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Atenção redobrada: APA mobiliza associados para ações de reforço à biosseguridade na avicultura paulista
Mais de 70 profissionais da agroindústria, associações de classe, órgãos estaduais e estabelecimentos comerciais ligados à Associação Paulista de Avicultura (APA) estiveram reunidos na última terça-feira (30/7) para debater o plano de ação estratégico de prevenção para eventuais focos de enfermidades de IAAP e Newcastle no estado de São Paulo
Para manter o status sanitário da indústria avícola paulista, a APA promoveu no dia 30 de julho mais uma ação visando a atualização e qualificação dos técnicos em torno do plano de contingência nas agroindústrias e estabelecimentos comerciais do estado, visando atualizações técnicas de prevenção a fim de garantir procedimentos estratégicos e eficientes por meio de reuniões e treinamentos de equipes para contenção em caso de surgimento de doenças. “Desde a confirmação do primeiro foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) identificada em aves silvestres na costa brasileira, a APA em parceria com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo (CDA) vem tomando diversas medidas visando a biosseguridade do estado. Agora, com a detecção da doença de Newcastle no Rio Grande do Sul, a mesma estratégia está sendo reforçada para apoiar a indústria avícola paulista. Quanto mais preparados estivermos, mais rápido será a eliminação do problema, seja Newcastle ou IAAP”, ressaltou Erico Poser, Presidente da APA.
A ação representa os esforços de órgãos públicos de São Paulo, associações de classe e da iniciativa privada visando a proteção contra os dois agentes infecciosos que já estavam preconizados na IN 56, decreto instituído pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em dezembro de 2006.
A iniciativa da APA conta também com o apoio da CDA e da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). À frente da elaboração do plano está o consultor especialista em Defesa Agropecuária Animal, Bruno Pessamilio, que também será responsável pelos treinamentos para auxiliar as agroindústrias e estabelecimentos comerciais para elaboração de estratégias eficientes.
Além do robusto e minucioso documento enviado aos associados da APA para que sejam complementados, o projeto contará com uma série de treinamentos específicos. Os três primeiros módulos serão voltados para a formação de equipes, logística e depopulação que, segundo o consultor, “representam os principais pilares do plano de contingência”.
José Roberto Bottura, Diretor Técnico da APA, salienta que todo o plano de contingência conta com três grandes atribuições: a parte Federal, Estadual e o da iniciativa privada. “No nosso caso, como setor produtivo, elaboramos este plano de contingência detalhado que contempla 95% das exigências do MAPA, já os 5% correspondem as características de cada estabelecimento. Nosso objetivo é preparar equipes emergenciais focadas e capacitadas para desempenhar ações de contingência estratégicas, visando tomadas de decisões ágeis e assertivas entre cada um dos associados”, enfatizou.
No dia 15 de agosto o foco do treinamento será a ‘Formação de equipe’; no dia 5 de setembro, a pauta será sobre ‘Logística’; e na sequência ‘Depopulação’, este último com a data a definir. Além desses, mais treinamentos relacionados ao plano serão promovidos para manter a avicultura paulista ainda mais vigilante e preparada para sanar os desafios para o controle e prevenção da IAAP e Newcastle.
Além da APA, o projeto é uma ação conjunta com a colaboração da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado de São Paulo (SAA).
Sobre a APA
Fundada em 1945, a Associação Paulista de Avicultura (APA) representa e apoia a avicultura industrial paulista, região que atualmente é responsável pela produção de 22,2 bilhões de ovos e 11 milhões de toneladas de carne de frango por ano. Reconhecida pelo Ministério da Agricultura como órgão especializado e técnico consultivo dos poderes públicos (Portaria nº 482), a APA é hoje uma entidade de grande representatividade que atua como grande parceira na produção da indústria avícola paulista através de serviços de informações, estatísticas e atua junto aos órgãos governamentais e setoriais levando as reivindicações do setor. Para valorizar a qualidade dos produtos dos avicultores paulistas, a APA presta serviços técnicos multidisciplinares e realiza o Congresso de Ovos APA, encontro anual para o fomento de temas como: genética, nutrição, manejo, sanidade, bem-estar animal e sustentabilidade da cadeia produtiva da avicultura Paulista. Acesse: www.apa.com.br
Sobre o XXI Congresso APA de Produção e Comercialização de Ovos 2025
O congresso é organizado pela Associação Paulista de Avicultura em parceria com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA-SP). A edição de 2024 foi um sucesso com mais de 1.500 congressistas e foi aprovado por 80% dos participantes. A edição de 2025 acontecerá de 24 a 27 de março no Multiplan Hall, anexo ao Ribeirão Shopping, em Ribeirão Preto (SP). Acesse: Congresso APA (congressodeovos.com.br)
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Silvicultura e COP30: florestas plantadas estão no centro do clima, da economia e do cotidiano
silvicultura, setor da economia voltado ao cultivo e manejo de árvores com fins econômicos e ambientais, está no cerne de uma grande transformação, que será amplamente debatida na COP 30, que tem início no dia 10 de novembro em Belém do Pará; essa cadeia produtiva conecta campos florestais, indústrias, construção civil, inovação, clima e economia
O uso da madeira ganha destaque no evento principalmente como material de construção e alicerce para atividade econômica sustentável. O material, utilizado em produtos como móveis ou painéis de construção, sequestra carbono e o armazena durante toda a vida útil do produto.
Em comparação com outros sistemas produtivos, o uso da madeira representa uma alternativa muito mais sustentável e igualmente eficiente em termos de resistência e versatilidade. Assim, optar pela madeira significa mais do que escolher um material de construção. É uma decisão que valoriza as florestas e o meio ambiente, por conta do sequestro de CO₂ e por ser um produto 100% renovável.
Dessa forma, o setor de silvicultura não apenas abastece indústrias e gera valor econômico, mas ocupa um papel fundamental nas metas de descarbonização, a agenda principal da COP30.
Relevância econômica, social e ambiental
O Paraná possui a quarta maior área plantada do país e o segundo maior Valor Bruto da Produção da Silvicultura entre os estados brasileiros em 2024. De 1,17 milhão de hectares de florestas plantadas no estado, 713 mil ha são florestas de pinus e 442 mil ha de eucalipto. É importante destacar que o setor não só contribui para a geração de emprego e renda com a silvicultura, mas também contribui muito para a conservação da natureza: para cada hectare plantado pelas empresas associadas à APRE Florestas (Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal), existe outro hectare de floresta nativa destinado à conservação.
Além disso, “o Paraná reúne cerca de 15,6% dos empregos do setor florestal brasileiro e responde por 13,8% das empresas do segmento no país”, aponta o presidente da APRE Florestas, Fabio Brun.
A existência das florestas plantadas oferece muitos benefícios para o meio ambiente, como a conservação da água e do solo, fixação de carbono da atmosfera e recuperação de áreas degradadas.
Ailson Loper, diretor-executivo da APRE Florestas, afirma que a silvicultura vive um momento de desafios, diante da hipertaxação do governo norte-americano. Porém, relembra que “outras crises já foram vivenciadas ao longo do tempo e o setor é resiliente e vai conseguir ultrapassar essa fase”.
Ligação direta com a COP30 e o futuro da silvicultura
Com a COP30, o manejo das florestas comerciais desponta como parte fundamental da solução climática. O Brasil é protagonista não somente como produtor de matéria-prima, mas como provedor de soluções de baixo carbono, com cadeias produtivas sustentáveis, inclusive para exportação.
Assim, a madeira proveniente dessas florestas surge como uma das respostas concretas para os desafios do século XXI: clima, materiais e desenvolvimento sustentável. “A madeira engenheirada não é apenas uma alternativa viável, mas é uma necessidade diante dos desafios climáticos, sociais e econômicos que se impõem. Ao escolher produtos de madeira certificada, apoiar cadeias sustentáveis e valorizar o manejo florestal responsável, cada pessoa participa de um movimento que conecta a floresta ao cotidiano e à agenda global da COP30”, conclui Loper.
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Quebra inesperada de máquinas agrícolas pode reduzir em até 25% a disponibilidade dos equipamentos
A manutenção corretiva pode custar até 3 vezes mais que a preventiva
Em um agronegócio cada vez mais tecnológico e competitivo, a eficiência operacional é essencial. Manter o maquinário em pleno desempenho evita custos e garante produtividade, tornando a manutenção preventiva uma estratégia indispensável para resultados consistentes e sustentáveis.
No agronegócio, tempo é produtividade e produtividade é resultado. Cada hora de máquina parada pode representar prejuízo em uma safra que depende de janelas curtas para o plantio e colheita. Por isso, a manutenção preventiva dos equipamentos agrícolas é uma prática essencial para garantir o bom desempenho das operações e evitar paradas inesperadas.
Uma parada de maquinário não planejada pode causar uma perda de até 25% na disponibilidade do equipamento, de acordo com informações da Revista Cultivar. E a manutenção corretiva pode custar até 3 vezes mais que a preventiva.
Segundo André Mario, Engenheiro Agrônomo e Gerente de Vendas do grupo Multibelt, “no plantio, toda parada gera custo, mas há diferenças entre as programadas e as não programadas. As paradas programadas fazem parte do manejo: ajustes, lubrificação e inspeções que asseguram o funcionamento correto da máquina. Já as não programadas são aquelas que pegam o produtor de surpresa, como falha de peça, embuchamento ou superaquecimento. É nesse ponto que mora o maior prejuízo”, diz.
Na prática, isso significa que quem investe em revisões programadas e peças de qualidade garante mais segurança, previsibilidade e constância no ritmo de plantio. Comprometido com a sustentabilidade, o grupo Multibelt aposta no olhar técnico de seus agrônomos para impulsionar soluções que elevem o desempenho e reduzam desperdícios nas operações agrícolas.
De acordo com dados da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), em 2024 mais de 70% das propriedades rurais brasileiras já incorporam equipamentos de alta performance, otimizando processos e ampliando resultados.
Com tecnologia de ponta, o grupo Multibelt oferece lonas, esteiras, correias que ajudam o produtor a manter o ritmo no campo, evitando paradas não planejadas, perdas de produtividade e custos extras. Em um cenário em que cada grão conta, apostar em manutenção preventiva e em equipamentos de confiança é o que separa o produtor que enfrenta imprevistos daquele que colhe resultados.
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Projeto científico monitora saúde de ambientes aquáticos continentais no Paraná; confira as mais recentes descobertas realizadas
O trabalho integra o NAPI Biodiversidade: Serviços Ecossistêmicos, projeto desenvolvido com apoio da Fundação Araucária e que promove a cooperação entre ciência e sociedade na proteção dos recursos naturais
Rios, lagos e reservatórios de água doce são fundamentais para a vida no planeta. Eles fornecem alimento, regulam ciclos climáticos, armazenam carbono, sustentam atividades econômicas e garantem a sobrevivência de comunidades humanas e da biodiversidade. No entanto, esses ecossistemas estão sob crescente pressão devido à poluição, ao excesso de nutrientes, à introdução de espécies exóticas e às mudanças no uso do solo. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 80% das águas residuais retornam à natureza sem tratamento, afetando diretamente a qualidade da água e a saúde dos ambientes aquáticos.
Com o objetivo de compreender esses impactos e propor soluções, o NAPI Biodiversidade: Serviços Ecossistêmicos desenvolveu protocolos de monitoramento da saúde de ambientes aquáticos continentais. A pesquisa inclui análises de biodiversidade (fitoplâncton, zooplâncton, macroinvertebrados e peixes), qualidade da água, resultados da pesca profissional e amadora, além da detecção de contaminantes e microplásticos nos organismos aquáticos.
Entre os principais achados estão a identificação de espécies de algas responsáveis pela redução da qualidade da água em determinadas bacias do Paraná, como a região noroeste, e o levantamento de parâmetros críticos, fósforo, nitrogênio, oxigênio dissolvido e transparência da água. Também foi detectada a presença de contaminantes e microplástico em peixes, indicando riscos tanto para a fauna quanto para o consumo humano.
O projeto monitora ainda a atividade pesqueira. Os dados revelam a dinâmica da pesca profissional, que abastece comunidades ribeirinhas e mercados regionais, e da pesca amadora, atividade de lazer com relevância econômica crescente. Esses resultados ajudam a dimensionar a pressão sobre os estoques pesqueiros e a projetar cenários de manejo sustentável.
Segundo Claudia Bonecker, coordenadora do projeto e pesquisadora da Universidade Estadual de Maringá (UEM), a iniciativa busca alinhar conservação e uso responsável dos recursos aquáticos ao monitorar de forma contínua a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos associados. “Assim, conseguimos antecipar riscos, reduzir impactos e apoiar a tomada de decisões para a gestão da água e da pesca no Paraná. Isso significa proteger não apenas os peixes e os rios, mas também a segurança alimentar, a economia e a qualidade de vida das comunidades”.
Conforme aponta o pesquisador, mais do que garantir ambientes aquáticos equilibrados, o monitoramento possibilita compreender tendências de transformação da paisagem e antecipar riscos à biodiversidade. Ao reunir ciência, tecnologia e gestão pública, a iniciativa fortalece a resiliência dos ecossistemas de água doce e reforça o papel do Paraná como referência nacional em inovação para a conservação ambiental.
Saiba mais sobre os projetos do NAPI em: https://napibiodiversidade.eco.br/.
