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Pesquisas científicas asseguram resultados de produtos agrícolas no campo

Empresas que chegam ao mercado brasileiro, como a indiana SML Limited, especialista em tecnologias e soluções para o setor, preocupam-se com a eficiência agronômica de portfólio para a agricultura local
Nos últimos anos houve um expressivo aumento de multinacionais ligadas ao agronegócio passando a atuar diretamente no mercado brasileiro. Se por um lado isso representa mais opções à classe produtora, por outro, é preciso ter no radar a preocupação com a segurança, eficácia e entrega de resultados de tantos produtos e tecnologias disponíveis. Especificamente quando falamos no meio agrícola, um dos pontos de atenção e que está diretamente ligado a este cenário, é a credibilidade da empresa e as pesquisas científicas.
De acordo com Nelson Horowitz, engenheiro agrônomo, doutor em Ciência do Solo, professor na ESPM e consultor, a credibilidade é fundamental. “Isto está fortemente ligado ao desenvolvimento e à qualidade das pesquisas científicas conduzidas pelas empresas. Em um mercado onde a eficiência e a sustentabilidade são essenciais, a capacidade de uma companhia em fornecer produtos inovadores e cientificamente comprovados por instituições de pesquisas oficiais, como Embrapa, IAC e universidades, pode determinar seu destaque e longevidade no setor”, diz.
É por isso que multinacionais, como a recém-chegada no Brasil, a indiana SML Limited, focada em alta tecnologia de produtos nutricionais, protetivos e biológicos, tem como uma de suas principais características o investimento e dedicação na Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). Segundo, Danilo Nunes, engenheiro agrônomo, gerente de produto na empresa, são seguidas etapas rigorosas para garantir a eficácia e a segurança.
Esse processo inclui: a formulação inicial, testes in vitro e em vasos, microplot e plot, testes em parcelas maiores, mais próximas das condições reais de cultivo, e por fim à campo. “Nesses casos são estudos em locais abertos sob diversas condições climáticas e em todas regiões brasileiras (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), para assegurar que o produto funcione em todas as situações possíveis”, explica.
Estes experimentos são fundamentais, corrobora Guilherme Ohl, engenheiro agrônomo, pesquisador e consultor na Ceres. Para ele, os testes realizados em condições locais ajudam as empresas a ajustar seus produtos às necessidades específicas do mercado brasileiro. Além disso, essas informações são essenciais para o processo de registro de novos produtos junto às autoridades e para a recomendação de seu uso em diferentes regiões.
“Para o produtor, todas essas pesquisas levam informações reais e imparciais, assim eles têm acesso a dados atualizados e não enviesados, fundamentais para a tomada de decisões eficazes. É um suporte decisório, já que a pesquisa contínua permite respostas rápidas à problemas emergentes, ajudando o produtor a adaptar-se rapidamente a novas condições e desafios”, frisa o especialista.
Outro detalhe que precisa ser levado em conta é que o Brasil possui um clima e condições de solo únicos e que não são encontrados em outros países. “Isso significa que tecnologias desenvolvidas em regiões temperadas podem não ser eficazes aqui”, lembra Ohl. Por isso, muitas vezes, produtos e tecnologias precisam ser testados e adaptados para garantir que funcionem bem nas condições específicas das áreas brasileiras. “Isso envolve ajustar formulações, métodos de aplicação, e considerar fatores ambientais locais”, endossa o consultor da Ceres.
O gerente da SML cita como exemplo a variação de temperatura, luminosidade e pluviometria. “Essas diferenças climáticas, por exemplo, nas regiões brasileiras podem alterar o desempenho de tecnologias agrícolas. Cito um pesticida que funciona bem em uma área com alta umidade, mas que pode ser menos eficaz em outra mais seca”, reforça.
Pesquisas científicas são cruciais
Tão relevante quanto pesquisar, é importante a qualidade desses testes. Para o professor Horowitz, a pesquisa não só impulsiona a inovação, mas também garante que os produtos oferecidos sejam eficazes e sustentáveis. Conforme ele destaca, os principais aspectos incluem:
Metodologia Rigorosa: empresas líderes investem em metodologias de pesquisa avançadas e rigorosas, incluindo ensaios controlados e estudos de campo extensivos. Isso garante que os resultados obtidos sejam válidos e aplicáveis em condições reais de cultivo.
- Publicações em Revistas Científicas: a publicação de pesquisas em periódicos revisados por pares é um indicador de alta qualidade científica.
- Inovação e Tecnologia: o desenvolvimento de novas formulações e tecnologias de fertilizantes, como produtos que melhoram a eficiência na absorção de nutrientes e minimizam o impacto ambiental, demonstra um forte compromisso com a pesquisa e a inovação.
- Resultados Reproduzíveis: a capacidade de replicar resultados de pesquisas em diferentes condições e locais é crucial para validar a eficácia dos produtos. Ensaios independentes e confirmações por terceiros são fundamentais para fortalecer a credibilidade da empresa junto ao mercado agrícola.
Nesse aspecto, as consultorias têm um papel de destaque, já que elas hoje conduzem boa parte desses estudos no Brasil. O consultor da Ceres conta que são fundamentais para auxiliar os agricultores na parte técnica da produção, abordando práticas agrícolas, manejo de culturas, uso de insumos, e técnicas de cultivo. Além disso, oferecem suporte diário e personalizado para as necessidades específicas. “Também realiza pesquisa agronômica aplicada com geração de dados que embasam as recomendações feitas pela equipe de consultores, garantindo que estas sejam baseadas em evidências científicas e adaptadas às condições locais”, reforça.
Riscos
Produtos que não passam por testes adequados podem apresentar vários riscos como eficácia reduzida; no caso de fertilizantes, podem não ser assimilados pelas plantas, prejudicando a nutrição; aqueles vendidos como indutores de resistência podem não funcionar como esperado, levando a problemas de resistência inadequada em plantas, entre outros.
Preocupação com a situação
Ao ingressar no mercado brasileiro, a SML segue padrões rigorosos de qualidade e efetividade das soluções apresentadas aos produtores. O gerente de produtos explica que são levados em conta a segurança humana e ambiental. “Os produtos devem ser seguros para uso humano e não causar danos a outras espécies, incluindo plantas, insetos e animais. Além disso, é fundamental que eles sejam aprovados por três órgãos reguladores, a Anvisa, o MAPA e o Ibama. Esses órgãos avaliam a segurança, eficácia e impacto ambiental”, ressalta Nunes.
A fim de validar o seu portfólio aqui no Brasil, a multinacional mantém parcerias com instituições de pesquisa de renome para a condução de ensaios fixos e de longa duração como IAC (Instituto Agronômico de Campinas), Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), Embrapa Cerrados, UNESP (Universidade Estadual Paulista) e IPACER (Instituto de Pesquisa Agrícola do Cerrado) para diferentes culturas. “Nos últimos anos testamos culturas como: uva, manga, café, batata, soja, milho, alho, abacaxi, cebola, melão, feijão, trigo e cana-de-açúcar. Somente este ano já foram conduzidos 74 ensaios de campo, em colaboração com produtores parceiros”, finaliza o gerente da SML.
A empresa ressalta que é importante que a classe produtora, distribuidores, revendas e profissionais ligados ao setor se certifiquem dos parâmetros e informações acima descritas antes de firmarem parcerias com estreantes no mercado brasileiro.
Sobre a SML Limited
Com mais de 50 anos no mercado, a SML Limited é uma multinacional indiana que atende a agricultura global em mais de 80 países em todo o mundo. A empresa desenvolve e promove a utilização de soluções sustentáveis de ponta a ponta e de alto desempenho em nutrição de culturas, proteção de culturas, bioestimulantes e biofertilizantes. Em 2023 iniciou por meio de subsidiária, atuação na agricultura brasileira. https://sml-ltd.com.br/sml-no-campo.

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Sistema de paletização da Selgron automatiza processo da indústria cafeeira

Tecnologia desenvolvida pela empresa aumenta a produtividade e garante segurança no manuseio de materiais. No caso das sacas de café é oferecido um cabeçote desenvolvido especialmente para o carregamento desse tipo de produto
Os sistemas robotizados de paletização são desenvolvimentos modernos para a otimização dos processos produtivos na indústria, auxiliando no aumento da produtividade, na melhora da segurança e na eficiência no manuseio de materiais. Um exemplo dessa inovação pode ser observado no sistema de paletização de sacas de café desenvolvido pela Selgron, empresa especializada na elaboração de equipamentos para a automação industrial, que oferece uma linha de paletizadoras e recentemente desenvolveu uma estrutura específica para o segmento cafeeiro.
Um dos sistemas robotizados da Selgron é especialmente projetado para a paletização de sacos de juta, usados frequentemente no transporte de café. A inovação começa com a mesa pré-formadora, que foi desenvolvida para garantir uma melhor acomodação dos sacos de 30 a 60 quilos, facilitando a ação do robô equipado com um cabeçote desenhado especificamente para manusear sacas de juta. Mas também há opções de cabeçotes para variedade de outras embalagens.
O processo é ágil e seguro: o robô coleta o saco de café e o deposita em um ponto pré-definido para a paletização. Além disso, o sistema – patenteado pela Selgron – conta com esteiras transportadoras de alta carga, que possibilitam a paletização sem a necessidade de paletes, o que reduz custos e agiliza o processo. A uniformidade do produto é garantida por uma esteira pressora, enquanto dispositivos tombadores asseguram que o produto permaneça intacto durante o manuseio. Todos os componentes são desenvolvidos de acordo com normas de segurança reguladoras, o que torna o sistema não só eficiente, mas também seguro para o ambiente de trabalho.
Para Diogo Augusto Hank, coordenador de vendas da Selgron, a missão da empresa é desenvolver soluções que atendam às necessidades reais da indústria. “O sistema robotizado de paletização que criamos para o setor cafeeiro é um exemplo claro de como podemos otimizar processos que antes demandavam muito esforço manual. Esses equipamentos proporcionam maior agilidade e precisão, além de oferecer segurança para os operadores e a integridade dos produtos”, comenta.
Com menos intervenção humana, há menos chances de erro ou acidentes. Os sistemas robotizados de paletização contribuem para uma operação mais estável e previsível, além de permitir uma redução significativa nos custos operacionais, já que as máquinas conseguem trabalhar por longos períodos sem interrupções.
Outro destaque importante é a versatilidade da tecnologia de paletização robotizada desenvolvida pela Selgron. A capacidade de personalização dos cabeçotes permite a aplicação em diferentes tipos de produtos, como baldes, galões, fardos e caixas, adaptando-se às mais variadas necessidades industriais. Isso garante que a solução possa ser aplicada em diversas cadeias produtivas, aumentando a flexibilidade e o retorno sobre o investimento.
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A importância do preparo de solo será um dos temas na Abertura da Colheita do Arroz

Durante o evento, a Piccin Equipamentos apresentará novidades e prepara lançamentos voltados à eficiência operacional no campo com foco em atender as necessidades dos orizicultores
A 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, entre 18 e 20 de fevereiro de 2025, em Capão do Leão, Rio Grande do Sul, contará com lançamentos da Piccin Equipamentos, fabricante nacional de implementos e tecnologias para o preparo do solo. O evento reúne produtores rurais do cereal e profissionais do setor para debater os avanços e desafios do arroz, além de apresentar inovações.
Entre as novidades que o público irá conhecer está o Master 1500 TP RB, um distribuidor de sólidos desenvolvido para ser acoplado ao terceiro ponto do trator, com foco na precisão e no controle durante a aplicação de insumos. Outro destaque será o Master AUP, que pode ser acoplado a máquinas autopropelidas, incluindo modelos usados, ampliando as possibilidades de uso em diferentes configurações.
A empresa também levará ao evento a GNPCRE – Grade Niveladora Controle Remoto Especial, projetada para operações em solos encharcados, com maior espaçamento entre discos e pneus de alta flutuação. “Este implemento tem foco nas principais áreas do cultivo do cereal, pois possibilita cortes e nivelamento mais eficientes, reduzindo a necessidade de equipamentos complementares em determinados cenários”, explica Leonardo Barato, engenheiro agrônomo e marketing de produtos da Piccin.
Os lançamentos, segundo o especialista da empresa, foram desenvolvidos para atender os anseios dos produtores. “Buscamos soluções que proporcionem maior precisão e eficiência. Eles refletem nossa missão em oferecer tecnologias que realmente contribuam para os desafios do dia a dia”, explica. A Piccin também apresentará equipamentos consagrados de sua linha de grades e descompactadores.
Sobre o evento
A Abertura da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas é organizada pela Federarroz, com apoio da Embrapa e do Senar/RS, e ocorrerá na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado. O tema deste ano será “Produção de Alimentos no Pampa Gaúcho: Uma visão de futuro”. A programação incluirá debates sobre sustentabilidade, inovação e gestão agrícola, além de vitrines tecnológicas com demonstrações práticas. São esperados cerca de 16 mil visitantes e 150 expositores, com destaque para a integração de tecnologias e técnicas para culturas como arroz, soja, milho e trigo.
Serviço:
Data: 18 a 20 de fevereiro de 2025
Local: Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado – Av. Eliseu Maciel, S/N – Capão do Leão/RS
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Exposição Tesouros da Terra destaca a evolução e inovação da agricultura ao longo dos séculos

Inédita, a exposição ‘Tesouros da Terra’ explora a evolução do agronegócio e os avanços da biotecnologia, destacando o trabalho de cientistas, profissionais do campo e muito mais. A mostra tem início dia 20 de fevereiro, na Biblioteca de São Paulo
A evolução do agronegócio no Brasil é tema da exposição Tesouros da Terra – Sementes da Inovação, que tem início dia 20 de fevereiro, na Biblioteca de São Paulo. A iniciativa promete surpreender os visitantes que conhecerão os motivos que fizeram o Agronegócio ser o responsável por 26% de ocupações no país, de acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) e parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).
Esse caminho de prosperidade iniciado há séculos, quando as plantações eram cultivadas mano a mano conta, hoje, com avanços significativos nos processos de produção, inovação e sustentabilidade.
Para entender os desafios e conhecer um pouco da história e da importância deste segmento que responde por 23,8% do PIB no Brasil e 46% do valor das exportações brasileiras, será organizada em São Paulo atividades culturais que unem educação e informação. Intitulada Tesouros da Terra – Sementes da Inovação, a exposição ocorre em um momento importante da sociedade, já que os desafios para 2050, focados nos conceitos de Segurança Alimentar da ONU apontam que será necessário um crescimento da produção de comida em 60% para alimentar os 9.7bilhões de habitantes do planeta. Portanto, despertar a consciência da sociedade para este cenário é fundamental.
Da Enxada à Biotecnologia
Educadores, estudantes, pesquisadores, jornalistas, ativistas, agricultores familiares, lideranças envolvidas com a questão da alimentação no futuro e o público em geral terão a oportunidade de conhecer o mundo agro sob uma perspectiva inédita. A exposição dará uma visibilidade única, destacando os avanços deste segmento através de dinâmicas interativas, imersivas, com jogos e experiências táteis.
O ponto de partida é a chegada dos imigrantes ao Brasil, trazendo informações e curiosidades de forma sensível, nostálgica e inovadora. Os dispositivos interativos mostram diversos temas como a realidade do campo nos dias de hoje, as histórias de agricultores rurais e de seus familiares que dedicam suas vidas nas lavouras de soja, milho, trigo entre outros cultivos.
A exposição é, portanto, um programa para toda a família que mostra, também, os avanços da biotecnologia e como é realizado o trabalho dos cientistas e dos profissionais que se dedicam ao campo, como agrônomos, bioquímicos e biotecnólogos, entre outras formações. Nesta seção da exposição será possível acompanhar a jornada que envolve diferentes etapas: desde pesquisa, desenvolvimento em ambiente de laboratório e análise no campo, até averiguar se as sementes estão adequadas para serem multiplicadas e comercializadas.
O Tesouros da Terra é uma iniciativa cultural idealizada e produzida pela YABÁ Consultoria, especializada em ESG e patrocínio da GDM Genética, empresa especializada em melhoramento genético de plantas. Além disso, a Yabá é responsável pela estruturação de diversos projetos na área de Sustentabilidade e Investimento Social Privado da patrocinadora.
“A YABÁ integra as estratégias das empresas à cultura para engajar os diferentes públicos de relacionamento. No agronegócio, por exemplo, abordamos o tema melhoramento genético de plantas – que é algo complexo, de forma simples, lúdica e leve que, integrada à arte, é possível que todas as pessoas compreendam a mensagem. Na exposição Tesouros da Terra, além de destacar os desafios da segurança alimentar, também ampliamos os horizontes dos jovens sobre a importância de estudar temas de biotecnologia e informar as carreiras que existem e estão crescendo no mercado”, explica Andrea Moreira, CEO da Yabá, que há mais de 25 anos atua na área de Sustentabilidade Corporativa.
O projeto é viabilizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura que, além de levar arte e experiência cultural gratuita à população, gera trabalho e renda para quase 150 profissionais envolvidos na produção técnica do projeto, que ficará em São Paulo por dois meses e depois seguirá para Brasília.
“Um dos desafios do agronegócio é aproximar a realidade do campo moderno das grandes cidades. Acredito que, por meio de vivências culturais e projetos temáticos, essa conexão pode ser fortalecida, permitindo que os jovens das capitais conheçam mais sobre o setor e sua importância para o país.”, finaliza Andrea.