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Selgron participa das comemorações dos 90 anos do SindArroz-RS

Primeiro equipamento lançado pela empresa catarinense foi uma Selecionadora, desenvolvida para atender especialmente o mercado arrozeiro

Empresa de Santa Catarina, que desenvolve soluções para atender a diferentes necessidades de automação nas indústrias, iniciou suas atividades produzindo equipamentos para a seleção de arroz há 33 anos

O Sindicato da Indústria do Arroz no Estado do Rio Grande do Sul (SindArroz-RS) comemora, em 2024, nove décadas de atuação no fortalecimento do setor arrozeiro. Para marcar a data, será realizado um jantar comemorativo no dia 5 de dezembro, em Porto Alegre (RS), reunindo lideranças do segmento e parceiros da entidade, que se consolidou como um dos pilares dessa indústria no país. Entre os convidados e patrocinadores do evento está a Selgron, empresa catarinense que tem uma ligação histórica com o segmento produtivo.

Fundada em 1991, a Selgron iniciou suas atividades com a produção de equipamentos para seleção de grãos, lançando seu primeiro equipamento, uma Selecionadora para atender especialmente o mercado do arroz no Sul do Brasil. Desde então, a empresa ampliou sua atuação, desenvolvendo soluções para diversos segmentos do agronegócio e da indústria.

“Hoje, a Selgron oferece uma linha completa de equipamentos para a produção de arroz, que inclui classificadoras, selecionadoras ópticas com inteligência artificial embarcada, empacotadoras, agrupadoras, dosadores, controladores de peso, detectores de metais, sistemas de encaixotamento, encartuchamento e paletização robotizada, assim como para outros produtos alimentícios ou não”, comenta Rubens Schneider, gerente comercial da Selgron. 

Nas últimas três décadas, a Selgron também ultrapassou as fronteiras nacionais e atualmente exporta suas tecnologias para mais de 45 países. Para a empresa, participar das comemorações dos 90 anos do SindArroz-RS é um reconhecimento da sua contribuição para o setor que foi o ponto de partida para sua trajetória de inovação e crescimento. “Estar presente nesse evento tão significativo é motivo de orgulho para nós. Nosso vínculo com a indústria arrozeira é parte fundamental da nossa história e do nosso crescimento”, destaca Schneider.

O evento promete reunir importantes nomes da indústria, celebrando as conquistas e projetando o futuro do segmento que é de enorme relevância para a economia do Rio Grande do Sul e do Brasil. O estado gaúcho é o maior produtor do cereal no país; antes das enchentes deste ano, respondia por 70% da produção nacional.

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Fim de ano é tempo de monitorar o desenvolvimento da soja

Foto Eduardo Luiz Facin, representante técnico de vendas da Novonesis Planta de soja inoculada

Produtores devem estar atentos ao desenvolvimento dos nódulos das raízes no processo de fixação biológica de nitrogênio

Com a retomada das chuvas no início de dezembro, os produtores de soja respiram aliviados após um longo período de forte calor e falta de chuva. Mesmo com essa mudança positiva no clima, no entanto, os sojicultores precisam ficar atentos ao desenvolvimento das plantas depois de tanto estresse climático.

Para aqueles que utilizaram inoculantes biológicos voltados para a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), a verificação em campo é fundamental para verificar o desenvolvimento dos nódulos, explica Fernando Bonafé Sei, gerente de serviços técnicos Latam da Novonesis, líder mundial em soluções biológicas. A checagem consiste na divisão da área plantada em talhões, onde o produtor coletará amostras para verificar a quantidade e qualidade das colônias de bactérias fixadoras de nitrogênio instaladas nas raízes da oleaginosa.

“O tamanho dos nódulos é o primeiro item da lista. No estágio de floração, por exemplo, as colônias precisam ser maiores ou iguais a 2 milímetros de espessura”, explica Fernando. O especialista detalha que, no período de florescimento, o número de nódulos tende a variar de 15 a 30 unidades por planta. “Nessa fase, a coloração interna da colônia muda para os tons verdes ou marrons devido ao processo de envelhecimento das bactérias. É um acompanhamento que durará por um longo período da safra e as avaliações não devem ser feitas uma só vez, mas em vários estágios do desenvolvimento da soja. Os nódulos, segundo estudos da Embrapa, podem permanecer ativos até o enchimento de grãos ”, explica.

Observações de campo da equipe de agrônomos da Novonesis apontam que, entre cinco a oito dias após a emergência da soja, já é possível ver a formação dos primeiros nódulos. Fernando descreve que, depois da floração, à medida que a planta cresce, começam as ramificações, popularmente chamadas de nós. Esse entrelaçamento da folha unifoliolada (simples) é o primeiro nó ou ponto de referência onde inicia o processo de contagem das colônias de bactérias. Quando se desenvolvem o terceiro e o quarto nós, por exemplo, já é a hora de uma nova análise.

Além da quantidade, a verificação da qualidade dessas colônias é essencial. Ao arrancar a soja para análise, deve-se olhar o tamanho e coloração do interior do nódulo para verificar se está ocorrendo o processo de fixação biológica. “Se a coloração interior estiver rósea intensa, é um indicativo de que a leghemoglobina, célula responsável pelo transporte de oxigênio, está exercendo sua função, essencial para a sobrevivência dos micro-organismos que, por sua vez, fornecem nitrogênio para as plantas”, analisa o especialista.

“Se esses nódulos não estiverem mais ou menos dentro desses padrões, é recomendável que o produtor procure a assistência técnica de sua confiança para averiguar o que está ocorrendo”, frisa Fernando. Para evitar esse tipo de situação, ele acrescenta que o agricultor deve adquirir sementes inoculadas de alta qualidade.

Ao seguir todas as recomendações técnicas, aliadas a um clima favorável e ao uso de uma tecnologia de ponta, o resultado aparece na colheita. A média de incremento em produtividade com inoculantes biológicos gira em torno de 8%. O gerente técnico da Novonesis observa que, diante desses resultados, a Novonesis tem investido cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento como forma de impulsionar ainda mais a adoção dos insumos biológicos. “A companhia dinamarquesa oferece inoculantes de alta tecnologia voltados para o tratamento industrial de sementes: o pacote de soluções CTS 1000, inoculante biológico de longa vida à base de Bradyrhizobium para a soja, que tem longevidade de até 90 dias no pós-tratamento”, finaliza.

Sobre a Novonesis
A Novonesis é uma empresa global que lidera a era das biossoluções. Ao alavancar o poder da microbiologia com a ciência, transformamos a maneira como o mundo produz, consome e vive. Em mais de 30 setores, nossas biossoluções já estão criando valor para milhares de clientes e beneficiando o planeta. Nossos 10.000 funcionários em todo o mundo trabalham em estreita colaboração com nossos parceiros e clientes para transformar os negócios com a biologia.

Saiba mais em www.novonesis.com 

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O papel da Silvicultura na sustentabilidade ambiental e econômica no Brasil

O papel da Silvicultura na sustentabilidade ambiental e econômica no Brasil

*Por Renato Zanetti

A silvicultura, atividade voltada ao manejo e cultivo de florestas plantadas, é muito mais do que uma prática econômica. Trata-se de um dos setores produtivos que mais cresce no país e que serve como base para a produção de matérias-primas essenciais. Entre elas estão bens de consumo renováveis, como papel, celulose e madeira, além de produtos inovadores, como bioplásticos e substitutos de derivados de petróleo. Além disso, as florestas desempenham um papel ambiental estratégico, contribuindo para a captura de carbono, a redução de emissões de gases de efeito estufa e a preservação da biodiversidade.

O Brasil lidera a produtividade florestal global graças à combinação do clima favorável, manejo eficiente e investimentos em tecnologia. Contudo, no Dia da Silvicultura, celebrado no último 7 de dezembro, precisamos refletir sobre um dos principais desafios do setor no cenário atual: a baixa disponibilidade de profissionais capacitados para ocupar as diversas posições disponíveis.

Apesar de sua relevância para a economia e a sustentabilidade, a silvicultura enfrenta dificuldades para preencher vagas em todos os níveis, desde funções operacionais até posições de liderança. Esse cenário exige atenção e investimento na formação e atração de talentos para que o setor continue contribuindo de forma plena para o desenvolvimento do país em prol de uma economia mais verde e sustentável.

Na Bracell, buscamos enfrentar essa questão promovendo o desenvolvimento das pessoas. Atuamos em larga escala na formação de florestas e na produção de celulose kraft, solúvel e especial em estados como São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul, empregando milhares de profissionais e praticando um manejo florestal alinhado aos mais altos padrões de sustentabilidade. Entretanto, ainda temos vagas abertas que representam oportunidades para quem deseja ingressar ou crescer nesse setor promissor.

Minha própria trajetória é um exemplo de como a silvicultura pode nos apresentar oportunidades ímpares. Fiz a transição vindo de outro segmento do agronegócio e encontrei aqui um campo dinâmico, desafiador e de grande crescimento, que combina inovação tecnológica, impacto ambiental positivo e desenvolvimento social. É inspirador ver histórias de pessoas que começam em posições operacionais e, com dedicação e qualificação, ascendem a posições de maior responsabilidade, contribuindo para o fortalecimento do setor.

No Dia Nacional da Silvicultura, além de celebrarmos as conquistas, é fundamental olharmos para o futuro. O setor só poderá atingir todo o seu potencial se enfrentarmos o desafio da qualificação de mão de obra através da capacitação, inovação e tecnologia, reforçando o compromisso com práticas inovadoras e sustentáveis. A silvicultura é um dos pilares para a construção de um Brasil mais equilibrado, onde o crescimento econômico caminha de mãos dadas com a preservação ambiental e o desenvolvimento social.

*Renato Zanetti, Diretor de Operação Florestal da Bracell

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O que esperar do mercado de máquinas agrícolas para os próximos anos?

Divulgação Piccin

*Por Camilo Ramos

Nos próximos dois anos, o mercado de máquinas agrícolas está se preparando para uma transformação significativa, com a introdução de novas tecnologias e soluções que visam aumentar a eficiência, reduzir os custos operacionais e promover a sustentabilidade. Entre as principais inovações que deverão dominar o setor estão o desenvolvimento de máquinas multifuncionais, o avanço da eletrificação e a integração de soluções tecnológicas para o manejo preciso do solo. Além disso, o mercado de exportação se apresenta promissor, com novos investimentos. Porém, ainda há gargalos, como a conectividade rural, que continua sendo um desafio a ser superado.

Seguindo essa forte tendência de equipamentos que realizam diversas operações em uma única passada, a Piccin, fabricante de tecnologias para o preparo do solo, é um desses exemplos. A companhia desenvolveu o projeto de um implemento, a Master Elétrica, que propõe substituir os componentes hidráulicos por sistemas elétricos, eliminando o uso de óleos e filtros. Essa abordagem não apenas simplifica a manutenção das máquinas, mas também contribui para a redução do impacto ambiental, evitando a contaminação do solo e o descarte de filtros usados. Com isso, os produtores poderão operar de maneira mais eficiente, com menos custos com manutenção e maior durabilidade dos componentes.

Além disso, a descompactação do solo, essencial para a melhoria da produtividade agrícola, também está sendo alvo de inovações. As novas máquinas para essa operação estão sendo desenvolvidas para oferecer maior eficiência, com a capacidade de combinar várias funções em um único equipamento, como descompactação, preparo do solo e plantio. Isso significa economia de tempo, combustível e redução do desgaste do trator, fatores cruciais para otimizar a operação no campo.

As inovações são particularmente importantes em um contexto em que o setor agrícola busca cada vez mais soluções eficientes e sustentáveis. A redução da necessidade de potência dos tratores significa menos combustíveis fósseis queimados, o que está em linha com os objetivos globais de sustentabilidade e de redução de emissões de gases de efeito estufa.

Já no campo da tecnologia, a digitalização está ganhando força como uma ferramenta poderosa para melhorar a tomada de decisões e otimizar o uso de insumos. Podemos citar como exemplo o DNA do solo, que permite aos produtores mapear e analisar as propriedades em tempo real. Com essa solução, é possível identificar pontos específicos da propriedade que precisam de cuidados especiais, como descompactação mais profunda ou ajustes no uso de fertilizantes.

O uso dessa tecnologia permitirá que o produtor tome decisões mais precisas, não apenas em termos de manejo de solo, mas também no controle de pragas, doenças e no planejamento de atividades em função das condições climáticas. O Green X, por exemplo, é uma plataforma digital que prevê essas variáveis, ajudando o produtor a otimizar a aplicação de insumos e a reduzir desperdícios, o que, por sua vez, diminui os custos operacionais e o impacto ambiental.

Soluções cada vez mais verdes

Com a crescente demanda por soluções mais verdes e eficientes, o setor de máquinas também tem se posicionado e está se preparando para expandir sua presença internacional. Em 2024, muitos fabricantes, como no caso das empresas brasileiras, estão investindo para expandir suas operações em mercados que antes não atendiam. A exportação para países com grande potencial de crescimento, como os da América Latina e da Ásia, deve continuar sendo uma estratégia importante, especialmente em um cenário de câmbio favorável, que torna os produtos mais competitivos no exterior.

Além disso, a sustentabilidade tem sido um diferencial importante, com o desenvolvimento de máquinas que participam de programas voltados para a reforma de pastagens e outras práticas sustentáveis.

É importante destacar que não adianta tanto investir em novas tecnologias e soluções se não houver uma conexão adequada. A conectividade rural ainda representa um desafio significativo para esses avanços no campo. Embora tenha havido crescimento com a popularização de antenas satelitais, a cobertura é limitada, o que significa que nem todas as áreas rurais podem se beneficiar. O 5G, apesar de promissor, ainda não chegou de forma ampla às zonas rurais, e muitas regiões sequer contam com cobertura 4G.

Em resposta a esses desafios, muitas empresas estão desenvolvendo soluções de conectividade que não dependem de redes de telefonia de alta velocidade. O uso de estruturas mais simples e de baixo custo, que exigem pouca banda para transmitir dados, tem se mostrado uma solução viável para garantir que os produtores recebam as informações necessárias em tempo real, mesmo em áreas com conectividade limitada.

O mercado de máquinas agrícolas está em um ponto de inflexão, com o desenvolvimento de tecnologias que priorizam a eficiência, a sustentabilidade e a conectividade. A eletrificação das máquinas, as soluções multifuncionais e a digitalização do manejo de solo são apenas algumas das inovações que transformarão o setor nos próximos anos. Ao mesmo tempo, a busca por maior sustentabilidade e a redução de custos operacionais se tornarão essenciais para os produtores que desejam se manter competitivos em um mercado global cada vez mais exigente.

Embora desafios como a conectividade rural e o custo de implementação de novas tecnologias ainda precisem ser superados, as soluções inovadoras estão abrindo caminho para um futuro mais eficiente e sustentável para o agro. A adaptação rápida a essas mudanças será um fator decisivo para os produtores que buscam aproveitar as oportunidades oferecidas por essas novas tecnologias e garantir sua rentabilidade no longo prazo.

*Camilo Ramos é Administrador e CEO do Grupo Piccin

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