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Agtech brasileira cria tecnologia que facilita e torna eficiente a gestão de fazendas

Nailton Ficagna, CEO da SSCrop Divulgação SScrop

Feita por produtores para produtores, software agrícola da SSCrop tem mudado a realidade de muitas propriedades no campo e, atualmente, já gerencia mais de meio milhão de hectares pelo país

A gestão de uma propriedade rural independentemente do porte é algo extremamente complexo e que requer cuidados. O produtor precisa estar atento às tarefas diárias de manejo, como: preparado de solo, compra de insumos, manutenção dos equipamentos, planejamento de plantio, aplicação de fertilizantes, defensivos, colheita, pós-colheita, entre outros. Paralelo, há as questões financeiras, administrativas e tributárias que também exigem conhecimento. Enfim, organizar tudo isso nunca foi tarefa fácil e certamente é a dor em muitas fazendas.

Pensando em transformar esse processo burocrático em decisões mais simples e assertivas, surgiu o software de gestão agrícola da SSCrop, uma agtech brasileira que desenvolveu uma ferramenta feita de produtores para produtores. A frente dessa inovação está o Nailton Ficagna, CEO da empresa com amplo conhecimento no campo. Ele, que é filho de agricultor, ainda criança mudou com a família do Rio Grande do Sul para desbravar a produção de grãos em Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano.  

Durante os anos na fazenda, Ficagna percebeu que a propriedade da família, bem como outras de amigos e conhecidos na região, tinham uma dificuldade em comum: problemas na gestão e as ferramentas até então disponíveis (na época) eram complexas, burocráticas e careciam de tecnologia. Aos 16 anos ele saiu da propriedade familiar e foi estudar em outra cidade. Foi quando teve os primeiros contatos com informática e resolveu cursar Ciências Contábeis, o que lhe trouxe uma visão ampla e clara do caminho profissional que gostaria de seguir: o desenvolvimento de sistemas e soluções para o agro.

A partir de então entrou de cabeça no mundo da inovação e do empreendedorismo, mas sem se desconectar de suas origens no campo. Nos anos seguintes seguiu inovando e desenvolvendo diversas soluções para a classe produtora, mas foi em 2016, a grande virada de chave, quando resolveu focar de fato no desenvolvimento de software de gestão, uma ferramenta mais simples e objetiva. “Resolvi me conectar às minhas raízes e focamos na solução dentro daquela essência pensado em nossa fazenda, algo voltado para as safras de grãos”, lembrou o empresário.

Naquele momento iniciou um detalhado trabalho de pesquisa. “Conversei com mais de 40 produtores de grãos de várias regiões do Brasil. Criamos um grupo para trocar ideias e entender como poderíamos desenvolver uma ferramenta para gestão, uma solução de fácil uso, focada no produtor rural e que pudesse trazer ganhos ao seu negócio. Assim nasceu software agrícola totalmente web da SSCrop”, conta Ficagna.

Aceleração qualificada

Outro momento importante na trajetória da Agtech brasileira foi em 2020, quando a empresa foi aprovada no primeiro batch (programa de aceleração) de startups exclusivamente voltadas para o agronegócio, realizado pela Cyklo Agritech. Instalada em Luís Eduardo Magalhães, a iniciativa ajuda empreendedores a construir soluções inovadoras dedicadas ao setor. Para isso, a aceleradora conta com corpo de mentores com mais de 30 profissionais experientes das mais diversas áreas de atuação e que juntamente com os investidores e parceiros, ajudaram a criar o modelo que norteia aqueles que ingressam a alcançarem o tão sonhado sucesso.

Durante os nove meses que a SSCrop ficou no processo de aceleração da Cyklo, Ficagna além de muito aprendizado fez a sua empresa decolar de vez. Segundo ele, no período ele pode extrair o máximo de conhecimento dos mentores que lá estavam, tendo uma ampla visão mercadológica, abertura de mercado, além da exposição para investidores. “Foi um ano fantástico de muito trabalho. Quando ingressamos na Cyklo tínhamos uma média de 30 clientes e atualmente já temos 250 clientes. Estar lá foi um divisor de águas na nossa vida, por isso, sempre destacamos a importância das aceleradoras na jornada de uma startup”, destacou.

Atuação e posicionamento

Hoje, a SSCrop, tem um posicionamento bem consolidado e estruturado. Além da sede no Oeste da Bahia, abriu escritório em Campinas/SP, onde alocou as áreas de administração e marketing e se prepara para uma nova unidade comercial, em Londrina/PR. Sua atuação abrange clientes de 20 estados brasileiros e seu software já é responsável pela gestão de mais de 500 mil hectares. Segundo o CEO, a meta nos próximos anos é chegar a 1,5 milhões de hectares com cerca de mil clientes.

Além de entender as dores e falar a língua do produtor rural, a solução da SSCrop também se destaca por fazer questão de estar perto do produtor.  “Conhecemos muito como funciona o dia a dia no campo e tentamos gerar as soluções da maneira mais simples possível, mas de forma que traga resultado e que não emperre processos que são desnecessários. Vamos na contramão de muitas empresas de ERP’s que querem controlar tudo, e nós buscamos facilitar e gerar soluções”, destacou o executivo.

Com toda tecnologia embarcada no software é adaptável aos mais diversos portes de fazendas. “Temos clientes que vão desde 100 hectares até clientes que possuem 20 mil hectares. São estruturas completamente diferentes e o sistema se encaixa e é eficiente em todas elas”, diz Ficagna.

Na prática o sistema da SSCrop é prático e pode ser acessado via Web por computador, smartphone ou tablete, ou seja, o produtor recebe um login e passa ter todo o controle em poucos cliques. Com o sistema inteligente é possível ter acesso de maneira intuitiva, objetiva e rápida, a diversas informações relacionadas à gestão financeira da fazenda, entre elas: todo o controle sobre despesas, receitas, empréstimos e investimentos. Além disso, é possível organizar contas a pagar e a receber, informações bancárias, fluxo de caixa, contratos de venda; custos, por cultivos, safras ou talhões.

O software possibilita ainda diversos dados relacionados aos insumos, aplicações, manutenções de máquinas, gestão da colheita, produtividade e serviços na lavoura. Além de permitir um controle total dos estoques de insumos, combustíveis, almoxarifado e produção. “Outro diferencial é o nosso suporte técnico. Temos a filosofia de estar muito próximo ao produtor desde a implantação até o suporte de dúvidas. Nosso tempo de resposta no WhatsApp, por exemplo, tem menos de 1,5 minuto. Estamos sempre prontos e perto para ajudar. Somado a tudo isso, nossa preocupação com melhorias é constante, estamos, por exemplo, finalizando uma nova remodelagem do sistema que será lançada em breve com ainda mais inovação”, finaliza Ficagna.   

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Trio da FertiSystem vai garantir mais precisão, economia e sustentabilidade no plantio

Divulgação: FertiSystem

Galilei, Impetus e Orbix chegam ao mercado e serão lançados em primeira mão aos visitantes da Agrishow, de 28 de abril a 2 de maio, em Ribeirão Preto (SP)

As safras têm sido, nos últimos anos, uma incógnita para o setor agrícola. Mudanças climáticas, política externa e interna, juros altos, insumos cada vez mais caros e outras variáveis tiram o sono dos produtores e profissionais que atuam no campo. Por isso, cada passo de um novo ciclo exige planejamento e muita assertividade, começando já no plantio, operação que pode moldar uma colheita de sucesso, ou não. Para ajudar nesta etapa, a FertiSystem, empresa especializada em soluções para o agronegócio, lança durante a Agrishow – que ocorre de 28 de abril a 2 de maio, em Ribeirão Preto (SP) – três tecnologias desenvolvidas especialmente para atender às demandas crescentes por precisão, economia e sustentabilidade: Galilei, Impetus e Orbix.

O primeiro, Galilei, é um monitor de semente graúda projetado para funcionar como os olhos do operador durante o plantio, identificando rapidamente falhas como travamentos, falta de sementes ou duplicações. “Ele informa ao operador, em tempo real, sobre qualquer erro na distribuição, até a escolha incorreta do disco, permitindo ações corretivas imediatas e precisas. Além disso, sua operação é extremamente prática e rápida, com poucos cliques necessários para iniciar o monitoramento, além de reduzir significativamente perdas de produtividade”, explica Álvaro Gottlieb, Gerente de Marketing da FertiSystem.

Já o Impetus é um tanque de pulverização de sulco especializado na aplicação precisa de líquidos inoculantes durante o plantio. Sua tecnologia proporciona economia significativa de insumos, devido ao controle exato da dosagem. “É equipado com componentes de fácil manutenção e operação intuitiva, além de possuir suporte técnico ágil e regionalizado, garantindo máxima eficiência operacional e tranquilizando o produtor durante toda a safra”, reforça o profissional.

A terceira novidade na Agrishow é o Orbix, que oferece um sistema inovador composto por discos e anéis altamente resistentes, feitos de materiais plásticos avançados que garantem durabilidade, menor atrito e maior precisão dimensional para evitar falhas no plantio. “O sistema de identificação por cores facilita a escolha correta dos discos e anéis, o que reduz significativamente o tempo gasto com ajustes, proporcionando um plantio mais uniforme”, complementa Gottlieb. Além disso, oferece flexibilidade ao produtor, podendo ser usada em diferentes marcas de distribuidores mecânicos de sementes.

Bons ventos

Neste mês de abril, a FertiSystem completou 23 anos e, ao longo desse período, a empresa passou a ser referência quando o assunto são ferramentas para o plantio. “Já são mais de um 1 milhão e 600 mil peças vendidas, além da presença em 95% das marcas de implementos agrícolas no Brasil. Em 2024, a empresa deu um passo importante ao entrar também no mercado de dosagem de sementes, mantendo os mesmos pilares de atuação: simplicidade, confiabilidade e precisão. Seguimos nossa jornada de novos produtos e desenvolvimentos para os próximos anos”, destaca Rafael Luche, Gerente Executivo de Negócios da FertiSystem.

Atualmente, a companhia oferece um portfólio robusto de soluções, que inclui os dosadores de adubo, sensores e automação com motores elétricos (Auto Lub, FertSensor e TXF-MB); distribuidores mecânicos de semente, discos e anéis, sensores e monitores de sementes; e agora, amplia o rol de produtos com os aplicadores para líquidos com o tanque Ímpetus. “Além de nossa expertise e qualidade em todo o portfólio desenvolvido e que está à disposição do produtor rural, também nos destacamos pela automação de linhas de plantio, com aproximadamente 1.200 delas automatizadas via retrofit, trabalhando com uma abordagem consultiva e customizada, atendendo cada necessidade de forma personalizada. Isso reforça nosso compromisso em entregar soluções inteligentes e eficientes para o campo”, completa Rafael.

Evento estratégico

Em sua 30ª edição, a Agrishow é referência no setor agrícola, e reuniu em 2024 mais de 800 marcas expositoras e mais de 195 mil visitantes qualificados em 520.000 m² de área. “Participar da feira é importante para a FertiSystem. Aqui, apresentamos diretamente aos produtores nossas tecnologias inovadoras, destacando como elas podem melhorar significativamente as operações no campo. Nosso compromisso é contribuir para o desenvolvimento sustentável e para a eficiência produtiva dos agricultores brasileiros”, finaliza Luche.

Mais informações sobre o evento:

Data: 28 de abril a 2 de maio de 2025

Local: Ribeirão Preto (SP)

Site: www.fertisystem.com.br

Estande: Pavilhão de Soluções Agro – H 039

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Destaque

Na Agrishow, Broto lançará clube de benefícios inédito para produtores rurais

Divulgação: Freepik

Clube Broto oferecerá condições especiais, descontos e recompensas para produtores que adotarem soluções digitais e práticas sustentáveis; iniciativa também promoverá capacitação e prevê 100.000 assinaturas nos próximos três anos

Com o propósito de apoiar o processo de digitalização do produtor brasileiro, o Broto, plataforma digital de agro do Banco do Brasil, criou o Clube Broto, um clube de benefícios com uma proposta inovadora em relação às já existentes no mercado. A iniciativa – que será lançada na Agrishow, entre os dias 28 de abril e 2 de maio, em Ribeirão Preto, SP –, surge após uma análise aprofundada, com pesquisas, benchmarks e consultorias especializadas para levar soluções voltadas ao apoio da atividade produtiva.

O Clube Broto se posiciona como uma ponte entre os produtores rurais e a digitalização, conectando-os a novas tendências, práticas sustentáveis e às tecnologias mais modernas e eficientes do mercado. Os assinantes têm acesso a ofertas especiais, descontos exclusivos, benefícios e recompensas, além de um portfólio de soluções tecnológicas criteriosamente selecionadas pelos especialistas do Broto.

“Oferecemos soluções inovadoras para o produtor aumentar a produtividade, reduzir custos, otimizar recursos e facilitar as práticas de manejo, entre outras vantagens. O cliente pode navegar por um ecossistema completo, que abrange todas as etapas da cadeia produtiva”, explica Marco Aurélio Silveira dos Santos, superintendente-executivo de Operações e Tecnologia do Broto.

O objetivo do Clube Broto é consolidar um ecossistema “ganha-ganha”. Além dos produtores rurais, os aliados estratégicos e as empresas patrocinadoras também têm diversos benefícios. Os aliados, que são selecionados criteriosamente para poderem expor seus produtos e serviços em uma vitrine de alto valor agregado, têm acesso a uma base de clientes ampla e altamente segmentada, geração de leads qualificados e, consequentemente, incremento nas vendas. Já para as empresas patrocinadoras, a plataforma é uma oportunidade de ter um programa de fidelização adicional, que pode ser oferecido como benefício para seus clientes, fortalecendo sua presença no agro com maior alcance, engajamento e diferenciação competitiva.

“Por meio da democratização do acesso à tecnologia, promovendo também a capacitação dos produtores e as melhores práticas do campo, queremos ser o grande facilitador da inovação e do crescimento sustentável do setor. Ajudamos o produtor a se digitalizar e transformar o negócio; os aliados a ampliar o alcance de suas soluções e vender mais; e os patrocinadores a oferecer um diferencial aos seus clientes, por meio da oferta de assinaturas gratuitas do Clube Broto”, comenta o superintendente-executivo. “É mais um passo na construção do mais completo ecossistema digital do agronegócio brasileiro”, finaliza.

Programação de lançamento do Clube na Agrishow

Profissionais da plataforma apresentarão o Clube Broto aos visitantes que passarem pelo estande do Banco do Brasil durante a tradicional feira do interior paulista. Os produtores interessados poderão se cadastrar na hora, de maneira muito fácil e rápida, e começar a aproveitar as vantagens de fazer parte do clube de benefícios.

Ao longo da semana, também no estande do BB, representantes das aliadas Solloagro, Ignitia, Farmbox, iRancho, Future Hacker, Vankka e GoFlux apresentarão suas soluções, bem como as respectivas aplicações e benefícios. A iRancho, por exemplo, demonstrará o software que possibilita gerenciar a fazenda, conhecer o rebanho individualmente, controlar movimentações de animais na propriedade, acompanhar indicadores de desempenho da recria e engorda etc. Já a Farmbox, explicará como sua tecnologia permite planejar a safra de acordo com o histórico de cada talhão e os materiais que vai plantar, ter o estoque na mão para comprar melhor e saber em tempo real o quanto está gastando, entre outras funcionalidades.

A expectativa é de que o Clube Broto chegue a 100.000 assinantes nos próximos três anos.

Outras iniciativas

O Broto também levará conteúdo próprio para a Agrishow. Serão duas palestras realizadas no estande do BB, abordando temas estratégicos para o setor: sucessão familiar e expectativas dos produtores rurais para 2025.

A plataforma apresentará principais resultados da pesquisa inédita “Expectativas do Produtor Rural para 2025”, feita com sua base de clientes cadastrados. O estudo revela comportamentos, prioridades de compra, critérios de decisão e os maiores desafios esperados por agricultores e pecuaristas brasileiros neste ano.

Além disso, o Broto promoverá a discussão sobre a sucessão familiar no campo e o papel da transformação digital na atração das novas gerações, tema essencial para a continuidade e a sustentabilidade das propriedades rurais familiares.

Os horários exatos de cada apresentação serão divulgados durante a feira.

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Bicho-mineiro ameaça a lavoura de café: estratégias de manejo para garantir a sustentabilidade da produção

Com a pressão do inseto intensificada na transição climática, os cafeicultores enfrentam desafios para manter a produtividade, tornando o manejo eficiente essencial para a preservação do cafezal

O cultivo do café no Brasil, maior produtor e exportador mundial, enfrenta desafios cada vez mais complexos. A combinação de mudanças climáticas, como o aumento de temperatura e escassez de chuva, com a pressão de insetos, especialmente o bicho-mineiro, coloca em risco a produtividade das lavouras. Isso reflete diretamente no preço do café, que já subiu 150% no último ano, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Essa praga, uma das mais prejudiciais à cafeicultura, tem apresentado uma maior incidência nas últimas safras, tornando-se uma preocupação crescente para os cafeicultores de todo o país.

Com o aumento previsto de 1,5ºC na temperatura entre 2030 e 2050, as mudanças climáticas podem afetar negativamente a produtividade, especialmente para o café arábica, que é o mais cultivado no Brasil, uma vez que a seca contribui para o ciclo de desenvolvimento do bicho-mineiro, causando impactos diretos nos preços para os consumidores. A temperatura ideal para o cultivo de café fica entre 18°C e 22°C e qualquer variação pode prejudicar a produção.

De acordo com estimativa da Consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio, a safra de café 2025/26 deve alcançar 51,8 milhões de sacas de 60 kg, uma queda de 4,4% em relação à safra 24/25. Esse impacto pode ser acentuado por fatores climáticos desfavoráveis e o aumento das infestações de insetos. A previsão de chuvas pode ser vista como uma oportunidade para proteger as lavouras com a aplicação de inseticidas, garantindo a proteção da parte aérea das plantas durante o período de seca. No entanto, se o clima quente e seco persistir, os efeitos sobre a produção de café podem ser ainda mais graves no próximo ciclo. Sem um controle adequado, a infestação do bicho-mineiro pode comprometer a qualidade do grão e reduzir a produtividade em até 70%.

O impacto financeiro do bicho-mineiro vai além dos danos imediatos às plantas. A infestação descontrolada pode afetar a produtividade da safra seguinte e comprometer a sustentabilidade econômica dos cafeicultores. Estima-se que a praga possa atingir cerca de 1,5 milhão de hectares de café, resultando em perdas substanciais.

“O manejo fitossanitário adequado é essencial para a proteção do cafezal. Para isso, os cafeicultores devem adotar práticas como o monitoramento constante das lavouras, com a identificação precoce das infestações e a escolha de produtos eficazes no controle do bicho-mineiro. O uso de tecnologias modernas e a aplicação preventiva são essenciais para garantir uma boa safra”, ressalta o engenheiro agrônomo e gerente de Marketing Regional da IHARA, Fernando Gilioli.

Bicho-mineiro: o inimigo silencioso das lavouras

O bicho-mineiro é uma das pragas mais destrutivas do café, alimentando-se das folhas e   prejudicando o terço superior das plantas. Isso afeta diretamente a fotossíntese e a nutrição das plantas, comprometendo o pegamento das floradas e, consequentemente, a qualidade do grão.

Esse inseto tem grande capacidade de adaptação ao clima, o que torna seu controle ainda mais desafiador. O bicho-mineiro, que antes era restrito a algumas regiões, agora tem avançado para áreas menos afetadas, especialmente nos períodos de seca.

“Identificamos a presença de adultos e minas em várias lavouras, o que indica que as lagartas já saíram para descer e formar a pulpa nas partes baixas das plantas. Esse comportamento revela que a praga segue ativa e que as condições ainda são favoráveis à sua proliferação, especialmente com a chegada da próxima estiagem. Para controlar efetivamente o bicho-mineiro, é crucial que o cafeicultor realize aplicações foliares preventivas. Estamos chegando ao fim do período adequado para o uso de drench, uma aplicação de inseticida via solo, técnica comprovada no combate à praga. Além disso, o monitoramento contínuo e o manejo adequado são indispensáveis para evitar a disseminação do bicho-mineiro e minimizar os prejuízos à produção de café”, explica Gilioli.

Soluções que garantem o controle eficaz

O uso de tecnologias inovadoras deve ser aliado a boas práticas agrícolas, como a rotação de produtos e o controle de outras pragas e doenças que afetam o cafezal. O manejo integrado é fundamental para evitar a resistência dos insetos e garantir a longevidade das lavouras.

Uma das mais recentes inovações no mercado, o inseticida MAXSAN, chegou em 2024 para expandir o portfólio da IHARA voltado ao cultivo de café. Esse produto é indicado para o controle do bicho-mineiro devido à sua ação sistêmica, que é rapidamente absorvido e distribuído pela planta, proporcionando alta produtividade com proteção que vai da raiz às folhas. Atua contra as pragas tanto por ingestão quanto por contato, controlando todas as suas fases devido ao seu efeito de choque e residual.

Outro inseticida desenvolvido pela IHARA é o HAYATE, que age de forma imediata, paralisando a alimentação do bicho-mineiro, prevenindo danos às folhas do café. Para otimizar os resultados do manejo, especialistas recomendam a aplicação do produto assim que adultos e larvas forem identificados nas lavouras, o que potencializa o controle e reduz sua pressão. Formulado com uma nova molécula de alta performance, oferece um controle duradouro, sem resistência cruzada, garantindo proteção prolongada ao cafezal. Além disso, o produto possui alta seletividade para insetos benéficos, tornando-se uma opção ideal para o manejo integrado de insetos.

Para o manejo integrado de pragas no café, o SPIRIT SC é uma solução inédita no Brasil, que combina inseticida e fungicida em um único produto, oferecendo proteção contra o bicho-mineiro, ferrugem e cigarra-do-café. Já o TERMINUS é indicado para o controle da broca-do-café, que, em casos mais severos, pode reduzir o peso dos grãos em até 20%. Essa solução oferece controle imediato e prolongado, melhorando a qualidade dos frutos. Com uma nova formulação de ação de choque, proporciona flexibilidade para uso ao longo de todo o ciclo do café, promovendo de forma eficaz, o manejo da praga em sua fase adulta.

“A relação entre a qualidade do café e o manejo fitossanitário é direta. O uso de defensivos agrícolas, aliado ao monitoramento contínuo e ao manejo integrado de insetos, é essencial para garantir que o café brasileiro continue sendo uma referência mundial em qualidade. Essa prática, não apenas protege as lavouras, mas também promove a sustentabilidade do cafezal a longo prazo”, afirma o gerente de Marketing Regional da IHARA.

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