Destaque
Antiparasitário com Moxidectina 1% é destaque da Bimeda durante o Agroleite
Produto é eficaz para combater parasitas internos que comprometem a produtividade da pecuária
A Bimeda, empresa fabricante, comerciante e distribuidora de produtos farmacêuticos, veterinários e de saúde animal, terá como destaque seu novo antiparasitário com Moxidectina 1% Injetável durante a 24ª edição do Agroleite, que será realizada entre os dias 6 e 9 de agosto em Castro (PR).
O MoxiSolv, lançado recentemente no mercado, é indicado para o tratamento de parasitas internos e carrapatos que causam uma série de problemas no rebanho, afetando o crescimento dos animais, o desempenho reprodutivo, provocando a redução na produção de leite e até o aumento da suscetibilidade a doenças.
“Os visitantes do evento conhecerão nossa solução, desenvolvida à base de moxidectina, molécula que atua de modo semelhante às avermectinas, mas devido às suas características, atua de maneira mais efetiva contra os parasitas internos. Uma característica da moxidectina é sua lipofilicidade, ou seja, tem mais atração por gordura, ficando depositada por mais tempo no tecido adiposo do animal, explica o médico-veterinário e supervisor de Marketing da Bimeda, Guilherme Ito.
Por ser uma milbemicina, possui estrutura molecular única que promove uma ação diferenciada em relação às avermectinas. “Assim, a moxidectina seleciona resistência menos rapidamente do que as avermectinas e permanece mais potente contra nematóides, sendo eficaz no controle das verminoses resistentes às ivermectinas. Outra vantagem é que o novo antiparasitário pode ser aplicado com segurança em bovinos jovens e adultos, inclusive bezerros e fêmeas prenhes”, destaca Ito.
Ferramenta eficaz
A chegada do MoxiSolv ao mercado consolida a Bimeda como o laboratório com uma das linhas mais completas de endectocidas do mercado brasileiro, com produtos à base de moléculas como ivermectina a 1% e 3.5%, doramectina a 1%, eprinomectina a 1% e agora moxidectina a 1%.
Uma das pesquisas mostra que, no Brasil, dos cerca de US$ 14 bilhões por ano de prejuízos econômicos causados pelos parasitas dentro das fazendas, metade do valor, ou seja, US$ 7 bilhões, são somente em decorrência de nematoides. O veterinário afirma que o produto é uma ferramenta eficaz de combate aos nematóides, que comprometem a produtividade da pecuária e podem causar 50% dos prejuízos econômicos da atividade. “Por isso é importante estar sempre atento ao rebanho e manter sua saúde em dia, com acompanhamento veterinário constante e uso dos produtos de combate aos parasitas na hora certa”, finaliza.
Serviço
BIMEDA NO 24º AGROLEITE
Av. 34 – Estande: B03
Data: 6 a 9 de agosto
Local: Castrolanda Expo Center – Parque de Exposições Dario Macedo – Castro (PR)
Informações: www.agroleitecastrolanda.com.br
Sobre a Bimeda
Fundada na Irlanda em 1960, a Bimeda é uma fabricante, comerciante e distribuidora de produtos farmacêuticos veterinários e produtos de saúde animal. No Brasil, a linha de produtos está focada nas áreas de produção animal, equinos e pequenos animais.
Por meio de expansão contínua e aquisições estratégicas, a Bimeda estabeleceu mercados em mais de 80 países em todo o mundo e possui 8 centros de P&D, 7 laboratórios regulatórios, 10 instalações industriais em 7 países e distribuição na Europa, América do Norte, América do Sul, África, Ásia e Oceania. A Bimeda emprega mais de 1000 funcionários em todo o mundo e tem sua sede global em Dublin, Irlanda.
No Brasil, a Bimeda iniciou suas atividades em 2011 após a aquisição de 51% da Mogivet. Em 2015, a Bimeda comprou o restante da Mogivet, passando a ser detentora da totalidade do negócio. A planta industrial da Bimeda está localizada na cidade de Monte Mor / SP, em uma área total de 6.200 m², dividida em 5 prédios totalizando 2.400m² de área construída, onde se encontram as áreas administrativas, pesquisa e desenvolvimento, controle de qualidade, armazéns e instalações de fabricação.
Na América Latina, o foco é de produtos para a produção de gado, controle de parasitas do gado, equinos, suínos e avicultura, com marcas multinacionais que abrangem diversas classes e espécies terapêuticas.
Para mais informações, acesse www.bimeda.com.br.
Destaque
50 anos do Proálcool: o Brasil como potência verde
*Por Mário Campos, presidente da Bioenergia Brasil e SIAMIG Bioenergia
Em 14 de novembro de 1975, o governo brasileiro instituiu o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), uma resposta estratégica à crise mundial do petróleo e à forte dependência do país em combustíveis fósseis. Meio século depois, o programa se consolidou como um dos mais importantes marcos de política pública no setor energético, responsável por posicionar o Brasil entre os líderes globais em biocombustíveis.
Ao longo desses 50 anos, os resultados foram expressivos. O Proálcool reduziu a vulnerabilidade externa do país, impulsionou a agroindústria da cana-de-açúcar, fomentou a interiorização da produção e gerou milhares de empregos nas cadeias agrícola e industrial.
No campo ambiental, o etanol, cujo protagonismo nasceu com o Proálcool, transformou o Brasil em uma das nações com menor intensidade de carbono no setor de transportes leves. Atualmente, cerca de 45% desse mercado é atendido pelo etanol, contribuindo diretamente para a diminuição da poluição urbana e para a melhoria da qualidade de vida em nossas cidades.
O programa, ao transformar o país, também evoluiu para uma estratégia nacional de longo prazo. O etanol permanece como um dos principais vetores da transição energética brasileira. Esse amadurecimento se refletiu em políticas modernas, como o RenovaBio, o Combustível do Futuro e o programa Mover. Hoje, dispomos de metodologia científica robusta, a Análise de Ciclo de Vida, que quantifica emissões desde a produção até o uso dos combustíveis. Essa análise demonstra que a frota brasileira de veículos leves é a mais sustentável do mundo.
Às vésperas da COP30, o Brasil apresenta ao mundo um exemplo concreto e bem-sucedido de transição energética sustentável, não apenas teoria, mas resultados comprovados.
O país está preparado para compartilhar sua experiência e inspirar outras nações comprometidas com uma transição energética consistente, eficaz e duradoura. O Proálcool, ao completar meio século, reafirma o papel do Brasil como líder natural da economia verde global.
Destaque
Pesquisadores identificam principais soluções sustentáveis para combate de nematóides da soja
Os resultados da pesquisa constam na publicação internacional Plant Nano Biology
Principal grão da balança comercial brasileira, a soja é base essencial da alimentação animal e matéria-prima para produtos farmacêuticos, cosméticos e materiais de origem biológica. No entanto, a expansão da cultura no país tem sido ameaçada por nematóides parasitas de plantas (PPNs), microrganismos que atacam o sistema radicular, prejudicando a absorção de água e nutrientes, além de abrir caminho para infecções secundárias e, consequentemente, gerar um impacto econômico é expressivo, com perdas globais associadas ultrapassando a marca de US$ 150 bilhões por ano.
Durante décadas, o controle desses parasitas foi baseado principalmente no uso de nematicidas químicos, mas a baixa eficácia a longo prazo, a toxicidade ambiental e os riscos à saúde humana e animal têm restringido seu uso. Nesse cenário, pesquisadores vinculados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT NanoAgro) identificaram soluções de base biotecnológica que surgem como alternativas promissoras, especialmente quando associadas aos avanços da nanotecnologia.
Entre as estratégias mais promissoras estão os agentes biológicos (fungos nematófagos e bactérias antagonistas) e fitoquímicos nanoencapsulados, que aumentam a eficácia e a durabilidade dos tratamentos, protegendo os compostos ativos da degradação e garantindo sua liberação direta na zona radicular, onde os nematóides concentram sua ação. Complementando essas abordagens, a interferência por RNA (RNAi) surge como uma tecnologia inovadora, capaz de silenciar genes essenciais dos nematóides e reduzir sua capacidade de infestação, embora ainda exija estudos sobre estabilidade no solo e segurança para organismos não-alvo.
Além das soluções tecnológicas, práticas culturais como rotação de culturas, manejo adequado do solo e utilização de cultivares resistentes contribuem para reduzir a pressão dos nematóides e aumentar a resiliência da soja. A combinação dessas frentes — nanotecnologia, agentes biológicos, RNAi e estratégias agrícolas — configura um manejo integrado e sustentável, capaz de reduzir perdas e minimizar impactos ambientais.
Segundo os pesquisadores, os próximos desafios incluem a validação em condições de campo, a redução de custos de produção e a otimização de formulações escaláveis, garantindo que essas soluções inovadoras possam ser adotadas de forma prática pelos produtores. “A integração entre nanotecnologia e biotecnologia representa, portanto, um caminho viável e promissor para o manejo sustentável dos nematóides da soja, alinhando produtividade, eficiência e preservação ambiental e abrindo espaço para uma nova era de agricultura inteligente e ecologicamente responsável”, concluem.
Os resultados do levantamento de soluções foram publicados na revista científica internacional Plant Nano Biology: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2773111125000622.
Destaque
Pinus: o mais brasileiro entre os estrangeiros
*Por Daniel Chies, Jose Mario Ferreira e Fabio Brun
O Brasil é mestre em melhorar o que vem de fora. O gado nelore, por exemplo, originário da Índia, tornou-se a principal raça bovina do país. A soja, hoje um dos produtos mais exportados, chegou por aqui em 1882, vindo da China. O milho veio do México, o trigo da Mesopotâmia. O Eucalipto veio da Oceania. E assim seguimos, cultivando com excelência o que um dia foi exótico.
No universo das plantas não comestíveis, o fenômeno se repete. Muitas flores e espécies ornamentais, por exemplo, que embelezam nossos jardins, são estrangeiras, mas tão queridas quanto as nativas. Quando passamos para a escala industrial, destacamos a árvore de pinus, uma estrangeira que encontrou no Brasil, especialmente na Região Sul, seu lar ideal.
O cultivo comercial do gênero Pinus começou no Brasil no final dos anos 1970, com um objetivo claro: fornecer madeira para a indústria. E deu certo. O pinus taeda, principal espécie utilizada, encontrou nas condições edafoclimáticas do Sul do país um ambiente perfeito para crescer com vigor. Graças ao melhoramento genético e à tecnologia florestal, o Brasil alcançou os melhores índices de produtividade do mundo para essa espécie.
Segundo o levantamento mais recente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), em 2024 o país contava com 1,9 milhão de hectares de florestas plantadas de pinus. A Região Sul concentra cerca de 1,69 milhão de hectares, distribuídos entre Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A madeira de pinus está presente em nosso cotidiano de formas que muitas vezes passam despercebidas. Ela compõe papel, caixas de papelão, móveis, portas, brinquedos, utensílios domésticos e estruturas diversas. Os pellets de madeira, por exemplo, são uma fonte de energia renovável cada vez mais utilizada globalmente.
E não para por aí. A celulose extraída do pinus é usada em cápsulas de medicamentos, na indústria alimentícia e até na automobilística. Com a nanocelulose e a lignina, surgem aplicações inovadoras: superfícies impermeáveis, essências e até pele artificial. O potencial é imenso e estamos apenas no começo.
Em um mundo que exige soluções com menor impacto ambiental, as florestas plantadas para fins industriais se mostram uma alternativa viável e estratégica. Durante seu crescimento, as árvores de pinus capturam carbono da atmosfera, que permanece sequestrado nos produtos derivados por décadas ou até séculos.
Além disso, quase toda a área plantada na Região Sul possui certificações internacionais que garantem práticas rigorosas de responsabilidade social e ambiental. As empresas do setor preservam cerca de 30% da vegetação nativa nos três estados, demonstrando compromisso com o equilíbrio ecológico.
O pinus escolheu o Sul do Brasil para prosperar e foi bem acolhido. As empresas de silvicultura da região atuam com responsabilidade e visão de futuro, adotando práticas ambientais, sociais e de governança muito antes do termo ESG se tornar tendência. Por isso, a madeira de pinus brasileira é reconhecida internacionalmente pela sua qualidade e sustentabilidade.
Essa é uma história de sucesso que começou há décadas e continua a crescer, como as próprias árvores que a protagonizam. O pinus pode não ser brasileiro de origem, mas já é parte essencial do nosso presente e, com certeza, do nosso futuro.
- *Daniel Chies é presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Jose Mario Ferreira é presidente da Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) e Fabio Brun é presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas).
