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Calor extremo desafia o agronegócio

Altas temperaturas exigem adaptação dos agricultores e novas estratégias para minimizar perdas na produção
O aumento das temperaturas tem sido um dos maiores desafios para o agronegócio brasileiro. O calor excessivo registrado nos primeiros meses de 2025 tem preocupado pesquisadores e produtores, que enfrentam dificuldades com a irregularidade das chuvas e o aumento da temperatura média. Especialistas da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Agronômico (IAC) alertam que esse cenário deve se intensificar nos próximos anos, exigindo dos agricultores investimentos em tecnologia para garantir a produtividade e a sustentabilidade no campo.
Segundo dados do Posto Meteorológico “Jesus Marden do Santos”, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq-USP), a temperatura média registrada nos 11 primeiros dias de fevereiro foi de 25,5°C, acima da média histórica de 24,8°C. Além disso, as mínimas e máximas também superaram os padrões esperados, chegando a 35-37°C em algumas regiões. Essa variação impacta diretamente o desenvolvimento de diversas culturas prejudicando a qualidade da safra e reduzindo o potencial produtivo.
Impactos no agronegócio
O setor cafeeiro é um dos mais afetados pelas temperaturas elevadas. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) aponta que a combinação de chuvas abaixo do esperado e calor intenso tem prejudicado a formação dos grãos. A safra de 2025/26 já foi impactada pela seca de 2024, e os cafeicultores temem uma nova perda significativa caso as temperaturas sigam elevadas nos próximos meses.
A situação não é diferente para outras culturas, como hortaliças e grãos, que demandam alta disponibilidade hídrica e um equilíbrio entre temperatura e umidade. A previsão de ondas de calor cada vez mais intensas reforça a necessidade de estratégias eficientes para mitigar os impactos climáticos.
Tecnologia e inovação para a adaptação climática
Diante desse cenário desafiador, a tecnologia tem desempenhado um papel importante na adaptação do setor agrícola. O uso de soluções que otimizam o manejo da água e a saúde do solo pode fazer a diferença entre perdas severas e uma produção mais eficiente.
Os produtos da linha HB10 da Hydroplan-EB são um exemplo de inovação voltada para a melhoria da eficiência hídrica no campo. Desenvolvidos para diferentes sistemas de irrigação, ajudam a maximizar a absorção da água pelas plantas, reduzindo desperdícios e aumentando a retenção no solo.
“Essas soluções são fundamentais para reduzir o consumo de água e evitar perdas na lavoura. Conseguimos melhorar a absorção de nutrientes e aumentar a eficiência hídrica, proporcionando mais segurança aos produtores em períodos de estiagem e calor extremo” ressaltou Loremberg de Moraes, diretor da Hydroplan-EB.
Entre os produtos da linha HB10, destacam-se:
- HB10 PIVOT: Ideal para culturas irrigadas por pivô central e aspersores, como cereais, HF, Gramas dentre outras culturas. Reduz a erosão e melhora a retenção de água no solo.
- HB10 PLUS: Versátil, pode ser aplicado em diferentes sistemas de irrigação, ajudando na absorção de água e nutrientes. Muito utilizado na floresta.
- HB10 DRIP: Utilizado em sistemas de irrigação por gotejamento e nas técnicas de sulco de plantio em pulverizadores, este método é ideal para culturas que requerem a aplicação prévia de biológicos ou defensivos agrícolas, proporcionando uma distribuição de água mais eficiente e minimizando as perdas por infiltração.
A combinação de tecnologia e boas práticas agrícolas pode não apenas mitigar os efeitos do calor extremo, mas também construir um setor mais sustentável e preparado para os desafios do futuro. A adaptação já não é mais uma opção, e sim uma necessidade para garantir a produção de alimentos de qualidade em um cenário climático cada vez mais imprevisível.

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Mulheres no agro: o protagonismo feminino impulsionado pela tecnologia

Elas lideram, inovam e mostram que o futuro do agronegócio também é feminino
As mulheres têm desempenhado um papel essencial no agronegócio, e os números comprovam essa realidade. Segundo estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022, mais de 31% das propriedades rurais do país são comandadas por mulheres. O Nordeste se destaca como a região com maior participação feminina, com 53,8% das propriedades lideradas por mulheres, enquanto outras regiões ainda têm um caminho a percorrer para alcançar maior equidade de gênero.
A participação das mulheres no agronegócio está em plena ascensão, e a tecnologia tem
sido uma grande aliada nessa evolução. A utilização de drones, sensores e sistemas
inteligentes tem proporcionado ganhos significativos para a produtividade e a
sustentabilidade do setor, e muitas dessas inovações estão sendo lideradas por
mulheres.
PROTAGONISMO NO CAMPO
Taís Ribeiro, cliente Xmobots em Taquaritinga (SP), é um exemplo dessa nova geração
de mulheres no agro. Ex-enfermeira, ela decidiu empreender no agronegócio e hoje
utiliza o drone pulverizador DJI AGRAS T40 para prestar serviços de pulverização em
culturas como cana-de-açúcar, soja, milho e amendoim. Para Taís, a tecnologia é um
diferencial essencial para quem busca crescer no setor. “Precisamos de mais
mulheres nesse ramo. Uma mulher pilotando um drone é mais delicada e
cuidadosa. Me sinto realizada com o que faço e vejo que estamos abrindo portas
para outras mulheres”, afirma.
A trajetória de Taís reforça a importância da presença feminina no agro e como a
tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa para o sucesso. Segundo a Associação
Brasileira do Agronegócio (ABAG), 71% das mulheres do setor conciliam a administração
de suas propriedades com tarefas pessoais e familiares, mostrando que o protagonismo
feminino só tende a crescer. Confira a história completa: https://youtu.be/YT7XEErXPkA?si=rkyFjZSr0G9N5ZPa
UM FUTURO DIVERSO E INOVADOR
O setor de tecnologia também tem visto um aumento significativo na participação
feminina. De acordo com o CAGED, entre 2015 e 2022, o número de mulheres no setor
de tecnologia cresceu 60%. Além disso, 51% das empresas consideradas excelentes
para se trabalhar possuem iniciativas voltadas ao desenvolvimento profissional de suas
colaboradoras. “Sonhos, de fato, se realizam. Mulheres trabalhando com tecnologia
é algo totalmente possível e necessário”, destaca Thatiana Miloso, diretora comercial
da Xmobots.
A Xmobots, empresa brasileira com 17 anos de atuação no mercado, tem se destacado
como uma das principais referências em tecnologia aplicada ao agronegócio. Especializada no desenvolvimento de drones e softwares de inteligência artificial, a companhia oferece soluções que modernizam as atividades no campo, aumentam a eficiência e a precisão das operações agrícolas. Com uma equipe composta por centenas de engenheiros, a empresa tem como foco a criação de tecnologias que ajudam a reduzir custos operacionais, fortalecer a economia
rural e enfrentar os desafios do setor.
LIDERANÇA FEMININA E INOVAÇÃO
Além de sua atuação tecnológica, a Xmobots chama a atenção por seu compromisso
com a diversidade e a liderança feminina. Em 2025, a empresa contabiliza mais de 100
mulheres em seu quadro de colaboradores, as chamadas “Xmoboters”, que ocupam
posições estratégicas em áreas como engenharia, gestão e inovação. Essa presença
feminina tem contribuído para consolidar a empresa como um exemplo de inclusão e
equidade de gênero no setor de tecnologia.
“Como mulher, estar numa posição de coordenadora é um exemplo para outras
pessoas. Mostra que as mulheres podem chegar a qualquer lugar e que a tecnologia
é um campo aberto para todos”, destacou Caroline Carvalho, gerente de Pesquisa e
Desenvolvimento da Xmobots.
A trajetória da Xmobots reflete uma tendência crescente no agronegócio: a adoção de
ferramentas tecnológicas para otimizar processos e aumentar a produtividade. Seus
drones e sistemas de inteligência artificial têm sido utilizados por produtores rurais para
monitoramento de lavouras, análise de solo e gestão de recursos, permitindo decisões
mais assertivas e baseadas em dados.
A empresa também expandiu sua atuação para mercados internacionais, levando suas
soluções para outros países e contribuindo para o posicionamento do Brasil como um
player global em tecnologia agrícola.
Com um portfólio diversificado e um modelo de negócios que alia inovação e diversidade, a Xmobots segue como uma das protagonistas na transformação digital do campo, demonstrando como a tecnologia pode ser uma aliada estratégica para o desenvolvimento sustentável do agronegócio.
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Floricultura nacional prevê incremento de 8% nas vendas para o Dia Internacional da Mulher

Comemorado em 8 de março, é uma data de grande importância para o comércio de flores e plantas no Brasil, representando cerca de 8% do total das vendas anuais. Para esse setor, a data é uma oportunidade para expressar carinho, reconhecimento e respeito às mulheres por meio das flores que, com seu simbolismo, encantam e emocionam.
A floricultura nacional está otimista e na expectativa de um aumento de 8% em comparação com 2024 na venda de flores na data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. O Ibraflor – Instituto Brasileiro de Floricultura – acredita que a data, a ser comemorada no próximo sábado, dia 8 de março, é uma oportunidade única e um momento perfeito para presentear com flores, reconhecendo a força e a importância das mulheres.
A data, que já representa 8% das vendas anuais de flores e plantas ornamentais em todo o país, deve registrar maior procura especialmente pelos buquês. Tanto que as floriculturas estão se preparando para um número de pedidos bem acima da média diária, refletindo uma tendência crescente de valorização desta comemoração para presentear com flores. “A floricultura nacional está preparada para atender a essa demanda crescente com produtos frescos, de alta qualidade e com arranjos especiais, na certeza de que, mais uma vez, o Dia da Mulher será celebrado com muita cor e afeto”, diz o presidente do Ibraflor, Jorge Possato.
Flores mais procuradas
Entre as flores mais procuradas para o Dia da Mulher, destacam-se as rosas vermelhas, clássicas na celebração, e as orquídeas Phalaenopsis, apreciadas pela sua beleza delicada e exótica. Além dessas, as alstroemerias, gypsophila, tango e ruscus também estão entre as preferidas para compor os buquês. Walter Winge, vice-presidente da Ibraflor, informa que o Garden Center Winge, localizado em Porto Alegre (RS) e de sua propriedade, está preparado para um aumento da demanda em 10%. Ele lembra que, embora as encomendas ainda não estejam sendo feitas, considerando o período de Carnaval e o fato de o brasileiro deixar tudo para a última hora, a expectativa é bem otimista, pois o setor vem trabalhando cada vez mais a data, que tende a crescer bastante nos próximos anos.
Sobre o Dia Internacional da Mulher
A criação do Dia Internacional da Mulher remonta ao início do século XX, durante um período de grandes transformações sociais e econômicas. A data surgiu como um símbolo da luta das mulheres por direitos iguais, melhores condições de trabalho e o direito ao voto. Em 1908, um grupo de mulheres operárias em Nova York fez uma greve exigindo melhores condições de trabalho e igualdade salarial. Durante essa greve, 129 mulheres morreram em um incêndio enquanto estavam trancadas em uma fábrica, o que gerou uma comoção mundial e ajudou a consolidar a luta pelos direitos femininos. O Dia Internacional da Mulher foi comemorado pela primeira vez em 1911 em várias nações europeias. Desde então, o dia 8 de março tornou-se um símbolo da luta das mulheres por igualdade, liberdade e justiça social.
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Avaliação criteriosa no descarte de matrizes evita perdas produtivas

Adoção de critérios técnicos reduz prejuízos e otimiza o desempenho da fazenda
Manter a saúde das matrizes dentro de um rebanho é essencial para garantir uma estação de monta bem-sucedida. Porém, mesmo com todos os cuidados, algumas fêmeas podem não emprenhar por apresentarem falhas reprodutivas, que acabam comprometendo a produtividade da fazenda. Por isso, o descarte dessas vacas deve ser adotado pelos pecuaristas, pois também é uma forma de aumentar a rentabilidade da fazenda.
Segundo o zootecnista e diretor técnico industrial da Connan, Bruno Marson, a seleção de matrizes para descarte ocorre na maior parte das vezes logo após o diagnóstico de gestação, realizado por um médico-veterinário após 30 dias da inseminação artificial ou saída dos touros da estação de monta. Porém, antes de optar por se desfazer do animal, é necessário verificar sua categoria e seu desempenho em outros anos, uma vez que a falha reprodutiva pode ser um fato isolado e que não necessariamente indica baixa produtividade.
“Uma única falha não significa que a matriz seja improdutiva. Assim, a escolha para o descarte depende de outros critérios como nível de produção, perdas causadas por mastite e outras doenças, índices reprodutivos, entre outros. Mas, caso seja confirmada a necessidade do descarte, o melhor é agir rapidamente, evitando que o animal fique mais tempo na propriedade. Uma outra opção antes de vender a vaca é fazer uma breve terminação”, detalha.
A categoria das fêmeas também interfere nesta decisão. Por exemplo, novilhas que iniciaram a estação de monta com bom escore corporal e apresentando cio são animais de boa fertilidade, portanto, caso não estejam gestantes ao final do período devem ser descartadas sem uma segunda chance. As vacas multíparas, com bezerros ao pé, podem merecer uma chance caso seja a primeira falha reprodutiva e tenha histórico de desmamar bezerros pesados. Já as chamadas “vacas solteiras” não devem receber outra chance, pois passaram um ano sem produzir bezerro.
Para fazer a seleção de matrizes para descarte é importante que a propriedade tenha o máximo de informações possíveis desses animais, como perdas pré-parto; índice de prenhez; problemas reprodutivos; peso ao nascimento; peso a desmama; taxa de desmama e idade da vaca, entre outros.
Marson enumera que fatores como valor genético e a sua influência no custo da produção dentro da propriedade também devem ser considerados antes dessa decisão. Porém, situações como mastite crônica, taxa de prenhez reduzida e alto intervalo entre partos são os principais atributos das vacas de descartes. Além disso, problemas de cascos e de conformação de pernas e pés devem ser observados.
Um outro ponto que o zootecnista observa é que, no caso das primíparas, é importante destacar que elas são matrizes que passaram pelo primeiro parto e ainda estão em fase de crescimento. “Como ainda não alcançou o peso adulto, ela tem carências nutricionais específicas no período pós-parto e tende a apresentar uma taxa de prenhez mais baixa. Essas características podem levar à decisão equivocada de que o animal deve ser descartado logo em sua primeira falha”, alerta.
Por fim, o produtor também precisa estar atento para verificar se os problemas reprodutivos são devidos unicamente às falhas das fêmeas e não dos touros, para manter a boa genética no rebanho e animais que respondam à nutrição, manejo e sanidade. Assim, o descarte deve ser feito de forma estratégica, a fim de melhorar o ganho genético do rebanho e ser fonte de renda ao produtor. “A reposição anual de matrizes mantém a produtividade nas propriedades rurais, e a recomendação é que todo ano sejam repostos de 20 a 30% dos animais e nunca ultrapassar esse limite. O excesso de novilhas de um ano torna-se excesso de primíparas no ano seguinte; e um aumento de bezerros do primeiro ano será sentido na diminuição de bezerros no ano seguinte”, conclui Marson.