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Afecções musculoesqueléticas: Como elas impactam os equinos?

Afecções musculoesqueléticas: Como elas impactam os equinos?

Essas condições podem resultar em dor e inflamação comprometendo a capacidade do equino de realizar atividades, seja em contexto atlético ou de trabalho

As afecções musculoesqueléticas nos equinos referem-se a um conjunto de doenças e lesões que afetam os músculos, ossos, articulações, tendões e ligamentos desses animais. Essas condições podem resultar em dor, inflamação, inchaço, e dificuldade de movimentação, comprometendo a capacidade do equino de realizar atividades físicas, seja em contexto atlético ou de trabalho

“Os esforços repetitivos sobre as estruturas ósseas, articulações, músculos, tendões e ligamentos são as causas mais frequentes de lesões, ocasionando além de dor, o inchaço e a incapacidade de realizar um movimento completo e correto, o que acaba por reduzir o desempenho do animal”, explica Camila Senna, médica- veterinária e coordenadora técnica de equinos da Ceva Saúde Animal.

Inflamações em ligamentos (desmites) e tendões (tendinites) são as maiores responsáveis pela queda de performance em equinos atletas, e estão relacionadas à traumas agudos ou exposição a forças de tensão repetitivas e exageradas. Em ambos os casos, por ocorrer uma desorganização das fibras teciduais, a recuperação é lenta e pode ser incompleta, tornando-se suscetível a novas lesões semelhantes.

 Já as artrites, processos inflamatórios que acometem as articulações e seus componentes, podem ter causas primárias (traumas diretos ou indiretos, e infecções locais) ou secundárias (deficiências nutricionais, malformações, aprumos irregulares), que quando crônicos acarretam num desequilíbrio do processo de síntese e degradação da matriz cartilagínea. O processo de deterioração progressiva da cartilagem juntamente com alteração de ossos e tecidos moles que compõem a articulação ocasionam a osteoartrite.

 A incapacidade da realização de movimento amplo e correto causada por estas lesões impacta o bem-estar e a performance dos animais afetados. “Os animais com lesões musculoesqueléticas apresentam sintomas como dor, que pode variar de leve a intensa, sendo muitas vezes perceptível através da reação do equino ao toque ou movimento. As áreas afetadas podem apresentar edema ou aumento de volume. A claudicação também costuma ocorrer, além disso o equino apresenta diminuição na capacidade de realizar atividades físicas com eficiência”, detalha Camila.

O diagnóstico geralmente envolve um exame físico detalhado, história clínica do animal, e pode incluir técnicas de imagem como radiografias, ultrassonografias ou ressonância magnética. O tratamento varia dependendo da condição específica e pode incluir repouso, fisioterapia, medicamentos anti-inflamatórios, e em alguns casos, cirurgia.

 O Dimetilsulfóxido, também conhecido como DMSO, é um agente terapêutico que age com maestria no tratamento de várias afecções equinas, principalmente as musculoesqueléticas.

 Sua classificação é de anti-inflamatório não esteroidal (AINE), uma vez que apresenta propriedades antioxidantes que são capazes de interromper o processo inflamatório por meio da eliminação de radicais livres. Assim, é possível retardar ou até mesmo interromper a cascata inflamatória e seus danos aos tecidos atingidos.

“No organismo, o DMSO pode atravessar membranas celulares tão facilmente quanto a água, sem danificar tecidos. Por possuir seis átomos de hidrogênio em suas moléculas, que atuam como imãs para dissolver e reter grandes quantidades de moléculas orgânicas, sem se ligar a elas ou alterar suas estruturas, pode ser usado como um excelente adjuvante no carreamento de outras drogas para tecidos mais densos e de difícil penetração, como ossos e articulações”, explica a profissional.

 O DMSO é uma medicação frequentemente usada na forma intravenosa para atuar já nos estágios iniciais de laminite (inflamação das lâminas dos cascos), uma doença tão relevante e que pode ter tantas complicações sérias, a fim de interromper o processo inflamatório dos tecidos moles e evitar rotação da terceira falange. O medicamento aumenta a eliminação das toxinas inflamatórias e reduz as alterações prejudiciais na composição anatômica do casco.

 Além disso, sua característica hidrofílica é uma ótima aliada para reduzir a concentração de água nos tecidos inflamados, diminuindo consideravelmente edemas e inchaços, melhorando a microcirculação regional e promovendo alívio temporário da dor. Quando associado a outras drogas analgésicas colabora para uma analgesia mais duradoura.

Outro ponto importante é a prevenção desse tipo de lesão, que envolve um programa de treinamento adequado que evite esforços repetitivos excessivos, a manutenção de uma dieta balanceada para garantir a saúde dos ossos e músculos, check-ups veterinários regulares para monitorar e detectar problemas precocemente, e o uso de equipamentos apropriados, como selas e ferraduras, para minimizar o risco de lesões.

As afecções musculoesqueléticas são um desafio significativo na saúde equina, mas com cuidados adequados, muitas dessas condições podem ser gerenciadas ou prevenidas, permitindo que os equinos mantenham sua performance e qualidade de vida.

Sobre Ceva Saúde Animal

A Ceva Saúde Animal (Ceva) é a 5ª empresa global de saúde animal, liderada por veterinários experientes, cuja missão é fornecer soluções de saúde inovadoras para todos os animais e garantir o mais alto nível de cuidado e bem-estar. Nosso portfólio inclui medicina preventiva, como vacinas, produtos farmacêuticos e de bem-estar para animais de produção e de companhia, como também equipamentos e serviços para fornecer a melhor experiência para nossos clientes. Com 7.000 funcionários em 47 países, a Ceva se esforça diariamente para dar vida à sua visão como uma empresa OneHealth: “Juntos, além da saúde animal”. 

Faturamento Global de 2023: €1,5 bilhão. 

www.ceva.com.br

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Novilha Brangus da cabeceira da VPJ Pecuária é um dos destaques do 1° Leilão Sapucaia 3G

Brangus

VPJ MÍSTICA FIV 1812 é um dos principais destaques do 1º Leilão Sapucaia 3G, que acontece nesta sexta-feira, 4 de julho. Novilha Brangus de quinta geração, ela chama atenção pela carcaça com excelente comprimento, profundidade e arqueamento, além de pescoço lançado e marcada feminilidade, atributos valorizados na seleção da raça.

O leilão começa às 15h, na Fazenda Sapucaia, em Pindamonhangaba (SP), no Vale do Paraíba, com transmissão pelo Canal do Criador, Lance Rural, Remate Web e TV Central Leilões.

Resultado de um trabalho criterioso de seleção, VPJ MÍSTICA FIV 1812 traduz a filosofia do criatório, pautada por rigor técnico, consistência genética e inovação. Com pedigree sólido e padrão fenotípico de destaque, é filha de VPJ FIV 391 FRANCESCO MESSIAS, um dos principais touros Brangus já revelados pela VPJ Pecuária, conhecido pelo excelente racial e correção de umbigo.

Sua mãe, VPJ MÍSTICA FINAL CUT 894 FIV936, carrega em sua genética sangue da OLHOS D’ÁGUA 4G 8005 MÍSTICA, considerada uma das principais doadoras da raça, sendo irmã própria de VPJ MÍSTICA FIV692, que revelou o atual campeão da prova TOP BRANGUS 2025, VPJ ON TIME FIV1748, recém-contratado pela Alta Genetics. Na linha paterna, traz ainda SUHN’S FINAL CUT 894C33, aclamado pelo baixo peso ao nascimento e desempenho ao sobreano.

“É uma novilha pronta para se tornar uma das principais doadoras dos plantéis mais exigentes, reunindo tudo o que se busca na seleção moderna da raça Brangus”, afirma Valdomiro Poliselli Júnior, titular da VPJ Pecuária.

Disseminando a melhor genética

A VPJ Pecuária é uma das pioneiras na seleção de raças voltadas à produção de carne de qualidade no Brasil, com atuação no Aberdeen Angus, Brangus, Ultrablack e Red Brahman. Mantém programas consistentes de avaliação genômica, fertilidade, conformação de carcaça e precocidade. É também uma das primeiras a introduzir e adaptar linhagens americanas ao ambiente tropical, além de liderar o desenvolvimento de modelos focados em qualidade de carne. Atualmente, a VPJ amplia atuação com a raça Brangus em novas regiões, como o Nordeste, por meio do núcleo de seleção recém-inaugurado no estado do Piauí.

Qualidade das doadoras é destaque do leilão

O 1º Leilão Sapucaia 3G ofertará 27 lotes, entre pacotes de embriões de doadoras de alto desempenho, genética de touros de central, cotas de novilhas jovens e fêmeas selecionadas. A maior parte da oferta é formada por doadoras com foco em reprodução e consistência genética. Idealizado pela Fazenda Sapucaia e pela Agropecuária 3G, o leilão marca a estreia de uma base genética construída com investimento criterioso em doadoras de referência dos principais plantéis da raça Brangus.

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Plano Safra traz avanços em transição sustentável, mas ainda deixa desafios no campo, avalia Coalizão Brasil

Imagem: Freepik

Rede de empresas do agro e ONGs vê acenos importantes à agenda climática e financiamento de mudas nativas; no entanto, recursos para recuperação de pastagens degradadas ficam abaixo da expectativa

Anunciado no dia 1º de julho pelo governo federal, o Plano Safra 2025/2026, com recursos de R$ 516,2 bilhões, trouxe avanços importantes para a transição sustentável da agricultura, mas há pontos a serem aprimorados na política agrícola. Em março, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura enviou sete notas técnicas, desenvolvidas pela Agroicone, com contribuições ao Plano. Ainda que o documento com todas as resoluções não tenha sido apresentado, a divulgação dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e da Agricultura e Pecuária (Mapa) indica que o Plano atendeu parte das propostas da rede — principalmente as medidas relacionadas à agenda climática e à restauração.

Para Leila Harfuch, colíder da Força-Tarefa Finanças Verdes da Coalizão Brasil e sócia-gerente da consultoria Agroicone, um dos destaques do anúncio está nos avanços em instrumentos como o zoneamento agrícola de risco climático (ZARC). “Vejo como positiva essa exigência adicional para gestão integrada de riscos, sob a ótica climática, dentro do crédito rural. Mas não podemos deixar de avançar, também, no seguro rural, dadas as mudanças do clima e os eventos extremos cada vez mais recorrentes”, avalia a especialista.

Outra proposta da Coalizão incorporada ao Plano Safra é o fortalecimento do RenovAgro Ambiental e o financiamento de mudas nativas — apesar de, no primeiro momento, o texto do Plano estar focado apenas no plantio para recomposição de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente (APPs), ou seja, para fins de regularização ambiental. “A expectativa era um avanço também na esfera comercial de silvicultura de espécies nativas, mas já é um primeiro passo”, declara Harfuch. “Vemos Plano Safra como um aprimoramento contínuo. Não é à toa que estamos há anos sugerindo contribuições de ações sustentáveis que, muitas vezes, só poderão ser implementadas a médio e longo prazos”, revela.

Outro ponto de atenção, de acordo com Harfuch, são os recursos para a conversão e recuperação de pastagens degradadas, um tema fundamental das propostas da Coalizão. O Plano anunciou R$ 2,1 bilhões em recursos dentro do RenovAgro Recuperação e Conversão. É um avanço, mas ainda distante dos R$ 10 bilhões defendidos pela rede como necessários para estruturar essa agenda em escala. Harfuch destaca, ainda, que boa parte do RenovAgro vai para agricultura, e não para o setor pecuário. “Por ter um perfil mais avesso a riscos e até mesmo a endividamentos na implementação de novas tecnologias, o pecuarista ainda acessa pouco os recursos para esta finalidade.”

O governo também anunciou o Plano Safra Agricultura Familiar 2025/2026, em 30 de junho, que prevê R$ 89 bilhões de recursos. Nele, a especialista vê uma oportunidade, pois houve um “esforço do governo na manutenção da taxa de juros reduzida para esse público”. De acordo com Leila, o plano traz quatro linhas principais para a transição justa da agricultura familiar aliada à agenda climática, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf): semiárido, agroecologia, bioeconomia e floresta. As taxas de juros foram mantidas em 3% ao ano, como sugerido pela Coalizão.

Outro ponto de destaque foi o financiamento de irrigação sustentável para a agricultura familiar, incorporado explicitamente ao plano. Ainda assim, há o desafio de alavancar a tomada de recursos, que, segundo Harfuch, ainda é pequena, exceto para a bioeconomia, que cresceu nas últimas safras e passou por reformulações de financiamento a partir do Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (ABC+).

Até o momento, seguem pendentes propostas como o reconhecimento de ativos ambientais como garantia e o fortalecimento da gestão de riscos com o seguro rural. As propostas da rede enviadas ao governo em março deste ano estão disponíveis no site da Coalizão.

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Nova sonda de medição da Vaisala garante melhor controle de câmara seca

Câmara seca

Dispositivo fornece medições precisas em condições exigentes de processamento, como ocorre na produção de baterias de íons de lítio

A Vaisala lançou no começo de junho a nova Sonda de Ponto de Orvalho e Temperatura DMP1, para monitoramento das condições ambientais em salas e espaços industriais críticos. É ideal para salas secas: é compacta, tem capacidade de medição de ponto de orvalho de até -70 °C e  resposta centena de vezes mais rápida do que outras tecnologias disponíveis.

Fornece, ainda, medições precisas em condições exigentes de processamento a seco, como as encontradas na produção de baterias de íons de lítio, onde o controle da umidade é fundamental para o desempenho das baterias fabricadas. Empregando tecnologia de medição avançada, a DMP1 garante que as condições do ponto de orvalho permaneçam conforme especificado em todas as áreas de uma câmara seca de fabricação, ajudando assim a manter a qualidade do produto e a segurança da fabricação, especialmente onde o controle da umidade é fundamental para a fabricação de baterias, como as de lítio.

“A resposta rápida da nova sonda torna os sistemas de controle capazes de dar uma resposta  em tempo hábil, garantindo a  proteção da qualidade e segurança do produto”, afirma Bruno Albuquerque, gerente comercial da Vaisala no Brasil. Na prática, os clientes podem controlar com eficiência quaisquer desvios no ponto de orvalho da câmara seca. “Tempos de reação rápidos se traduzem em maior segurança no local de trabalho, mantendo a alta qualidade do produto e evitando desperdícios no processo de produção das baterias”, garante o especialista.

Melhor visibilidade e controle 

O DMP1 faz parte do ecossistema modular de medição Vaisala Indigo, oferecendo compatibilidade plug-and-play com dispositivos inteligentes conectados. Por exemplo, ele pode ser conectado a um transmissor Indigo300 para exibir dados e transmitir valores de medição para sistemas de automação e controle. A sonda também pode ser conectada a um dispositivo portátil Indigo80 para trabalhos de manutenção, e as sondas intercambiáveis ​​minimizam o tempo de inatividade  e simplificam o trabalho de manutenção. 

Anteriormente, o controle do ponto de orvalho em salas secas era feito por sensores volumosos, com alcance de medição limitado e resposta lenta. “A sonda DMP1 representa, portanto, um grande avanço, pois resolve esses problemas, proporcionando aos gerentes de processo maior visibilidade das condições ambientais e mais tempo para responder quando as condições se desviam do ideal”, sintetiza Albuquerque.

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