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Manejo simplificado de tomate grape permite que médios e pequenos produtores entrem no segmento gourmet

Tomate Rosso Agristar do Brasil

Ciclo rápido, com dois semeios por ano, transforma a variedade em uma opção acessível e produtiva para contextos em que a redução de custos é uma das metas

O segmento gourmet é uma janela estratégica para os pequenos e médios produtores maximizarem o retorno sobre o investimento, minimizar os riscos de oscilações no mercado de massa e posicionar-se como fornecedores de produtos de alta qualidade. Os frutos alongados, firmes e saborosos, com excelente coloração e tamanho uniforme, como aqueles provenientes do tomate grape, quando unidos à facilidade e economia no manejo dessa variedade, permitem acessar esse tipo de categoria.  

Conforme explica o especialista em tomates e pimentões Thiago Teodoro, cultivares como o grape Rosso, da linha da TSV Sementes, da Agristar do Brasil, destaca-se pela firmeza de seus frutos, garantindo que eles resistam ao transporte e ao manuseio, mantendo a qualidade e a aparência atraente nas gôndolas e no prato.  

“A durabilidade do Rosso após a colheita também é um atributo essencial para o mercado gourmet, onde a qualidade visual e frescor são altamente valorizados. Os frutos uniformes facilitam o uso no segmento gourmet, onde a consistência no tamanho e na aparência dos ingredientes é uma prioridade”, resume o especialista. 

Acessível ao pequeno produtor 

Diferente de grandes propriedades, pequenos e médios produtores trabalham com margens de lucro menores e menos recursos financeiros. Para se manterem competitivos, precisam reduzir custos sempre que possível, sem sacrificar a qualidade da produção.  

No mesmo contexto, muitas vezes têm capital limitado para investir em insumos, infraestrutura e mão de obra. “Produtos como o tomate Rosso, que oferecem produtividade com menor custo, são ideais para esse perfil de agricultor, pois permitem maximizar o retorno sem a necessidade de grandes investimentos”, resume Teodoro.  

Entre as características desse híbrido que tornam seu cultivo simples e acessível para pequenos e médios produtores, estão: 

Não exige desbrota: diferentemente de outras variedades, o Rosso, por ser um tomate determinado (com crescimento limitado), não requer o processo de desbrota — o que reduz significativamente o tempo e o custo de manejo;  

Manejo simples: a condução do Tomate Rosso no campo é mais fácil devido ao hábito de crescimento determinado, o que reduz a complexidade na poda, amarração e estruturação da planta; 

Redução de custos com mão de obra: para o pequeno produtor, mão de obra pode ser um dos maiores custos operacionais. Como o Rosso exige menos mão de obra devido à ausência de desbrota e manejo simplificado, o produtor economiza nesse aspecto, o que aumenta sua margem de lucro;  

Economia reinvestida: o dinheiro economizado com menos mão de obra e manejo pode ser reinvestido para aumentar a produção, realizar melhorias na propriedade ou até mesmo iniciar uma nova safra no mesmo ano, graças ao ciclo de plantio rápido do Rosso. 

O segmento gourmet como estratégia para lucrar 

O tomate tipo “grape” é amplamente demandado no segmento gourmet por algumas razões-chave. Sendo um tomate menor, de formato oval, ele é perfeito para apresentações sofisticadas e elegantes em pratos, saladas e aperitivos. Seu visual é muito apreciado por chefs e consumidores do segmento gourmet que buscam ingredientes que, além de saborosos, proporcionam uma apresentação visual diferenciada. 

Essa variedade também costuma ser mais doce e suculenta que as variedades maiores, sendo um ingrediente versátil e saboroso, ideal para consumo in natura ou em preparações sofisticadas. “A textura firme desse tipo de tomate também garante que ele mantenha sua forma e consistência, mesmo após ser manipulado ou cozido, o que é crucial para pratos delicados no segmento gourmet”, finaliza Teodoro. 

Sobre a Agristar  

A Agristar é movida pela paixão ao campo e pelo desafio de superar limites. Com mais de 60 anos de existência, é uma das maiores empresas do país no desenvolvimento, produção e comercialização de sementes de hortaliças e frutas. Atua no mercado profissional com as linhas Topseed Premium, Topseed, Superseed e TSV Sementes, e no segmento de jardinagem, hobby e lazer através das linhas Topseed Garden e TSV Sementes. Com capital 100% nacional e com uma ampla e moderna infraestrutura, a Agristar tem orgulho em conhecer a sua terra e assim desenvolver e testar produtos de alto desempenho. Sediada em Santo Antônio de Posse (SP), a empresa possui quatro estações experimentais e uma unidade de pesquisa e melhoramento estrategicamente localizadas nos estados de SP, MG, SC e RN, que asseguram o desenvolvimento de produtos adaptados para os mais diversos climas e regiões.  

Para mais informações acesse: www.agristar.com.br

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50 anos do Proálcool: o Brasil como potência verde

50 anos do Proálcool: o Brasil como potência verde

*Por Mário Campos, presidente da Bioenergia Brasil e SIAMIG Bioenergia

Em 14 de novembro de 1975, o governo brasileiro instituiu o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), uma resposta estratégica à crise mundial do petróleo e à forte dependência do país em combustíveis fósseis. Meio século depois, o programa se consolidou como um dos mais importantes marcos de política pública no setor energético, responsável por posicionar o Brasil entre os líderes globais em biocombustíveis.

Ao longo desses 50 anos, os resultados foram expressivos. O Proálcool reduziu a vulnerabilidade externa do país, impulsionou a agroindústria da cana-de-açúcar, fomentou a interiorização da produção e gerou milhares de empregos nas cadeias agrícola e industrial.

No campo ambiental, o etanol, cujo protagonismo nasceu com o Proálcool, transformou o Brasil em uma das nações com menor intensidade de carbono no setor de transportes leves. Atualmente, cerca de 45% desse mercado é atendido pelo etanol, contribuindo diretamente para a diminuição da poluição urbana e para a melhoria da qualidade de vida em nossas cidades.

O programa, ao transformar o país, também evoluiu para uma estratégia nacional de longo prazo. O etanol permanece como um dos principais vetores da transição energética brasileira. Esse amadurecimento se refletiu em políticas modernas, como o RenovaBio, o Combustível do Futuro e o programa Mover. Hoje, dispomos de metodologia científica robusta, a Análise de Ciclo de Vida, que quantifica emissões desde a produção até o uso dos combustíveis. Essa análise demonstra que a frota brasileira de veículos leves é a mais sustentável do mundo.

Às vésperas da COP30, o Brasil apresenta ao mundo um exemplo concreto e bem-sucedido de transição energética sustentável, não apenas teoria, mas resultados comprovados.

O país está preparado para compartilhar sua experiência e inspirar outras nações comprometidas com uma transição energética consistente, eficaz e duradoura. O Proálcool, ao completar meio século, reafirma o papel do Brasil como líder natural da economia verde global.

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Pesquisadores identificam principais soluções sustentáveis para combate de nematóides da soja

Pesquisadores identificam principais soluções sustentáveis para combate de nematóides da soja

Os resultados da pesquisa constam na publicação internacional Plant Nano Biology

Principal grão da balança comercial brasileira, a soja é base essencial da alimentação animal e matéria-prima para produtos farmacêuticos, cosméticos e materiais de origem biológica. No entanto, a expansão da cultura no país tem sido ameaçada por nematóides parasitas de plantas (PPNs), microrganismos que atacam o sistema radicular, prejudicando a absorção de água e nutrientes, além de abrir caminho para infecções secundárias e, consequentemente, gerar um impacto econômico é expressivo, com perdas globais associadas ultrapassando a marca de US$ 150 bilhões por ano.

Durante décadas, o controle desses parasitas foi baseado principalmente no uso de nematicidas químicos, mas a baixa eficácia a longo prazo, a toxicidade ambiental e os riscos à saúde humana e animal têm restringido seu uso. Nesse cenário, pesquisadores vinculados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT NanoAgro) identificaram soluções de base biotecnológica que surgem como alternativas promissoras, especialmente quando associadas aos avanços da nanotecnologia.

Entre as estratégias mais promissoras estão os agentes biológicos (fungos nematófagos e bactérias antagonistas) e fitoquímicos nanoencapsulados, que aumentam a eficácia e a durabilidade dos tratamentos, protegendo os compostos ativos da degradação e garantindo sua liberação direta na zona radicular, onde os nematóides concentram sua ação. Complementando essas abordagens, a interferência por RNA (RNAi) surge como uma tecnologia inovadora, capaz de silenciar genes essenciais dos nematóides e reduzir sua capacidade de infestação, embora ainda exija estudos sobre estabilidade no solo e segurança para organismos não-alvo.

Além das soluções tecnológicas, práticas culturais como rotação de culturas, manejo adequado do solo e utilização de cultivares resistentes contribuem para reduzir a pressão dos nematóides e aumentar a resiliência da soja. A combinação dessas frentes — nanotecnologia, agentes biológicos, RNAi e estratégias agrícolas — configura um manejo integrado e sustentável, capaz de reduzir perdas e minimizar impactos ambientais.

Segundo os pesquisadores, os próximos desafios incluem a validação em condições de campo, a redução de custos de produção e a otimização de formulações escaláveis, garantindo que essas soluções inovadoras possam ser adotadas de forma prática pelos produtores. “A integração entre nanotecnologia e biotecnologia representa, portanto, um caminho viável e promissor para o manejo sustentável dos nematóides da soja, alinhando produtividade, eficiência e preservação ambiental e abrindo espaço para uma nova era de agricultura inteligente e ecologicamente responsável”, concluem.

Os resultados do levantamento de soluções foram publicados na revista científica internacional Plant Nano Biology: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2773111125000622.

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Pinus: o mais brasileiro entre os estrangeiros

Coloque o homem da esquerda mais para a direita, enquadrando-o na imagem

*Por Daniel Chies, Jose Mario Ferreira e Fabio Brun

O Brasil é mestre em melhorar o que vem de fora. O gado nelore, por exemplo, originário da Índia, tornou-se a principal raça bovina do país. A soja, hoje um dos produtos mais exportados, chegou por aqui em 1882, vindo da China. O milho veio do México, o trigo da Mesopotâmia. O Eucalipto veio da Oceania. E assim seguimos, cultivando com excelência o que um dia foi exótico.

No universo das plantas não comestíveis, o fenômeno se repete. Muitas flores e espécies ornamentais, por exemplo, que embelezam nossos jardins, são estrangeiras, mas tão queridas quanto as nativas. Quando passamos para a escala industrial, destacamos a árvore de pinus, uma estrangeira que encontrou no Brasil, especialmente na Região Sul, seu lar ideal.

O cultivo comercial do gênero Pinus começou no Brasil no final dos anos 1970, com um objetivo claro: fornecer madeira para a indústria. E deu certo. O pinus taeda, principal espécie utilizada, encontrou nas condições edafoclimáticas do Sul do país um ambiente perfeito para crescer com vigor. Graças ao melhoramento genético e à tecnologia florestal, o Brasil alcançou os melhores índices de produtividade do mundo para essa espécie.

Segundo o levantamento mais recente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), em 2024 o país contava com 1,9 milhão de hectares de florestas plantadas de pinus. A Região Sul concentra cerca de 1,69 milhão de hectares, distribuídos entre Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A madeira de pinus está presente em nosso cotidiano de formas que muitas vezes passam despercebidas. Ela compõe papel, caixas de papelão, móveis, portas, brinquedos, utensílios domésticos e estruturas diversas. Os pellets de madeira, por exemplo, são uma fonte de energia renovável cada vez mais utilizada globalmente.

E não para por aí. A celulose extraída do pinus é usada em cápsulas de medicamentos, na indústria alimentícia e até na automobilística. Com a nanocelulose e a lignina, surgem aplicações inovadoras: superfícies impermeáveis, essências e até pele artificial. O potencial é imenso e estamos apenas no começo.

Em um mundo que exige soluções com menor impacto ambiental, as florestas plantadas para fins industriais se mostram uma alternativa viável e estratégica. Durante seu crescimento, as árvores de pinus capturam carbono da atmosfera, que permanece sequestrado nos produtos derivados por décadas ou até séculos.

Além disso, quase toda a área plantada na Região Sul possui certificações internacionais que garantem práticas rigorosas de responsabilidade social e ambiental. As empresas do setor preservam cerca de 30% da vegetação nativa nos três estados, demonstrando compromisso com o equilíbrio ecológico.

O pinus escolheu o Sul do Brasil para prosperar e foi bem acolhido. As empresas de silvicultura da região atuam com responsabilidade e visão de futuro, adotando práticas ambientais, sociais e de governança muito antes do termo ESG se tornar tendência. Por isso, a madeira de pinus brasileira é reconhecida internacionalmente pela sua qualidade e sustentabilidade.

Essa é uma história de sucesso que começou há décadas e continua a crescer, como as próprias árvores que a protagonizam. O pinus pode não ser brasileiro de origem, mas já é parte essencial do nosso presente e, com certeza, do nosso futuro.

  • *Daniel Chies é presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Jose Mario Ferreira é presidente da Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) e Fabio Brun é presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas).
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