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A importância da rastreabilidade e transparência na produção de café

A importância da rastreabilidade e transparência na produção de café

A rastreabilidade tem se tornado um fator decisivo no mercado da cafeicultura, com importadores e consumidores exigindo cada vez mais informações detalhadas sobre a origem e o processo de produção do café

A rastreabilidade e a transparência na produção de café estão se tornando aspectos essenciais no mercado cafeeiro global. Com consumidores cada vez mais exigentes e regulamentações rigorosas, especialmente na União Europeia, a capacidade de demonstrar práticas sustentáveis e éticas é crucial para o sucesso no setor.

Aumento da confiança do consumidor

Os consumidores atuais estão cada vez mais interessados em saber a origem do café que consomem, bem como os métodos utilizados em sua produção. A rastreabilidade permite que todas as etapas da cadeia de produção sejam documentadas, desde a colheita dos grãos até a chegada do produto ao consumidor. Esta transparência fortalece a confiança do consumidor e oferece uma vantagem competitiva para os produtores que adotam essas práticas.

A rastreabilidade também é fundamental para criar um relacionamento de confiança entre todas as partes da cadeia do café. Com informações detalhadas sobre a origem dos grãos, os consumidores podem fazer escolhas mais informadas e conscientes. Isso é particularmente importante em um mercado onde a sustentabilidade e a ética na produção são fatores cada vez mais valorizados. Quando os consumidores sabem que o café que estão comprando é produzido de maneira sustentável e ética, eles estão mais dispostos a pagar um preço premium por esses produtos.

Documentação detalhada de todas as etapas

A implementação da rastreabilidade envolve a documentação detalhada de cada etapa da produção. Isso permite que os produtores monitorem e garantam a qualidade do café em cada fase, minimizando o risco de contaminação e garantindo que os padrões de sustentabilidade sejam mantidos. A documentação detalhada também facilita a identificação e resolução de problemas, melhorando a eficiência e a qualidade do produto final.

Vantagem competitiva no mercado

Produtores que adotam práticas de rastreabilidade e transparência podem se destacar em um mercado competitivo. A capacidade de demonstrar o compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade social pode atrair consumidores e parceiros comerciais que compartilham desses valores. Além disso, a conformidade com regulamentações internacionais, como as exigidas pela União Europeia, pode abrir novos mercados e oportunidades de exportação para produtores que adotam essas práticas.

Conformidade com regulamentações internacionais

A União Europeia exige que as empresas demonstrem que seus produtos não contribuem para o desmatamento ou violam os direitos humanos em qualquer etapa da produção. A rastreabilidade é fundamental para cumprir essas exigências, permitindo que as empresas monitorem e relatem de maneira precisa as práticas de seus fornecedores. A conformidade com essas regulamentações não só evita penalidades legais, mas também melhora a reputação da marca no mercado global.

Implementação de tecnologias para melhorar a rastreabilidade do café

A adoção de tecnologias avançadas, como a inteligência artificial (IA), vem revolucionando a forma como a rastreabilidade é implementada na produção de café. A rastreabilidade do café, do campo à xícara, se tornará ainda mais necessária não só com o objetivo de atender às exigências dos mercados por sustentabilidade e transparência, mas também para aprimorar os modelos de gestão existentes.

A digitalização das visitas às fazendas realizadas pelos agrônomos e a geração de laudos digitais são estratégias importantes para melhorar o processo agrícola, facilitando a gestão das propriedades e a tomada de decisões baseadas em dados. Com funcionalidades focadas na rastreabilidade e na qualidade do café, tradings, compradores, importadores, revendas e produtores estarão mais preparados para atender às demandas do mercado nacional e internacional, elevando a produtividade e a sustentabilidade da cafeicultura brasileira.

A Contribuição da Bigtrade

Nesse cenário de inovação e transformação, a Bigtrade está se destacando como uma força cada vez mais relevante para a cafeicultura brasileira. Desenvolvendo novas soluções e produtos digitais, a companhia visa promover o acesso de tradings, revendas, cooperativas, consultorias especializadas e agrônomos a tecnologias que combinam dados e inteligência artificial. Com isso, por meio da tecnologia, os riscos são transformados em decisões de negócios, oferecendo uma visão 360° do produtor e de suas propriedades.

O novo produto da Bigtrade, que permitirá maior visibilidade das práticas sustentáveis na cafeicultura, já está em fase de validação com parceiros da companhia. O objetivo é contribuir para a melhoria da eficiência operacional, crescimento e sustentabilidade do setor.

Conclusão

A rastreabilidade e a transparência na produção de café não são apenas tendências passageiras, mas elementos essenciais para o futuro sustentável do setor. À medida que os consumidores se tornam mais conscientes e as regulamentações se tornam mais rigorosas, a capacidade de demonstrar práticas sustentáveis e éticas será crucial para o sucesso no mercado global. A colaboração entre produtores, a adoção de novas tecnologias e o compromisso com a transparência serão fundamentais para garantir um futuro próspero para a cafeicultura global.

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Água com tecnologia: Reflorestar inaugura módulos de irrigação 100% mecanizados para o manejo inicial de mudas na silvicultura

Água com tecnologia: Reflorestar inaugura módulos de irrigação 100% mecanizados para o manejo inicial de mudas na silvicultura

Tecnologia eleva o padrão dos manejos florestais no país. Primeiros módulos chegam no MS e em SP

No solo vermelho do município de Água Clara (MS), onde por décadas os primeiros dias de irrigação dependiam do esforço físico intenso dos colaboradores, uma nova realidade começa a ser escrita. A Reflorestar Soluções Florestais inicia a operação do primeiro módulo operacional do país com o conjunto completo de Irrigadores Mecanizados Bizmaq, marco que rompe com práticas historicamente manuais e abre caminho para uma silvicultura cada vez mais mecanizada, precisa e sustentável.

Com contrato firmado com a Suzano para operações de plantio, a Reflorestar buscou tecnologias que gerassem maior agilidade operacional, ganhos de produtividade e, sobretudo, melhores condições de trabalho para seus colaboradores. Agora, o colaborador atua em uma cabine climatizada, com controles eletrônicos que acionam o equipamento e distribuem água de forma uniforme sobre as mudas de eucalipto.

“O equipamento entrega qualidade e assertividade na quantidade de água aplicada por planta, além de transformar a experiência do colaborador. Antes, era uma atividade semimecanizada, em que o auxiliar caminhava o dia todo exposto ao sol e ao calor intenso.

Agora, é uma operação totalmente mecanizada e confortável”, explica Paulo Gustavo Souza, gerente de Silvicultura da Reflorestar. É a tecnologia a serviço do homem e da silvicultura.

Precisão e eficiência
Para essa etapa da silvicultura, a Reflorestar adquiriu cinco irrigadores mecanizados Bizmaq, sendo três destinados aos plantios no Mato Grosso do Sul e dois para o estado de São Paulo.

Os tanques têm capacidade de 10 mil litros, permitindo padronização rigorosa da lâmina d’água aplicada em cada muda.

Essa precisão reduz desperdícios e elimina a variabilidade típica da irrigação semimecanizada, em que a dosagem dependia do julgamento do auxiliar, podendo variar, por exemplo, entre 3 e 7 litros por planta.

“A mecanização garante a mesma quantidade de água para todas as mudas, com total padronização operacional. Esse é um ganho expressivo em eficiência”, reforça Gregory Barbosa, consultor de produto da Bizmaq.

Primeiros passos
A irrigação das mudas é uma etapa inicial e pontual do processo de plantio, mas sua frequência depende diretamente das características de solo e clima de cada região.

No Mato Grosso do Sul, por exemplo, região mais quente, a média é de três irrigações consecutivas, podendo chegar a cinco em períodos de maior temperatura. Já em Lençóis Paulista (SP), onde a Reflorestar também assumirá operações de plantio, o clima mais ameno permite uma média aproximada de duas irrigações.

A entrada da Reflorestar como operadora efetiva, e não apenas participante de testes, marca um avanço inédito. “É o primeiro módulo operacional com esses equipamentos no país. Outras unidades fizeram apenas testes. A Suzano, junto com a Reflorestar, vem sendo pioneira na adoção de uma silvicultura 100% mecanizada”, destaca Gregory.

Nova geração da silvicultura
A Bizmaq, referência nacional em implementos agroflorestais, acompanha de perto empresas que impulsionam a modernização do campo. Nesse movimento, a Reflorestar se destaca pela velocidade com que tem expandido sua mecanização, especialmente na silvicultura, área em que passou a atuar há cerca de dois anos.

“A Reflorestar escolheu um caminho diferente: entrar entre os maiores investindo em mecanização plena, fugindo do modelo manual tradicional. A empresa pulou etapas e hoje se coloca como case de sucesso na prestação de serviços florestais”, analisa Gregory.

Visão de futuro
A inauguração deste módulo mecanizado reafirma o compromisso da Reflorestar com um modelo operacional moderno, seguro e sustentável, em que tecnologia e cuidado com as pessoas caminham lado a lado.

Ao mecanizar uma etapa historicamente manual, a empresa eleva padrões de ergonomia, padroniza a qualidade operacional, reduz riscos e variabilidades, ganha eficiência e precisão, além de avançar na construção de uma silvicultura de alta performance.

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Cuidado coletivo com as estradas rurais: preservar a mata às margens também é proteger vias e vidas

Imagem: Freepik

Em temporada de chuvas, o colapso das vicinais ameaça produção, acesso e segurança; Associação Ambientalista Copaíba reforça que a restauração de matas ciliares e a preservação das margens são medidas práticas de prevenção e resiliência

Estimativas recentes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontam que no Brasil há cerca de 2,2 milhões de km de vias rurais, em sua maioria não pavimentadas, e grande parte em condições precárias, o que gera prejuízos diretos ao agronegócio e às populações locais, como perdas logísticas e econômicas, além de impactar traslados em geral. Durante a temporada de chuvas, esses trechos se tornam ainda mais vulneráveis com o aumento da erosividade da chuva e o volume de precipitação agravando o assoreamento, a erosão lateral e os alagamentos que deterioram pontes, bueiros e a própria pista, problemas documentados por estudos técnicos e relatórios sobre impactos hidrometeorológicos na infraestrutura rodoviária. 

Nesse cenário, segundo a Embrapa as matas que margeiam rios e córregos (matas ciliares) assumem o papel de “freios naturais”, reduzindo a velocidade do escoamento superficial, facilitando a infiltração da água no solo e diminuindo o volume de sedimentos carregados para os cursos d’água, processos que, em conjunto, atenuam enchentes localizadas e o assoreamento de pontos críticos sob estradas e pontes. Relatórios e pesquisas da Embrapa sobre erosividade esclarecem que, onde a cobertura vegetal é preservada, o risco de enxurradas e cortes de pista cai sensivelmente durante eventos de chuva intensa. 

A Associação Ambientalista Copaíba, com atuação desde 1999 na restauração de matas nativas e recuperação de nascentes na região de Socorro (SP) e bacias vizinhas, tem mostrado na prática os benefícios da recuperação de margens. Em relatos de projetos, a coordenadora Ana Paula Balderi observa que áreas restauradas começam, em poucos anos, a “proteger o solo e o entorno das nascentes” e a “servir como obstáculo ao escoamento das enxurradas”, reduzindo a velocidade da água e favorecendo a infiltração, efeito diretamente ligado à menor incidência de erosão nas proximidades de estradas rurais. 

A Copaíba registra projetos de restauração que já cobrem centenas de hectares e enfatiza a necessidade de políticas públicas e engajamento comunitário para ampliar essa ação. Especialistas ouvidos pela entidade e estudos técnicos convergem em ações concretas que unem conservação ambiental e manutenção de infraestrutura: (1) manter ou recuperar faixas de vegetação nas margens de córregos e nascentes; (2) planejar bueiros e sistemas de drenagem considerando aumento de volume de chuva; (3) evitar desmatamentos e compactação de solo próximos às vias; (4) articular programas municipais e estaduais de manutenção periódica das vicinais com iniciativas de restauração florestal nas bacias. 

Quando proprietários rurais, prefeituras e ONGs atuam em conjunto, os benefícios são múltiplos, como redução de estragos nas estradas, menor custo de manutenção e maior segurança para quem depende dessas vias. Assim, a conservação das margens e a restauração de matas ciliares não são apenas causas ambientais: são investimentos em infraestrutura natural que protegem estradas, safra e pessoas, especialmente em períodos de chuvas intensas. 

Nesse sentido, a recomendação da Copaíba é clara: políticas públicas integradas, incentivos à restauração e ações comunitárias são caminhos para transformar áreas de risco em corredores resilientes e, desse modo, reduzir paradas, prejuízos e riscos nas estradas rurais.

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Mapeamento inédito revela poder do amendoim no Brasil

Imagem: Freepik

Estudo da ABEX-BR quantifica a cadeia do amendoim e confirma: Brasil é o 3º mais eficiente do mundo em produtividade

A Associação Brasileira do Amendoim (ABEX-BR) anuncia o lançamento do livro “Mapeamento e Quantificação da Cadeia do Amendoim Brasileiro”, o primeiro estudo no país a oferecer um raio-x completo do setor, desde o produtor até o exportador, com dados inéditos da safra 2024/2025.

O evento de lançamento será realizado no dia 3 de dezembro, às 14h, em Ribeirão Preto/SP, e marcará a disponibilização de informações que comprovam a relevância da leguminosa no cenário nacional.

Um dos destaques da pesquisa revela que o setor movimentou um faturamento total de R$ 18,6 bilhões no último ano, consolidando o amendoim como um player de grande porte e de alto impacto socioeconômico para o país.

“Este mapeamento é um divisor de águas para toda a cadeia. Pela primeira vez, temos uma visão completa e quantificada do nosso impacto. Com R$ 18,6 bilhões em faturamento, a importância do amendoim ultrapassa o campo e chega à mesa de negociação de grandes instituições. Temos dados concretos para guiar investimentos, estruturar linhas de crédito e influenciar políticas públicas que sustentem a nossa eficiência produtiva, que já é a 3ª maior do mundo”, afirma Cristiano Fantin, presidente da ABEX-BR.

Um raio-x socioeconômico para o desenvolvimento setorial
O estudo vai além dos números de produção. Ele compila dados socioeconômicos detalhados que interessam não só ao público em geral – que acompanha a geração de riqueza e emprego – mas, principalmente, a órgãos reguladores, ao setor financeiro e ao mercado de seguros.

O livro oferece uma visão completa da safra 2024/2025 e servirá como base fundamental para o poder público, setor financeiro e de seguros na hora de regular a produção, formatar linhas de crédito e oferecer garantias de safra com precisão.

“Com este livro, a ABEX-BR cumpre seu papel de levar ciência e inteligência para todos os elos da cadeia, do produtor ao beneficiador. Esta é a nossa ferramenta para falar ‘para dentro’ do setor e ‘para fora’, com o governo, mostrando a capacidade de geração de valor, emprego e renda que o amendoim tem. É um setor que mais que triplicou o volume de produção na última década e precisa de informações à altura do seu crescimento”, conclui Cristiano Fantin.

O livro “Mapeamento e Quantificação da Cadeia do Amendoim Brasileiro” foi financiado pelo Núcleo de Promoção e Pesquisa (NPP) da ABEX-BR e estará disponível para download durante seu lançamento. A pesquisa foi realizada pela Markestrat, consultoria especializada em agronegócio.

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