantes para a área. Além disso, o campeonato gera conhecimento ao público com a criação de conteúdo, dados e a interação de forma positiva pela troca de experiências entre as empresas participantes.

Treinos, torras, avaliações e divulgação do vencedor

Na quarta-feira,05/11, acontecerão os treinos das 12h às 18h50, na quinta-feira, 06/11, serão as torras, também das 12h às 18h50. Já na sexta-feira, 07/11, os juízes farão as avaliações das 9h às 12h e, às 15h, ocorrerá a premiação do campeão do Torrefação do Ano Brasil 2025, no Grande Auditório.

“Chegamos à etapa final com depoimentos positivos de cada participante e isso é um dos nossos objetivos. Todas as torrefações tiveram feedback dos juízes, que, ao avaliarem as amostras recebidas, fizeram o papel do consumidor final. Sendo assim, a cadeia cresce em qualidade. A hora do espetáculo está chegando, os finalistas entregarão, ao vivo, suas melhores torras. Serão três dias de muita troca entre as empresas e o público poderá assistir, aprender como as torras acontecem e, ainda, provar os cafés da fazenda Santa Cruz: os arábicas e Asa Branca e Mundo novo que são variedades dos arábicas. Que seja mais uma grande decisão”, afirma Séfora de Paula, Diretora de Marketing da Atilla Torradores.

Atrações no estande

No estande da Atilla Torradores terão torras de cafés especiais com distribuição de amostras, provas de café produzidos nas matas de Minas e a exposição de uma obra de arte, uma locomotiva, do artista plástico Robson Emerick, em homenagem à Ferrovia Leopoldina. O café e os trens compartilham de um mesmo enredo na história brasileira. O café exigiu caminhos mais rápidos e pediu estradas mais largas. A Estrada de Ferro Leopoldina começou a ser construída em 1874. No início do Século XX, consolidou-se como uma das maiores malhas ferroviárias do Brasil, chegando a mais de 3.200 km de trilhos, sendo quase toda dedicada ao transporte de café.

No estande da final, o público acompanhará as torras através de TVs e poderá provar os cafés da final do campeonato (produzidos no Sul de Minas).

Campeonato começou com 131 corporações

A competição iniciou com 131 instituições. Agora, são 20 que seguem na disputa: Nelly Cafés Especiais, O Cafeeiro, Affinis, Expocaccer, Dulcerrado, Caffè do Borella, Do Coado ao Espresso, Volante Café, Caffè Tonani, Apé Café, Lincoln Café Especial, William and Sons Coffee Co, Saga Coffee, Arabic Coffee, São Caetano Coffee House, Lab Cup, Guanabara Café, Café Gourmet cgp, Veraz Cafés e Paiol Avenida.

Os cafés especiais dessa edição foram feitos pela Fazenda Santa Cruz, em Paraguaçu (MG), pela produtora Josiani Moraes. Na fase anterior, as instituições, de 18 estados, receberam 1,5kg de dois cafés crus distintos e realizaram a torra nas próprias corporações. Em seguida, as amostras torradas foram enviadas à Atilla Torradores e um corpo de juízes avaliou todas pelo método de cupping ou prova de xícara (processo de avaliação sensorial).

Torrefação do Ano Brasil – 2025, a maior competição de torra do mundo

Programação:

Quarta-feira (05/11): Treinos das 12h às 18h50
Quinta-feira (06/11): Torras das 12h às 18h50
Sexta-feira (07/11): Avaliação dos juízes das 9h às 12h e às 15h premiação do campeão
Local: Semana Internacional do Café 2025 – SIC, no Expominas, em Belo Horizonte (MG), no Espaço Torra Experience

Continue Reading

Destaque

Cartilha inédita conecta produção rural e conservação da Mata Atlântica

Imagem: Freepik

Publicação apresenta 110 espécies nativas e orienta produtores rurais a integrar conservação da Mata Atlântica e práticas produtivas sustentáveis

A Associação Ambientalista Copaíba, em parceria com o WWF-Brasil e a Sylvamo, lançou a cartilha “Árvores nativas da Mata Atlântica: sustentabilidade e utilização na propriedade rural”. O material reúne informações sobre 110 espécies nativas e foi desenvolvido como uma ferramenta prática para apoiar agricultores e comunidades na adoção de práticas que unem produtividade e conservação ambiental.

O guia destaca as características ecológicas e o potencial de uso das espécies em diferentes contextos, como a recuperação de áreas degradadas e a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs). A proposta é oferecer subsídios para que produtores rurais escolham as árvores mais adequadas ao enriquecimento de suas áreas, promovendo benefícios ambientais, produtivos e sociais.

A iniciativa integra o Programa Raízes do Mogi Guaçu, fruto da cooperação entre WWF-Brasil e Sylvamo, com implementação da Copaíba. Criado para impulsionar a restauração da Mata Atlântica e a preservação de mananciais na bacia do rio Mogi Guaçu, o programa já restaurou, até abril de 2025, mais de 340 hectares de florestas nativas na Serra da Mantiqueira.

Com 26 anos de atuação, a Copaíba é responsável pela produção de mudas nativas, pelo planejamento e execução dos plantios e pelo engajamento de proprietários rurais e comunidades locais. Para a organização, a nova cartilha amplia o alcance dessas ações, oferecendo conhecimento acessível e aplicável para quem deseja cultivar e restaurar a biodiversidade da Mata Atlântica.

“A cartilha representa um passo importante para aproximar o produtor rural das soluções baseadas na natureza. Ao facilitar o acesso a informações sobre espécies nativas e seus usos, reforçamos que é possível produzir de forma sustentável e, ao mesmo tempo, recuperar a biodiversidade e os mananciais da Mata Atlântica”, destaca Flávia Balderi, secretária Executiva da Associação Ambientalista Copaíba.

O material será disponibilizado gratuitamente através do site: https://copaiba.org.br/arvores-nativas-da-mata-atlantica/.  

Benefícios das árvores nativas

As árvores nativas da Mata Atlântica desempenham um papel fundamental na manutenção do equilíbrio ambiental, trazendo benefícios ecológicos, sociais e econômicos. Sua essencialidade está ligada à conservação da biodiversidade, ao fornecer abrigo e alimento para inúmeras espécies de fauna e flora, muitas das quais são endêmicas e ameaçadas de extinção.

Segundo Flávia Balderi, entre os principais benefícios oferecidos pelas plantas estão a melhoria do solo, por meio da fixação de nitrogênio, aumento da matéria orgânica e estabilização contra processos erosivos; a produção sustentável, com o aproveitamento de frutos, madeiras de manejo, óleos essenciais e resinas que geram renda a agricultores e comunidades; e a proteção ambiental, já que essas árvores regulam o ciclo da água, ajudam na manutenção das nascentes e rios, além de proporcionar sombra, reduzir a temperatura e melhorar a qualidade do ar em áreas urbanas.

“Investir na restauração e no plantio de árvores nativas é essencial para garantir um futuro sustentável, promovendo a recuperação dos ecossistemas e a valorização dos serviços ambientais que essas espécies oferecem”, conclui.

Continue Reading