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Formação de pastagem requer atenção para que não haja margem para erros
Especialista orienta pecuaristas para o correto manejo, a fim de garantir aos bovinos pasto de qualidade com maior longevidade
De acordo com a mais recente Pesquisa Produção da Pecuária Municipal divulgada pelo IBGE, o rebanho bovino brasileiro alcançou em 2022 novo recorde de 234,4 milhões de animais, com alta de 4,3% em relação ao ano anterior. Outro dado é que cerca de 95% da carne bovina brasileira é produzida em regime de pastagens, cuja área total é de cerca de 167 milhões de hectares, portanto, o cuidado com os pastos é fundamental para garantir oferta de alimento mais barata e saudável.
O primeiro ponto do qual o pecuarista precisa ter atenção é com a formação da pastagem, afinal, tudo precisa ser realizado de acordo com a sua real necessidade. Segundo o zootecnista Wayron Castro, técnico da Soesp – Semente Oeste Paulista, o produtor precisa ter definido qual o objetivo de sua propriedade.
“Vejo muitas pessoas cometerem erros por não terem claro o real objetivo do negócio delas, acabam copiando os vizinhos de cerca, e muitas vezes isso dá errado, pois cada propriedade é uma realidade”, sinalizou.
O passo seguinte é analisar a fertilidade do solo. As análises químicas e físicas, por exemplo, possibilitam conhecer a quantidade de nutrientes disponíveis e a composição do solo quanto ao teor de areia, argila e silte. Os resultados das análises serão usados também para a escolha da forrageira, na Soesp por exemplo, são 18 opções de forrageiras disponíveis.
Ainda com esses dados, o próximo passo será investir nas correções e adubações, no período e quantidade ideais:
1 Calagem: é o fornecimento de calcário a fim de neutralizar a acidez do solo, caso o pH esteja baixo.
2 Gessagem: para o melhor condicionamento da distribuição dos nutrientes no perfil do solo.
3 Fosfatagem: serve para aumentar os teores de fósforo, é um elemento bem pouco disponível nos solos brasileiros. (Você encontra vídeos sobre esses três conteúdos no canal do Youtube da Soesp)
Ainda pode haver a necessidade de reposição de potássio, um nutriente responsável pela expansão celular e crescimento da planta, além do nitrogênio. “É preciso manter sempre a fertilidade para consequentemente ter maior oferta de alimento para o gado no pasto, com qualidade”, diz o zootecnista.
O processo de gradagem no solo também precisa de atenção, já que não há uma fórmula padrão, cada localidade tem aspectos físicos diferentes. Regiões com muitas pedras requerem mais processos, já lugares mais arenosos rapidamente ficam nivelados. Portanto é fundamental fazer essa análise e lembrar que um solo mal preparado vai gerar um pasto de baixa longevidade.
“É necessário cuidado nessa etapa para que haja uniformidade no plantio, seja a lanço ou em linha. Precisa estar nivelado, sem torrões para que as sementes tenham o melhor contato possível com a terra, isso vai impactar, inclusive, no tempo de formação dessa área”, destaca o profissional.
Dimensão do pasto e oferta de água
Pastos no Brasil têm grandes extensões e isso dificulta o manejo do produtor. O recomendado, segundo o profissional da Soesp, é encurtar essas áreas e trabalhar no formato de rotação.
A qualidade da água disponibilizada aos animais, também não deve ser negligenciada, “É preciso ter pastos menores com mais oferta de água limpa, seja por poço artesiano, caixas ou com bebedouros”, diz Castro.
Ainda segundo o especialista, bovino que tem disponível água limpa, tem ganho de até uma arroba por ano. Isso significa incrementos de 50 gramas a mais por dia, somente com a oferta de água de qualidade. “Um produtor, por exemplo, que tem mil animais, isso significa mil arrobas a mais por ano. Somente nesse aspecto, com esse ganho, ele já paga em pouco tempo todo o investimento em bebedouros”, detalha. Além disso, “temos que avançar muito com relação ao manejo de pastagem e qualidade de água para os animais”.
Atenção com qualidade da semente
Hoje, o custo total da semente na implantação da pastagem gira em torno de 3,4%, ou seja, é o mais barato no processo, mas mesmo assim muitos produtores optam por insumos mais baratos, sem pensar na longevidade da pastagem.
Ao comprar uma semente que não é beneficiada, o produtor tem o risco de colocar plantas daninhas na propriedade. Existem dois tipos de invasoras que podem gerar grande dor de cabeça: as de folha larga e de folha estreita.
Herbicidas de pastagem conseguem controlar de forma adequada as invasoras de folha larga, mas em caso de infestação de invasoras de folha estreita, não há muito o que fazer. “Os Panicuns e Brachiarias são plantas de folha estreita também. Então não há herbicida seletivo para controlar daninhas dessa variedade. E é o que mais acontece com as sementes ilegais, provocam infestação dessa invasora causando problemas graves”, detalha o especialista.
E do outro lado no mercado existe a semente Advanced da SOESP, que recebe tratamento industrial para promover alta pureza e blindagem com dois fungicidas e um inseticida. Essa proteção reduz o ataque de formigas no campo. O controle de qualidade da empresa conta com diversos testes laboratoriais. “O tratamento indica maior confiabilidade no plantio, reduzindo as chances de perdas em campo, ajuda na formação de uma pastagem homogênea e consequentemente no aumento da produtividade do rebanho”, finaliza Castro.
Sobre Sementes Oeste Paulista
A Sementes Oeste Paulista está sediada em Presidente Prudente (SP) e há 38 anos atua no mercado oferecendo sementes de pastagem. Sua matriz conta com infraestrutura voltada à produção, beneficiamento, comercialização e desenvolvimento de novas tecnologias, tanto para pecuária como para agricultura de baixo carbono. A empresa desenvolveu a tecnologia Soesp Advanced, que revolucionou o mercado de sementes forrageiras nos países de clima tropical, ao trazer diversos benefícios no plantio e estabelecimento dos pastos, e se adequar perfeitamente ao sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).
Destaque
Brasil alcança 3º lugar mundial em produtividade de amendoim com 3,8 toneladas por hectare
Mapeamento inédito da ABEX-BR revela que tecnologia de precisão e rotação de culturas impulsionaram crescimento de 300% na produção em uma década
Com o lançamento do livro “Mapeamento e Quantificação da Cadeia do Amendoim Brasileiro”, a Associação Brasileira do Amendoim (ABEX-BR) reforça os dados que posicionam o Brasil entre as maiores potências mundiais do agronegócio: o país é o 3º mais eficiente do mundo em produtividade média de amendoim, atingindo 3,8 toneladas por hectare.
O mapeamento, que revela um faturamento total de R$ 18,6 bilhões na cadeia produtiva, demonstra que o crescimento não é apenas em volume, mas em excelência técnica. A produção brasileira mais que triplicou entre as safras 2014/2015 e 2024/2025, avanço diretamente ligado à adoção de tecnologia no campo.
“A alta produtividade, que nos coloca lado a lado com países como China e Estados Unidos, é um atestado da qualidade da nossa pesquisa e da capacidade do produtor brasileiro de aplicar inovações. Temos mais de 64% dos produtores utilizando agricultura de precisão, o que garante melhor aproveitamento do solo e maior rentabilidade. Este é o futuro sustentável do agronegócio”, explica Cristiano Fantin, presidente da ABEX-BR.
O estudo da ABEX-BR mostra que a eficiência se estende à gestão da cultura. O amendoim, enquanto leguminosa, é peça-chave na rotação de culturas, pois realiza a fixação biológica de nitrogênio no solo. Essa característica melhora a saúde da terra para plantios subsequentes, reduzindo a necessidade de fertilizantes e os custos para o produtor.
Além disso, o livro detalha o modelo de “desperdício zero” da cadeia:
• Exportação e Qualidade: O rigor no controle de qualidade (incluindo o manejo de aflatoxinas) permitiu que o Brasil se tornasse o 2º maior exportador mundial de óleo de amendoim e o 4º em amendoim em grão, atendendo mercados globais exigentes.
• Aproveitamento Integral: Subprodutos do processamento, como farelo e torta, são ricos em proteína e essenciais para a nutrição animal. Já a casca, que representa 20% a 25% do peso colhido, é convertida em pellets para biomassa e geração de energia.
Expansão e Diversificação Regional
Outro ponto de destaque é a diversificação geográfica da produção. O mapeamento revela crescimento de mais de 200% da área plantada em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
“O amendoim está se consolidando como cultura de segunda safra altamente rentável em novas fronteiras agrícolas. Essa expansão não só dilui os riscos climáticos e geográficos, mas também reafirma a versatilidade do amendoim no planejamento agrícola do país. Com os dados deste livro, temos a inteligência necessária para planejar a infraestrutura e o financiamento que essa nova geografia de produção exige”, conclui Cristiano Fantin.
O “Mapeamento e Quantificação da Cadeia do Amendoim Brasileiro” foi financiado pelo Núcleo de Promoção e Pesquisa (NPP) da ABEX-BR e já está disponível para consulta.
Destaque
Selgron leva tecnologia de ponta em seleção de grãos para road show no Centro-Oeste
Demonstrações itinerantes aproximam clientes e demais interessados das soluções que aumentam a produtividade e a qualidade de indústrias ligadas ao agronegócio
A Selgron, empresa catarinense especializada em automação para os setores agrícola e alimentício, está realizando um road show em Goiás e no Distrito Federal, apresentando suas tecnologias diretamente a produtores e empresas de grãos. Entre 1 e 5 de dezembro, Goiânia, Goianira, Rio Verde, Jataí e Brasília recebem as demonstrações itinerantes.
O destaque da iniciativa são as selecionadoras ópticas da marca, equipamentos que utilizam tecnologia avançada, dentre elas inteligência artificial, para garantir precisão e eficiência na classificação de grãos como feijão, soja, arroz e milho. Segundo Diogo Augusto Hank, coordenador de vendas da Selgron, a proposta é aproximar a tecnologia da realidade dos produtores.
“Levar nossas soluções para testes em campo permite que os clientes vejam na prática como elas podem reduzir perdas e aumentar a padronização da produção, identificando qual a melhor solução se aplica às suas necessidades”, explica Hank.
Com duas selecionadoras em operação, o road show tem atraído a atenção de agricultores e empresas da cadeia produtiva, oferecendo uma oportunidade de conhecer recursos que impactam diretamente a qualidade dos grãos e a competitividade do agronegócio na região.
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Myriota lança HyperPulse™, a primeira rede comercial 5G Satelital (Não Terrestre) do mundo, projetada para IoT
Amplamente disponível no Brasil a partir de 15 de dezembro, o serviço proporciona novas oportunidades para indústrias críticas como agricultura, energia e serviços públicos, óleo e gás, logística e monitoramento ambiental
A Myriota, líder global em conectividade IoT habilitada por satélite, anuncia hoje a disponibilidade geral da HyperPulse, uma plataforma de conectividade global e altamente escalável que simplifica para parceiros da indústria a criação, implantação e expansão de soluções IoT em qualquer lugar do planeta. A rede estará disponível a partir de 15 de dezembro no Brasil, Estados Unidos, México, Austrália e Arábia Saudita. Disponível desde o início do ano para early adopters, a solução já atende clientes de diversos segmentos, com ampla aplicação em monitoramento ambiental, monitoramento de óleo e gás, rastreamento de ativos e rastreamento de animais.
A HyperPulse é projetada e operada pela Myriota, combinando a arquitetura 5G NTN da empresa com capacidade em banda L alugada da Viasat. A camada exclusiva de otimização da rede permite ajustar dinamicamente o desempenho da conectividade, como latência e volume de dados, em resposta à demanda do cliente ou a condições ambientais. O resultado é uma plataforma global e altamente escalável que torna simples para parceiros de indústria criar, implantar e expandir soluções IoT em qualquer lugar do mundo.
No Brasil, a HyperPulse deve desempenhar um papel transformador em indústrias que exigem conectividade contínua e confiável em áreas remotas e de difícil acesso. A solução viabiliza casos de uso como monitoramento e automação para grandes operações agrícolas; manutenção preditiva e preventiva para infraestrutura de transmissão de energia e sites de energia renovável; monitoramento remoto para produção de óleo e gás e oleodutos; rastreamento logístico e transporte multimodal; e coleta avançada de dados ambientais, incluindo recursos hídricos, estações meteorológicas e iniciativas de sustentabilidade. Essas capacidades são críticas para um país de vasta extensão territorial, cadeias de suprimentos complexas e forte dependência de operações de campo remotas.
Com a expansão planejada da cobertura NTN para outros países da América Latina, incluindo Argentina, além da Europa e Sudeste Asiático no início de 2026, a Myriota está pronta para redefinir a acessibilidade e o alcance da conectividade IoT globalmente.
Complementando o serviço UltraLite da Myriota, focado em máxima eficiência energética, segurança e eficiência espectral, o HyperPulse oferece menor latência e maiores franquias diárias de dados. Esses recursos possibilitam aplicações onde relatórios mais detalhados e sensoriamento enriquecido são vantajosos, incluindo rastreamento e monitoramento de equipamentos pesados, contêineres, vagões ferroviários e carretas; medição inteligente para utilities; sensoriamento ambiental para estações meteorológicas, qualidade do solo, ar e água; e manejo animal, incluindo cercamento virtual, otimização de alimentação e monitoramento remoto.
Construída com base nos padrões 3GPP 5G NTN e utilizando a infraestrutura de satélites comprovada da Viasat, a HyperPulse oferece interoperabilidade contínua com um número crescente de chipsets e dispositivos NTN-capazes, fornecendo um caminho alinhado a padrões para implantação de longo prazo e escalabilidade global. A empresa já certificou o módulo nRF9151 da Nordic em diversos casos de uso, cenários e ambientes, com certificações adicionais de outros fornecedores em andamento.
Reconhecendo que soluções IoT modernas exigem mais do que apenas uma conexão de rede, a Myriota também está lançando um conjunto de produtos de habilitação para apoiar seu ecossistema de parceiros na integração e desenvolvimento de soluções para a rede HyperPulse. Junto com o serviço, chega o primeiro desses recursos, o HyperPulse Developer Kit, que suporta prototipagem rápida e validação de prova de conceito, e foi projetado para uso em campo, com invólucro à prova de intempéries, operação por bateria e múltiplas opções de sensores e interfaces.
“Com a HyperPulse, estamos tornando a conectividade 5G não terrestre uma realidade prática para IoT em escala”, afirma Oscar Delgado, Diretor de Vendas para a América Latina na Myriota. “Ao oferecer maior volume de dados, menor latência e cobertura baseada em padrões, a HyperPulse dá às organizações a capacidade de rastrear e monitorar ativos, obter insights e tomar decisões, mesmo nos ambientes mais remotos e desafiadores. Com um roadmap de novos recursos chegando no próximo ano, este é um passo empolgante para a conectividade IoT em todo o mundo.”
