Destaque

Já descarbonizou o planeta hoje? Fomos em Marte buscar a solução!

Uisa, em parceria com a Agrorobótica, passa a utilizar uma plataforma de IA, com tecnologia da Nasa, para quantificar e monetizar o carbono estocado no solo

*Por Caetano Grossi

Por aqui, seguimos firmes na diminuição da nossa pegada de carbono e no cumprimento das metas do Acordo de Paris. A cana-de-açúcar é uma espécie de gramínea, conhecida por sua fotossíntese altamente eficiente. Isso significa dizer que tal, bem como outras espécies autótrofas, possui grande capacidade de absorver o gás carbônico da atmosfera para utilizá-lo na fotossíntese.

O sequestro de carbono no solo é um processo pelo qual o dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera é capturado e armazenado no solo. Esse processo pode ocorrer também pela incorporação de matéria orgânica e fixação biológica do nitrogênio. Cada vez mais, a sustentabilidade anda de mãos dadas com a tecnologia, inovação e monetização.

A partir de agora, a Uisa, em parceria com a Agrorobótica, passa a utilizar uma plataforma de Inteligência Artificial para a quantificação e monetização do carbono estocado no solo, que utiliza a tecnologia LIBS (Laser Induced Breakdown Spectroscopy) – a mesma técnica utilizada na missão espacial pela Nasa para a caracterização do solo do planeta Marte. É uma técnica de análise química e física do solo, que usa um pulso laser de alta energia para criar um micro plasma na superfície da amostra de solo e determinar sua composição química e física.

São realizadas análises das amostras de solo para determinações de carbono, textura (areia, silte e argila), pH, macro e micronutrientes, de forma rápida, econômica e precisa, ainda sem geração de resíduos.  Além de medir o carbono e os nutrientes presentes no solo, ainda é possível gerar recomendações agronômicas digitais de corretivos, fertilizantes, plantas de cobertura e manejo do solo.

As grandes companhias adquirem créditos de carbono para compensar o impacto ambiental. Com essa nova tecnologia, a Uisa poderá diminuir sua pegada de carbono – alicerçada pelo seu compromisso público de ser NetZero até 2035 – e poderá auxiliar outras companhias na busca pela descarbonização, através do mercado voluntário de carbono.

Com foco na produção de energias renováveis, alimentos e insumos à base de cana-de-açúcar, a UISA vem reforçando os investimentos em iniciativas sustentáveis, priorizando a economia de baixo carbono. Somente no último ano, a companhia investiu aproximadamente R$20 milhões em estudos e coleta de dados para implantar a tecnologia BECCS (Bioenergy with Carbon Capture and Storage). A técnica consiste em armazenar permanentemente no solo o carbono que seria lançado na atmosfera, proveniente do processo de produção de etanol.

As medidas para reduzir a pegada de carbono da Uisa, apresentam resultados positivos, conforme evidenciado anualmente no Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa. O solo é o maior sumidouro de carbono do planeta, e a Uisa sabe muito bem o que é respeitá-lo e preservá-lo.

*Caetano Grossi é o gerente de Sustentabilidade da Uisa.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sair da versão mobile