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Eficiência e alta produtividade sãos as armas do produtor contra as oscilações clima
Não há como interferir nas mudanças da natureza, mas se o agricultor fizer um bom trabalho da porteira para dentro, certamente irá reduzir eventuais impactos na produtividade de suas lavouras
As constantes oscilações climáticas têm mudado os hábitos de muitos produtores no campo e ficar atento aos mapas meteorológicos já faz parte da rotina diária de diversas fazendas. Se por muitas vezes o clima atua a favor, em outras oportunidades pode ser vilão, e como ainda não é possível ter o controle destes fatores, a solução é fazer a lição de casa bem-feita e garantir que da porteira para dentro seja realizado um bom trabalho para minimizar os eventuais impactos climáticos e mercadológicos.
Assim tem feito alguns produtores que se destacam em suas regiões ao atingirem altos níveis de produtividades em cenários mais variados. No cultivo de milho, por exemplo, atualmente a média Brasil é de 95 sacas por hectares, segundo a Conab, contudo agricultores como Cristian Marques Dalbenb, de Nova Ubiratã, Mato Grosso, mais que duplicaram esse valor. Ele que foi destaque do Concurso de Produtividade no Milho, realizado durante o Fórum Getap Inverno edição de 2022, alcançou a expressiva marca de 247,88 sc/ha (sequeiro). Em 2023 também na edição de Inverno, na categoria milho sequeiro, Adalberto Ceretta, de Campos de Júlio/MT colheu 237,6 sacas por hectare.
Os produtores mato-grossense não são as únicas exceções. Ainda em 2023, já na edição de Milho Verão do Getap, por exemplo, o agricultor Tiago Libretollo Rubert, do Rio Grande do Sul, obteve a colheita de 330,4 sc/ha (milho irrigado), seguido por Diego Fachini Mazzur, do município de Lapa, no Paraná, que colheu 303,37 sc/ha (sequeiro).
Mais recentemente, em 2024, durante o concurso Verão do Getap, Ronei Gaviraghi, de Mangueirinha/PR, alcançou a marca de 270 sc/ha (sequeiro) e Cláudio Castro Cunha, de Perdizes/MG, que colheu 258,2 sc/ha (irrigado). O que todos estes produtores têm em comum para alcançar patamares tão elevados de produtividade? A eficiência da porteira para dentro.
De acordo com o Coordenador Técnico do Getap, Gustavo Capanema, todos estes agricultores fazem bem a lição de casa. “Mesmo em anos desafiadores de condições de clima desfavoráveis, o bom manejo realizado gerou resultados positivos minimizando esses impactos climáticos. Vale a velha máxima que o produtor prevenido produz mais e perde menos”, destaca.
Pontos de atenção
O clima não está no controle da classe produtora, entretanto o uso de ferramentas, tecnologias e bom manejo das lavouras, certamente irão ajudar a ter o mínimo de perdas em eventuais condições adversas de tempo ou temperatura. De acordo com Capanema, o primeiro ponto a se atentar é o planejamento.
Esse planejamento inicia-se antes da safra, com a compra antecipada dos insumos, passando ainda pela revisão e manutenção das máquinas e equipamentos. O cuidado com o solo é fundamental, verificar as condições químicas, físicas e biológicas, vai nortear possíveis correções necessárias com a adubação. “Juntamente a esse manejo, a utilização de palhada e quando possível a rotação de culturas, certamente irão ajudar a melhorar as condições do solo para o desenvolvimento das lavouras”, destacou.
Ainda segundo o especialista, no decorrer da safra os cuidados devem seguir com as aplicações preventivas dos defensivos contra pragas e doenças. “Ter esse plano de ação alinhado com todos os colaboradores da propriedade ajudará na execução das operações desejadas, reduzindo a chance de eventuais problemas”, destacou.
Juntamente a todas essas tarefas de manejo, o produtor não deve se descuidar do financeiro, ou seja, ter um fluxo de caixa saudável para poder ter melhor poder de negociação. “Sempre reforçamos a importância do agricultor se atentar às suas margens e não somente se prender a questão de preço dos grãos. Isso porque os valores de comercialização estão atrelados a uma série de fatores, como oferta e demanda que pode muitas vezes travar os preços”, detalhou Capanema.
O especialista acrescenta ainda que com um bom planejamento, no momento de melhor valorização do mercado, ele pode garantir a venda estratégica dos grãos e ainda terá a oportunidade de fazer a aquisição dos insumos em melhores condições. “Por isso é fundamental ter o olhar mais focado na margem, afinal com bons preços, as margens são sempre boas”, finalizou o Coordenador Técnico do Getap.
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Envelhecer não é doença: veterinário explica nova visão da geriatria animal inspirada na pioneira Mary Gardner
O aumento da longevidade dos pets e dos animais de grande porte tem provocado uma mudança silenciosa — e profunda — na medicina veterinária. Mais tutores têm buscado acompanhamento especializado para animais idosos, mas a geriatria ainda é tratada, em grande parte, como uma extensão da clínica geral
Para o veterinário Dr. Leonardo Garbois, especialista em terapias integrativas e referência em manejo de equinos, a medicina contemporânea precisa adotar uma perspectiva mais humana e multidimensional, inspirada no trabalho da americana Mary Gardner, ela é criadora da Lap of Love Veterinary Hospice e uma das grandes vozes mundiais no cuidado de animais idosos.
“Envelhecer não é sinônimo de adoecer. É um processo biológico natural, que exige um olhar diferente, mais atento e mais compassivo”, afirma o Dr. Leonardo.
Segundo Mary Gardner, a geriatria não deve ser encarada como um estágio terminal, mas como uma fase da vida em que é possível — e necessário — otimizar a qualidade de vida.
Isso envolve compreender as adaptações fisiológicas do envelhecimento e ajustar manejo, nutrição e terapias de forma contínua.
O Dr. Leonardo reforça que esse olhar muda a prioridade do atendimento: “Antes de pensar em cura, precisamos pensar em conforto, funcionalidade e bem-estar. O foco deixa de ser a doença e passa a ser a vida”, destaca.
Sênior x Geriátrico: a diferença que muda decisões clínicas
Um ponto-chave defendido por Gardner é distinguir o animal sênior do animal geriátrico:
- – Sênior: ainda ativo, mas com sinais iniciais de envelhecimento.
- – Geriátrico: já apresenta múltiplas comorbidades, limitações e perda funcional.
Essa separação, segundo Dr. Leonardo, ajuda a orientar decisões éticas e mais conscientes sobre tratamentos, intervenções, conforto e prioridades terapêuticas.
E inspirada na geriatria humana, a abordagem de Gardner analisa quatro pilares essenciais:
- – Condição médica
- – Personalidade e comportamento do animal
- – Realidade emocional e financeira do tutor
- – Contexto ambiental e rotina
Essa visão evita decisões descoladas da vida real do paciente.
“O tratamento precisa caber na vida do animal e na vida da família”, afirma Dr. Leonardo.
Gardner desenvolveu escalas de monitoramento que avaliam dor, apetite, mobilidade, interação e prazer nas atividades diárias — ferramentas hoje adotadas em diversos países.
“Não existe qualidade de vida sem expressão natural do comportamento. O animal idoso precisa continuar vivendo sua essência”, explica o veterinário.
A medicina geriátrica tem forte impacto emocional nos tutores. Culpa, medo e indecisão são comuns. Por isso, a comunicação deixa de ser acessória e passa a ser terapêutica. O veterinário torna-se educador, facilitador e apoio emocional.
“A geriatria é, antes de tudo, um cuidado de vínculos”, diz Dr. Leonardo.
Mary Gardner trouxe para a veterinária o conceito de hospice animal, focado na dignidade da transição quando a cura não é mais possível. Com isso, passou-se a reconhecer a importância da Quality of Death — qualidade da morte — um tema cada vez mais discutido entre profissionais.
“A morte é parte natural da vida. Nosso papel é garantir que o último capítulo seja escrito com respeito e serenidade”, completa Dr. Leonardo.
O legado de Mary Gardner
A visão de Gardner devolveu à medicina veterinária a essência do cuidado. Seu pensamento inspira profissionais em todo o mundo a enxergar o paciente idoso não como um desafio, mas como um convite ética e emocionalmente profundo: cuidar até o fim com propósito, presença e respeito.
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Chemitec Agro-Veterinária alerta para o início do ciclo dos carrapatos e a necessidade de prevenção dos rebanhos
Infestação de carrapatos acontece nos meses mais quentes do ano e produtor deve adotar práticas para evitar doenças
A época dos carrapatos chegou e os produtores rurais precisam adotar medidas preventivas para evitar danos ao rebanho e à produção. O alerta é da Chemitec Agro-Veterinária, empresa especializada em medicamentos e soluções inovadoras para a saúde de pequenos e grandes animais. De acordo com a empresa, entre outubro e março, ocorre o ciclo do carrapato, quando há uma proliferação dos parasitas, que liberam ovos diretamente nas pastagens.
Gabriel Krause Piccin, médico-veterinário e gerente regional da Chemitec, explica que, com temperaturas elevadas e o clima mais úmido, o ambiente fica propício para a rápida multiplicação de parasitas, principalmente do Rhipicephalus microplus, conhecido como carrapato do boi. Segundo ele, uma fêmea desta espécie é capaz de gerar até 5.000 ovos durante toda a sua vida, o que explica a rápida infestação.
“As fêmeas liberam os ovos nos pastos. Estes ovos, com o calor, rapidamente se transformam em larvas e em carrapatos adultos. Os parasitas entram em contato com o rebanho e se alimentam diretamente do sangue dos animais, podendo transmitir uma série de doenças, incluindo a Tristeza Parasitária Bovina (TPB). Este ciclo é um problema constante e requer ações preventivas. Além das sérias consequências para a saúde dos animais, os carrapatos representam uma grande ameaça à produção, tanto do gado de corte como de leite”, destaca.
A TPB é causada pelos protozoários Babesia e pela bactéria Anaplasma marginale, transmitidos diretamente pelos carrapatos. Eles também transmitem outras doenças, como Febre Maculosa e Doença de Lyme. “Não podemos deixar de citar que os carrapatos também causam muita coceira e feridas, o que favorece a proliferação de outras bactérias”, alerta.
De acordo com o médico-veterinário da Chemitec, o melhor caminho para evitar todos estes problemas e os consequentes impactos na produção é a prevenção, com uso de medicamentos específicos e o manejo adequado. Com a chegada da primavera, o produtor já deve começar a realização de tratamentos estratégicos do rebanho. “Nesta época do ano, com a aplicação de alguns carrapaticidas e o manejo rotacionado de pastagens, o produtor tem a tranquilidade de fazer o melhor para o seu rebanho, e ajudam a manter a infestação em níveis controlados garantindo a saúde dos animais e a manutenção da produção”, destaca.
A Chemitec Agro-Veterinária, com mais que 30 anos de mercado, possui em seu portfólio medicamentos que, se aplicados corretamente, ajudam no combate e na prevenção da TPB. Tratam-se do Chemitril 10% e o Beroseg 7% ou Plus. O Chemitril 10% é um antibiótico que interrompe imediatamente a destruição das células sanguíneas, causada pela anaplasmose, e o animal volta a se alimentar e beber água. Já o Beroseg 7% e o Beroseg Plus são anti-hemoparasitários altamente eficazes no combate do protozoário Babesia, garantindo a recuperação dos glóbulos vermelhos e, consequentemente, o retorno à produção.
Apesar da facilidade do manejo e administração das doses, Piccin alerta que é sempre necessário consultar uma médico-veterinário antes de adotar um programa e prevenção.”Além do uso de medicamentos, outra dica importante que pode ajudar o produtor é fazer a rotação das pastagens, sempre deixando uma parte do pasto sem bovinos por um período. Sem animais em contato, há uma quebra do ciclo de vida dos carrapatos”, acrescenta Piccin.
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Louis Dreyfus Company leva educação ambiental a cerca de 1.500 crianças em SP e MG
Em sua 12ª edição, a iniciativa já beneficiou mais de 11 mil crianças do ensino fundamental de escolas públicas
A Louis Dreyfus Company (LDC) deu início a 12ª edição do seu programa Juntos Pelo Meio Ambiente (JPMA), voltado para alunos do ensino fundamental de escolas públicas. Neste ano, cerca de 1.500 crianças de 29 escolas em municípios de São Paulo e Minas Gerais participarão das atividades.
Ao longo do programa, os estudantes visitam as fazendas de frutas cítricas gerenciadas pela LDC, onde aprendem sobre citricultura, reciclagem e preservação ambiental por meio de experiências práticas. As atividades incluem oficinas educativas, passeios guiados e o plantio de mudas nativas — já são mais de 10 mil mudas plantadas desde o início da iniciativa em 2012.
Em 2024, o projeto foi ampliado para envolver toda a cadeia de valor do suco, com a realização de palestras e ações em escolas públicas dos municípios onde estão localizadas as fábricas da LDC: Bebedouro (SP), Matão (SP), Paranavaí (PR) e o Terminal de Sucos no porto de Santos (SP). Neste ano, estão programadas atividades como o plantio de mudas nativas em escola de Bebedouro, apresentações teatrais na cidade de Santos e oficinas de educação ambiental com tour guiado nas unidades de Matão e Paranavaí, onde os alunos terão a oportunidade de conhecer de perto o processo de produção do suco. Todas as ações são coordenadas e executadas com o apoio de cerca de 200 colaboradores voluntários da companhia.
“Quando uma criança entende desde cedo que suas escolhas e ações impactam o meio ambiente, ela começa a enxergar o mundo com mais responsabilidade. O programa JPMA planta essa semente: de que sustentabilidade não é um tema distante, mas parte do dia a dia. É gratificante ver como elas absorvem esse conteúdo, podendo levar para casa e compartilhar com suas famílias, influenciando hábitos e atitudes. Os relatos dos professores também são muito positivos — eles destacam que as atividades práticas complementam o conteúdo aprendido em sala de aula e ajudam a formar cidadãos mais conscientes”, afirma Julia Moscardini, Gerente de Sustentabilidade de Sucos da LDC no Brasil.
A edição de 2025, que deve impactar cerca de 25 cidades e mais de 1.500 crianças, está prevista para ser concluída até o início de dezembro. Desde sua criação, o programa JPMA já impactou mais de 11 mil estudantes, promovendo vivências práticas e educativas nas unidades da LDC.
