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Irrigação é a segurança da produção para os agricultores do MATOPIBA
 
																								
												
												
											Região, que já é responsável por mais de 12% do total de soja produzida no Brasil, tem potencial para crescer ainda mais nas mesmas áreas, com auxílio de tecnologias, como a utilização de pivôs, porém produtores ainda precisam superar os desafios externos
O Bahia Farm Show, realizado em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste baiano, fechou a edição de 2024 com a comercialização total de R$ 10,9 bilhões em negócios. O resultado, que representa um crescimento de 32,7% em comparação a 2023, comprova a ascensão dessa importante região produtora. Juntamente com a Bahia, o Maranhão, Tocantins e o Piauí, formam o MATOPIBA, região responsável pela forte expansão agrícola especialmente no cultivo de grãos que se iniciou a partir da segunda metade dos anos 1980. A boa topografia, o baixo custo das terras, aliado à adoção de tecnologias, colaborou com esse avanço no Cerrado, especialmente sobre as pastagens subutilizadas.
Já nos últimos anos a situação se inverteu, com a grande procura na região, houve uma forte valorização das terras, o que tem feito com que os produtores locais busquem ferramentas para melhorar a eficiência em suas áreas, em vez de investir em novos terrenos. Entre as tecnologias que mais ganharam protagonismo nessa estratégia, destaque-se a irrigação por pivôs que contribuem com o bom desenvolvimento de sua lavoura, principalmente nos períodos prolongados de forte calor.
De acordo com Silvio Dias, Diretor comercial da Pivot Máquinas Agrícolas e Sistemas de Irrigação, revenda parceira da Lindsay, representada pelas marcas Zimmatic™ e FieldNET™, os resultados da Bahia Farm Show comprovam o potencial da região e também o interesse crescente dos produtores pela irrigação. “ A feira foi muito movimentada, com bastante clientes com intenção de compras, fechamos alguns negócios e prospectamos outros para futuramente desenvolvermos novos projetos. O MATOPIBA é a região com mais potencial para irrigação a curto prazo, e os produtores estão dispostos a investir”, destacou.
Atualmente essa adoção tem crescido significante, segundo dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), dentre os biomas, o Cerrado responde por 70,4% (1,35 Mha) da área total de pivôs centrais – de forma geral, essa concentração ocorre em função da expansão da agricultura para áreas de maior déficit hídrico, da estrutura fundiária de grandes e médias propriedades, da adequação desse sistema para grandes áreas relativamente planas e para os tipos de solos predominantes.
Segundo Anderson Gorgen, diretor administrativo da GEES AS, que há três anos é a revenda também parceira da Lindsay, com atuação no Maranhão e Piauí, os produtores têm buscado a irrigação como alternativa ao alto custo das terras e também por segurança de produtividade.
“Na região onde atuamos muitos daqueles que investem em irrigação não buscam aumento de área plantada e sim, ter a garantia que irá plantar e colher sua safra”, pontuou.
O grupo GEES AS, que também produz e comercializa commodities agrícolas; sementes de soja; defensivos agrícolas; máquinas agrícolas; formulação de fertilizantes com matéria-prima; secagem e armazenagem de grãos; transporte da produção, vê na irrigação o grande potencial de crescimento para o Cerrado. De acordo com Gorgen, especialmente no MA e no PI, a procura por pivôs tem crescido a cada ano. “Os agricultores que nos procuraram são em sua maioria produtores de grãos de áreas médias e grandes de 10 mil a 12 mil hectares”, salientou o especialista.
Ainda segundo o profissional, se analisarmos por área irrigada, o Piauí tem crescido mais por conta de as propriedades serem maiores e a topografia melhor. Mas em quantidade de pivô, o Maranhão iguala. Também vale uma ressalva ao Pará. O estado que vem de sete anos seguidos de safras recordes, em 2023 foi responsável pela produção de 6,44 milhões de toneladas, ampliando sua agricultura irrigada por conta da topografia privilegiada aliado a disponibilidade de água abundante.
Desafios a se superar
A irrigação por pivôs comprovadamente pode proporcionar uma produtividade de duas a três vezes maior do que áreas de sequeiro (não irrigadas). Além disso, a técnica oferece outras vantagens como: melhoria na qualidade dos produtos, redução de custos unitários, atenuação dos impactos da variabilidade climática, otimização de insumos e equipamentos, aumento na oferta e na regularidade de alimentos, assim como a modernização dos sistemas de produção. De acordo com o (ANA), a técnica pode crescer 45% até 2030 no Brasil, frente a uma demanda alta de produção de alimentos, contudo, para isso acontecer é necessário resolver alguns problemas alheios à vontade do produtor.
O principal deles ainda é a ineficiência energética em boa parte das cidades do MATOPIBA. Ou seja, lugares que não tem energia elétrica ou a mesma chega com baixa qualidade com oscilações na tensão entregue e interrupção do fornecimento por longos períodos, o que prejudica a irrigação causando falhas ou até danos aos pivôs.
Para tentar melhorar essa situação, juntamente com as concessionárias, o grupo GEES SA, tem atuado juntos aos governos na busca da solução dessa importante dor. “O agricultor quer investir em irrigação para ter segurança na produção, mas hoje isso está limitado por conta das dificuldades externas que não dependem da vontade deles”, destaca Gorgen.
Ainda segundo o diretor, um ponto positivo é que há um movimento de algumas indústrias querendo se instalar no MA e no sul do PI, mas condicionado que o governo se comprometa a melhorar esse déficit de energia. “Com essa pressão maior, a nossa expectativa é que se resolva esse problema o quanto antes assim teremos grandes ganhos de produtividade e todo mundo só tem a ganhar”, disse. “Aqui na Bahia, já há algumas subestações sendo construídas que nos ajudará a expandir os negócios resolvendo aos poucos esse problema energético”, completou Dias, diretor da Pivot.
Sobre a Lindsay América do Sul
A Lindsay América do Sul é a subsidiária local da americana Lindsay Corporation., com escritório em Campinas (SP) e fábrica em Mogi Mirim (SP) – Brasil. A empresa produz uma linha completa de sistemas de irrigação, representada pelas marcas Zimmatic™ e FieldNET™. Com sua tecnologia operando em mais de 90 países, a Lindsay atua na fabricação e distribuição de pivôs centrais, laterais e soluções de tecnologia de irrigação há mais de cinco décadas, e tem sede global em Omaha, no estado do Nebraska, EUA.
 
																	
																															Destaque
Especialistas debatem futuro do amendoim brasileiro e sua competitividade no mercado global
 
														Exportação, consumo interno, sustentabilidade e inovação são alguns dos temas que movimentam o setor e ganham espaço em novo canal de informação
Os desafios e as oportunidades do mercado do amendoim, especialmente no cenário internacional, têm mobilizado cada vez mais especialistas, produtores, pesquisadores e representantes da agroindústria. A expansão da cultura no Brasil, aliada à busca por diferenciação e valor agregado, exige não apenas inovação tecnológica no campo, mas também estratégias comerciais e institucionais capazes de conectar o produto nacional às exigências do mundo.
É nesse contexto que surge o “Amendoim & Prosa”, novo podcast criado para valorizar e dar visibilidade aos diversos elos da cadeia produtiva do amendoim. A iniciativa é da Indústrias Colombo e foi lançada oficialmente no dia 6 de agosto, durante a 7ª Feira Nacional do Amendoim, em Jaboticabal/SP. O primeiro episódio aborda o tema “Mercado externo do amendoim: desafios e oportunidades” e tem como convidado Pablo Rivera, CEO da Beatrice Peanuts e vice-presidente da ABEX-BR.
Com foco técnico, mas linguagem acessível, o projeto busca promover o diálogo entre o campo, a ciência e o mercado, dando voz a quem planta, pesquisa, beneficia, transforma e comercializa o amendoim no Brasil e no mundo. A proposta é criar um espaço de escuta e construção coletiva de soluções para o desenvolvimento sustentável da cultura.
“O podcast nasce como mais uma ferramenta para impulsionar o setor e estimular boas práticas. O Brasil tem enorme potencial e protagonismo nessa cadeia, e é fundamental que a gente amplie a visibilidade e o conhecimento sobre o que está sendo feito de bom aqui”, afirma Luiz Antonio Vizeu, engenheiro agrônomo e gerente de Relações Institucionais da Indústrias Colombo.
Apresentado por Vizeu e pela jornalista Juliana Pertille — comunicadora com longa trajetória no agro, com passagens por veículos como Canal Rural e Record News —, o “Amendoim & Prosa” terá episódios mensais com convidados que vivem o dia a dia do setor. Além do mercado internacional, a programação trará temas como consumo interno, marketing do setor, sustentabilidade, inovação, óleo de amendoim e histórias reais de quem trabalha diretamente com a cultura.
“Queremos construir um conteúdo que una conhecimento técnico e sensibilidade. O agro tem muitas histórias potentes que precisam ser contadas e ouvidas com respeito, leveza e profundidade”, destaca Juliana.
Durante a Feira Nacional do Amendoim, além do lançamento oficial, novos episódios também serão gravados com convidados especiais, reforçando o compromisso do projeto com a escuta ativa e a valorização dos diversos agentes dessa cadeia.
O podcast já está disponível nas principais plataformas de streaming (Spotify, Deezer e Amazon Music) e nas redes sociais do projeto @amendoimeprosa. Os vídeos serão publicados também no YouTube, na playlist da @industriascolombo. Outras informações em: www.amendoimeprosa.com.br.
Destaque
Maior competição de torra do mundo entra na fase final
 
														A decisão acontecerá entre os dias 5 e 7 de novembro, na Semana Internacional do Café – SIC, no Expominas, em Belo Horizonte
A decisão da Torrefação do Ano Brasil 2025 – a maior competição de torra do mundo – será realizada entre os dias 5 e 7 de novembro, na Semana Internacional do Café 2025 – SIC, no Expominas, na capital mineira, no Espaço Torra Experience. O evento, organizado pela Atilla Torradores, tem como objetivo elevar cada vez mais o nível de qualidade das torrefações envolvidas através de atividades que estimulem a criatividade, a consistência, a análise sensorial e outras habilidades importantes para a área. Além disso, o campeonato gera conhecimento ao público com a criação de conteúdo, dados e a interação de forma positiva pela troca de experiências entre as empresas participantes.
Treinos, torras, avaliações e divulgação do vencedor
Na quarta-feira,05/11, acontecerão os treinos das 12h às 18h50, na quinta-feira, 06/11, serão as torras, também das 12h às 18h50. Já na sexta-feira, 07/11, os juízes farão as avaliações das 9h às 12h e, às 15h, ocorrerá a premiação do campeão do Torrefação do Ano Brasil 2025, no Grande Auditório.
“Chegamos à etapa final com depoimentos positivos de cada participante e isso é um dos nossos objetivos. Todas as torrefações tiveram feedback dos juízes, que, ao avaliarem as amostras recebidas, fizeram o papel do consumidor final. Sendo assim, a cadeia cresce em qualidade. A hora do espetáculo está chegando, os finalistas entregarão, ao vivo, suas melhores torras. Serão três dias de muita troca entre as empresas e o público poderá assistir, aprender como as torras acontecem e, ainda, provar os cafés da fazenda Santa Cruz: os arábicas e Asa Branca e Mundo novo que são variedades dos arábicas. Que seja mais uma grande decisão”, afirma Séfora de Paula, Diretora de Marketing da Atilla Torradores.
Atrações no estande
No estande da Atilla Torradores terão torras de cafés especiais com distribuição de amostras, provas de café produzidos nas matas de Minas e a exposição de uma obra de arte, uma locomotiva, do artista plástico Robson Emerick, em homenagem à Ferrovia Leopoldina. O café e os trens compartilham de um mesmo enredo na história brasileira. O café exigiu caminhos mais rápidos e pediu estradas mais largas. A Estrada de Ferro Leopoldina começou a ser construída em 1874. No início do Século XX, consolidou-se como uma das maiores malhas ferroviárias do Brasil, chegando a mais de 3.200 km de trilhos, sendo quase toda dedicada ao transporte de café.
No estande da final, o público acompanhará as torras através de TVs e poderá provar os cafés da final do campeonato (produzidos no Sul de Minas).
Campeonato começou com 131 corporações
A competição iniciou com 131 instituições. Agora, são 20 que seguem na disputa: Nelly Cafés Especiais, O Cafeeiro, Affinis, Expocaccer, Dulcerrado, Caffè do Borella, Do Coado ao Espresso, Volante Café, Caffè Tonani, Apé Café, Lincoln Café Especial, William and Sons Coffee Co, Saga Coffee, Arabic Coffee, São Caetano Coffee House, Lab Cup, Guanabara Café, Café Gourmet cgp, Veraz Cafés e Paiol Avenida.
Os cafés especiais dessa edição foram feitos pela Fazenda Santa Cruz, em Paraguaçu (MG), pela produtora Josiani Moraes. Na fase anterior, as instituições, de 18 estados, receberam 1,5kg de dois cafés crus distintos e realizaram a torra nas próprias corporações. Em seguida, as amostras torradas foram enviadas à Atilla Torradores e um corpo de juízes avaliou todas pelo método de cupping ou prova de xícara (processo de avaliação sensorial).
Torrefação do Ano Brasil – 2025, a maior competição de torra do mundo
Programação:
Quarta-feira (05/11): Treinos das 12h às 18h50
Quinta-feira (06/11): Torras das 12h às 18h50
Sexta-feira (07/11): Avaliação dos juízes das 9h às 12h e às 15h premiação do campeão
Local: Semana Internacional do Café 2025 – SIC, no Expominas, em Belo Horizonte (MG), no Espaço Torra Experience
Destaque
Cartilha inédita conecta produção rural e conservação da Mata Atlântica
 
														Publicação apresenta 110 espécies nativas e orienta produtores rurais a integrar conservação da Mata Atlântica e práticas produtivas sustentáveis
A Associação Ambientalista Copaíba, em parceria com o WWF-Brasil e a Sylvamo, lançou a cartilha “Árvores nativas da Mata Atlântica: sustentabilidade e utilização na propriedade rural”. O material reúne informações sobre 110 espécies nativas e foi desenvolvido como uma ferramenta prática para apoiar agricultores e comunidades na adoção de práticas que unem produtividade e conservação ambiental.
O guia destaca as características ecológicas e o potencial de uso das espécies em diferentes contextos, como a recuperação de áreas degradadas e a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs). A proposta é oferecer subsídios para que produtores rurais escolham as árvores mais adequadas ao enriquecimento de suas áreas, promovendo benefícios ambientais, produtivos e sociais.
A iniciativa integra o Programa Raízes do Mogi Guaçu, fruto da cooperação entre WWF-Brasil e Sylvamo, com implementação da Copaíba. Criado para impulsionar a restauração da Mata Atlântica e a preservação de mananciais na bacia do rio Mogi Guaçu, o programa já restaurou, até abril de 2025, mais de 340 hectares de florestas nativas na Serra da Mantiqueira.
Com 26 anos de atuação, a Copaíba é responsável pela produção de mudas nativas, pelo planejamento e execução dos plantios e pelo engajamento de proprietários rurais e comunidades locais. Para a organização, a nova cartilha amplia o alcance dessas ações, oferecendo conhecimento acessível e aplicável para quem deseja cultivar e restaurar a biodiversidade da Mata Atlântica.
“A cartilha representa um passo importante para aproximar o produtor rural das soluções baseadas na natureza. Ao facilitar o acesso a informações sobre espécies nativas e seus usos, reforçamos que é possível produzir de forma sustentável e, ao mesmo tempo, recuperar a biodiversidade e os mananciais da Mata Atlântica”, destaca Flávia Balderi, secretária Executiva da Associação Ambientalista Copaíba.
O material será disponibilizado gratuitamente através do site: https://copaiba.org.br/arvores-nativas-da-mata-atlantica/.
Benefícios das árvores nativas
As árvores nativas da Mata Atlântica desempenham um papel fundamental na manutenção do equilíbrio ambiental, trazendo benefícios ecológicos, sociais e econômicos. Sua essencialidade está ligada à conservação da biodiversidade, ao fornecer abrigo e alimento para inúmeras espécies de fauna e flora, muitas das quais são endêmicas e ameaçadas de extinção.
Segundo Flávia Balderi, entre os principais benefícios oferecidos pelas plantas estão a melhoria do solo, por meio da fixação de nitrogênio, aumento da matéria orgânica e estabilização contra processos erosivos; a produção sustentável, com o aproveitamento de frutos, madeiras de manejo, óleos essenciais e resinas que geram renda a agricultores e comunidades; e a proteção ambiental, já que essas árvores regulam o ciclo da água, ajudam na manutenção das nascentes e rios, além de proporcionar sombra, reduzir a temperatura e melhorar a qualidade do ar em áreas urbanas.
“Investir na restauração e no plantio de árvores nativas é essencial para garantir um futuro sustentável, promovendo a recuperação dos ecossistemas e a valorização dos serviços ambientais que essas espécies oferecem”, conclui.

 
			 
											 
											 
											 
											 
											