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MFG elimina marca a fogo e reúne cadeia produtiva para discutir bem-estar animal

Tatuagem MFG

A marcação a fogo é uma discussão antiga no Brasil. Apesar disso, ainda é uma prática comum em muitas fazendas, sendo também usada como método de identificação no controle oficial de zoonoses, com exceção do estado de São Paulo, que, recentemente, retirou a obrigatoriedade na vacinação de brucelose. Rompendo com essa tradição, a MFG Agropecuária é pioneira no setor de confinamento em abolir o uso da marca a fogo em suas oito unidades, localizadas nos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

A decisão é o desfecho de um amplo processo para garantir o bem-estar dos animais – sejam eles próprios ou de parceiros – envolvendo práticas racionais de manejo e de transporte, adaptação de estruturas, construção de áreas recreativas e protocolos rigorosos de sanidade e nutrição, sendo pioneira, em escala comercial, na aplicação do conceito de bem-estar nutricional e na interrupção do uso de ionóforos, uma classe de antibiótico popular entre os confinadores.

“Nós tivemos de reestruturar toda a parte de compra de animais e a forma de apartação dos lotes, de modo a retirar totalmente a marcação a fogo. Validamos o método no fim do ano passado e já o adotamos em 100% das plantas”, comemora Maryele Rodrigues, gerente de Sanidade e Bem-Estar Animal da MFG Agropecuária. Desde então, o time de originadores trocou a brasa por uma tinta atóxica, a mesma utilizada na identificação de lotes comercializados nos leilões de bovinos.

Segundo Maryele, a marca a fogo é um anseio de pecuaristas mais tradicionais ou é vista como um tipo de “seguro” contra perdas e roubos, porém, na MFG, o risco destas situações é baixo. Os confinamentos do grupo são bem localizados e a identificação é feita individualmente, por meio de brincos, garantindo a rastreabilidade dos animais, além do fato de estar atento às tendências de mercado, dentro e fora do país, e não reconhecer a necessidade daquela prática cultural. Tão logo a equipe chega à fazenda do parceiro, o lote é apartado, marcado e embarcado. “A tinta utilizada na marcação dura cerca de 15 dias, tempo suficiente para concluir todos os proced imentos”, informa a gerente de Sanidade e Bem-Estar Animal da MFG Agropecuária.

Encontro discute bem-estar animal
Temas relacionados ao bem-estar animal, como é o caso da marca a fogo, são exaustivamente discutidos na MFG. Nas  dependências da planta de Tangará da Serra (MT), por exemplo, ocorreu, de 13 a 15 de maio, o 2º Encontro de Bem-Estar Animal Confinamento do Bem, onde a empresa reuniu pecuaristas, zootecnistas, veterinários, consultores,  especialistas em bem-estar animal, pesquisadores e mestres da área, fornecedores de insumos e o vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Certificação por Auditoria e Rastreabilidade (ABCAR), integrante da Mesa Brasileira de Pecuária Sustentável.
Foram dois dias intensos de discussões técnicas, coroadas no terceiro com uma visita à Fazenda São Marcelo, do grupo, onde foi apresentada sua estrutura e as iniciativas ambientais que culminaram em importantes certificações, como a Fair Food, reconhecendo as ações de bem-estar animal e a preservação ambiental da propriedade. “O evento foi fantástico. Trouxemos representantes de toda a cadeia produtiva para discutir meios de alavancar a pecuária brasileira de maneira sustentável, sem esquecer que o confinamento é uma estratégia importante para atender à demanda mundial de alimento”, resume Maryele, anfitriã do evento.

Rastreabilidade total até 2032
O dia 13/05 foi mais direcionado à rastreabilidade, pelo fato do governo ter firmado compromisso de rastrear 100% do rebanho nacional nos próximos anos. Destaque para o manejo “Nada nas mãos”, onde a apartação dos lotes e a posterior colocação de brincos iniciam todo o processo, estendendo-se para o impacto financeiro da saúde animal na gestão de indicadores zootécnicos e sanitários confiáveis, concluindo com a apresentação do Plano Nacional de Identificação Individual de Rebanhos Bovinos (PNIB), que o Brasil deve concluir até 2032. Inteligência artificial e sustentabilidade como motor das transformações da pecuária brasileira também marcaram o painel.

Nutrição e meio ambiente
O dia seguinte foi aberto revelando uma pesquisa que a MFG conduz em parceria com a UNESP, para medir o impacto de coçadores na produtividade animal, e encerrado com a participação especial de José Ferreira, diretor de Sustentabilidade da Marfrig, mas o mote foi a nutrição animal, mostrando aditivos alimentares disponíveis no mercado, com os quais a MFG tem conseguido reduzir os níveis de estresse térmico dos bovinos, mitigar a emissão de metano entérico e substituir o uso de ionóforos como promotores de crescimento. Chamou a atenção, ainda, case representada na pessoa do pecuarista Waldir Martinez, que possui condutas exemplares de reflorestamento e proteção das fontes d’água, mesmo com um plantel de 36 mil cabeças. “É possível pr oduzir carne de qualidade em grande escala, de maneira sustentável, impulsionando a pecuária. A MFG é um piloto disso”, finaliza Maryele.

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Parcerias de engorda consolidam confinamento como extensão das fazendas de cria e recria no Brasil

Parcerias de engorda consolidam confinamento como extensão das fazendas de cria e recria no Brasil

Modelo permite ao pecuarista aumentar a lotação da pastagem e ganhar eficiência na terminação sem a necessidade de investir altas quantias em estrutura própria, garantindo previsibilidade e valorização do rebanho

No Brasil, cada vez mais pecuaristas de cria e recria têm recorrido às parcerias de engorda como um meio de aumentar a produção. O modelo transforma o confinamento em uma extensão natural da fazenda, dando ao produtor maior flexibilidade na operação. Segundo Vagner Lopes, gerente corporativo de Confinamento da MFG Agropecuária, a estratégia ganha espaço porque oferece escala, redução de riscos e maior valorização dos animais.

“Ao aderir à modalidade de parceria, o produtor pode aumentar o estoque de arrobas sem sobrecarregar o pasto, e garantir previsibilidade de ganho de peso, além de melhorar o acabamento de carcaça dos animais durante a terminação. Tudo isso sem precisar imobilizar capital em uma estrutura própria ou ficar refém da volatilidade do mercado de insumos”, explica Lopes.

Com o avanço tecnológico na formulação de dietas, na gestão de dados e no monitoramento do desempenho dos lotes, engordar os animais fora da fazenda tornou-se uma alternativa viável não apenas para grupos empresariais, mas também para pecuaristas tradicionais que buscam intensificar sua produção.

A tendência é observada em grandes estruturas instaladas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e até mesmo São Paulo e Bahia, que atendem produtores de diferentes perfis, como é o caso da MFG Agropecuária. “O confinamento é uma porta de entrada para a intensificação e um passo estratégico para agregar valor à produção”, reforça Lopes. Além de fornecer espaço físico, manejo voltado ao bem-estar animal, protocolos nutricionais e sanitários rigorosos, os confinamentos do grupo permitem acesso a ferramentas que ampliam a profissionalização da atividade.

Mercado futuro do boi gordo
Aos interessados, as parcerias de engorda da MFG Agropecuária contemplam a trava de preço na B3. O mecanismo de hedge garante fluxo de caixa e protege a margem de lucro, assim os produtores conseguem planejar as decisões de manejo, reposição e comercialização do rebanho. Inclusive, ainda podem antecipar seus contratos.

“Se o produtor precisa travar os animais daqui dois, cinco, seis meses ou o tempo necessário para garantir a rentabilidade do negócio, ele pode fazer isso de forma antecipada na MFG”, explica Vanderlei Finger, gerente geral de Compra de Gado do grupo.  De acordo com ele, a equipe de originação vai até a fazenda, avalia os animais, projeta a engorda e calcula o tempo necessário até o abate, para que o pecuarista faça a trava com tranquilidade.

Premiações de carcaça
O parceiro também tem acesso a um pacote de premiações, incluindo “Boi Europa”, “Cota Hilton” e cronologia de animais até quatro dentes. Para exportação à Europa, em especial, a MFG assume a rastreabilidade dos animais do parceiro. “O confinamento não é apenas uma prestação de serviço, mas sim um elo de confiança. Trabalhamos para que o pecuarista tenha a tranquilidade e a segurança de que seus animais vão expressar todo o potencial produtivo, transformando a cria e recria em um ciclo vitorioso”, conclui Lopes.

Entre os principais benefícios apontados pelo gerente estão:

Eficiência econômica – o pecuarista de cria e recria transforma o bezerro ou garrote em boi gordo, capturando a margem de terminação.

Flexibilidade comercial – animais podem ser entregues ao frigorífico em momentos estratégicos, aproveitando oscilações positivas no mercado do boi gordo.

Previsibilidade produtiva – confinamentos comerciais oferecem nutrição balanceada, manejo padronizado e acompanhamento técnico, assegurando ganho de peso diário consistente.

Redução de riscos – a parceria dispensa investimentos pesados em currais, cochos, maquinário e mão de obra qualificada, permitindo que o produtor dedique-se à cria e/ou recria.

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Especialistas debatem futuro do amendoim brasileiro e sua competitividade no mercado global

Especialistas debatem futuro do amendoim brasileiro e sua competitividade no mercado global

Exportação, consumo interno, sustentabilidade e inovação são alguns dos temas que movimentam o setor e ganham espaço em novo canal de informação

Os desafios e as oportunidades do mercado do amendoim, especialmente no cenário internacional, têm mobilizado cada vez mais especialistas, produtores, pesquisadores e representantes da agroindústria. A expansão da cultura no Brasil, aliada à busca por diferenciação e valor agregado, exige não apenas inovação tecnológica no campo, mas também estratégias comerciais e institucionais capazes de conectar o produto nacional às exigências do mundo.

É nesse contexto que surge o “Amendoim & Prosa”, novo podcast criado para valorizar e dar visibilidade aos diversos elos da cadeia produtiva do amendoim. A iniciativa é da Indústrias Colombo e foi lançada oficialmente no dia 6 de agosto, durante a 7ª Feira Nacional do Amendoim, em Jaboticabal/SP. O primeiro episódio aborda o tema “Mercado externo do amendoim: desafios e oportunidades” e tem como convidado Pablo Rivera, CEO da Beatrice Peanuts e vice-presidente da ABEX-BR.

Com foco técnico, mas linguagem acessível, o projeto busca promover o diálogo entre o campo, a ciência e o mercado, dando voz a quem planta, pesquisa, beneficia, transforma e comercializa o amendoim no Brasil e no mundo. A proposta é criar um espaço de escuta e construção coletiva de soluções para o desenvolvimento sustentável da cultura.

“O podcast nasce como mais uma ferramenta para impulsionar o setor e estimular boas práticas. O Brasil tem enorme potencial e protagonismo nessa cadeia, e é fundamental que a gente amplie a visibilidade e o conhecimento sobre o que está sendo feito de bom aqui”, afirma Luiz Antonio Vizeu, engenheiro agrônomo e gerente de Relações Institucionais da Indústrias Colombo.

Apresentado por Vizeu e pela jornalista Juliana Pertille — comunicadora com longa trajetória no agro, com passagens por veículos como Canal Rural e Record News —, o “Amendoim & Prosa” terá episódios mensais com convidados que vivem o dia a dia do setor. Além do mercado internacional, a programação trará temas como consumo interno, marketing do setor, sustentabilidade, inovação, óleo de amendoim e histórias reais de quem trabalha diretamente com a cultura.

“Queremos construir um conteúdo que una conhecimento técnico e sensibilidade. O agro tem muitas histórias potentes que precisam ser contadas e ouvidas com respeito, leveza e profundidade”, destaca Juliana.

Durante a Feira Nacional do Amendoim, além do lançamento oficial, novos episódios também serão gravados com convidados especiais, reforçando o compromisso do projeto com a escuta ativa e a valorização dos diversos agentes dessa cadeia.

O podcast já está disponível nas principais plataformas de streaming (Spotify, Deezer e Amazon Music) e nas redes sociais do projeto @amendoimeprosa. Os vídeos serão publicados também no YouTube, na playlist da @industriascolombo. Outras informações em: www.amendoimeprosa.com.br.

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Maior competição de torra do mundo entra na fase final

MAIOR COMPETIÇÃO DE TORRA DO MUNDO ENTRA NA FASE FINAL

A decisão acontecerá entre os dias 5 e 7 de novembro, na Semana Internacional do Café – SIC, no Expominas, em Belo Horizonte

A decisão da Torrefação do Ano Brasil 2025 – a maior competição de torra do mundo – será realizada entre os dias 5 e 7 de novembro, na Semana Internacional do Café 2025 – SIC, no Expominas, na capital mineira, no Espaço Torra Experience. O evento, organizado pela Atilla Torradores, tem como objetivo elevar cada vez mais o nível de qualidade das torrefações envolvidas através de atividades que estimulem a criatividade, a consistência, a análise sensorial e outras habilidades importantes para a área. Além disso, o campeonato gera conhecimento ao público com a criação de conteúdo, dados e a interação de forma positiva pela troca de experiências entre as empresas participantes.

Treinos, torras, avaliações e divulgação do vencedor

Na quarta-feira,05/11, acontecerão os treinos das 12h às 18h50, na quinta-feira, 06/11, serão as torras, também das 12h às 18h50. Já na sexta-feira, 07/11, os juízes farão as avaliações das 9h às 12h e, às 15h, ocorrerá a premiação do campeão do Torrefação do Ano Brasil 2025, no Grande Auditório.

“Chegamos à etapa final com depoimentos positivos de cada participante e isso é um dos nossos objetivos. Todas as torrefações tiveram feedback dos juízes, que, ao avaliarem as amostras recebidas, fizeram o papel do consumidor final. Sendo assim, a cadeia cresce em qualidade. A hora do espetáculo está chegando, os finalistas entregarão, ao vivo, suas melhores torras. Serão três dias de muita troca entre as empresas e o público poderá assistir, aprender como as torras acontecem e, ainda, provar os cafés da fazenda Santa Cruz: os arábicas e Asa Branca e Mundo novo que são variedades dos arábicas. Que seja mais uma grande decisão”, afirma Séfora de Paula, Diretora de Marketing da Atilla Torradores.

Atrações no estande

No estande da Atilla Torradores terão torras de cafés especiais com distribuição de amostras, provas de café produzidos nas matas de Minas e a exposição de uma obra de arte, uma locomotiva, do artista plástico Robson Emerick, em homenagem à Ferrovia Leopoldina. O café e os trens compartilham de um mesmo enredo na história brasileira. O café exigiu caminhos mais rápidos e pediu estradas mais largas. A Estrada de Ferro Leopoldina começou a ser construída em 1874. No início do Século XX, consolidou-se como uma das maiores malhas ferroviárias do Brasil, chegando a mais de 3.200 km de trilhos, sendo quase toda dedicada ao transporte de café.

No estande da final, o público acompanhará as torras através de TVs e poderá provar os cafés da final do campeonato (produzidos no Sul de Minas).

Campeonato começou com 131 corporações

A competição iniciou com 131 instituições. Agora, são 20 que seguem na disputa: Nelly Cafés Especiais, O Cafeeiro, Affinis, Expocaccer, Dulcerrado, Caffè do Borella, Do Coado ao Espresso, Volante Café, Caffè Tonani, Apé Café, Lincoln Café Especial, William and Sons Coffee Co, Saga Coffee, Arabic Coffee, São Caetano Coffee House, Lab Cup, Guanabara Café, Café Gourmet cgp, Veraz Cafés e Paiol Avenida.

Os cafés especiais dessa edição foram feitos pela Fazenda Santa Cruz, em Paraguaçu (MG), pela produtora Josiani Moraes. Na fase anterior, as instituições, de 18 estados, receberam 1,5kg de dois cafés crus distintos e realizaram a torra nas próprias corporações. Em seguida, as amostras torradas foram enviadas à Atilla Torradores e um corpo de juízes avaliou todas pelo método de cupping ou prova de xícara (processo de avaliação sensorial).

Torrefação do Ano Brasil – 2025, a maior competição de torra do mundo

Programação:

Quarta-feira (05/11): Treinos das 12h às 18h50
Quinta-feira (06/11): Torras das 12h às 18h50
Sexta-feira (07/11): Avaliação dos juízes das 9h às 12h e às 15h premiação do campeão
Local: Semana Internacional do Café 2025 – SIC, no Expominas, em Belo Horizonte (MG), no Espaço Torra Experience

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