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Com extenso histórico no agro, CEO aponta que carreira de mulheres não depende só de oportunidades

À frente da direção executiva da Girassol Agrícola há seis anos, Neusa Lopes atua no setor há mais de duas décadas e conclui que preparo constante e renúncias contribuem para mais presença feminina no meio
Não é à toa que a executiva Neusa Lopes, à frente da Girassol Agrícola como CEO há seis anos, entrou para a lista das 100 pessoas mais influentes do agronegócio brasileiro em 2024. A paixão pelo meio rural começou há cerca de duas décadas no início da sua vida profissional, após se formar em Contabilidade, e foi fortemente influenciada pela vivência familiar desde pequena, através dos pais lavradores. “Eu nasci no agro”, comenta ela, que é umas das poucas mulheres atuantes nesta cadeira em uma empresa do setor em Mato Grosso.
Natural do interior de Mato Grosso do Sul, ainda jovem migrou para o estado vizinho (MT), onde ela e mais três irmãos cresceram na agricultura familiar junto com os pais. Já em seu segundo emprego, Neusa teve a oportunidade de atuar na produção de soja e algodão. Após 10 anos na mesma empresa e como braço direito do proprietário, a executiva foi convidada para integrar a equipe da Girassol Agrícola como responsável pela área financeira. O ano era 2011 e, a partir de então, muitas mudanças aconteceram na companhia, hoje referência na produção de sementes de soja e algodão no Centro-Oeste.
A aptidão na área contábil e especialização em finanças, controladoria e auditoria, além de MBA em projetos e gestão estratégica, contribuíram para que a profissional tivesse sucesso no desafio proposto pelo fundador e então dirigente, Gilberto Goellner, o de realizar uma verdadeira reestruturação na gestão da empresa. Governança, otimização de recursos, planejamento sucessório, implantação de controladoria, processos, sistemas, políticas, planejamento estratégico fizeram parte de longos anos de muito trabalho.
Como resultado e com um ambiente mais seguro já estabelecido, Neusa Lopes foi chamada a assumir o cargo de CEO, que até então era de Gilberto Goellner. Ele deixa o dia a dia da companhia e passa a presidir o Conselho de Administração.
“O desafio maior foi estabelecer um time e um ambiente de confiança interno e também externo para o mercado. Foi um momento onde havia muita coisa para fazer, de bastante trabalho”, relembra a líder.
Protagonismo feminino e incentivos
Com toda essa experiência, a executiva tem propriedade para falar de um assunto que ainda é necessário: a presença de mais profissionais mulheres no agronegócio. Para Neusa, só existe alavancagem na carreira através de um caminho, que é o de muito preparo. Ela reconhece que a classe feminina tem muitos desafios, como o de não conseguir se ausentar para fazer uma especialização, não conseguir ir para a fazenda e retornar tarde, ou seja, encontra obstáculos muitas vezes diferentes de um homem. Por outro lado, defende que há espaço nas empresas, mas que é preciso existir um movimento das próprias mulheres, onde na maioria das vezes exige renúncias.
Como forma de contribuir para o aumento da presença feminina, na Girassol Agrícola algumas ações afirmativas fazem parte de um trabalho desenvolvido na área de Desenvolvimento Humano (DHO). A empresa prioriza a seleção e o reconhecimento de talentos internos, além de oferecer condições técnicas de crescimento. “Não queremos só subir indicador no número de contratações de mulheres, isso nunca vai funcionar aqui. Então temos programas específicos para as lideranças executivas, táticas e operacionais”, pontua. Ela relata ainda que todos os anos investem infinitas horas em academia de liderança com MBA.
“Temos convênios com instituições de ensino para trazer mais aprendizado. E toda a nossa grade de desenvolvimento tem temas como manejo emocional e comunicação envolvidos”, explica a CEO.
A própria executiva busca ser um exemplo, sempre fazendo cursos e se reciclando. Além de focar na parte técnica, conta que hoje também se dedica ao autoconhecimento, através de diferentes mentorias e cursos como de reprogramação neurolinguística e psicologia positiva. “Nunca parei, o conhecimento nunca se esgota, é uma jornada sem fim. E me ajudou bastante no processo de descentralização, delegação, gestão mais humanizada, e me trouxe um olhar bastante inovador para um ambiente mais positivo, otimista, onde há tanto desafios como é o ambiente de trabalho”, ressalta.
As ações afirmativas têm mostrado resultados, conforme a executiva, que vê nas pesquisas a satisfação dos colaboradores com uma gestão mais humanizada. “Trabalhamos indicadores, mentorias, exemplos e em tudo isso temos algumas regras de ouro, como respeito ao próximo e empatia com os setores”, destaca. Ela conta também que o início foi mais desafiador para os homens, mas que hoje já está na cultura da empresa. “Acredito muito no equilíbrio. Não me considero feminista de forma nenhuma. Precisamos desse ambiente masculino, mão na massa, faca na botina, e precisamos também desse lado mais sereno, mais leve, para trazer harmonia ao ambiente de trabalho, acho isso fundamental e tem surtido efeito”, externa Neusa.
Como conselho, a diretora volta a chamar a atenção para a busca de aprendizado. “Primeiro, busque conhecimento, temos que entregar mais do que nos pedem. Fazer mais do mesmo não vai levar a lugar nenhum”, cita. Um ponto fundamental, segundo ela, é tirar essa dualidade de homem versus mulher.
“No trabalho tem que caminhar lado a lado, é entrega de resultados, engajamento, performance, para isso tem que buscar aprender sempre mais, se entregar, não pode achar que vai cair do céu porque não cai. Exige renúncias também”, completa.
Oscar do Agro
Recentemente, em Ribeirão Preto-SP, durante a Agrishow 2024, Neusa Lopes recebeu o troféu “Os 100 mais Influentes do Agronegócio”, na categoria Gestão. A premiação é realizada todos os anos por meio de votação aberta e pesquisa de mercado realizada pelo Conselho Editorial do Grupo Mídia. O reconhecimento traz nomes de influentes líderes que atuam no setor e se destacam pelos esforços e comprometimentos para colocar o agronegócio brasileiro como importante agente no desenvolvimento do país.
Para a diretora executiva, receber o prêmio é uma demonstração de estar no caminho certo no que diz respeito a todo o trabalho de gestão e governança desenvolvido na Girassol por todo o time. “Somos do agro, setor que produz, gera emprego e renda, alimenta o mundo e também preserva o planeta sim, cultiva a responsabilidade e a ética. Trabalhamos muito para a cada dia desenvolver mais as pessoas para a vida profissional, e é no processo de gestão dos negócios onde mais evoluímos e mais temos oportunidade dessa evolução”, conclui.
Sobre a Girassol Agrícola
Há mais de 40 anos no mercado, a Girassol Agrícola iniciou suas atividades em 1982 no Estado de Mato Grosso, na região da Serra da Petrovina. Consolidada como uma das melhores e mais produtivas empresas do agronegócio brasileiro, atualmente, as principais atividades do grupo se concentram na produção e comercialização de sementes de soja, milho, algodão e reflorestamento de eucalipto, utilizando alta tecnologia de produção e máquinas de última geração. São quatro unidades de produção em MT, nos municípios de Pedra Preta (Serra da Petrovina), Jaciara, Torixoréu e Aripuanã, além de duas unidades de produção nos estados de Goiás e Bahia.

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Sistema de paletização da Selgron automatiza processo da indústria cafeeira

Tecnologia desenvolvida pela empresa aumenta a produtividade e garante segurança no manuseio de materiais. No caso das sacas de café é oferecido um cabeçote desenvolvido especialmente para o carregamento desse tipo de produto
Os sistemas robotizados de paletização são desenvolvimentos modernos para a otimização dos processos produtivos na indústria, auxiliando no aumento da produtividade, na melhora da segurança e na eficiência no manuseio de materiais. Um exemplo dessa inovação pode ser observado no sistema de paletização de sacas de café desenvolvido pela Selgron, empresa especializada na elaboração de equipamentos para a automação industrial, que oferece uma linha de paletizadoras e recentemente desenvolveu uma estrutura específica para o segmento cafeeiro.
Um dos sistemas robotizados da Selgron é especialmente projetado para a paletização de sacos de juta, usados frequentemente no transporte de café. A inovação começa com a mesa pré-formadora, que foi desenvolvida para garantir uma melhor acomodação dos sacos de 30 a 60 quilos, facilitando a ação do robô equipado com um cabeçote desenhado especificamente para manusear sacas de juta. Mas também há opções de cabeçotes para variedade de outras embalagens.
O processo é ágil e seguro: o robô coleta o saco de café e o deposita em um ponto pré-definido para a paletização. Além disso, o sistema – patenteado pela Selgron – conta com esteiras transportadoras de alta carga, que possibilitam a paletização sem a necessidade de paletes, o que reduz custos e agiliza o processo. A uniformidade do produto é garantida por uma esteira pressora, enquanto dispositivos tombadores asseguram que o produto permaneça intacto durante o manuseio. Todos os componentes são desenvolvidos de acordo com normas de segurança reguladoras, o que torna o sistema não só eficiente, mas também seguro para o ambiente de trabalho.
Para Diogo Augusto Hank, coordenador de vendas da Selgron, a missão da empresa é desenvolver soluções que atendam às necessidades reais da indústria. “O sistema robotizado de paletização que criamos para o setor cafeeiro é um exemplo claro de como podemos otimizar processos que antes demandavam muito esforço manual. Esses equipamentos proporcionam maior agilidade e precisão, além de oferecer segurança para os operadores e a integridade dos produtos”, comenta.
Com menos intervenção humana, há menos chances de erro ou acidentes. Os sistemas robotizados de paletização contribuem para uma operação mais estável e previsível, além de permitir uma redução significativa nos custos operacionais, já que as máquinas conseguem trabalhar por longos períodos sem interrupções.
Outro destaque importante é a versatilidade da tecnologia de paletização robotizada desenvolvida pela Selgron. A capacidade de personalização dos cabeçotes permite a aplicação em diferentes tipos de produtos, como baldes, galões, fardos e caixas, adaptando-se às mais variadas necessidades industriais. Isso garante que a solução possa ser aplicada em diversas cadeias produtivas, aumentando a flexibilidade e o retorno sobre o investimento.
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A importância do preparo de solo será um dos temas na Abertura da Colheita do Arroz

Durante o evento, a Piccin Equipamentos apresentará novidades e prepara lançamentos voltados à eficiência operacional no campo com foco em atender as necessidades dos orizicultores
A 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, entre 18 e 20 de fevereiro de 2025, em Capão do Leão, Rio Grande do Sul, contará com lançamentos da Piccin Equipamentos, fabricante nacional de implementos e tecnologias para o preparo do solo. O evento reúne produtores rurais do cereal e profissionais do setor para debater os avanços e desafios do arroz, além de apresentar inovações.
Entre as novidades que o público irá conhecer está o Master 1500 TP RB, um distribuidor de sólidos desenvolvido para ser acoplado ao terceiro ponto do trator, com foco na precisão e no controle durante a aplicação de insumos. Outro destaque será o Master AUP, que pode ser acoplado a máquinas autopropelidas, incluindo modelos usados, ampliando as possibilidades de uso em diferentes configurações.
A empresa também levará ao evento a GNPCRE – Grade Niveladora Controle Remoto Especial, projetada para operações em solos encharcados, com maior espaçamento entre discos e pneus de alta flutuação. “Este implemento tem foco nas principais áreas do cultivo do cereal, pois possibilita cortes e nivelamento mais eficientes, reduzindo a necessidade de equipamentos complementares em determinados cenários”, explica Leonardo Barato, engenheiro agrônomo e marketing de produtos da Piccin.
Os lançamentos, segundo o especialista da empresa, foram desenvolvidos para atender os anseios dos produtores. “Buscamos soluções que proporcionem maior precisão e eficiência. Eles refletem nossa missão em oferecer tecnologias que realmente contribuam para os desafios do dia a dia”, explica. A Piccin também apresentará equipamentos consagrados de sua linha de grades e descompactadores.
Sobre o evento
A Abertura da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas é organizada pela Federarroz, com apoio da Embrapa e do Senar/RS, e ocorrerá na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado. O tema deste ano será “Produção de Alimentos no Pampa Gaúcho: Uma visão de futuro”. A programação incluirá debates sobre sustentabilidade, inovação e gestão agrícola, além de vitrines tecnológicas com demonstrações práticas. São esperados cerca de 16 mil visitantes e 150 expositores, com destaque para a integração de tecnologias e técnicas para culturas como arroz, soja, milho e trigo.
Serviço:
Data: 18 a 20 de fevereiro de 2025
Local: Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado – Av. Eliseu Maciel, S/N – Capão do Leão/RS
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Exposição Tesouros da Terra destaca a evolução e inovação da agricultura ao longo dos séculos

Inédita, a exposição ‘Tesouros da Terra’ explora a evolução do agronegócio e os avanços da biotecnologia, destacando o trabalho de cientistas, profissionais do campo e muito mais. A mostra tem início dia 20 de fevereiro, na Biblioteca de São Paulo
A evolução do agronegócio no Brasil é tema da exposição Tesouros da Terra – Sementes da Inovação, que tem início dia 20 de fevereiro, na Biblioteca de São Paulo. A iniciativa promete surpreender os visitantes que conhecerão os motivos que fizeram o Agronegócio ser o responsável por 26% de ocupações no país, de acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) e parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).
Esse caminho de prosperidade iniciado há séculos, quando as plantações eram cultivadas mano a mano conta, hoje, com avanços significativos nos processos de produção, inovação e sustentabilidade.
Para entender os desafios e conhecer um pouco da história e da importância deste segmento que responde por 23,8% do PIB no Brasil e 46% do valor das exportações brasileiras, será organizada em São Paulo atividades culturais que unem educação e informação. Intitulada Tesouros da Terra – Sementes da Inovação, a exposição ocorre em um momento importante da sociedade, já que os desafios para 2050, focados nos conceitos de Segurança Alimentar da ONU apontam que será necessário um crescimento da produção de comida em 60% para alimentar os 9.7bilhões de habitantes do planeta. Portanto, despertar a consciência da sociedade para este cenário é fundamental.
Da Enxada à Biotecnologia
Educadores, estudantes, pesquisadores, jornalistas, ativistas, agricultores familiares, lideranças envolvidas com a questão da alimentação no futuro e o público em geral terão a oportunidade de conhecer o mundo agro sob uma perspectiva inédita. A exposição dará uma visibilidade única, destacando os avanços deste segmento através de dinâmicas interativas, imersivas, com jogos e experiências táteis.
O ponto de partida é a chegada dos imigrantes ao Brasil, trazendo informações e curiosidades de forma sensível, nostálgica e inovadora. Os dispositivos interativos mostram diversos temas como a realidade do campo nos dias de hoje, as histórias de agricultores rurais e de seus familiares que dedicam suas vidas nas lavouras de soja, milho, trigo entre outros cultivos.
A exposição é, portanto, um programa para toda a família que mostra, também, os avanços da biotecnologia e como é realizado o trabalho dos cientistas e dos profissionais que se dedicam ao campo, como agrônomos, bioquímicos e biotecnólogos, entre outras formações. Nesta seção da exposição será possível acompanhar a jornada que envolve diferentes etapas: desde pesquisa, desenvolvimento em ambiente de laboratório e análise no campo, até averiguar se as sementes estão adequadas para serem multiplicadas e comercializadas.
O Tesouros da Terra é uma iniciativa cultural idealizada e produzida pela YABÁ Consultoria, especializada em ESG e patrocínio da GDM Genética, empresa especializada em melhoramento genético de plantas. Além disso, a Yabá é responsável pela estruturação de diversos projetos na área de Sustentabilidade e Investimento Social Privado da patrocinadora.
“A YABÁ integra as estratégias das empresas à cultura para engajar os diferentes públicos de relacionamento. No agronegócio, por exemplo, abordamos o tema melhoramento genético de plantas – que é algo complexo, de forma simples, lúdica e leve que, integrada à arte, é possível que todas as pessoas compreendam a mensagem. Na exposição Tesouros da Terra, além de destacar os desafios da segurança alimentar, também ampliamos os horizontes dos jovens sobre a importância de estudar temas de biotecnologia e informar as carreiras que existem e estão crescendo no mercado”, explica Andrea Moreira, CEO da Yabá, que há mais de 25 anos atua na área de Sustentabilidade Corporativa.
O projeto é viabilizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura que, além de levar arte e experiência cultural gratuita à população, gera trabalho e renda para quase 150 profissionais envolvidos na produção técnica do projeto, que ficará em São Paulo por dois meses e depois seguirá para Brasília.
“Um dos desafios do agronegócio é aproximar a realidade do campo moderno das grandes cidades. Acredito que, por meio de vivências culturais e projetos temáticos, essa conexão pode ser fortalecida, permitindo que os jovens das capitais conheçam mais sobre o setor e sua importância para o país.”, finaliza Andrea.