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Sorgo igrowth é opção rentável para a cobertura de solo na reforma do canavial

Sorgo igrowth é opção rentável para a cobertura de solo na reforma do canavial

Tolerante aos herbicidas do grupo químico das imidazolinonas utilizados para controle da grama seda, uma das principais invasoras na cultura da cana-de-açúcar, tecnologia da Advanta Seeds, Igrowth, pode proporcionar ainda uma terceira opção de renda ao canavicultor

O Brasil se consolidou como maior produtor e exportador de cana-de-açúcar do mundo, alcançando na safra 2023/24, uma colheita acima de 700 milhões de toneladas, o que garantiu o novo recorde histórico. Para continuar avançando, os canavicultores precisam superar diversos obstáculos, entre eles, as questões das instabilidades climáticas e mercadológicas. Além disso, outro fator que pode impactar no desenvolvimento da cultura são as plantas daninhas.

Segundo o engenheiro agrônomo Thiago Carvalho, Gerente Regional Comercial da Advanta Seeds, as plantas daninhas representam um dos maiores desafios para manejo e produtividade da cana-de-açúcar. Entre elas, a que causa maior preocupação é a grama seda (Cynodon dactylon), uma invasora de controle extremamente difícil e que compete extraindo água e nutrientes. “Sua agressividade e facilidade de propagação a tornam um verdadeiro vilão para os canaviais e podem gerar perdas de até 85% quando não controladas adequadamente. Além disso reduzem o número de cortes e a vida útil do canavial, algo que é bem oneroso”, destacou.

O controle tradicional para a grama seda depende de aplicações de herbicidas como glifosato e imazapir, seguido de gradagens pesadas para “picar” a planta daninha e incorporar os produtos, onde o imazapir possui alto efeito residual no solo. Essa prática, apesar de ser uma ferramenta eficiente, traz consigo uma série de consequências indesejáveis, como impacto em outras culturas, período de pousio de 90 a 120 dias sem cultivo após a aplicação e riscos de erosão. Afinal, com a terra “descoberta” por tanto tempo, o solo torna-se altamente suscetível a chuvas e ventos.

Para evitar essa erosão que impactaria diretamente na fertilidade e estrutura do solo e posteriormente no desenvolvimento da cana-de-açúcar, é de praxe realizar a rotação de culturas na área. Dentre as opções, as mais comuns são o amendoim e crotalaria.

Porém, os canavicultores ganham uma opção tolerante e rentável para a reforma do canavial. A novidade é o sorgo igrowth, tecnologia da Advanta Seeds, uma inovação que proporciona diversos benefícios. Além de possuir tolerância ao imazapir, principal herbicida utilizado para controle da grama seda, ao mesmo tempo gera boa cobertura de solo e ainda pode se tornar uma nova fonte de renda com a produção de grãos. “O grande diferencial dessa tecnologia é que o sorgo passa a ser também protagonista, ou seja, quase uma terceira safra dentro do sistema produtivo gerando ganhos em uma área que até então ficaria ociosa”, detalhou o especialista.

Cuidados durante a reforma do canavial

Após a colheita da cana, no momento da reforma do canavial, quando há problemas com grama seda, aplica-se o herbicida de princípio ativo imazapir para controle da planta daninha. Após aproximadamente 20 dias da pulverização, é imprescindível realizar uma gradagem na área. Em seguida, recomenda-se o plantio do sorgo ADV 1151IG como teste de prova, a fim de avaliar sua germinação inicial. Essa recomendação decorre da possível presença residual de outros herbicidas no solo, aos quais a tecnologia igrowth não promove tolerância, e a cultura do sorgo pode ser muito sensível como: hexazinona, indaziflam, clomazone, diclosulam, entre outros.

Uma segunda gradagem é necessária entre uma e duas semanas após a primeira operação, para expor mais partes da grama seda ao herbicida, amplificando o controle da planta daninha. Após esse manejo, e com resultado positivo de germinação no teste de prova, é indicado realizar semeadura em linha do híbrido ADV 1151IG em toda a área, utilizando plantadeiras com espaçamento de 0,50 m entre linhas. “Seguindo essas recomendações, certamente a nossa tecnologia irá responder com sua máxima performance”, finaliza o engenheiro agrônomo.

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Inteligência artificial se torna grande aliada no combate às plantas daninhas na produção brasileira de cana-de-açúcar

As imagens captadas pela Taranis do Brasil ajudam o produtor a tomar decisões mais fundamentadas no planejamento da safra Taranis do Brasil

Por meio da captação de imagens em alta resolução, a Taranis do Brasil viabiliza que os produtores otimizem custos com diagnósticos precisos, identificando mais de 100 espécies infestantes

No cultivo de cana-de-açúcar, o manejo adequado das plantas daninhas é crucial para reduzir os custos de produção. Identificando corretamente essas plantas, o produtor pode adotar estratégias mais eficazes utilizando ferramentas apropriadas, como a inteligência artificial (IA). Durante a 9ª edição do “Datagro – Abertura de Safra Cana, Açúcar e Etanol”, a Taranis do Brasil, empresa especializada no uso de IA para combater ervas daninhas, doenças e deficiências nutricionais, promoveu uma palestra com o sócio-diretor do Pecege Consultoria e Projetos, João Botão.

Segundo Botão, as ervas daninhas fazem parte do processo agrícola e precisam ser gerenciadas adequadamente, pois consomem os recursos destinados às culturas, afetando sua produtividade.

“Na rotina do campo, é essencial que sejam utilizadas soluções específicas para cada variedade infestadora, o que exige um diagnóstico preciso da situação da lavoura. O uso da inteligência artificial representa uma mudança na atitude do produtor, que deve se permitir testar novas tecnologias, como a oferecida pela Taranis”, afirmou.

Para ele, neste cenário, a IA atua como um termômetro na medicina: “Ao tocar a testa de alguém, percebe-se uma possível febre, mas não a temperatura exata. Para isso, é necessário usar o termômetro. A inteligência artificial da Taranis fornece uma medição precisa, com maior cobertura e confiabilidade, oferecendo uma visão mais abrangente das condições da lavoura”.

A realidade do produtor de cana no Brasil

Ao refletir sobre o comportamento do produtor brasileiro de cana-de-açúcar, José apontou que, apesar das variações regionais no cultivo, o maior desafio, não apenas na produção de cana, mas também em outros setores, é o fator humano. “Isso envolve tanto a escassez de mão de obra, com muitas atividades ainda realizadas manualmente, como a necessidade de qualificar esses trabalhadores. É crucial investir no treinamento para o uso de tecnologias. Um time bem capacitado e adaptado à tecnologia é o maior desafio para todos”, afirmou.

Em termos de números, a previsão para a safra 2025/2026 no Centro-Sul é de uma redução de 1,4% na produção devido aos danos causados pela seca e incêndios no ciclo anterior. A região, que representa cerca de 90% da produção nacional, deverá processar 612 milhões de toneladas de cana no ciclo que começa em abril.

“Essa safra tende a ser mais próxima da média, sem grandes surpresas no campo”, observou José, ao frisar que, embora algumas regiões sejam mais afetadas que outras, não se espera grandes variações na produção. Quanto ao mercado, há boas perspectivas de preço, com um cenário econômico favorável que deve continuar beneficiando o produtor.

Inteligência artificial em ação

Na prática, a Taranis, com um crescimento superior a 300% no Brasil nos últimos três anos, utiliza tecnologia de ponta para identificar ameaças nas lavouras. Através de imagens de alta resolução, é possível apontar as áreas impactadas, o tipo de problema, a presença de ervas daninhas e o grau de cada problema. Além disso, a tecnologia consegue localizar cada planta daninha por talhão e identificar doenças ou deficiências nutricionais.

Também durante o evento, o gerente-geral da empresa, Fábio Franco explicou que imagens ajudam o produtor a tomar decisões mais fundamentadas no planejamento da safra. “A metodologia da Taranis é única, pois registra informações ao longo do tempo, proporcionando ao produtor uma visão detalhada e contínua de sua lavoura. Isso facilita, por exemplo, a detecção do aumento de plantas daninhas, a necessidade de revisar práticas agrícolas e a escolha do herbicida e da dosagem adequados para o controle”, detalhou.

Para isso, as câmeras de alta resolução, com hardware patenteado, são instaladas em drones e aeronaves Cessna 172. Cada avião da empresa pode mapear até 2.000 hectares por dia, capturando até 4 imagens de precisão foliar e mais 4 de grande cobertura, sendo capaz de identificar mais de100 espécies de ervas daninhas, assim como doenças e deficiências nutricionais.

Mais informações: https://taranisbrasil.com/

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Torradora Atilla está com inscrições abertas para curso de Engenharia da Torra

Foto: divulgação

Estão abertas as inscrições para a formação “Engenharia da Torra”, promovida pela Torradora Atilla. O curso será híbrido, a etapa presencial acontecerá nos dias 29 e 30 de março e será em Belo Horizonte (MG)

O conteúdo programático contempla assuntos como: equipamentos de torra, análise de dados, reconhecimento do torrador, como fazer cupping, análise da matéria prima, entre outros. As inscrições devem ser realizadas através do link: https://encurtador.com.br/QBwPU

Após concluir a inscrição, o público já poderá assistir às aulas da etapa on-line através da plataforma Hotmart.
O conteúdo programático completo está disponível no site: https://www.atilla.com.br/curso-de-torra/

Curso Engenharia da Torra
Inscrições: https://encurtador.com.br/QBwPU

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Nestlé Brasil adere à COBEA para ajudar a impulsionar avanços no bem-estar animal

Barbara Sollero, head de Agricultura Regenerativa da Nestlé Brasil Divulgação

Filial da maior empresa de alimentos do mundo se torna o oitavo membro da coalizão empresarial lançada em 2024

A Nestlé Brasil, filial da maior empresa de alimentos do mundo, é o mais recente membro da Colaboração Brasileira de Bem-estar Animal (COBEA), iniciativa de cooperação pré-competitiva inédita no sul global, criada em 2024 pela startup certificadora Produtor do Bem com o propósito de promover bem-estar animal no Brasil. A multinacional suíça se junta a outros sete importantes atores da cadeia de proteína animal brasileira – Grupo IMC (International Meal Company), Special Dog Company, Minerva Foods, JBS Brasil, Planalto Ovos, Mantiqueira Brasil e Danone Brasil – que já fazem parte da associação.

“Estamos felizes com a adesão da Nestlé e seu comprometimento em promover o bem-estar animal por meio da COBEA. Eles entendem que os avanços necessários exigem uma abordagem que envolva e participe de toda a cadeia de suprimentos”, afirma diretora-executiva da Colaboração, Elisa Tjarnstrom.

Além do setor alimentício, a COBEA está aberta à adesão de representantes do setor de pet food, pelos benefícios de uma maior colaboração entre os dois setores. Segundo Elisa, o objetivo do grupo é trabalhar estrategicamente com empresas investidas na temática para definir uma direção comum e superar em conjunto as barreiras ao progresso.

Portanto, a diretora-executiva acredita que a Nestlé é uma adição importante para o grupo por, além de operar no segmento de lacticínios, atuar também no setor de alimentos para animais de estimação com a marca Purina. “Tenho certeza de que trarão muita experiência e que têm um papel importante a cumprir, por exemplo, em termos de como compradores e produtores de proteína animal podem se unir para trabalhar na mesma direção”, destaca.

“Essa parceria reforça o compromisso da Nestlé com o bem-estar animal, reconhecendo seu impacto positivo na qualidade dos produtos e na sustentabilidade das cadeias produtivas. Esperamos que essa colaboração impulsione inovação, pesquisa e novos modelos que beneficiem tanto produtores quanto consumidores”, afirma a head de Agricultura Regenerativa da Nestlé Brasil, Barbara Sollero.

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