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Bicho-mineiro ameaça a lavoura de café: estratégias de manejo para garantir a sustentabilidade da produção

Com a pressão do inseto intensificada na transição climática, os cafeicultores enfrentam desafios para manter a produtividade, tornando o manejo eficiente essencial para a preservação do cafezal

O cultivo do café no Brasil, maior produtor e exportador mundial, enfrenta desafios cada vez mais complexos. A combinação de mudanças climáticas, como o aumento de temperatura e escassez de chuva, com a pressão de insetos, especialmente o bicho-mineiro, coloca em risco a produtividade das lavouras. Isso reflete diretamente no preço do café, que já subiu 150% no último ano, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Essa praga, uma das mais prejudiciais à cafeicultura, tem apresentado uma maior incidência nas últimas safras, tornando-se uma preocupação crescente para os cafeicultores de todo o país.

Com o aumento previsto de 1,5ºC na temperatura entre 2030 e 2050, as mudanças climáticas podem afetar negativamente a produtividade, especialmente para o café arábica, que é o mais cultivado no Brasil, uma vez que a seca contribui para o ciclo de desenvolvimento do bicho-mineiro, causando impactos diretos nos preços para os consumidores. A temperatura ideal para o cultivo de café fica entre 18°C e 22°C e qualquer variação pode prejudicar a produção.

De acordo com estimativa da Consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio, a safra de café 2025/26 deve alcançar 51,8 milhões de sacas de 60 kg, uma queda de 4,4% em relação à safra 24/25. Esse impacto pode ser acentuado por fatores climáticos desfavoráveis e o aumento das infestações de insetos. A previsão de chuvas pode ser vista como uma oportunidade para proteger as lavouras com a aplicação de inseticidas, garantindo a proteção da parte aérea das plantas durante o período de seca. No entanto, se o clima quente e seco persistir, os efeitos sobre a produção de café podem ser ainda mais graves no próximo ciclo. Sem um controle adequado, a infestação do bicho-mineiro pode comprometer a qualidade do grão e reduzir a produtividade em até 70%.

O impacto financeiro do bicho-mineiro vai além dos danos imediatos às plantas. A infestação descontrolada pode afetar a produtividade da safra seguinte e comprometer a sustentabilidade econômica dos cafeicultores. Estima-se que a praga possa atingir cerca de 1,5 milhão de hectares de café, resultando em perdas substanciais.

“O manejo fitossanitário adequado é essencial para a proteção do cafezal. Para isso, os cafeicultores devem adotar práticas como o monitoramento constante das lavouras, com a identificação precoce das infestações e a escolha de produtos eficazes no controle do bicho-mineiro. O uso de tecnologias modernas e a aplicação preventiva são essenciais para garantir uma boa safra”, ressalta o engenheiro agrônomo e gerente de Marketing Regional da IHARA, Fernando Gilioli.

Bicho-mineiro: o inimigo silencioso das lavouras

O bicho-mineiro é uma das pragas mais destrutivas do café, alimentando-se das folhas e   prejudicando o terço superior das plantas. Isso afeta diretamente a fotossíntese e a nutrição das plantas, comprometendo o pegamento das floradas e, consequentemente, a qualidade do grão.

Esse inseto tem grande capacidade de adaptação ao clima, o que torna seu controle ainda mais desafiador. O bicho-mineiro, que antes era restrito a algumas regiões, agora tem avançado para áreas menos afetadas, especialmente nos períodos de seca.

“Identificamos a presença de adultos e minas em várias lavouras, o que indica que as lagartas já saíram para descer e formar a pulpa nas partes baixas das plantas. Esse comportamento revela que a praga segue ativa e que as condições ainda são favoráveis à sua proliferação, especialmente com a chegada da próxima estiagem. Para controlar efetivamente o bicho-mineiro, é crucial que o cafeicultor realize aplicações foliares preventivas. Estamos chegando ao fim do período adequado para o uso de drench, uma aplicação de inseticida via solo, técnica comprovada no combate à praga. Além disso, o monitoramento contínuo e o manejo adequado são indispensáveis para evitar a disseminação do bicho-mineiro e minimizar os prejuízos à produção de café”, explica Gilioli.

Soluções que garantem o controle eficaz

O uso de tecnologias inovadoras deve ser aliado a boas práticas agrícolas, como a rotação de produtos e o controle de outras pragas e doenças que afetam o cafezal. O manejo integrado é fundamental para evitar a resistência dos insetos e garantir a longevidade das lavouras.

Uma das mais recentes inovações no mercado, o inseticida MAXSAN, chegou em 2024 para expandir o portfólio da IHARA voltado ao cultivo de café. Esse produto é indicado para o controle do bicho-mineiro devido à sua ação sistêmica, que é rapidamente absorvido e distribuído pela planta, proporcionando alta produtividade com proteção que vai da raiz às folhas. Atua contra as pragas tanto por ingestão quanto por contato, controlando todas as suas fases devido ao seu efeito de choque e residual.

Outro inseticida desenvolvido pela IHARA é o HAYATE, que age de forma imediata, paralisando a alimentação do bicho-mineiro, prevenindo danos às folhas do café. Para otimizar os resultados do manejo, especialistas recomendam a aplicação do produto assim que adultos e larvas forem identificados nas lavouras, o que potencializa o controle e reduz sua pressão. Formulado com uma nova molécula de alta performance, oferece um controle duradouro, sem resistência cruzada, garantindo proteção prolongada ao cafezal. Além disso, o produto possui alta seletividade para insetos benéficos, tornando-se uma opção ideal para o manejo integrado de insetos.

Para o manejo integrado de pragas no café, o SPIRIT SC é uma solução inédita no Brasil, que combina inseticida e fungicida em um único produto, oferecendo proteção contra o bicho-mineiro, ferrugem e cigarra-do-café. Já o TERMINUS é indicado para o controle da broca-do-café, que, em casos mais severos, pode reduzir o peso dos grãos em até 20%. Essa solução oferece controle imediato e prolongado, melhorando a qualidade dos frutos. Com uma nova formulação de ação de choque, proporciona flexibilidade para uso ao longo de todo o ciclo do café, promovendo de forma eficaz, o manejo da praga em sua fase adulta.

“A relação entre a qualidade do café e o manejo fitossanitário é direta. O uso de defensivos agrícolas, aliado ao monitoramento contínuo e ao manejo integrado de insetos, é essencial para garantir que o café brasileiro continue sendo uma referência mundial em qualidade. Essa prática, não apenas protege as lavouras, mas também promove a sustentabilidade do cafezal a longo prazo”, afirma o gerente de Marketing Regional da IHARA.

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Caravana Giro do Leite participa da Expo Rio Preto 2025

Caravana Giro do Leite

Laboratório Móvel estará à disposição dos produtores para realizar análises de qualidade de leite e silagem no Recinto de Exposições Alberto Bertelli Lucatto

Caravana Giro do Leite, projeto itinerante do Laboratório Móvel de Análise da Qualidade de Leite e Silagem do Instituto de Zootecnia do Governo do Estado de São Paulo, irá participar da 62a Expo Rio Preto nesta quarta-feira (17), a partir das 9h30, em São José do Rio Preto. 

No período da manhã, a Caravana estará à disposição para dar orientações aos produtores rurais, principalmente aos do mercado leiteiro, e promover conhecimento e experiências acadêmicas e tecnológicas para a melhoria do setor produtivo. À tarde, em Potirendaba, produtores poderão levar suas amostras de leite e silagem para a análise no Laboratório Móvel.

“Estar presente em um evento de relevância como a Expo Rio Preto, que celebra a força do agro paulista, é uma oportunidade de mostrar na prática o quanto a tecnologia pode apoiar o produtor rural. O Laboratório Móvel é a prova de que ciência e campo caminham juntos pela qualidade do leite e pelo desenvolvimento da cadeia produtiva”, destaca Luiz Roma Júnior, Diretor da Caravana Giro do Leite e do Laboratório de Referência em Qualidade do Leite do Instituto de Zootecnia do Governo do Estado de São Paulo.

Cooperação estratégica pela pecuária leiteira paulista

A bovinocultura de leite é uma das atividades rurais de maior relevância no Estado de São Paulo, garantindo renda, liquidez e permanência de famílias no campo. Para apoiar este setor, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA/SP) estruturou uma cooperação entre a Diretoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e o Instituto de Zootecnia (IZ/APTA).

O objetivo é fortalecer a pecuária leiteira com ações conjuntas que unem extensão rural e pesquisa aplicada. O Projeto CATI Leite atua na promoção da sustentabilidade social, econômica e ambiental da produção, abordando temas como manejo de pastagens, nutrição, sanidade, reprodução e bem-estar animal. Já o Laboratório Móvel da Caravana Giro do Leite oferece suporte técnico por meio de análises laboratoriais realizadas diretamente nas regiões produtoras, permitindo diagnósticos rápidos e soluções mais precisas.

A parceria prevê cinco anos de cooperação, com metas anuais de realização de oito ações conjuntas, mais de 100 análises laboratoriais, 200 questionários aplicados junto a produtores e relatórios técnicos que consolidam os resultados. A proposta busca empoderar pequenos e médios produtores rurais, oferecendo ferramentas para melhor desempenho produtivo e econômico da atividade leiteira.

Procedimentos para a coleta e entrega de amostras

Para que os pesquisadores da Caravana Giro de Leite possam realizar as análises, os produtores podem levar 50mL da amostra do leite produzido (o que equivale a 1 terço de um copo de requeijão), que deve ser colocado com o auxílio de uma concha em um recipiente plástico, limpo e com tampa, mantido homogeneizado, refrigerado e protegido do sol por, pelo menos, cinco minutos antes de ir ao evento e chegar ao Laboratório Móvel.

No caso de silagem, o produtor deve coletar cerca de 500 gramas de amostras de vários pontos do silo, misturá-las e colocá-las em um saco plástico bem fechado, sem excesso de ar, e levá-las o mais rápido possível ao Laboratório da Caravana.

Com o apoio de importantes empresas de tecnologia, como TPM Brasil e FOSS, o trailer está equipado para receber e armazenar diferentes aspectos de qualidade do leite, como níveis de gordura, proteína, lactose, sólidos e contagem de células somáticas, assim como a possibilidade de monitoramento bromatológico de alimentos, ração e silagem usado pelos produtores.

Os visitantes também poderão conhecer as diversas iniciativas acadêmicas e de pesquisas do projeto do Instituto de Zootecnia, como manejo e higiene de ordenha, análise e qualidade de leite, bem-estar e produção de leite, manejo nutricional, controle de mastite, dicas importantes para o produtor do leite, gestão da propriedade leiteira, manejo de bezerras e novilhas, melhoramento genético, produção orgânica, entre outras ações.

Por onde a Caravana já passou

Até o momento, a Caravana Giro do Leite já rodou mais de 4 mil quilômetros e já atendeu cerca de 30 mil pessoas, com presença em mais de 13 importantes eventos do setor agrícola e em regiões estratégicas do mercado, como Agrishow, em Ribeirão Preto (SP); Coplacampo, em Piracicaba (SP); Coopershow, em Cândido Mota (SP); 3º Dia de Campo da Comevap, em Pindamonhangaba (SP); Feicorte 2025, em Presidente Prudente (SP); entre outros. 

Em 2024, o Laboratório Móvel da Caravana rodou mais de 4,3 mil quilômetros e esteve presente em diversos eventos nos estados de São Paulo e Minas Gerais, como Agrishow (Ribeirão Preto/SP), Coplacampo (Piracicaba/SP), Festa do Leite (Batatais/SP), ExpoFru (Frutal/MG).

“A Caravana Giro do Leite tem como missão percorrer o Brasil levando conhecimento técnico, inovação e soluções práticas para o campo. Nosso objetivo é fortalecer a produção agropecuária por meio do monitoramento de indicadores essenciais para o desempenho sustentável da atividade leiteira e agrícola. Ao lado das empresas parceiras, promovemos a difusão de novas tecnologias e impulsionamos a conexão entre pesquisa científica, extensão rural e o dia a dia do produtor. Cada parada da Caravana é uma oportunidade de escuta ativa, troca de experiências e construção coletiva de soluções que realmente fazem diferença na produtividade e na qualidade dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros”, afirma Roma.

Caravana Giro do Leite conta com o apoio de importantes empresas como The Product Makers Brasil, FOSS, Revista Balde Branco, ATW Comunicação e Dovigo Estúdio Criativo; além do incentivo da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo de São Paulo.

SERVIÇO:

62ª EXPO RIO PRETO – SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (SP)

Data: 17 de setembro de 2025

Horário: 9h30 às 16h

Local: Recinto de Exposições Alberto Bertelli Lucatto

Endereço: Rua Daniel Antônio de Freitas, 115, São José do Rio Preto (SP)

Inscrições: Gratuitas no local ou pelo link https://forms.gle/8gCDCM5eUXi5LY6W7

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54ª Expofeira do Amapá movimentou R$ 1,1 bilhão em negócios; agro teve destaque com R$ 248,7 milhões

Governador do Amapá, Clécio Luís, divulga balanço da Expofeira

Evento gerou 100 mil empregos formais e recebeu 2,6 milhões de visitantes

A 54ª Expofeira do Amapá se encerrou no último dia 07 e seus resultados foram divulgados nesta quinta-feira.  O evento, que aconteceu em Macapá, movimentou R$ 1,1 bilhão em negócios, atraiu cerca de 2,6 milhões de visitantes e registrou, durante a sua realização, a marca expressiva de 100 mil empregos formais no estado.

“A grande vitrine de negócios éticos do Brasil, que impulsionam o desenvolvimento do Amapá movimentou R$ 1,1 bilhão. Começamos a caminhar com as nossas próprias pernas e tudo que for preciso, nós vamos fazer para atrair novas empresas, manter as que já estão, para incentivar o empreendedorismo local e gerar empregos. Esse foi e sempre será o papel da Expofeira”, destacou o governador do Amapá, Clécio Luís.

A Expofeira movimentou recursos em diferentes setores da economia, fortalecendo desde grandes investimentos até iniciativas voltadas a pequenos empreendedores. Foram eles:

  • R$ 139 milhões – Operações de crédito e financiamento com o Banco da Amazônia (Basa)
  • R$ 582 milhões – Negociação com a Mina Tucano, consolidando a mineração como um dos motores da economia.
  • R$ 15 milhões – Projetos de Reurb, garantindo avanços em regularização fundiária.
  • R$ 12,6 milhões – Setor de gastronomia, impulsionado pela diversidade culinária da feira.
  • R$ 6 milhões – Vendas de concessionárias de veículos.
  • R$ 24 milhões – Negócios no setor imobiliário.
  • R$ 7,2 milhões – vendas de empreendedores populares.
  • R$ 609 mil – Empresas do Selo Amapá, voltadas à valorização da produção local.
  • R$ 575 mil – Programa Minha Primeira Empresa, incentivando novos negócios.
  • R$ 5 milhões – Comercialização no setor de bebidas e entretenimento.
  • R$ 1,5 milhão – Parque de diversões instalado no espaço da feira.
  • R$ 540 mil – Operação do estacionamento do Parque de Exposições.

Agronegócio

O agronegócio teve destaque na feira, com investimentos que reforçam a produção rural e a modernização do campo.

  • R$ 139,5 milhões – Plano Safra, voltado ao financiamento da produção agrícola.
  • R$ 95 milhões – Aquisição de máquinas agrícolas e implementos da Codevasf.
  • R$ 12 milhões – Amapá AgroSummit, com foco em inovação e tecnologia no campo.
  • R$ 2 milhões – Leilões e comercialização direta de animais e produtos.
  • R$ 124 mil – Negócios dos expositores do Rurap.
  • R$ 127 mil – Vitrine do Produtor, espaço dedicado a pequenos agricultores.

O evento também se destacou como espaço de fortalecimento das relações comerciais, reunindo mais de 100 empresários do Brasil e do mundo, como da Câmara de Comércio Brasil China. Uma delegação da Guiana Francesa, composta pelo Centro Técnico de Gestão (CTG), pela Câmara de Comércio e pelo Comitê de Turismo, também participou das agendas.

Além disso, estiveram presentes instituições estratégicas como a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), a Petrobras Transporte (Transpetro), a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (Abespetro), além da própria Petrobras, que participou pela primeira vez com um estande exclusivo do setor de petróleo e gás.

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Selgron leva tecnologias de seleção de grãos em road show pelo Paraná

Selgron leva tecnologias de seleção de grãos em road show pelo Paraná

Empresa catarinense percorre o estado vizinho com demonstrações itinerantes, aproximando tecnologia, clientes e empresas

A catarinense Selgron, especializada em soluções para automação de processos no setor agrícola e alimentício, está percorrendo cidades do Paraná em um road show para apresentar suas tecnologias a clientes e empresas do setor. A iniciativa passa, ao longo desta semana, de 8 a 12 de setembro, por Piraí do Sul, Maringá, Apucarana, Tamarana, Castro e Curitiba.

O road show é uma estratégia de apresentação itinerante, utilizada pela Selgron para levar suas soluções em automação diretamente aos clientes e parceiros. Desta vez, a proposta da empresa é mostrar na prática como funcionam suas selecionadoras ópticas, equipamentos que utilizam tecnologia avançada para garantir maior precisão, qualidade e eficiência na classificação de diferentes tipos de grãos, como feijão, soja, arroz e milho — foco da recente ação.

Segundo a companhia, que tem sede em Blumenau (SC), o principal objetivo da iniciativa é aproximar a tecnologia da realidade dos clientes. “Ao levarmos os equipamentos para testes em campo, criamos uma oportunidade de contato direto com a solução, permitindo que os clientes entendam como ela pode agregar valor à sua operação, reduzindo perdas e aumentando a padronização da produção”, destaca Diogo Augusto Hank, coordenador de vendas da Selgron.

Com duas selecionadoras em demonstração, o road show tem despertado interesse de agricultores e empresas ligadas à cadeia produtiva. Para os produtores, a iniciativa representa uma chance de conhecer de perto recursos que podem impactar a qualidade dos grãos entregues ao mercado e, consequentemente, a competitividade do agronegócio paranaense.

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